domingo, 12 de fevereiro de 2017

Bomba da 2ª Guerra causa retirada de milhares de pessoas na Grécia

Bomba da 2ª Guerra causa retirada de milhares de pessoas na Grécia e motiva visita de refugiados a museu

Economia


© Reuters.  Bomba da 2ª Guerra causa retirada de milhares de pessoas na Grécia e motiva visita de refugiados a museu© Reuters. Bomba da 2ª Guerra causa retirada de milhares de pessoas na Grécia e motiva visita de refugiados a museu

TESSALÔNICA, Grécia (Reuters) - Uma bomba da Segunda Guerra Mundial causou uma retirada de milhares de pessoas das casas na segunda maior cidade da Grécia no domingo, mas também deu a um grupo de refugiados retidos um raro passeio em um museu.
A bomba foi desativada por especialistas e removida do local para um campo de tiro militar na região oeste de Tessalônica, para ser destruída.
Até 72 mil moradores que residiam em um raio de 2 quilômetros do local da bomba receberam uma solicitação para deixarem suas casas e irem para ginásios, estádios e estabelecimentos locais em uma das maiores retiradas ocorridas no país em tempos de paz.
A bomba de 250 quilos foi descoberta enterrada a cerca de 5 metros abaixo do nível do chão durante trabalhos de escavação em um posto de gasolina na semana passada.
“A segunda fase da operação de remoção da bomba foi concluída com sucesso. Os cidadãos podem retornar para suas casas em segurança”, disse o governador regional Apostolos Tzitzikostas no Twitter.
Para um grupo de refugiados e imigrantes, a descoberta da bomba levou a uma excursão a um museu.
O grupo, formado por muitos sírios fugindo da guerra civil em seu país, vive em uma antiga fábrica de papel higiênico nas proximidades. Eles foram levados ao Museu Arqueológico de Tessalônica, um monumento cujas exibições permanentes incluem obras-primas da arte grega, desde os tempos pré-históricos até o final da antiguidade.
Cerca de 450 pessoas vivem no campo de refugiados de Softex, em uma área industrial no subúrbio da cidade, em condições descritas como “análogas à prisão” pela Anistia Internacional.
Essas pessoas estão entre os 60 mil refugiados e imigrantes retidos em acampamentos improvisados e formais por toda a Grécia desde que os países dos Bálcãs fecharam suas fronteiras em março àqueles que estão pedindo passagem para chegar à Europa Ocidental e do Norte.
O ministério de Migrações da Grécia disse que a viagem deste domingo foi organizada a pedido dos refugiados, e a TV estatal grega disse que eles também visitariam a Torre Branca de Tessalônica, um monumento à beira mar e um dos prédios mais reconhecidos da Grécia.
(Por Alexandros Avramidis)

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