terça-feira, 29 de setembro de 2015

O que está puxando o mercado para baixo e assustando os investidores?

O que está puxando o mercado para baixo e assustando os investidores?



 
As últimas semanas foram um claro registro de turbulências nas bolsas de valores. Muitas empresas viram suas ações cair e seu valor de mercado atingir níveis baixíssimos.

A gigante suíça Glencore perdeu, somente hoje, 30% do seu valor de mercado e pode simplesmente derreter.

A Glencore vendeu recentemente o seu projeto de níquel no Brasil para a Horizonte Minerals por apenas US$8 milhões, uma quantia irrisória: uma fração do valor investido.

Uma sensação de pânico e desalento afeta o mundo dos investimentos e faz os investidores reagir em grupo: um verdadeiro estouro da boiada.

Por trás desse mar de incertezas está, como obviamente deveria estar, a China.

A China não só é a segunda maior economia do mundo, mas ela é a grande força motriz por trás de quase toda a economia mundial. É a China que compra o maior volume de commodities e que faz girar a maioria das engrenagens econômicas do planeta. A importância do gigante asiático é tremenda.

Se a China pegar um resfriado o mundo inteiro vai pegar uma pneumonia dupla.

Os países emergentes, como o Brasil, dependentes da exportação de commodities serão os mais prejudicados.

Mas não serão os únicos.

As megapotências como os Estados Unidos, serão grandemente afetadas, pois grande parte do seu lucro depende da estabilidade econômica dos países importadores.

É assim com o Japão e outros países, cujo modelo econômico está calcado na exportação.

Portanto quando existir qualquer problema macroeconômico a primeira coisa a verificar é o que está acontecendo na China.

E o que está acontecendo por lá é motivo de fortes preocupações.

As últimas estatísticas oficiais mostram que as empresas industriais chinesas tiveram uma queda nos lucros, de 8,8% em agosto, a pior em quatro anos. Esta queda é bem mais assustadora do que pode parecer, já que suas implicações são vastas e atingem as commodities de uma forma avassaladora.

O setor industrial e suas fábricas já estão no segundo mês de contração.

Mas ainda existem boas notícias vindas da China. A venda de roupas cresceu 22% no trimestre e a de calçados 36% o que fez as ações da Nike subirem 9%...

Segundo a Bloomberg o índice que mede as condições monetárias chinesas melhorou nos últimos dois meses, um fenômeno que não acontecia desde 2013...

Se a economia chinesa pisar no freio, como muitos acreditam, as importações de commodities sofrerão reduções significativas, asfixiando as grandes mineradoras responsáveis pela produção de minerais e, automaticamente, os países onde elas operam.

Em especial países como o Brasil, Indonésia, África do Sul, Austrália e Canadá.

O que esperar para os próximos dias?

As boas notícias que podem vir da China se relacionam aos estímulos financeiros criados pelo Governo Chinês, que podem desacelerar a queda criando uma oportunidade para um pouso suave.

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