sexta-feira, 10 de março de 2017

Quando as memórias se apagam: o que é Alzheimer?

Quando as memórias se apagam: o que é Alzheimer?



alzheimerEsquecer sempre foi um dos maiores medos da humanidade. A perda da lembrança representa um golpe fulminante na identidade de um indivíduo, pois o confunde em um mundo gigantesco que o engole sem piedade. Para amenizar esse medo, registramos momentos em fotos, documentos, cartas e outras formas de coleção que  podem nos lembrar de quem somos quando as respostas naturais nos falham. Entretanto, nossas mentes podem ser permanentemente danificadas por um obstáculo mais grave para a saúde mental.
O mal de Alzheimer é uma doença caracterizada pela perda e/ou falha de áreas do cérebro relacionadas à memória, orientação, atenção entre outras. O portador de Alzheimer perde gradativamente a sua noção de realidade, e atividades que antes eram corriqueiras passam a ser grandes desafios. O tema tornou-se recorrente na mídia nos últimos anos, e inspirou obras como o livro “Para sempre Alice” (Harper Collins, 2015), que mais tarde foi adaptado para os cinemas sob título homônimo, dirigido por Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Conta a história de Alice Howland, professora e palestrante internacionalmente famosa em seu meio de atuação, que desenvolve a doença precocemente. Howland passa então a lidar com a sua nova realidade, que envolve a dor de não ter mais controle sobre si e a bravura de enfrentar a doença de frente.
Há muitas semelhanças entre o Alzheimer, outras doenças e o envelhecimento natural. Para se ter certeza do diagnóstico, o possível portador deve ser encaminhado a um médico. Exames de sangue, tomografia e ressonância magnética do crânio podem excluir outras possibilidades. O Alzheimer não tem cura, mas é importante identificá-lo para que seus efeitos sejam retardados ou diminuídos. Durante o processo de avanço da doença, os neurônios que fazem a ligação e o trânsito de informações no cérebro são destruídos, e não há formas naturais ou cirúrgicas que os possam regenerar.
Entretanto, há formas para prevenir-se contra a doença fortalecendo os circuitos cerebrais através de cuidados com a saúde mental. O cérebro necessita constantemente de exercícios e boa alimentação, que podem ser adicionados à rotina diária através de uma dieta rica em frutas e legumes. Alimentos que contenham óleo vegetal, ricos em ômega-3 e antioxidantes, eliminam os radicais livres (moléculas liberadas elo corpo através do metabolismo, que podem prejudicar as células cerebrais) sendo, assim, de grande importância. Alguns dos nutrientes necessários para combater o Alzheimer podem ser encontrados também em peixes gordurosos como salmão, cavala, halibute, arenque e sardinha. A dieta mediterrânea pode ser de grande ajuda, pois inclui azeite, peixe, tomate, berinjela, abobrinha, pimentas etc. Também é necessário cortar ou reduzir o consumo de alimentos que contenham gorduras saturadas, carne vermelha e manteiga, bem como os excessos de açúcares em biscoitos e refrigerantes.
Para além da alimentação, existem outras maneiras de evitar o Alzheimer adotando um estilo de vida saudável. Exercícios físicos como caminhadas ou a prática de algum esporte podem aumentar  a qualidade de vida mental. Leitura, passatempos que estimulem a memória como as palavras cruzadas, ouvir músicas novas ou aprender um novo idioma e trocar ideias com amigos e pessoas diferentes podem ser atividades riquíssimas em seus objetivos e que podem combater o desenvolvimento da doença.
Podemos atrasar ou evitar os efeitos do Alzheimer adotando as práticas já citadas. Mas como lidar com quem já desenvolveu a doença e precisa de ajuda? É importante saber como lidar com o paciente de Alzheimer. Os cuidados devem ser constantes, bem como a compreensão e o carinho que a condição inspira. Antes de qualquer coisa, é preciso informar-se sobre a doença. Websites na internet como os da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) reúnem um vasto repositório de informações e notícias que podem ajudar cuidadores de portadores de Alzheimer a lidarem melhor com as novas rotinas que devem ser adotadas pelos familiars e amigos.
É preciso paciência, compreensão e adoção de estratégias que ajudem tanto o portador da doença quanto o cuidador. É necessário também criar rotinas que incluam atividades para o portador e pessoas ao seu redor. Apenas a compreensão e o afeto podem garantir melhores condições de convívio para quem enfrenta o Alzheimer.

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