sábado, 19 de abril de 2014

OPINIÃO DE PRIMEIRA: OURO, DIAMANTE, MINÉRIOS

OPINIÃO DE PRIMEIRA: OURO, DIAMANTE, MINÉRIOS: SAI DE TUDO NO GARIMPO ILEGAL 

Fechando a BR 364 e ameaçando impedir o acesso ás obras das hidrelétricas, será que os sindicatos conseguirão modificar decisão do governo sobre a transposição

 
De vez em quando o tema volta ao noticiário, em função de operações específicas da Força Nacional de Segurança, da Polícia Federal, do Ibama ou até de todos juntos. A garimpagem ilegal campeia em toda a Amazônia, sem controle, sem que a União defina regras claras e sem que nossa região, Rondônia especificamente e o próprio país, recebam um só centavo de impostos de nossas riquezas que são levadas todos os dias para fora do país. Ouro, diamante, estanho e até nióbio, um metal utilizado em computadores e raro no  mundo, são contrabandeados. Na Reserva Roosevelt, dos índios Cinta Larga, os caciques se acertaram com garimpeiros ilegais. Alguns andam com carrões e celulares com GPS, enquanto a maioria da tribo vive em condições de penúria. Os contrabandistas enchem o bolso com diamantes, entre os de melhor qualidade do mundo, fazem fortuna ao levar nossos minérios embora e nós, brasileiros, que recebemos da natureza tanta riqueza, ficamos a ver navios. Em Roosevelt, de vez em quando se ouve falar sobre fechamento de garimpos ilegais dentro da reserva. Não há prisões, os atravessadores nunca aparecem e nem os chefões que comandam tudo. Quando índios e garimpeiros não se entendem, ocorrem tragédias como a de abril de 2004, quando 29 deles foram massacrados em Roosevelt.
 
Qualquer país que não vivesse no mundo dos sonhos, se tivesse as riquezas que temos, já teria criado leis de controle da produção, com exploração de órgãos oficiais, com cobrança de impostos e um percentual significativo para os índios, donos das terras, pelo menos no caso de Roosevelt. Mas isso não acontece, principalmente por pressões internacionais. Então, lapidam as riquezas que a terra nos dá e nosso governo só discursa. Quando for tomar alguma atitude, não haverá mais diamantes em Roosevelt.
 
NOSSA EDUCAÇÃO
 
A Escola de Ensino Fundamental Ruth Rocha, de Ji-Paraná, fez bonito na avaliação do Inep, feita em nível nacional. Foi considerada a melhor escola de Rondônia em termos de qualidade de ensino, com uma nota de 6,4, na escala que vai até dez. De Ji-Paraná, mais dois educandários se destacaram. Da Capital, a única escola que fez por merecer constar entre as melhores de Rondônia, foi o Colégio Tiradentes, pertencente à Polícia Militar. Na média nacional, estamos com a nota 4,7. Na região norte, a média foi de 4,2 e no país inteiro, nota 5. Estamos, portanto, ainda muito longe do ideal.
 
PESQUISA
 
Está no forno e será divulgada nesta próxima semana, a primeira pesquisa realmente confiável sobre a sucessão municipal em Porto Velho. Ela dará o retrato do momento e apontará se há, nestas alturas do campeonato, algum dos nomes que se destaquem.Várias pesquisas feitas pelos partidos são fajutas, porque sempre agradam quem as contrata Mas quando vem do Ibope, pode até ter erros, mas não números a serviço desse ou daquele.
 
E A BARBÁRIE?
 
Tem uma pergunta que não quer calar: porque as Comissões e representantes dos direitos humanos se calaram sobre a barbárie de três criminosos brasileiros queimados vivos na Bolívia? Não seria até correto os amigos do presidente Evo Morales – e os há em profusão, entre esse pessoal dos direitos humanos – irem até ele e protestar com toda a ênfase, exigindo punição dos que cometeram uma violência como essa? Fosse no Brasil e o pessoal estaria ameaçando ir até a ONU., porque aqui ganhar quem grita mais alto. Já na Bolívia, ninguém dá bola para direitos de bandidos.
 
PAROU DE NOVO
 
Empacou de novo a obra do viaduto do Roque, porque a Eletrobras Rondônia há semanas não emite uma simples ordem de serviço para a empresa terceirizada realizar uma obra simples, de transporte de fiação e colocação de postes. O projeto está pronto, mas sem a ordem não há trabalho. Dezenas de operários estão parados, esperando a ordem de comando para realizar o serviço que, se não feito, paralisa toda a obra. Espera-se bom senso e rapidez da Eletrobras. Não dá mais para perder tempo na construção dos viadutos em Porto Velho.
 
COMEÇA TERÇA
 
Mauro Nazif, Mário Português, Lindomar Garçon, Fátima Cleide, Mariana Carvalho e o médico José Augusto são, pelo menos até agora, os nomes mais ouvidos na disputa pela Prefeitura. Não necessariamente nessa ordem, é claro. Mário Sérgio teve dificuldades iniciais da campanha, mas ao que tudo indica agora engrenou e quer chegar no segundo turno. Os partidos nanicos PSOL e PSTU só participam para marcar posição. O momento mais quente da campanha começa nesta terça-feira, dia 21, com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e TV.
 
DUAS DÉCADAS
 
Mais uma semana vai começar com quase metade do funcionalismo federal parado ou protestando contra o governo. Até policiais federais e policiais rodoviários fizeram manifestações por melhores salários e condições de trabalho. Em cada categoria de funcionários públicos da União, há queixas e protestos contra o governo. Dilma Rousseff é quem está pagando a conta, mas a defasagem salarial de grande parte dos servidores já vem há mais de 20 anos. Incluindo os oito anos do governo Lula.
 
PERGUNTA
 
Fechando a BR 364 e ameaçando impedir o acesso ás obras das hidrelétricas, será que os sindicatos conseguirão modificar decisão do governo sobre a transposição?

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