sábado, 5 de setembro de 2015

Minério de ferro: australianos apostam no futuro e aceleram produção

Minério de ferro: australianos apostam no futuro e aceleram produção



 
Os australianos não estão jogando a toalha. Apesar das crises, da desaceleração da China, dos preços baixos e de todas as mazelas que esta conjuntura cria, eles acreditam em um futuro melhor e apertam no acelerador da produção.

Isso mesmo!

Os grandes mineradores australianos continuam aumentando a produção de minério de ferro, inundando o mercado com produtos de baixo preço e ameaçando a sobrevivência dos produtores menos competitivos.

É a guerra!

Neste agosto um novo recorde de exportação para a China foi batido. As exportações de Port Hedland atingiram 33,9 milhões de toneladas, 14% maiores do que as de julho.

O aumento das exportações coincide com a subida nos preços do minério de ferro que volta a ser vendido a US$44,59 a tonelada, recompensando, mais ainda os exportadores e acendendo a esperança dos menos favorecidos.

As exportações australianas de minério de ferro em 2015 deverão atingir 748 milhões de toneladas.

Já para 2016 o Departamento da Ciência e Indústria espera um volume ainda maior, de 824 milhões de toneladas.

O que os australianos (e também os brasileiros) querem é deslocar os mineradores menos competitivos, tomando controle da commodity a nível mundial.

A China que era a grande produtora mundial de minério de ferro é a mais afetada. Suas minas são obsoletas e produzem a custos elevados pouco competitivos. Aos poucos os chineses vão fechando minas e projetos, dando lugar para a entrada dos minérios vindos do Brasil e da Austrália.

Somente na China 120 milhões de toneladas de minério de ferro deixarão de ser produzidos em 2015.

A situação é dramática.

Para alguns...

Para a Rio Tinto, a mineradora que produz o minério mais barato do mundo, é só questão de tempo para que os lucros gigantescos voltem a ocorrer.

A Rio acredita que a demanda de aço chinesa vai diminuir, mas continuará a crescer 2,5% ao ano nas próximas décadas.

É a mesma visão que o CEO da Vale tem.

O combustível deste crescimento são os 220 milhões de chineses que necessitarão de casas e utensílios domésticos nos próximos 15 anos. Se isso ocorrer o futuro do minério de ferro estará garantido e, obviamente o da Rio Tinto também.

A mineradora tem 60% do seu fluxo de caixa calcado no minério de ferro e não pensa desequilibrar essa balança já que produz o seu minério de 2015 a um preço por tonelada 13% mais baixo do que o de 2014.

O custo atual médio é de US$16,2/t...um feito notável para a segunda maior produtora de minério de ferro do mundo.

A Vale que se cuide.

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