quarta-feira, 31 de maio de 2017

Garimpeiros deverão se cadastrar em cooperativa para explorar mina que tem atraído milhares de pessoas na Bahia

Garimpeiros deverão se cadastrar em cooperativa para explorar mina que tem atraído milhares de pessoas na Bahia

Equipe do Departamento Nacional de Produção Mineral fez visita a jazida, que fica em Sento Sé, no norte do estado. Processo de legalização foi iniciado



Técnicos da DNPM visitaram jazida no norte da Bahia (Foto: Imagem/TV Norte) Técnicos da DNPM visitaram jazida no norte da Bahia (Foto: Imagem/TV Norte)
Técnicos da DNPM visitaram jazida no norte da Bahia (Foto: Imagem/TV Norte)
Os garimpeiros interessados em explorar a jazida de ametistas descoberta há cerca de 20 dias, na cidade de Sento Sé, região norte da Bahia, terão que se cadastrar em uma cooperativa do município. A decisão é do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que iniciou o processo de legalização da mina e autorizou a atividade no local.
Na quarta-feira (17), técnicos do departamento foram até a jazida para fazer uma análise da área, do subsolo e da situação do trabalho dos garimpeiros. A mina tem atraído milhares de pessoas até cidade. As pedras são comercalizadas por R$ 500 a R$ 3 mil.
Segundo informações do secretário de Meio Ambiente de Santo Sé, Izmar Souza, uma cooperativa já existe no município desde 2008. A organização está reunindo documentos, com dados da cooperativa e de integrantes, para entregar a DNPM, e deve apresentá-los ao órgão em 15 dias. Nesse período, os garimpeiros não serão impedidos de extrair na mina.
Izmar explica que depois que o DNPM estiver com toda a documentação, são necessários, ao menos, 90 dias para avaliação dos dados. Ainda não há uma data definida para conclusão da análise.
"O processo começa com a solicitação de uma cooperativa ou de uma pessoa interessada em obter um registro de permissão de lavra garimpeira. A partir daí, com toda a documentação e dados que integrem o processo, [a mina] começa a ter uma vida dentro do departamento de produção mineral”, explicou Adiel Veras geólogo do DNPM.
O secretário de Meio Ambiente, Izmar Souza, disse que antes mesmo da vista do órgão, a região já estava sendo fiscalizada pela secretaria. O objetivo é evitar que os garimpeiros destruam a vegetação da caatinga de forma desordenada.
Ainda segundo Souza, a cooperativa que vai atuar vai fazer o cadastro dos trabalhadores até a próxima semana.
O presidente da cooperativa, José Evangelista, disse que a priordade é que o trabalho seja feito com segurança. "Nós vamos orientar os garimpeiros, trabalhando com segurança máxima possível. Isso vai ser importante para gente", disse.

Descoberta de jazida

Ametistas extraídas de mina na Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ametistas extraídas de mina na Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
Ametistas extraídas de mina na Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
A mina fica na Serra da Quixaba, a cerca de 54 km do centro de Sento Sé, e não possui infraestrutura, mas isso não tem preocupado garimpeiros de todo o país, que lotaram os hotéis e pousadas do município para tentar achar ametistas no local. O valor do aluguel de imóveis passou de R$ 400 para R$ 1.500, em média.
Desde que a mina foi encontrada, no final do mês de abril, pelo menos oito mil pessoas passaram pela cidade. Para chegar à jazida, é preciso seguir por mais 50 km em uma estrada de terra de difícil acesso, e subir os três mil metros de altura até o topo da Serra da Quixada, onde está localizada a jazida.
Por enquanto, no garimpo tudo é improvisado, desde o espaço de mineração às negociações. O preço do quilo varia de R$ 500 a R$ 3 mil reais. A qualidade das pedras encontradas na região já chegou a surpreender quem trabalha no ramoa há mais de 20 anos, como Elson Pimentel, que lapida pedras na cidade.

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