domingo, 16 de novembro de 2014

Minério de ferro: Gerdau e Usiminas pisam no freio e Vale desconversa

Minério de ferro: Gerdau e Usiminas pisam no freio e Vale desconversa



Os baixos preços do minério de ferro começam a fazer vítimas no Brasil. A Gerdau, que planejava produzir 18 milhões de toneladas de minério de ferro em 2016, ampliando a capacidade para 20 milhões de toneladas em 2020, já revê os planos e, em breve, publicará a sua nova estratégia.

A empresa deverá ser bem mais conservadora, reduzindo sua produção, enquanto o mercado acenar com preços abaixo de US$80/t.

O mesmo ocorre com a Usiminas e a CSN, outras mineradoras a puxar o freio da produção.

Se ao menos essas empresas publicassem o seu all-in sustaining cost para os seus produtos poderíamos, então, entender o tamanho do problema. Mas, ao contrário do que ocorre no resto do mundo, elas mantêm essa informação a portas fechadas.

Poucos dias atrás, quando solicitamos o all-in cost do megaprojeto da Vale, o S11D, recebemos a seguinte resposta do Relações com Investidor da Vale Marcelo Lobato:  “Infelizmente não poderemos abrir essa informação sobre o all-in sustaining cost do S11D pelo motivo dela não ser pública”.

Não é a toa que a empresa perde investidores aos milhares.

Mesmo sendo uma empresa pública a Vale se recusa a fornecer um dado fundamental, para que nós, acionistas e investidores, possamos entender a economicidade do seu maior projeto o S11D, que irá produzir 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano...

Como vencer essa crise de confiança, criada pela própria Vale, se a empresa não nos fornece subsídios para nos motivar a investir?

É hora das empresas públicas como a Vale respeitar o seu maior patrimônio: o acionista. Nós queremos saber em quem estamos investindo e quais as nossas chances reais de retorno.

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