domingo, 26 de abril de 2015

O Homem de Altamura era Neandertal

O Homem de Altamura era Neandertal


Finalmente o exame do DNA do Homem de Altamura foi divulgado.

O Homem de Altamura é um esqueleto de um adulto masculino, parcialmente fossilizado, imerso em rochas calcárias em uma cavidade cárstica (foto).

A descoberta foi feita em 1993 na caverna de Lamalunga, próxima a cidade de Altamura, no sul da Itália.

Desde a descoberta pairava grande incerteza sobre a origem do homem fossilizado, que era tido por muitos antropólogos, como um homem moderno.

No entanto os resultados do DNA extraído de ossos do ombro e as datações de U/Th contam uma história diferente.

Os resultados mostram que o Homem de Altamura é um Neandertal, que a 150.000 anos aproximadamente, caiu em uma fenda onde ficou preso até a morte por inanição.

Os exames de DNA, de Neandertais como o Homem de Altamura estão auxiliando os cientistas a compreender a evolução do Neandertal. Sabe-se que eles coexistiram e cruzaram com os homens modernos, que ainda tem 2% de sua carga genética.

Estes estudos indicam que o Homem de Altamura era mais suscetível a doenças como a diabetes tipo 2. Tudo leva a crer que os Neandertais devem ter sido extintos pela sua menor resistência a doenças como febre tifoide, hepatite, tuberculose e até o resfriado.

Avanco Resources consegue financiar o Projeto Antas até a produção de cobre

Avanco Resources consegue financiar o Projeto Antas até a produção de cobre


Uma boa notícia entre tantas notícias ruins.

A junior australiana Avanco Resources informa que conseguiu levantar AU$80 milhões através da venda de ações e de negociação de royalties.

Com esse dinheiro a empresa espera levar o projeto de cobre Antas, situado na Província dos Carajás, até o estágio de produção. A transição irá durar 12 meses e a empresa espera iniciar a produção ainda no primeiro trimestre de 2016.

O Fundo BlackRock deverá financiar os últimos $15,6 milhões através de uma transação de royalties.

A partir de agora a mineradora entra em fase de construção de um projeto de mina a céu aberto com flotação que irá produzir 12.000t por ano de cobre e 7.000 onças de ouro.

O Projeto Antas consiste em um corpo sulfetado tipo IOCG, associado a vulcânicas e formações ferríferas de um greenstone belt Arqueano.

Antas tem uma reserva (provada + provável) de 2,6Mt @ 3,19% Cu e 0,66g/t Au. O cut-off desta operação é de 0,9% Cu.

A empresa está com um valor de mercado de $129 milhões.

Minério de ferro em alta forte faz Vale ter a melhor semana em 16 anos

Minério de ferro em alta forte faz Vale ter a melhor semana em 16 anos




As ações da Vale subiram 7% somente hoje atingindo R$18,70, a maior alta do Ibovespa. A Vale já subiu 25% desde o dia 22 de abril, a melhor semana desde 1999.

O principal motivo desta alta é a recuperação do preço do minério de ferro que subiu, somente hoje 5,5% atingindo US$57,81/t.

Uma excelente notícia para a mineração como um todo que recebe esta lufada de esperança em um momento em que quase todos os analistas apostavam que os preços do minério de ferro estariam nos patamares de US$30/t.

Terremoto de magnitude 7,9 no Nepal mata mais de mil pessoas

Terremoto de magnitude 7,9 no Nepal mata mais de mil pessoas


Segundo o US Geological Survey um terremoto de 7,9 na escala Richter atingiu a região entre Kathmandu e Pokhara.

O governo declarou estado de emergência. Existem mais de 1.130 mortes já contabilizadas, a maioria próxima do epicentro.

Os tremores foram sentidos a centenas de quilômetros e 18 alpinistas que tentavam alcançar o pico do Everest foram soterrados por uma avalanche.

Além das vítimas o terremoto destruiu monumentos importantíssimos listados como patrimônio mundial.

É o caso da Torre de Dharahara foto do antes e depois.

Torre destruída

terça-feira, 21 de abril de 2015

Minas brasileiras inesquecíveis: ontem e hoje

Minas brasileiras inesquecíveis: ontem e hoje

Embora nossa limitação de espaço, aqui e agora, não nos permita destacar todas as minas brasileiras inesquecíveis,
vale lembrar as a seguir, que marcaram profundamente a Indústria Mineral brasileira.
 
A mina de Morro Velho, ouro, Minas Gerais
Nosso caminhar histórico inicia-se em 1834, ano em que a mina de Morro Velho, no então arraial de Congonhas do Sabará, hoje município de Nova Lima (MG), começou a ser explorada pela Saint John Del Rey Mining Company, empresa fundada por um grupo de investidores ingleses em 1830, em Londres.
Esta foi a mais antiga mina subterrânea do Brasil e uma das mais profundas do mundo. Cabe salientar, entretanto, que a exploração “não industrial” desta mina começou muito antes, por volta de 1725, pelas mãos da família do padre Antônio de Freitas.
Os métodos rudimentares, que até então utilizavam mão-de-obra escrava, foram reestruturados após a chegada dos ingleses, dando início a uma fase industrial nas operações.
A mina funcionou normalmente até 1857, quando ocorreu um grande desmoronamento em seu interior, afetando a produção até 1859. Em 1867, 10 anos após, houve um incêndio no interior da mina, que a destruiu praticamente toda. Após este fato, novos poços (A e B) foram abertos, e as explorações foram reiniciadas em 1872. Em 1886, um novo desastre viria a interromper o processo de produção e, somente em 1892, com a perfuração dos poços C e D, com 700 metros de profundidade cada, a produção começou novamente a ser retomada. Esta foi aumentando progressivamente a partir de 1894, quando uma nova era se iniciou.
A Mina Grande foi fechada em agosto de 1995. Em 2003, foi realizada a desativação por completo da Mina Velha, considerada à época a mais antiga mina de ouro em atividade do mundo.
A Mina Velha (da superfície até o nível 7) tinha cerca de 600 m de profundidade. Já a Mina Grande (do nível 8 até o 29) seguia o mesmo filão aurífero, e atingiu uma profundidade de 2.453 m - ambas tinham acessos independentes. Em 2003, ano de fechamento da Mina Velha, foram contabilizadas mais de 570 t de ouro extraídas em toda a história da empresa até então. (1)
“A maior mina de ouro no Brasil em atividade, hoje, é a do Morro do Ouro, da Kinross, em Paracatu, MG, com produção de ROM, em 2010, de 46,3 milhões de t”. (2)
 
A primeira mina de carvão mineral, Santa Catarina
Coincidentemente, no mesmo ano de 1834, foram concluídos “pesquisas realizadas em 1833 por Alexandre Davidson e respectivos estudos, ambos objeto de relatório, em assuntos de carvão, enviado ao Governo Imperial: o relatório afirmava que as jazidas eram extensas e o carvão de boa qualidade, mas rendeu apenas mensagens políticas pedindo mais atenção ao assunto” (2) 
“Finalmente, a 9 de fevereiro de 1886, segue para o Porto de Imbituba o primeiro carregamento de carvão (...), 700 t (...), destinado a Buenos Aires”: “o carvão remetido a Buenos Aires (Argentina), custou à empresa mineradora 25$000 (vinte e cinco mil réis) a tonelada, considerando apenas o custo de produção, e foi vendido por apenas 6$000 (seis mil réis). Tamanha diferença, mais a concorrência com o carvão de Cardiff, importado da Inglaterra, levou a empresa à paralisação imediata de suas atividades” (3).
Como se pode ver, “mina” não era – e, ainda hoje, nem sempre o é – sinônimo de grandes lucros, como muitos ainda hoje imaginam, mas, sim, e não poucas vezes, exemplo de epopéia.
“A Primeira Guerra Mundial permitiu, num primeiro momento, um crescimento de produção de carvão na região, incentivando o ingresso de empresas nacionais, algumas das quais em atividade até o presente momento; entre elas destacaram-se a Companhia Carbonífera Urussanga (1918) e a Companhia Carbonífera Próspera (1921). Posteriormente, no Governo de Getúlio Vargas, foi implementada a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (1946)”. (4)
Atualmente, a mina maior produtora brasileira de carvão mineral (ROM) é a mina de Candiota, da Companhia Riograndense de Mineração - CRM, com 1,883 milhão de t de carvão mineral (ROM), em Candiota, RS. (2)
 
A mina de bauxita, Poços de Caldas, Minas Gerais
Em 22 de fevereiro de 1935, foi criada a Companhia Geral de Minas - CGM, “visando o aproveitamento da bauxita de Poços de Caldas, MG. Para este fim, foram construídas amplas instalações junto à linha férrea (...), com um potente moinho de minério, trazido da Argentina (...). A bauxita recebia um beneficiamento primário, sendo seca, moída e ensacada”. (5)
“Por aquisição das ações da CGM, (...) a Alcoa criou, em 25 de maio de 1965, a Companhia Mineira de Alumínio - Alcominas, (...) que inaugura sua fábrica em novembro de 1970, que constava de uma fábrica de alumina (óxido de alumínio - obtida da bauxita), com capacidade de 120 t/ano e uma sala de cubas, com capacidade de 60 t/ano de metal”, completando, assim, a industrialização da bauxita. (5)
No Brasil de hoje, a maior mina de bauxita é a do Aviso, em Oriximiná, PA, pertencente à Mineração Rio do Norte (MRN), com produção em 2010 (estimada) de 14,576 milhões t de ROM. (2)
 
A mina do Cauê, minério de ferro, Minas Gerais
Situada em Itabira, Minas Gerais, a mina do Cauê - também conhecida como “mina do Pico do Cauê” ou, simplesmente, “Cauê” - é, sem sombra de dúvida, um dos maiores ícones entre as minas brasileiras: “em 1973 tornou-se a maior mina do mundo ocidental”. (6)
Pertencente à então denominada Companhia Vale do Rio Doce – hoje Vale S.A.–, suas expressivas produções anuais e crescente importância internacional têm início, particularmente, com os denominados “Acordos de Washington, firmados em 03 de março de 1942, na capital norte americana e tendo como signatários Brasil, Estados Unidos e Inglaterra”, Acordos estes que, “entre outros pontos, definiram as bases para a organização no Brasil de uma companhia de exportação de minério de ferro”, tendo como base a jazida do Pico do Cauê (6).
Inicialmente, a mina do Cauê começou a ser lavrada “por processos rotineiros, sem nenhuma aparelhagem mecânica, sendo o minério transportado em caminhões até a ponta dos trilhos da EFVM (Estrada de Ferro Vitória a Minas), em Oliveira Castro (MG), a 22 km da jazida”: “a meta de exportação era de 1,5 milhão de t de minério de ferro” (6), quantidade extremamente expressiva para a época.
Não é nenhum exagero, certamente, dizer que a mina do Cauê reescreveu a história da Mineração no Brasil - e foi destaque, também, na Mineração mundial -, inclusive no que respeita ao intensivo uso de tecnologia de beneficiamento, como a concentração magnética de alta intensidade, uso esse que resultou na ampla utilização dos itabiritos do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, com o que o País teve um brutal aumento de suas reservas de minério de ferro, da ordem de dezenas de bilhões de toneladas, lavradas, beneficiadas e vendidas no mercado interno ou exportadas, inclusive sob a forma de pelotas.
O espetacular crescimento da Vale – que, dentre outras, detém e opera a maior mina de minério de ferro do Brasil, a N5 (Complexo Carajás), em Parauapebas, Pará, que em 2010 produziu cerca de 53 milhões t de ROM (2) – sem dúvida deve muito à mina do Cauê.
 
A mina da Serra do Navio, minério de manganês, Amapá
Primeiro empreendimento industrial de sucesso na Amazônia, a mina da Serra do Navio, da Icomi, foi inaugurada em 05 de janeiro de 1957 e, cinco dias depois, “acontecia o primeiro embarque do minério de manganês para o exterior. O Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, estava ao lado das mais destacadas personalidades da vida política e cultural do País” (7).
“Comparado com os processos rudimentares utilizados em Minas Gerais” (na grande maioria das minas do citado Estado), o minério de manganês da Serra do Navio era “fragmentado com dinamite, removido por escavadeiras, transportado em caminhões basculantes até o britador e daí, automaticamente, para lavagem e classificação, transportado por correia automática até os silos e daí levado, através de ferrovia, para o Terminal de Santana, descarregado em vagões e automaticamente embarcado por correias transportadoras. A capacidade do sistema era de 2000 t/h” (7).
Embora tecnologicamente a mina da Serra do Navio estivesse em dia com o que havia de mais moderno à época na Mineração mundial, a nosso ver, em uma leitura e visão de hoje, o mais importante a destacar, quando lembramos da referida mina, é a qualidade ambiental e social do empreendimento, que, dentre outros, construiu a primeira “Estação para tratamento de esgotos” da Amazônia na Vila Serra do Navio, bem como propiciou no Brasil, à época (anos 1950), orgulhosamente, por exemplo, índices de “Mortalidade por todas as causas - óbitos por 1000” semelhantes aos dos Estados Unidos (EEUU = 25,2; Serra do Navio, Brasil, Amazônia: 27,6) e de “Mortalidade Infantil - Coeficiente por 1000” melhores do que os de todos os maiores e/ou mais desenvolvidos países do mundo à época (Serra do Navio, Brasil, Amazônia = 3,4; União Soviética = 7,1; Estados Unidos = 9,3; Suécia = 9,8) (7): ou seja, Mineração com qualidade ambiental e responsabilidade social no Brasil não é “coisa de hoje”. 
A maior mina de manganês do País, hoje, é a do Azul, pertencente à Vale Manganês, que, em 2009, produziu 2,3 milhões t de ROM. (2)
 
As minas brasileiras e a construção do
desenvolvimento sustentável do País
A história das minas brasileiras e a de nossa Mineração exibe, a todos nós, um excelente painel de extrema coragem empreendedora, ações estatais e privadas, desenvolvimento tecnológico e multiplicação de reservas minerais, superação de desafios de logística e infra-estrutura, cuidados ambientais, responsabilidade social real, força exportadora, industrialização do País, formação educacional e cidadã de brasileiros em todos os rincões do nosso território - destacadamente em regiões ínvias e de difícil acesso - e, acima de tudo, compromisso com as novas gerações, como bem demonstram os registros, as experiências e o sucesso dos hospitais e escolas existentes em nossos empreendimentos minerais, com especial destaque para o cuidado e o carinho com a saúde materno-infantil.
Em outras palavras, no Brasil, Mineração tem sido, é e deverá continuar a ser exemplo de empenho na construção do desenvolvimento sustentável do País.

Metais Preciosos

Metais Preciosos




São chamados de metais preciosos (ou metais nobres) o ouro, a prata e os metais do grupo da platina. Estes compreendem platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio. O ouro e a prata são os mais importantes e os mais conhecidos. Mas a platina é bem mais valiosa. Na indústria joalheira, usa-se ouro, prata, platina, paládio e ródio, este último geralmente como revestimento de outros metais (banho de ródio). Os metais preciosos são todos raros na crosta terrestre, embora possam estar muito disseminados, como é o caso do ouro. Possuem alta densidade, são maleáveis (podem ser reduzidos a folhas) e dúcteis (podem ser reduzidos a fios).

O Ouro


Elemento Químico
O ouro é o elemento químico de número atômico 79 e massa atômica 196,97. É um metal do Grupo 1B da tabela periódica, como a prata e o cobre.

Mineral
O ouro raramente se combina com outros elementos, sendo, por isso, encontrado na natureza geralmente no estado nativo. Cristaliza na forma de cubos e octaedros, mas é muito mais 
Pepita de ouro
Pepita de ouro
comum encontrá-lo na forma de escamas, massas irregulares (pepitas) ou fios irregulares. É opaco e tem cor amarela típica, mas, quando pulverizado, pode ser vermelho, preto ou púrpura. Seu brilho é metálico, a dureza baixa (2,5 a 3,0) e a densidade muito alta (19,30).

A baixa dureza permite que ele seja facilmente riscado com um canivete ou mesmo com um pedaço de vidro. Devido à alta maleabilidade, quando martelado amassa em vez de quebrar. Se mordido, fica com marcas dos dentes. O brilho não é muito intenso, ao contrário do que muitos pensam.

A pirita é um sulfeto de ferro que, por sua semelhança com o ouro, é chamada popularmente de "ouro dos trouxas" ou "ouro dos tolos". Ela é, na verdade, até bem diferente do ouro. É bem mais leve que ele, não é maleável e seu brilho costuma ser bem mais forte. E, ao contrário do ouro, é comum aparecer na forma de belos cristais.

O ouro ocorre em aluviões e em veios de quartzo associados a rochas intrusivas ácidas. É encontrado também como teluretos e ligas naturais, pois geralmente contém algo de prata. Forma série isomórfica com a prata, ou seja, a mistura ouro-prata pode ocorrer em todas as proporções.

Está muito disseminado na crosta terrestre, geralmente associado ao quartzo ou à pirita. Estima-se haver quase nove milhões de toneladas de ouro dissolvido na água do mar. Um dos poucos elementos com o qual o ouro se combina é o telúrio, formando teluretos. Assim, esse metal é encontrado em minerais como krennerita, calaverita e silvanita. A liga com prata chama-se eletro.

Metal
O ouro é o mais maleável e o mais dúctil dos metais. Com 1 g desse metal, podem-se obter até 2.000 m de fio ou lâminas de 0,96 m² e apenas 0,0001 mm de espessura. É bom condutor de calor e eletricidade e não é afetado nem pelo ar, nem pela maioria dos reagentes químicos. Há quem o considere o mais belo dos elementos químicos. Seu ponto de fusão é 1.063 °C.

Fontes de Obtenção
Os principais minerais fornecedores de ouro são ouro nativo, krennerita, calaverita, eletro, silvanita e pirita. Ele é obtido também na metalurgia de vários metais. Estudos indicam que o metabolismo da bactéria ralstonia metallidurans leva à formação de pepitas de ouro.

Usos
Acervo do Metropolitan Museum of Arts (Nova Iorque). Foto: P.M.Branco
Acervo do Metropolitan Museum of Arts (Nova Iorque). Foto: P.M.Branco
O ouro é usado principalmente em moedas; em segundo lugar, em joias e decoração. É útil também em odontologia (hoje muito pouco usado), instrumentos científicos, fotografia e indústria eletrônica. Para confecção de joias, usam-se ligas com 75% de ouro (o chamado ouro 18 quilates) ou, às vezes, com apenas 58,33% (ouro 14 quilates). É empregado também em fotografia, na forma de ácido cloro-áurico (HAuCl4), e na indústria química, em ligas com cobre, prata, níquel e outros metais. A foto ao lado mostra sandálias e dedeiras de ouro da antiga civilização egípcia. As sandálias foram escurecidas para se assemelharem ao couro.

Quem tem uma joia e não sabe ao certo se ela é feita com ouro, deve fazer o teste usando água-régia, uma mistura de ácido nítrico com um volume três ou quatro vezes maior de ácido clorídrico, ambos concentrados. As agências de penhores da Caixa Econômica Federal fazem esse teste, que indica se a joia é feita com ouro e se se trata de ouro 18 quilates ou outro tipo de liga (ouro puro não se usa em joias).

Principais Produtores
É produzido principalmente na África do Sul (11 % da produção mundial em 2006), seguindo-se EUA, Austrália, China e Peru. Entre 1700 e 1850, o Brasil foi o maior produtor de ouro do mundo, com um total de 16 toneladas no período de 1750-1754, originada predominantemente das aluviões da região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. A importância do Brasil continuou crescente até a primeira metade do século XIX, quando perdeu a liderança diante das grandes descobertas de ouro aluvionar da Califórnia, nos Estados Unidos.

Entre 1965 e 1996, nossa produção alcançou 877 toneladas, representando cerca de 4% da produção mundial. O ouro brasileiro é extraído principalmente em Minas Gerais e no Pará. Em 2003, a produção foi de 40,4 t e em 2004, de 47,6 t de ouro. Segundo o Mapa de Reservas de Ouro do Brasil, elaborado em 1998 pelo Serviço Geológico do Brasil, as reservas em ouro brasileiras são estimadas em 2.283 toneladas.

Preço
O preço do ouro varia constantemente, já que é muito usado como investimento. Em 29 de junho de 2007, a onça-troy (31,103 gramas) valia US$ 647, metade do preço da platina (US$ 1.273), mas quase o dobro do preço do paládio (US$ 365).

Curiosidade
Estima-se que todo o ouro do planeta daria para fazer um cubo de 15 m de aresta. Em 1999, joalheiros de Dubai fizeram a maior corrente de ouro do mundo: 4.382 m. Usaram ouro 22 quilates e gastaram cerca de US$ 2 milhões. A peça foi vendida em praça pública, em pedaços.



A Prata


Elemento Químico
A prata é o elemento de número atômico 47 e massa atômica 107,87. É um metal do grupo 1B, como o ouro e o cobre.

Mineral
A prata cristaliza no sistema cúbico (como o ouro) e seus cristais podem ser cubos, dodecaedros ou octaedros. Entretanto, eles são raros e o mineral é geralmente acicular, fibroso, dendrítico ou irregular. 
Prata de hábito filiforme. Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais.
Prata de hábito filiforme. Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais.
Tem cor cinza (prateada), inclusive quando em pó. Não tem clivagem. Sua dureza é baixa (2,5 a 3,0); e a densidade, alta (10,50), mas muito inferior à do ouro. Ocorre em filões. Possui intenso brilho metálico, o qual enfraquece se o ar contiver enxofre, o que geralmente ocorre nas cidades.

Metal 
A prata é um metal muito dúctil e maleável. Permite obter lâminas com 0,003 mm de espessura e fios de 100 m pesando apenas 38 mg. Duas peças de prata podem ser soldadas a marteladas, desde que aquecidas a 600ºC. Seu ponto de fusão é 960 °C. É o metal que melhor conduz o calor e a eletricidade. Tem propriedades semelhantes às do Cu e do Au.

Fontes de Obtenção
A prata forma 129 minerais, sendo extraída de muitos deles, como pirargirita, argentita, acantita, cerargirita, galena argentífera, stromeyerita, tetraedrita, pearceíta, proustita, stephanita, tennantita, polibasita, silvanita e prata nativa. Pode ser obtida também como subproduto na metalurgia do zinco, do ouro, do níquel e do cobre. Ela está muitíssimo menos disseminada que o ouro na natureza.

Usos 
Usa-se prata em: moedas, espelhos, talheres, joalheria, odontologia (como amálgama), soldas, explosivos (fulminato), chuvas artificiais (iodeto), óptica (cloreto), fotografia (nitrato), germicida, objetos ornamentais e ligas com cobre. Para joias e objetos ornamentais, usam-se ligas com 10% de cobre (prata 90 ou prata 900) ou, mais frequentemente, com 95% de prata (prata 950).

Principais Produtores
O maior produtor de prata é o México, com 2.748 t (dados de 2002), seguindo-se Peru, China e Austrália, todos com mais de 2.000 t. O Brasil produziu em 2002 apenas 10 t, em Minas Gerais e sobretudo no Paraná, como subproduto do chumbo. 

Curiosidade
A maior pepita de prata conhecida foi encontrada em Sonora (México) e tinha 1.026 kg.



A Platina


Cristal de platina (Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais - O Mineral
Cristal de platina (Fonte: Korbel, P. & Novák, M. Enciclopédia de Minerais - O Mineral
Elemento Químico
A platina é o elemento químico de número atômico 78 e massa atômica 195,09. Pertence ao grupo 8B da tabela periódica, junto com o níquel e o paládio.

Mineral
A platina é um mineral do sistema cúbico, geralmente encontrada em grãos irregulares, raramente em octaedros ou cubos. Tem cor cinza-aço, traço cinza brilhante, brilho metálico, sem clivagem. É, às vezes, magnética. Tem dureza 4,0 a 4,5 e densidade 21,40 (altíssima).

Metal
A platina é um metal maleável, dúctil, resistente à corrosão pelo ar, solúvel em água-régia. Absorve hidrogênio como o paládio. Provoca explosão do hidrogênio ou do oxigênio. Seu ponto de fusão é 1.773,5 °C.

Fontes de Obtenção
Pode ser extraída de vários minerais: sperrylita, platini­rídio, polixênio, cooperita e ferroplatina. A platina nativa ocorre na natureza geralmente misturada com ferro, irídio, paládio e níquel. Ocorre em aluviões e em rochas básicas, como dunitos, piroxenitos e gabros.

Usos
É empregada em joalheria (com 35% de paládio e 5% de outros metais), instrumental para laboratório, odontologia, eletricidade, ogivas de mísseis, catalisadores, pirômetros, liga com cobalto, fornos elétricos de alta temperatura, fotografia e em vários outros produtos industriais.

Principais Produtores
A platina é produzida principalmente pela África do Sul (134 t em 2002), seguindo-se Rússia (35 t), Canadá (7 t) e Estados Unidos (4,39 t).

Preço
Em 29 de junho de 2007, a onça-troy de platina valia US$ 1.273, quase o dobro do preço do ouro (US$ 647).

Curiosidade
Em 1985, foi exposto em Tóquio (Japão) um vestido feito à mão com fios de platina, pesando 12 kg e avaliado em um milhão de dólares.




O Paládio


Elemento Químico
O paládio tem número atômico 46 e massa atômica 106,4. Pertence ao mesmo grupo da platina (8B).

Mineral
É um mineral do sistema cúbico, de cor cinza-aço, que ocorre na forma de grãos (pepitas), às vezes com estrutura fibrorradiada. É séctil, de brilho metálico. Tem dureza 4,5 a 5,0 e densidade 11,40.

Metal
O paládio é inoxidável, dúctil e muito maleável, podendo ser reduzido a folhas de 0,0001 mm de espessura. Seu ponto de fusão é 1.500 °C. Tem notável capacidade de absorção de hidrogênio (até 900 vezes seu próprio volume), formando possivelmente PdH2.

Fontes de Obtenção
O paládio é extraído dos minerais de platina.

Usos
É usado como catalisador, em instrumentos odontológicos (prótese e ortodontia) e cirúrgicos e em relojoaria e joalheria (neste caso como substituto da platina). Forma ligas com ouro (ouro marrom, ouro branco-médio, ouro branco-suave).

Principais Produtores
Em 2002, o maior produtor de paládio foi a Rússia (84 t), seguindo-se África do Sul, Estados Unidos e Canadá.

Preço
Em 29 de junho de 2007, a onça-troy de paládio valia US$ 365, pouco mais da metade do valor do ouro (US$ 647).

Curiosidade
O nome do paládio deriva de Pallas, planetoide descoberto em 1802, um ano antes de se descobrir o elemento. O mineral paládio foi descoberto pela primeira vez em Morro do Pilar, Minas Gerais.

Expansão da maior mina de ouro do país assusta moradores de Paracatu MG BRASIL..

Expansão da maior mina de ouro do país assusta moradores de Paracatu)


A proximidade entre as atividades de mineração e os bairros da cidade e a possibilidade de intoxicação por metais pesados liberados durante a extração do ouro deixam a população de Paracatu preocupada
A proximidade entre as atividades de mineração e os bairros da cidade e a possibilidade de intoxicação por metais pesados liberados durante a extração do ouro deixam população de Paracatu preocupadaJosé Cruz/Agência Brasil
Localizada na região noroeste de Minas Gerais e conhecida como Cidade do Ouro, Paracatu conta atualmente com a maior mina de ouro do país e a maior do mundo a céu aberto. A mineração no chamado Morro do Ouro, liderada pela empresa canadense Kinross Gold Corporation, representa a principal atividade industrial para a geração de emprego e renda na região, mas assusta moradores do pequeno município.
A proximidade entre as atividades de mineração e os bairros da cidade e a possibilidade de intoxicação por metais pesados liberados durante a extração do ouro deixam a população preocupada.
Em 2006, a mineradora iniciou um projeto de expansão para elevar a capacidade de produção da mina de Paracatu de 5 para 15 toneladas anuais de ouro até setembro de 2008. O projeto também ampliava em mais de 30 anos o tempo de vida útil da mina. As atividades exigiram ainda a criação de uma nova barragem para o despejo de rejeitos – material que sobra do processo de separação do ouro.
Um dos bairros diretamente atingidos pela expansão da mineradora é o Alto da Colina. No local, ainda é possível ver postes de iluminação e árvores frutíferas onde antes havia ruas e casas. Os terrenos foram comprados pela Kinross e cercados. Nos locais, uma placa indica: “propriedade privada”.

“Já ouvi histórias sobre ficar doente por causa da mineração. A poeira no bairro é escura, cinzenta e tem cheiro ruim. Além disso, todos os dias, na parte da tarde, temos a detonação agendada [explosões controladas feitas pela mineradora para a quebra da rocha], que balança tudo. Já chegou a derrubar vasilhas.”
Cleonice Magalhães, de 33 anos, chegou a ser sondada para vender o terreno, mas permanece no bairro. “Mudou muita coisa por aqui. A gente tinha muita vizinhança. O bairro era tranquilo, sem barulho”, contou a dona de casa, que mora no local com o marido e dois filhos.
No bairro Amoreiras 2, também vizinho à mina, os moradores demonstram preocupação com o avanço da mineração. A aposentada Ermelinda da Silva Pereira, de 66 anos, mudou para o local há sete anos, quando vendeu a casa onde morava em outra região de Paracatu para a Kinross. “Saí, mas continuo vizinha da mineradora. É muita poeira e muito barulho. A casa vive cheia de rachaduras por causa das detonações. E o ruim disso tudo é que o ouro não fica aqui. É exportado”, reclamou.
Mesmo no centro histórico da cidade, mais distante da mina, é possível sentir os tremores provocados pela mineradora.
O geólogo e diretor da Fundação Acangaú, Márcio José dos Santos, mora em Paracatu há 26 anos e critica fortemente o fato de as atividades da empresa serem executadas tão perto do município.
“O projeto de lavra, no início, era curto, de 15 anos, mas a empresa veio com um plano de expansão”, contou. Ele lembrou que a região vive longos períodos de estiagem e que a poeira carregada de metais pesados é perigosa para a saúde humana, sobretudo para os que vivem em bairros periféricos e mais próximos à mina. “Quando um processo de contaminação se inicia, é muito difícil reverter. A tendência é a acumulação”, alertou.
A secretária de Saúde da cidade, Nádia Maria Roquete Franco, destacou que, em 2013, a prefeitura divulgou um estudo garantindo que a população da cidade estava livre de qualquer tipo de intoxicação – inclusive por arsênio, liberado pela mineração de ouro a céu aberto. Foram colhidas amostras de urina, sangue e cabelo dos habitantes. Também foi feita uma análise da água consumida pela população. Ela admite, entretanto, que vê com preocupação a aproximação da mineradora com a cidade e defende um monitoramento constante das atividades e da saúde dos moradores.
“É prudente para o município fazer esse tipo de estudo a cada quatro ou cinco anos”, disse. “Mas a população não precisa estar alarmada em relação ao arsênio. Mitos e boatos são muito difíceis de serdesmistificados, mas a pesquisa está à disposição para quem quiser ver.”
A Kinross Gold Corporation, por sua vez, informou que também fez um estudo que comprova que não há perigo de intoxicação para a população paracatuense. Além de amostras de urina, sangue, cabelo e água, a empresa diz que analisou a qualidade da poeira nas regiões próximas da mina. Em todos os casos, as concentrações de arsênio foram consideradas abaixo do nível permitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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domingo, 19 de abril de 2015

Colar mais caro do mundo entra no Guinness Book

Colar mais caro do mundo entra no Guinness Book



O colar conhecido como "The incomparable necklace" (O colar incomparável) foi exibido nesta sexta-feira em um evento em Singapura.
A joia, de 637 quilates, é de ouro e possui um enorme diamante amarelo, apelidado de "O Gigante de Ouro".
Ela entrou para o livro dos recordes, o Guinness Book, como o colar mais caro do mundo, avaliado em US$ 55 milhões.
colar mais caro do mundo
Roslan Rahman / AFP Photo

sábado, 18 de abril de 2015

Mineradora descobre jazimento de antimônio quando pesquisava ouro

Mineradora descobre jazimento de antimônio quando pesquisava ouro 




A mineradora New World Gold Corporation descobriu um depósito de antimônio quando prospectava ouro em uma de suas concessões minerais nos Andes.

Sem perder tempo a empresa já está negociando com possíveis compradores chineses, já que a China é a maior mineradora de antimônio do mundo produzindo mais de 84% do antimônio do planeta.

O antimônio é utilizado na indústria do aço, em ligas com o estanho e na microeletrônica. Minerais de antimônio frequentemente se associam ao ouro em jazimentos ricos em sulfetos e sulfosais.



Imagem: estibinita, sulfeto de antimônio. O principal mineral de antimônio



O Gossan

O Gossan


Gossan, segundo a definição original é o produto do intemperismo sobre sulfetos maciços de minérios econômicos. Um sulfeto maciço, por sua vez tem que ter mais de 50% do peso em sulfetos... Esta é a definição inicial, que está sendo abandonada. Hoje, a visão dos Geólogos de Exploração sobre os gossans evoluiu: gossans são produtos de intemperismo de rochas sulfetadas não necessariamente maciças e não necessariamente derivados de sulfetos economicamente interessantes. Eles são também chamados de chapéus de ferro (Francês). Em alguns casos são chamados de gossans os ironstones derivados do intemperismo sobre carbonatos ricos em ferro como a siderita.
Os principais minerais de um gossan são a goethita e hematita. Outros hidróxidos de ferro comuns são geralmente agrupados como limonitas. Estes óxidos conferem à rocha a sua característica ferruginosa com cores fortes, ocre vermelho-amareladas. A rocha encontra-se na superfície podendo ou não estar em cima dos sulfetos originais. Gossans podem ser transportados. Neste caso os óxidos migraram e se precipitaram longe dos sulfetos de orígem.
Em geral um gossan é poroso e pulverulento. Seus minerais são formados pela decomposição dos sulfetos com formação de ácido sulfúrico. O ácido acelera sobremaneira a decomposição dos minerais, lixiviando parcial ou totalmente os elementos solúveis. A lixiviação pode ser tão intensa que os elementos solúveis como zinco ou até mesmo o cobre podem não mais estar presentes no gossan. Portanto a simples avaliação química de um deve levar em conta, também, aqueles elementos traços menos móveis que talvez estejam ainda presentes e que possam caracterizar a rocha como interessante. Esses estudos de fingerprinting são fundamentais quando o assunto é gossan.
Durante o processo de decomposição é comum que a textura original dos sulfetos se mantenha de uma forma reliquial: as chamadas boxwork textures. Texturas boxworks são entendidas por um pequeno e seleto grupo de geólogos. Elas indicam, em um grande número de casos, qual foi o sulfeto original. Em muitos gossans os boxworks só podem ser vistos ao microscópio petrográfico.
Foi essa correlação entre textura boxwork e o sulfeto original que gerou trabalhos clássicos sobre gossans, como o do pioneiro Ronald Blanchard ou o do colega Ross Andrew, possivelmente inexistentes nas bibliotecas das escolas de geologia. A determinação dos sulfetos a partir das texturas é uma arte que está sendo perdida nos nossos dias e tende a desaparecer com a chegada dos equipamentos de raio x portáteis.
Gossan BlocksGossan piritaCarbonatoGold em gossanOpaline Gossan Calcopirita gossan 
Blocos de gossan
 calcopirita
Gossan sobre pirita
boxworks cúbicos
Pseudo gossan sobre carbonatosOuro em gossanGossan silicoso (opaline gossan)
Cu-Ni 
Gossan sobre calcopirita maciça
Foi através da descoberta de gossans na superfície que foram descobertas a maioria das jazidas de níquel sulfetado tipo Kambalda na Austrália na década de 60 e 70. Nesta época, a capacidade do Geólogo de distinguir entre gossans derivados de sulfetos de Cu-Ni dos derivados de sulfetos estéreis como a pirita e pirrotita foi o diferencial entre os bem sucedidos e os losers. Foi nesta época que se desenvolveu a microscopia de gossans pois, como dissemos acima, muitos gossans tiveram seus elementos econômicos lixiviados quase que totalmente restando somente o estudo de boxworks para a identificação dos sulfetos originais.
A determinação e estudo de gossans e de boxwork textures  levou à descoberta de inúmeros porphyry coppers como muitos dos gigantescos depósitos de Cu-Au-Mo dos Estados Unidos, Andes e mesmo na Ásia.
No Brasil é clássico o gossan de Igarapé Bahia, que foi lavrado por anos a céu aberto como um minério de ouro apenas...até a descoberta de calcopirita (Depósito Alemão) associada a magnetita, em profundidades de 100m. Se os Geólogos da Vale entendessem de gossans, naquela época, a descoberta do Alemão não seria feita por geofísica com décadas de atraso como foi o caso.
Mesmo descobertas como o depósito de Cobre de alto teor Mountain City em Nevada, 1919, foi uma decorrência de um estudo feito por um prospector de 68 anos chamado Hunt em um gossan tido como estéril. O gossan, que não tinha traços de cobre, jazia poucos metros acima de um rico manto de calcocita...O Hunt não sabia o que era um gossan mas acreditava que a rocha era um leached cap ou um produto de lixiviação de sulfetos. Ele tinha o feeling, coisa que todo o Geólogo de Exploração deve ter.  Exemplos como estes devem bastar para que você se convença da importância dos gossans na pesquisa mineral.
A foto do gossan silicoso é um excelente exemplo. Eu coletei essa amostra exatamente sobre um sulfeto maciço de Cu-Ni no Limpopo Belt em Botswana (Mina de Selebi Phikwee) minutos antes do gossan ser lavrado. O gossan estava 5 metros acima do sulfeto fresco...Neste caso o gossan é constituído quase que exclusivamente por sílica (calcedônia) de baixa densidade (devido aos poros microscópicos). Até o ferro foi remobilizado desta amostra. A cor amarelada da amostra se mesclava com cores avermelhadas no afloramento. Somente ao microscópio que aparecem os boxworks de calcopirita e de pirrotita e pentlandita. Selebi-Phikwe em produção desde 1966 deverá ser fechada ainda este ano.
Com certeza esse foi o último opaline gossan de Selebi-Phikwe. O mais interessante é que as análises que eu fiz no Brasil mostraram cobre abaixo de 100ppm e níquel em torno de 150ppm. Em outras palavras qualquer um que coletar uma amostra em ambiente ultramáfico que analise 70 ppm de Cu e 150ppm de Ni não vai soltar foguetes. Vai simplesmente desconsiderar a amostra e partir para outra. Ele poderá estar perdendo uma oportunidade extraordinária por desconhecer o que um gossan.
Se você ainda não está convencido da importância dos gossans entre no Google e pesquise duas palavras: gossan discovery. O Google vai listar milhares de papers sobre descobertas minerais feitas a partir de um afloramento de gossan.

LAMPROITE-HOSTED DIAMONDS

LAMPROITE-HOSTED DIAMONDS
by Jennifer Pell
Consulting Geologist
 
Ref: diamantes, lamproitos, xenocristais, manto, olivina lamproito, piroclásticas, brechas
 
Pell, J. (1998): Lamproite-hosted Diamonds, in Geological Fieldwork 1997, British Columbia Ministry of Employment and Investment, Paper 1998-1, pages 24M-1 to 24M-4.
IDENTIFICATION
SYNONYMS: None.
COMMODITY: Diamonds.
EXAMPLES (British Columbia (MINFILE #) - Canada/International): No B.C. examples; Argyle, Ellendale (Western Australia), Prairie Creek (Crater of Diamonds, Arkansas, USA), Bobi (Côte d'Ivoire), Kapamba (Zambia), Majhgawan (India).
GEOLOGICAL CHARACTERISTICS
CAPSULE DESCRIPTION: Diamonds occur as sparse xenocrysts and in mantle xenoliths within olivine lamproite pyroclastic rocks and dikes. Many deposits are found within funnel-shaped volcanic vents or craters. Lamproites are ultrapotassic mafic rocks characterized by the presence of olivine, leucite, richterite, diopside or sanidine.
TECTONIC SETTING: Most olivine lamproites are post-tectonic and occur close to the margins of Archean cratons, either within the craton or in adjacent accreted Proterozoic mobile belts.
DEPOSITIONAL ENVIRONMENT / GEOLOGICAL SETTING: Olivine lamproites are derived from metasomatized lithospheric mantle. They are generally emplaced in high-level, shallow "maar-type" craters crosscutting crustal rocks of all types.
AGE OF MINERALIZATION: Any age except Archean. Diamondiferous lamproites range from Proterozoic to Miocene in age.
HOST/ASSOCIATED ROCK TYPES: Olivine lamproite pyroclastic rocks and dikes commonly host mineralization while lava flows sampled to date are barren. Diamonds are rarely found in the magmatic equivalents. Lamproites are peralkaline and typically ultrapotassic (6 to 8% K2O). They are characterized by the presence of one or more of the following primary phenocryst and/or groundmass constituents: forsteritic olivine; Ti-rich, Al-poor phlogopite and tetraferriphlogopite; Fe-rich leucite; Ti, K-richterite; diopside; and Fe-rich sanidine. Minor and accessory phases include priderite, apatite, wadeite, perovskite, spinel, ilmenite, armalcolite, shcherbakovite and jeppeite. Glass and mantle derived xenocrysts of olivine, pyrope garnet and chromite may also be present.
DEPOSIT FORM: Most lamproites occur in craters which are irregular, asymmetric, and generally rather shallow (often the shape of a champagne glass), often less than 300 metres in depth. Crater diameters range from a few hundred metres to 1500 metres. Diamond concentrations vary between lamproite phases, and as such, ore zones will reflect the shape of the unit (can be pipes or funnel-shaped). The volcaniclastic rocks in many, but not all, lamproite craters are intruded by a magmatic phase that forms lava lakes or domes.
TEXTURE/STRUCTURE: Diamonds occur as discrete grains of xenocrystic origin that are sparsely and randomly distributed in the matrix of lamproites and some mantle xenoliths.
ORE MINERALOGY: Diamond.
GANGUE MINERALOGY (Principal and subordinate): Olivine, phlogopite, richterite, diopside, sanidine; priderite, wadeite, ilmenite, chromite, perovskite, spinel, apatite, pyrope garnet.
ALTERATION MINERALOGY: Alteration to talc carbonate sulphide or serpentine -septechlorite + magnetite has been described from Argyle (Jacques et al., 1986). According Scott Smith (1996), alteration to analcime, barite, quartz, zeolite, carbonate and other minerals may also occur. Diamonds can undergo graphitization or resorption.
WEATHERING: Clays, predominantly smectite, are the predominant weathering product of lamproites.
ORE CONTROLS: Lamproites are small-volume magmas which are confined to continental regions. There are relatively few lamproites known world wide, less than 20 geological provinces, of which only seven are diamondiferous. Only olivine lamproites are diamondiferous, other varieties, such as leucite lamproites presumably did not originate deep enough in the mantle to contain diamonds. Even within the olivine lamproites, few contain diamonds in economic concentrations. Controls on the differences in diamond content between intrusions are not completely understood. They may be due to: different depths of origin of the magmas (above or below the diamond stability field); differences in the diamond content of the mantle sampled by the lamproite magma; differences in degrees of resorption of diamonds during transport; or some combination of these factors.
GENETIC MODEL: Lamproites form from a small amount of partial melting in metasomatized lithospheric mantle at depths generally in excess of 150 km (i.e., within or beneath the diamond stability field). The magma ascends rapidly to the surface, entraining fragments of the mantle and crust en route. Diamonds do not crystallize from the lamproite magma. They are derived from harzburgitic peridotites and eclogites within regions of the sub-cratonic lithospheric mantle where the pressure, temperature and oxygen fugacity allow them to form in situ. If a lamproite magma passes through diamondiferous portions of the mantle, it may sample them and bring diamonds to the surface provided they are not resorbed during ascent.
ASSOCIATED DEPOSIT TYPES: Diamonds can be concentrated by weathering to produce residual concentrations or by erosion and transport to create placer deposits (C01, C02, C03). Kimberlite-hosted diamond deposits (N02) form in a similar manner, but the magmas may be of different origin.
EXPLORATION GUIDES
GEOCHEMICAL SIGNATURE: Lamproites can have associated Ni, Co, Ba and Nb anomalies in overlying residual soils. However, these may be restricted in extent since lamproites weather readily and commonly occur in depressions and dispersion is limited. Caution must be exercised as other alkaline rocks can give similar geochemical signatures.
GEOPHYSICAL SIGNATURE: Geophysical techniques are used to locate lamproites, but give no indication as to their diamond content. Ground and airborne magnetometer surveys are commonly used; weathered or crater-facies lamproites commonly form negative magnetic anomalies or dipole anomalies. Some lamproites, however, have no magnetic contrast with surrounding rocks. Various electrical methods (EM, VLF, resistivity) in airborne or ground surveys are excellent tools for detecting lamproites, given the correct weathering environment and contrasts with country rocks. In general, clays, particularly smectite, produced during the weathering of lamproites are conductive; and hence, produce strong negative resistivity anomalies.
OTHER EXPLORATION GUIDES: Heavy indicator minerals are used in the search for diamondiferous lamproites, although they are usually not as abundant as with kimberlites. Commonly, chromite is the most useful heavy indicator because it is the most common species and has distinctive chemistry. To a lesser extent, diamond, pyrope and eclogitic garnet, chrome spinel, Ti-rich phlogopite, K-Ti-richterite, low-Al diopside, forsterite and perovskite can be used as lamproite indicator minerals. Priderite, wadeite and shcherbakovite are also highly diagnostic of lamproites, although very rare.
ECONOMIC FACTORS
TYPICAL GRADE AND TONNAGE: When assessing diamond deposits, grade, tonnage and the average value ($/carat) of the diamonds must be considered. Diamonds, unlike commodities such as gold, do not have a set value. They can be worth from a few to thousands of $/carat depending on their quality (evaluated on the size, colour and clarity of the stone). Argyle is currently the only major lamproite-hosted diamond mine. It contains at least 75 million tonnes, grading between 6 and 7 carats of diamonds per tonne (1.2 to 1.4 grams/tonne). The Prairie Creek mine produced approximately 100 000 carats and graded 0.13 c/t. Typical reported grades for diamond-bearing lamproites of <0.01 to .3 carats per tonne are not economic (Kjarsgaard, 1995). The average value of the diamonds at Argyle is approximately $US 7/carat; therefore, the average value of a tonne of ore is approximately $US 45.50 and the value of total reserves in the ground is in excess of $US 3.4 billion.
END USES: Gemstones; industrial uses such as abrasives.
IMPORTANCE: Olivine lamproites have only been recognized as diamond host rocks for approximately the last 20 years as they were previously classified as kimberlites based solely on the presence of diamonds. Most diamonds are still produced from kimberlites; however, the Argyle pipe produces more carats per annum (approximately 38,000 in 1995), by far, than any other single primary diamond source. Approximately 5% of the diamonds are good quality gemstones.