sábado, 19 de abril de 2014

Garimpeiro acha diamante na porta de casa

Garimpeiro acha diamante na porta de casa



O garimpeiro André Martins Fontes, 70 anos, teve uma surpresa no dia 6 de dezembro do ano passado, em Estrela do Sul, a cerca de 100 quilômetros de Uberlândia. Ele estava sentado na calçada em frente à sua casa, na avenida Manoel Coelho de Resende, no bairro Mato Grosso, quando percebeu uma pequena pedra cair aos seus pés, devido ao vento formado por um caminhão que tinha acabado de passar. Como a pedra brilhou, o garimpeiro pegou-a e examinou-a. Para seu espanto, ele descobriu que se tratava de um diamante de quase quatro quilates, ainda sujo do asfalto da rua, e que vale cerca de R$ 2 mil, segundo a avaliação do próprio André Fontes.
A pedra foi lavada, pesada, e constatou-se que ela estava no cascalho da avenida Manoel Coelho de Resende, que foi retirado do rio Bagagem para fazer a base do asfaltamento da via. Satisfeito com o presente de Natal antecipado que ele tem guardado desde então, André Fontes disse que “não esperava que a sorte colocasse aos seus pés a pequena joia”, que ainda está in natura.
“No início, até desconfiei. Mas, depois, chamei meu vizinho, que também tem conhecimento sobre este tipo de pedra preciosa, e confirmei que aquela encontrada por mim era mesmo um diamante”, disse o garimpeiro, que somente agora revelou detalhes sobre a história.
André Fontes é garimpeiro em Estrela do Sul há mais de 40 anos. Ele é de uma família conhecida na cidade por fazer “viradas”, um processo de garimpagem existente há até pouco tempo, que desvia o rio de seu leito natural para a retirada e lavagem do cascalho onde são encontrados diamantes.

Avenida pode ter mais pedras

Por enquanto, o garimpeiro André Martins Fontes guarda o diamante que encontrou, por acaso, no fim do ano passado, no Picuá, um canudo de cipó imbé utilizado pelos trabalhadores para guardar os diamantes que eles pegam. Ele afirmou que não pretende vender a pedra preciosa tão cedo, apesar de já ter recebido diversas ofertas.
E, após a descoberta de André Fontes, não só ele e o diamante como também a avenida Manoel Coelho de Resende, onde foi encontrada a pedra, se tornaram populares em Estrela do Sul e na região. Afinal, o asfalto que cobre a avenida pode ter mais diamantes. É que a Cimcop, que asfaltou a via pública na década de 70, em vez de terraplenar o solo para asfaltá-lo, preferiu colocar o cascalho do rio Bagagem para servir de base, sem perceber que nele poderia ter diamantes.

Cidade já teve outra descoberta

Diamante foi achado por acaso
Estrela do Sul é uma cidade do Triângulo Mineiro reconhecida como patrimônio histórico. Ela ficou famosa mundialmente por ter sido o lugar onde foi encontrado, por uma escrava, em 1853, o famoso diamante Estrela do Sul, que dá nome à cidade, famosa também por ser onde está enterrada a personagem mineira Dona Beija.
Ele tem mais de 128 quilates e é o sexto maior do mundo. A pedra ficou desaparecida durante o século passado e foi reencontrada em 1999 nas mãos de um colecionador indiano.
O rio Bagagem, que corta o município, é o provedor de diamantes e de histórias como a do garimpeiro André Martins Fontes.

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