segunda-feira, 24 de abril de 2017

Produção mineral movimenta R$ 2,2 bi

Produção mineral movimenta R$ 2,2 bi


A produção mineral baiana comercializada movimentou  no ano passado R$ 2,2 bilhões, numa queda de 12,6% em relação a 2015 (R$ 2,5 bilhões). Os principais responsáveis por esta retração foram a suspensão das atividades do grupo Mirabela, no município de Itagibá, motivada pela baixa cotação do níquel no mercado internacional, e a inundação  da mina de cobre da Caraíba Mineração em Jaguarari, o que obrigou a companhia a paralisar a produção. Também tiveram comercialização menor os agregados para a construção civil, cromo e bentonita.
No sentido contrário, a receita com o ouro somou quase R$ 790 milhões (alta  de 35%) e a de rochas ornamentais outros R$ 181 milhões (+54,16%). Os dados constam do Informativo Anual da Mineração Baiana de 2016, que acaba de ser lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O documento revela que, ao longo de 2016, foram comercializados pelo estado 46 bens minerais, extraídos em 168 municípios por 378 produtores. A maior mineradora  é a Jacobina Mineração, com 23% de participação, seguida pela Fazenda Brasileiro (14%), Ferbasa (8%) e a Magnesita (6%).
De acordo com o relatório, a arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) caiu  17% no ano passado, totalizando R$ 32,9 milhões, e colocando a Bahia em sexto lugar neste ranking, atrás dos estados de Minas Gerais, Pará, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Cinco municípios destacaram-se como os maiores geradores de CFEM: Jacobina, Brumado, Andorinha, Barrocas e Itagibá”, diz o informativo.
Documento vê cenário positivo para 2017
A balança comercial do setor mineral baiano registrou um déficit de US$ 178 milhões em 2016. As exportações somaram US$ 547 milhões e as importações outros US$ 725 milhões. Os principais produtos vendidos para o exterior no ano passado foram o ouro (47% do total), outros metais preciosos (19%) e magnesita (11%). Na outra ponta, o cobre dominou as compras, com  quase 95%  dos negócios.
O documento da SDE traz em seu final uma perspectiva otimista para o setor mineral baiano em 2017, com a possível retomada da produção da mina de níquel da Mirabela, o aumento do consumo de vanádio   e o início da produção de ouro no município de Santa Luz. “Para o segmento de gemas, as perspectivas apontam para que em 2017 a Bahia assuma a liderança nacional na produção de diamantes, quando a Lipari Mineração estará em sua plena capacidade de produção, o que aumentará em cerca de dez vezes o valor das exportações brasileiras dessa pedra preciosa”, afirma o documento, que aponta seis substâncias com grande potencial de exploração nos próximos anos no estado: grafita, rochas fosfatadas, terras raras, água mineral, rochas ornamentais, cerâmica vermelha e cerâmica branca.
Esta etapa de tanta exposição negativa para a Odebrecht é dolorosa, mas necessária. O diretor-presidente da Odebrecht, Newton de Souza, encaminhou há poucos dias um comunicado aos colaboradores do grupo onde pede desculpas pelos “constrangimentos” que as delações dos 77 executivos e ex-executivos da companhia à força-tarefa da Operação Lava Jato estão causando.
Ele disse que os depoimentos exibem não apenas as entranhas da empresa, mas expõem ainda um retrato inédito da atuação de governantes e políticos do país. Afirmou que a delação foi uma opção “consciente”, objetivando, dentre outras coisas, reconhecer erros, pedir desculpas, pagar pelos crimes cometidos, reconstruir a empresa em padrões de ética, integridade e transparência e contribuir para a construção de um Brasil melhor, em que as relações entre empresas privadas e o setor público ocorram sem corrupção.
“Esta etapa de tanta exposição negativa para a Odebrecht é dolorosa, mas necessária. Nós precisávamos passar por isso. Seria impossível reconstruir a empresa que queremos para o futuro sem enfrentar a realidade de fatos ocorridos anteriormente e que só agora vocês e a sociedade passaram a conhecer”, disse Souza. Ele salientou também que o presente da empresa já é “diferente” e destacou um novo modelo de governança, com maior número de conselheiros independentes.
“Aprovamos uma Política de Conformidade mais abrangente e com o mesmo rigor de empresas de capital aberto. Nós todos, na Odebrecht, estamos comprometidos a combater e não tolerar a corrupção, qualquer que seja a sua forma”, garantiu o executivo.
Fonte: A Tarde

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