quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A ciência diz que você pode viver 100 anos

A ciência diz que você pode viver 100 anos

São mais de 30 mil centenários hoje no Brasil, número que triplicou na última década. Eis como se tornar um deles.
Você acha que tem a idade errada
Jura que você se sente como se tivesse 35 anos e não 55? Isso é bom para a longevidade, de acordo com um recente estudo britânico. Todos os participantes tinham 65 anos ou mais, e os que se sentiam com três ou mais anos a menos do que tinham de fato apresentaram menos probabilidade de morrer dentro de oito anos do que aqueles que sentiam ter a idade verdadeira ou mais. A diferença foi tão significativa – sentir-se mais velho foi ligado a um aumento de 41% do risco de morrer – que os autores do estudo recomendaram aos médicos que, como parte do exame físico anual, perguntassem aos pacientes que idade sentem que têm.
Você come mais dessas duas coisas
As mulheres que consumiram mais hortaliças e frutas tiveram probabilidade 46% menor de morrer num período de cinco anos quando comparadas às que as comiam raramente, de acordo com um estudo da Universidade de Michigan com 700 participantes entre 70 e 79 anos. (A ingestão foi medida com a avaliação do nível sanguíneo de alguns compostos vegetais.)
Os moradores de Okinawa, no Japão, que se gabam de ter uma das proporções mais altas do mundo de centenários (cerca de 50 em cada 100 mil habitantes, contra apenas dez a vinte nos Estados Unidos), são a prova viva de que é bom comer legumes e verduras. Os habitantes mais idosos passaram quase toda a vida com uma alimentação de base vegetal, e quase todos têm ou tiveram uma horta.
Você tem atitude Positiva
A personalidade dos quase centenários costuma apresentar em comum características como alegria e otimismo, de acordo com um estudo com 243 voluntários publicado em 2012 na revista Aging. “Ser adaptável e flexível ajuda a evitar o estresse e a ansiedade e, assim, aumenta a longevidade”, diz a Dra. Rosanne Leipzig, professora de Geriatria e Medicina Paliativa da Escola de Medicina Icahn do hospital Monte Sinai, em Nova York.
Você aprecia o que cair na rede
Idosos com nível sanguíneo mais alto de ácidos graxos ômega-3 viveram, em média, dois anos mais do que os que tinham nível mais baixo, como mostrou um estudo de Harvard. Os participantes não tomaram suplementos de óleo de peixe; eles simplesmente comeram muito peixe rico em ômega-3.
Você come feito um grego
Sabemos que a alimentação de estilo mediterrâneo (com ênfase em azeite, leguminosas, nozes, castanhas e cereais integrais, além de frutas, hortaliças e peixe) foi ligada a uma vida mais longa. Mas uma nova pesquisa de Harvard com mais de 4.600 mulheres revela o efeito cumulativo da boa nutrição. Os pesquisadores classificaram os voluntários pela adesão a esse estilo alimentar; os que tiveram nota mais alta demonstraram menor envelhecimento celular.
Você não perde a sesta
Os moradores de Ikaria, pequena ilha grega no Mediterrâneo com elevada população de centenários, gostam de fazer a sesta, e isso é bom para o coração. Os pesquisadores de Harvard estudaram mais de 23 mil pessoas durante seis anos e constataram que quem tirava um cochilo de meia hora tinha probabilidade 37% menor de morrer de doenças cardíacas do que os que ficavam acordados o dia inteiro.
Você corre com bom ritmo
Um estudo de 2012 publicado na revista Archives of Internal Medicine confirmou que a boa forma física na meia-idade pode prever a saúde que se terá mais tarde. Depois de acompanhar 19 mil adultos de meia-idade, o estudo verificou que os que estavam mais em forma tinham menos probabilidade de ter doença de Alzheimer, alguns tipos de câncer, cardiopatia e diabete tipo 2 depois dos 70 anos. Os homens em melhor forma estavam em condições de correr um quilômetro em cinco minutos; as mulheres, um quilômetro em seis minutos e doze segundos. “Quem se mantém ativo a vida inteira, seja correndo, caminhando ou pedalando, vive mais”, diz o Dr. Jeremy Walston, professor de Medicina Geriátrica da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.
Você faz coisas importantes
Um novo estudo da revista Psychological Science verificou que a probabilidade de morrer num período de 14 anos é menor quando se tem um propósito na vida. “Faça novos amigos, escolha um novo passatempo, seja voluntário”, diz a Dra. Leipzig. “Meu tio-avô de 90 e poucos anos ainda trabalha na oficina de carpintaria quase todo dia”, acrescenta o Dr. Walston.
Você é esguio onde isso conta
Um estudo constatou que as mulheres com 94 cm ou mais de cintura tinham expectativa de vida cinco anos menor depois dos 40 do que as mulheres com 69 cm ou menos de cintura. Nos homens, uma cintura de 109 cm ou mais foi ligada à redução de três anos da expectativa de vida, em comparação aos que tinham 89 cm ou menos de cintura. A redução de poucos centímetros na largura das calças pode ter grande impacto na saúde. “Digo a meus pacientes que, sempre que possível, andem e não dirijam”, afirma a Dra. Leipzig.
Você mantém ligações
Sentir-se ligado à família e aos amigos mantém a pessoa engajada e facilita o envelhecimento saudável, diz o Dr. Walston. “O isolamento tem efeito contrário e pode provocar doenças crônicas.” Na Sardenha, minúscula ilha italiana no Mediterrâneo com grande população centenária, a amizade é fundamental, de acordo com Dan Buettner, que viajou pelo mundo para estudar os povos mais longevos. “A vida é muito social. Todos se encontram na rua diariamente e saboreiam a companhia uns dos outros. Eles contam com os amigos. Quando alguém adoece, os vizinhos estão bem ali”, escreveu ele no Wall Street Journal.

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