DILEMA NA AMAZÔNIA
Hoje, na grande floresta, pessoas reais enfrentam o choque da tradição tribal contra a sedução da vida moderna.
O povo Guarani Kaiowá perdeu parte da sua terra ancestral para a agropecuária – estes indígenas vivem em um acampamento perto de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Esforços para recuperar áreas têm sido respondidos com violência.
Nobres selvagens, cidades perdidas, vastidões intocadas – a Amazônia sempre conjurou mitos românticos e estereótipos. Mas como é de fato a floresta no século 21? Em 2011, fui buscar a resposta.
Na verdade, meu interesse começou em 2008, quando eu estava trabalhando com uma comunidade indígena para reflorestar um trecho do Nordeste do Brasil. Os moços da aldeia gostavam de falar sobre a pureza da vida tribal, mas era uma nostalgia de gerações anteriores. Como a maioria dos jovens da sua idade, eles dançavam, bebiam e jogavam futebol. Certa noite, se recusaram a me levar a uma festa: eu não estava bem-vestido. Percebi ali o quanto as nossas percepções podem diferir da realidade.
Depois dessa experiência inicial, comecei a ler livros sobre a Amazônia. Um deles era um relato do soldado espanhol Francisco de Orellana sobre sua lendária viagem descendo o Rio Amazonas, na década de 1540 – considerada a primeira expedição europeia na região. Decidi seguir os passos da expedição para ver como está o percurso hoje.
A partir dos Andes equatorianos, eu fiz lentamente o caminho rio abaixo. Durante seis semanas, viajei em um barco médico da Marinha do Peru. Cheguei à Colômbia e, finalmente, ao Brasil, em que tomei a famosa Rodovia Transamazônica. O acesso era frequentemente complicado, e caro. Pesquisei bastante só para encontrar as rotas que funcionariam.
Enquanto viajava, fotografei pessoas simples vivendo nos lugares que encontrei. Não estou à procura de natureza intocada ou de tribos isoladas; colaborei diretamente com as comunidades locais. Em uma delas, no Brasil, fiz um videoclipe para uns rappers indígenas. Mais tarde, voltei à aldeia deles e ofereci uma oficina de vídeo de um mês. Boas relações com pessoas locais me ajudam a criar um trabalho significativo.
Espero que esse projeto ajude a revelar o quão ambígua e complicada é a Amazônia moderna. Muitas pessoas lá, hoje, não são indígenas, mas estão ali por motivos econômicos. Nem todas são contra o desenvolvimento. Uma vez que você alcança certo conforto, é difícil voltar atrás
National Geographic.
Na verdade, meu interesse começou em 2008, quando eu estava trabalhando com uma comunidade indígena para reflorestar um trecho do Nordeste do Brasil. Os moços da aldeia gostavam de falar sobre a pureza da vida tribal, mas era uma nostalgia de gerações anteriores. Como a maioria dos jovens da sua idade, eles dançavam, bebiam e jogavam futebol. Certa noite, se recusaram a me levar a uma festa: eu não estava bem-vestido. Percebi ali o quanto as nossas percepções podem diferir da realidade.
Depois dessa experiência inicial, comecei a ler livros sobre a Amazônia. Um deles era um relato do soldado espanhol Francisco de Orellana sobre sua lendária viagem descendo o Rio Amazonas, na década de 1540 – considerada a primeira expedição europeia na região. Decidi seguir os passos da expedição para ver como está o percurso hoje.
A partir dos Andes equatorianos, eu fiz lentamente o caminho rio abaixo. Durante seis semanas, viajei em um barco médico da Marinha do Peru. Cheguei à Colômbia e, finalmente, ao Brasil, em que tomei a famosa Rodovia Transamazônica. O acesso era frequentemente complicado, e caro. Pesquisei bastante só para encontrar as rotas que funcionariam.
Enquanto viajava, fotografei pessoas simples vivendo nos lugares que encontrei. Não estou à procura de natureza intocada ou de tribos isoladas; colaborei diretamente com as comunidades locais. Em uma delas, no Brasil, fiz um videoclipe para uns rappers indígenas. Mais tarde, voltei à aldeia deles e ofereci uma oficina de vídeo de um mês. Boas relações com pessoas locais me ajudam a criar um trabalho significativo.
Espero que esse projeto ajude a revelar o quão ambígua e complicada é a Amazônia moderna. Muitas pessoas lá, hoje, não são indígenas, mas estão ali por motivos econômicos. Nem todas são contra o desenvolvimento. Uma vez que você alcança certo conforto, é difícil voltar atrás
National Geographic.
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