sexta-feira, 23 de junho de 2017

A saga de uma pedra preciosa de US$ 373 milhões

A saga de uma pedra preciosa de US$ 373 milhões extraída na Bahia e que está sendo disputada por Brasil e Estados Unidos

Tudo por uma esmeralda
Uma pedra preciosa, dois países e uma história rocambolesca que mais parece roteiro de filme. Assim pode ser definido um imbróglio jurídico envolvendo Brasil e Estados Unidos. A pedra objeto da contenda é uma esmeralda bruta de 380 quilos, com valor estimado em US$ 373 milhões, exportada ilegalmente para o País americano em 2005, e cuja posse permanece incerta. No dia 14 de maio um juiz do Tribunal Superior de Los Angeles, EUA, reabriu o caso que deve determinar se a gema pertence a uma empresa americana chamada FM Holdings, que requer o direito sobre a peça. Desde 2011, no entanto, o Brasil tenta trazer o item de volta para o País, alegando que o bem pertence à União.
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A saga da pedra conhecida como “esmeralda Bahia” começou em 2001, ano em que teria sido extraída em Pindobaçu, BA, de forma ilegal. A entrada nos EUA ocorreu quatro anos depois, quando a gema foi exportada ilegalmente para a Califórnia pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, declarada como pedra asfáltica. A polícia americana, porém, só soube da existência da esmeralda em 2008, quando Larry Biegler, comerciante de pedras preciosas, declarou que ela havia sido roubada. O homem apontado como autor do crime, Kit Morrison, no entanto, afirmou ter adquirido a peça após uma transação de diamantes com Biegler não ter dado certo – a esmeralda era a garantia do negócio. Morrison é um dos presidentes do grupo FM Holdings. Como não havia provas, o estado da Califórnia decidiu guardar o gigantesco item em um cofre em Los Angeles, onde permanece até hoje.
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Agora, com uma decisão judicial prestes a ser tomada, o governo brasileiro pretende continuar lutando pela volta da pedra ao País. “A justiça brasileira já determinou uma ordem de busca e apreensão da esmeralda”, disse à ISTOÉ o advogado Marconi Costa Melo, da Advocacia-Geral da União. “Nosso objetivo com essa ação é mostrar que o Brasil atua contra a exploração e exportação ilegal de minérios”, diz.
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Fonte:Globo.com

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