quinta-feira, 13 de abril de 2017

EUA usam “mãe de todas as bombas” pela primeira vez no Afeganistão

EUA usam “mãe de todas as bombas” pela primeira vez no Afeganistão

quinta-feira, 13 de abril de 2017 18:16 BRT
 


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Divulgação da Força Aérea dos EUA mostra bomba GBU-43/B, durante teste em 2003
REUTERS/Divulgação
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Por Idrees Ali WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira no leste do Afeganistão uma pesada bomba GBU-43, a maior bomba não nuclear já usada em combate, contra diversas cavernas usadas por militantes do Estado Islâmico, informaram forças militares norte-americanas. Esta é a primeira vez que os EUA usam este tamanho de bomba em um conflito. A bomba foi lançada de uma aeronave MC-130 no distrito de Achin, na província de Nangarhar, próxima à fronteira com o Paquistão, disse o porta-voz do Pentágono, Adam Stump. Também conhecida como a “mãe de todas as bombas”, a GBU-32 é uma munição de 9.797 quilos guiada a GPS e foi testada pela primeira vez em março de 2003, poucos dias antes do início da guerra do Iraque. A situação da segurança no Afeganistão continua precária, com uma série de grupos militantes tentando reivindicar territórios, mais de 15 anos depois da invasão norte-americana que derrubou o governo Taliban. O general John Nicholson, chefe das forças dos EUA e internacionais no Afeganistão, disse que a bomba foi usada contra cavernas e bunkers que abrigavam militantes do Estado Islâmico no Afeganistão. O presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu o uso da bomba como uma "missão muito bem sucedida". Não ficou imediatamente claro o quanto de dano o aparato causou. Trump elogiou o bombardeio como evidência de uma política externa mais robusta dos EUA desde que assumiu o poder em janeiro, depois de oito anos do presidente Barack Obama. O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, abriu sua entrevista coletiva diária falando sobre o uso da bomba e disse: “Tivemos como alvo um sistema de túneis e cavernas que combatentes do Estado Islâmico usavam para se locomover livremente, tornando fácil para eles atacarem assessores militares dos EUA e forças afegãs na área”. Na semana passada, um soldado norte-americano foi morto no mesmo distrito em que a bomba foi lançada enquanto realizava operações contra o Estado Islâmico. “Os Estados Unidos levam a luta contra o Estado Islâmico seriamente e, para derrotar o grupo, devemos negá-los espaço operacional, o que fizemos”, disse Spicer. Ele disse que a bomba foi usada por volta das 19h, horário local, e descreveu o aparato como “uma grande, poderosa e certeira arma”. Os EUA tomaram “todas as precauções necessárias para evitar mortes civis e danos colaterais”, disse. Autoridades dos EUA dizem que a inteligência sugere que o Estado Islâmico esteja sitiado esmagadoramente em Nangarhar e na província vizinha de Kunar. Estimativas da força do grupo no Afeganistão variam. Autoridades norte-americanas haviam dito acreditar que o movimento possui apenas 700 combatentes, mas autoridades afegãs estimam que tenha cerca de 1.500. O braço do Estado Islâmico no Afeganistão é suspeito de realizar diversos ataques contra alvos da minoria muçulmana xiita. O Taliban afegão, que tenta derrubar o governo apoiado pelos EUA em Cabul, é ferozmente oposto ao Estado Islâmico e os dois grupos têm disputado, à medida que buscam expandir territórios e influência.

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