segunda-feira, 6 de março de 2017

Cobre cai com projeção de PIB menor na China e possível alta de juros nos EUA

Cobre cai com projeção de PIB menor na China e possível alta de juros nos EUA

Os preços do cobre recuam com força nesta segunda-feira depois que a China revisou para baixo sua meta de crescimento de 2017, lançando dúvidas sobre as perspectivas de demanda para o principal consumidor mundial do metal. Possível aumento de juros nos EUA na próxima semana também pesam no metal.
Na LME, o contrato para três meses caía 1,37% por volta das 9h30 (de Brasília), a US$ 5.857,50. Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para maio recuava 1,26%, a US$ 2,6625 por libra-peso, às 9h50. Ontem, durante o Congresso Nacional do Povo, o premiê Li Keqiang afirmou que a China tem como meta o crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) em cerca de 6,5% em 2017. A meta de 2017 se compara a uma expectativa de crescimento entre 6,5% e 7% em 2016. Além disso, o Banco do Povo da China (PBoC) sinalizou sua crescente vontade de apertar ainda mais a política monetária.
O discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Janet Yellen, também está pressionando os preços do cobre, segundo Caroline Bain, da Capital Economics. Os efeitos do sinal de Yellen de que o Fed poderá aumentar as taxas de juros na reunião de março “ainda persistem” nos preços do cobre, disse ela. Taxas de juros mais altas tendem a impulsionar o dólar, tornando commodities denominadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Apesar de a China e o Fed pressionarem os preços do cobre, William Adams, da FastMarkers, disse que as greves em curso na mina chilena Escondida provavelmente ajudarão os preços do cobre a encontrarem um apoio acima dos US$ 5.800 por tonelada. No vizinho Peru, as potenciais greves na mina Cerro Verde de Freeport podem aumentar a pressão advinda de greves ativas na mina de Las Bambas da MMG, informou o ING em nota.
Entre outros metais negociados na LME, o alumínio caía 1,45%, para US$ 1.863,00 a tonelada e o zinco recuava 1,98%, s US$ 2.729,50 por tonelada. O chumbo perdia 1,69%, a US$ 2.211,00 a tonelada, o estanho desvalorizava 0,74%, a US$ 19.350,00 a tonelada e o níquel tinha queda de 0,05%, para US$ 10.970,00 a tonelada.


Fonte: Dow Jones Newswires

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