quarta-feira, 7 de junho de 2017

RS articula com japoneses viabilização de térmica a carvão eficiente no estado

RS articula com japoneses viabilização de térmica a carvão eficiente no estado


Projeto teria investimento de US$ 2 bilhões. Em visita ao país asiático, membros do governo conhecem tecnologias locais para redução de emissões da fonte. Os governos do Rio Grande do Sul e do Japão estudam a construção de uma usina de alta eficiência movida a carvão mineral. Há interesse e um estudo de viabilidade já foi concluído. O governador José Ivo Sartori está em visita ao país asiático, onde participou de uma série de reuniões sobre a exploração sustentável do carvão e o aproveitamento da tecnologia japonesa. Sartori também se reuniu com executivos da Copelmi Mineração e das empresas PWC Advisory LLC, Tokyo Electric Power Company Holdinfs (Tepco) e IHI Corporation. Ele visitou uma usina termelétrica movida a carvão.
A usina, que teria investimentos de US$ 2 bilhões, tem apoio do governo japonês. Os próximos passos dependem de liberação ambiental e posterior realização de leilão, pelo governo federal brasileiro. De acordo com o governador gaúcho, o estado é estratégico porque possui 90% das reservas de carvão do Brasil e pela sua localização. Sartori quer o estado seja referência no uso da tecnologia no Brasil, para uma exploração viável nos modos econômico, social e ambiental. Em todas as agendas Sartori e o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos, têm reforçado que apostam na recuperação do carvão gaúcho e o exemplo mundial dos japoneses na exploração de forma sustentável deve ser seguido. Para o governador, não se faz qualquer projeção sobre o carvão sem rigoroso cuidado ambiental.
A expectativa é que ainda em junho o Ministro de Minas e Energia, em Porto Alegre, para tratar sobre a questão do Polo Carboquímico. A ideia da usina surgiu de uma parceria entre empresários e o governo japonês, que há dois anos analisam a qualidade das reservas de carvão existentes no Rio Grande do Sul. O diretor de Novos Negócios da Copelmi Mineração, Roberto de Faria, explicou que foram feitos testes com 400 quilos de carvão gaúcho de diferentes minas. A conclusão é que o material do Baixo Jacuí tem condições de suportar a tecnologia Super Ultra Crítica, que prevê aplicação de altas temperaturas e pressão para aumentar a eficiência e diminuir a emissão de gás carbônico de térmicas a carvão.
A primeira agenda da comitiva do Rio Grande do Sul no Japão ocorreu na manhã desta segunda-feira, 5 de junho, que corresponde às 21h de domingo, no horário de Brasília. A usina de carvão tem 2.000 MW é de propriedade da Tepco e ocupa uma área total de 1.410.000 metros quadrados, a 130 quilômetros de Tóquio. É composta por duas unidades produtoras de 1.000 MW cada – uma de 2003 e a outra de 2013 – e tem eficiência de 45,2%. A caldeira funciona com pressão supercrítica.
Fonte: Canal Energia/www.energia.sp.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário