quarta-feira, 5 de abril de 2017

Equipes buscam navio que levava ferro para China e sumiu no Atlântico

Equipes buscam navio que levava ferro para China e sumiu no Atlântico


Brasil e Uruguai fazem buscas por um navio cargueiro que desapareceu, em alto mar, depois de sair de um porto no Rio a caminho da China. A embarcação carregada com minério de ferro levava 24 pessoas e apenas duas foram resgatadas. As fotos divulgadas pela Marinha do foram feitas na região onde o cargueiro desapareceu. Três botes foram encontrados, alguns estavam virados. Navios mercantes auxiliaram as buscas e resgataram dois tripulantes de nacionalidade filipina.
Eles contaram que a embarcação se partiu. Manchas de óleo avistadas na área são um sinal de que o navio pode ter afundado. Os outros tripulantes ainda não foram encontrados. Estavam a bordo 24 pessoas; eram 16 filipinos e oito coreanos. O Stellar Daisy, de bandeira sul-coreana, é um navio de grande porte com 321 m de comprimento. A Marinha e a Aeronáutica do Brasil estão auxiliando as buscas. Autoridades brasileiras receberam informações de que ventava muito na hora do acidente e que a água do mar invadiu a embarcação.
A última parada do supercargueiro Stellar Daisy foi no Brasil, no porto da companhia Vale, o terminal marítimo da Ilha Guaíba, que fica em Mangaratiba, a cerca de 130 km ao sul do Rio. Lá, ele carregou de minério de ferro 260 mil toneladas. No dia 25 de março, o navio partiu então rumo à . Do litoral do Rio, o cargueiro deveria atravessar o Oceano Atlântico em direção à África do Sul. Na sexta-feira (31), a tripulação fez um chamado de emergência. Informações de um sistema de rastreamento da Marinha do Brasil indicam o local provável, 3.700 km a leste do porto de Montevidéu.
O Stellar Daisy foi fabricado em 1993. Fontes ouvidas pela TV Globo disseram que o navio não parecia em bom estado de conservação, tinha ferrugem aparente. Mas, segundo autoridades brasileiras, as vistorias e fiscalizações periódicas estavam em dia. “Estava com essa vistoria realizada em dia, em conformidade com as normas da autoridade marítima brasileira”, disse o diretor de Portos e Costas da Marinha, o vice-almirante Lima Filho. A dona do navio divulgou um comunicado. A operadora sul-coreana Polaris Shipping pediu desculpas aos familiares e expressou consternação e sentimento de culpa.
A empresa disse que está empenhada nas operações de busca e manteve a esperança de resgatar todos os tripulantes com vida. A investigação do caso será feita pelo Uruguai com apoio de outros países. O engenheiro naval e capitão de fragata da Marinha do Brasil, o comandante Benites, diz que uma das suspeitas é de que o mal posicionamento da carga pode ter provocado o acidente. “A fase mais crítica para a vida operacional desse navio seja o carregamento do porto até, nem na fase de navegação. Temos que levar em consideração tudo isso para descobrir a causa do acidente”, disse.
Fonte: Globo

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