domingo, 23 de outubro de 2016

GEMAS PRECIOSAS

A gama de cores da natureza
A maioria das gemas é formada de minerais que crescem em determinadas formas cristalinas, arranjadas geometricamente, lapidáveis e dotadas de um grau superior de dureza. Mas estão também incluídos nessa classe, materiais orgânicos como os corais, âmbar e pérola.
Há 7 mil anos exercem grande atração sobre o homem. As primeiras conhecidas foram: ametista, cristal de rocha, âmbar, granada, jade, coral, lápis lazuli, pérola, serpentina, esmeralda e turquesa.
Em tempos remotos foram utilizadas como amuletos e talismãs, e ainda o são nos dias de hoje. Protegiam contra fantasmas e agradavam aos anjos. Podiam repelir o mal, proteger de envenenamentos, tornar graciosas as princesas, conduzir marinheiros de volta ao lar.
Existem superstições relacionadas às mais diversas gemas de adorno.
A turquesa era considerada pelos antigos como proteção ao cavaleiro e cavalo.
O rubi era chamado pedra de sangue. Gladiadores o utilizavam para estancar sangramentos.
A ametista podia deixar totalmente sóbrio aquele que ingeria inúmeras taças de vinho.
A água-marinha, associada ao próprio nome, era a pedra dos marinheiros, concedia o benefício de guiá-los de volta à casa.
No período da Peste Negra, a opala servia como um detector dessa doença. Ao ser usada por uma pessoa, se adquirisse a aparência opaca e fosca indicava o início desse mal.
Ao jade era creditado o poder de impedir a putrefação de corpos enterrados.
As pedras que necessitavam de lapidação para mostrar seu brilho e beleza simbolizavam uma humanidade que precisava ser purificada, enquanto os cristais de rocha, mais puros, eram o símbolo da virtude perfeita. A iconografia cristã interpreta-o como o símbolo da Virgem Maria. Muitas vezes esses cristais eram utilizados como corpos refletores auxiliando a meditação e exercendo poder curativo.
Atualmente as correntes esotéricas designam certas qualidades e dádivas para as gemas utilizando-as em diversos tratamentos inclusive na cromoterapia.
Existe uma intrigante analogia com relação aos 12 signos do zodíaco, as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos.
Nos “Livros das Pedras” dos antigos (Orfeu, Latinus, Teofrasto) a relação entre gemas e os signos é a seguinte: Áries = Hematita; Touro = Esmeralda; Gêmeos = Pedras multicoloridas; Câncer = Adulária; Leão = Rubi ou Diamante; Virgem = Berilo; Libra = Ágata; Escorpião = Ametista; Sagitário = Turquesa; Capricórnio = Ônix; Aquário = Âmbar; Peixes = Coral.
No Apocalipse (Revelação) de São João, a “Jerusalém Celeste” do fim dos tempos profetizado, é revestida de pedras preciosas multicoloridas. O sumo sacerdote dos hebreus portava no peito 12 colares adornados com pedras preciosas: Rubi; Crisólita; Berilo; Turquesa; Lápis lazuli; Jaspe; Jacinto; Ágata; Ametista; Tarsito; Calcedônia vermelha e a Nefrita. Nessas pedras estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel.
As cruzes da Igreja Oriental eram adornadas com 12 pequenas pedras preciosas (representação dos apóstolos) e uma pedra central maior (símbolo do Cristo).
Mas houve uma época em que a Igreja decretou que aquele que usasse pedras preciosas seria excomungado. Mais tarde aboliu essa lei inclusive adotando a ametista como pedra oficial dos anéis de bispos e cardeais.
Fala-se em pedra “preciosa” e “semi-preciosa” associando-se à 1ª, aquelas mais duras, resistentes e raras, já as mais moles são classificadas como “semi-preciosas” erroneamente, pois algumas delas podem ter maior valor do que outras “preciosas”.
A gama de cores é incalculável, resultado de uma alquimia magnífica que a natureza faz com os elementos químicos.
É um verdadeiro privilégio trabalhar com elementos tão fascinantes oferecidos pelo nosso planeta, igual privilégio poder usá-los como adorno.

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