terça-feira, 26 de julho de 2016

MINÉRIOS DO PARÁ - SERRA PELADA

MINÉRIOS DO PARÁ - SERRA PELADA


A Serra Pelada é uma serra brasileira localizada no sudeste do estado do Pará. Se tornou muito conhecida durante a década de 1980 por uma corrida do ouro moderna, tendo sido o local do maior garimpo a céu aberto do mundo, de onde foram extraídas, oficialmente, 30 toneladas de ouro. Localiza-se no município de Curionópolis, a aproximadamente 35 quilômetros da sede do município.

A serra é um complexo mineral que abrange uma área de aproximadamente 5 mil hectares. Hoje existem diversas cooperativas atuantes na área defendendo os direitos minerários de seus cooperados concedidos pelo DNPM - Departamento nacional de Pesquisas Minerais, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.

 Em 1982, devido à grande fama alcançada pelo garimpo de Serra Pelada, foi gravado no local o filme Os Trapalhões na Serra Pelada, que foi estrelado pela célebre trupe humorística Os Trapalhões.
Atualmente, a antiga cava onde se situava o garimpo é um lago com 100 metros de profundidade. Estima-se que existam no local cerca de 350 toneladas de metais preciosos, entre ouro, platina e paládio.

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Devido à recente valorização do ouro no mercado internacional após a crise econômica de 2008-2012, muitos garimpos até então desativados, passaram a ser reabertos. Em 2011, a empresa de mineração canadense Colossus Minerals Inc. se associou à Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (COOMIGASP), formando a joint venture Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), que irá explorar de forma mecanizada o ouro de Serra Pelada a partir de 2017

A nova corrida do ouro em Serra Pelada


No local onde existiu o maior garimpo do mundo, ainda há muito ouro. Em 2017, esse tesouro começará a ser explorado de forma organizada e com o uso de tecnologia moderna

Vinte e cinco anos depois do fechamento do maior garimpo do mundo, Serra Pelada voltará a produzir ouro. No lugar dos 100.000 homens de todas as partes do Brasil que se amontoaram nos terraços enlameados de uma cratera cavada no sul do Pará em busca do metal precioso, em condições precárias, haverá máquinas modernas operadas por funcionários com carteira assinada e protegidos por equipamentos de segurança. Em vez de garimpeiros agachados em frente a uma fogueirinha fervendo mercúrio em uma panela para separar as partículas de ouro da terra, serão utilizados complexos processos não poluentes de decantação, flotação e fundição para produzir barras de ouro de 25 quilos com 80% de pureza.

Nas próximas semanas, a mineradora canadense Colossus Minerals, que está investindo 700 milhões de reais em Serra Pelada, concluirá a medição da reserva ainda intocada, que escapou às escavações artesanais dos garimpeiros na década de 80. Em 2010, quando a cooperativa dos garimpeiros ganhou do governo federal o direito de retomar a exploração de seu tesouro, os técnicos do Ministério de Minas e Energia estimaram em 50 toneladas a quantidade de ouro ainda existente no local. Se o cálculo se confirmar, será mais do que se conseguiu extrair nos sete anos em que o garimpo funcionou, entre 1980 e 1987 (40 toneladas).

Os velhos métodos, contudo, não servem mais. O ouro remanescente encontra-se misturado em uma camada de argila, a 200 metros de profundidade, que se estende a sudoeste da cratera aberta nos anos 80.

Os garimpeiros não sabiam disso e, depois de retirar o ouro que estava mais próximo à superfície, continuaram cavando na vertical. Em vão.

Eles já não conseguiam encontrar uma quantidade significativa do minério e acabaram atingindo um lençol freático, que começou a inundar o garimpo. O governo, então, mandou interromper as atividades no local. Para retomar a exploração, a cooperativa teve de criar a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, uma joint venture com a empresa canadense. Os 38.000 garimpeiros cooperados não precisarão fazer nada além de dividir entre si 25% dos lucros da operação.

Na Vila de Serra Pelada, situada no município de Curionópolis, há uma gameleira de 15 metros de altura que serve de ponto de encontro de homens que há trinta anos sonham com a reabertura do seu Eldorado.
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A árvore ganhou o apelido de “Pau da Mentira”, por causa das histórias improváveis contadas à sua sombra, mas bem que agora poderia ter seu nome mudado para “Pau da Esperança

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