quarta-feira, 28 de junho de 2017

Cade rejeita compra da Estácio pela Kroton

Cade rejeita compra da Estácio pela Kroton

quarta-feira, 28 de junho de 2017 21:03 BRT
 


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Por Leonardo Goy BRASÍLIA (Reuters) - O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou nesta quarta-feira, por 5 votos a 1, a operação de compra da Estácio pela Kroton, que criaria uma gigante do ensino superior privado no país. O único voto favorável à fusão, mediante aplicação de medidas compensatórias, foi dado pela relatora do caso, a conselheira Cristiane Alkmin, que, por sua vez, rejeitou proposta de acordo apresentado na véspera pelas empresas. Em seu voto, a conselheira defendeu a aprovação da operação mediante restrições propostas por ela que incluem venda alienação da marca Anhanguera, com um conjunto de ativos que totalizam 258 mil alunos, além da alienação dos ativos completos da Uniderp. A Reuters havia publicado mais cedo, citando fonte, que a fusão, que poderia criar uma empresa com mais de 1,5 milhão de alunos de ensino superior no país, seria rejeitada pelo órgão de defesa da concorrência. Na ocasião, a fonte afirmou que a Kroton vai se concentrar em crescimento orgânico em 2017 e 2018, mas seguirá buscando oportunidades de fusões e aquisições em regiões em que ainda não atua, tendo ainda no radar a educação básica. O voto de Cristiane também propôs que a Kroton, maior empresa do setor no país, ficasse 5 anos sem fazer novas compras de ativos e um ano sem fazer publicidade em TV nacional. Os demais conselheiros, incluindo o novo presidente do órgão antitruste, Alexandre Barreto de Souza, porém, votaram pela rejeição da operação. "Não vislumbrei, nem nos remédios apresentados no acordo das empresas e nem na proposta da relatora, algo substancial e satisfatório à resolução dos problemas", disse o conselheiro Gilvandro Araújo. A Kroton travou uma acirrada disputa com outros rivais, incluindo a Ser Educacional, pela aquisição da Estácio em meados do ano passado, mas ganhou a briga com uma proposta de 5,5 bilhões de reais. O acordo tinha sido aprovado por acionistas de ambas empresas e enviado ao Cade para análise em agosto do ano passado.

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