domingo, 30 de julho de 2017

PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS 1ª Parte: Dureza

PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS
1ª Parte: Dureza
Luiz Antônio Gomes da Silveira *


A propriedade física designada dureza é de fundamental importância em gemologia e em mineralogia.
Estas duas ciências empregam métodos de estudo semelhantes, no entanto, a abordagem do tema é bastante distinta.
O mineralogista pode riscar, pulverizar ou submeter a reações químicas os materiais a serem examinados, sem que se planteie qualquer problema.
O gemólogo, por lidar principalmente com exemplares lapidados, deve limitar-se a ensaios que utilizem instrumentos e técnicas específicas. Se estes não forem conclusivos, ao menos lhe permitem acumular informações que, acrescidas a outras, conduzem à identificação das gemas sem danificá-las. 
Por seu caráter destrutivo, o ensaio de determinação da dureza, frequentemente utilizado em mineralogia, raramente é executado em gemologia. Recomenda-se proceder a este teste apenas em exemplares gemológicos brutos e nos casos estritamente necessários.
Define-se dureza como a resistência ao risco ou à abrasão. Ela é uma propriedade vetorial, isto é, varia segundo a direção, e depende da natureza das ligações entre os átomos na estrutura cristalina. Não fosse esta uma propriedade vetorial e os diamantes não poderiam ser lapidados e polidos, pois não teriam direções cristalográficas de menor dureza que outras. 
Se, por um lado, a dureza relativa das gemas é poucas vezes determinada em laboratório, por outro, o conhecimento desta propriedade é de fundamental importância, por constatarmos que as gemas de maior dureza:
- têm maior durabilidade;
- adquirem melhor polimento e, consequentemente, maior brilho;
- não costumam apresentar arestas desgastadas.
A dureza é determinada por comparação com uma série que consiste de 10 minerais dispostos em ordem crescente e se conhece por escala de Mohs, em homenagem ao mineralogista alemão que a concebeu em 1822.

Fluorita policrômica
Mineral pertencente à escala de Mohs, de dureza 4
(Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira)
Escala de Dureza Relativa de Mohs
1. Talco
2. Gipsita
3. Calcita
4. Fluorita
5. Apatita
6. Feldspato Ortoclásio
7. Quartzo
8. Topázio
9. Coríndon
10. Diamante

Cada mineral desta série risca o anterior e deve ser riscado pelo seguinte. Por exemplo: o coríndon (dureza 9) risca o topázio (dureza 8) e é riscado com facilidade pelo diamante (dureza 10).
Apenas por comparação, é interessante sabermos que as unhas têm dureza 2 ½, o vidro comumente 5 a 5 ½ e uma lâmina de canivete geralmente 6.

Apatita com efeito olho-de-gato
Mineral pertencente à escala de Mohs, de dureza 5

(Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira)
Ao proceder a determinação, deve-se observar o seguinte: algumas vezes, quando um mineral é menos duro do que outro, porções do primeiro deixarão marcas sobre o segundo, que podem ser tomadas por engano como riscos. No entanto, elas podem ser removidas esfregando-se o local com o dedo umedecido, ao passo que um sulco será permanente.
É sempre aconselhável, quando se faz o ensaio de dureza, confirmá-lo invertendo-se a ordem do processo, isto é, não tentar sempre riscar o mineral A com o mineral B, mas também tentar riscar B com A.
Como a escala de Mohs é relativa, não tem valor quantitativo e, portanto, varia o intervalo de dureza absoluta entre os pares de minerais contíguos na escala. Por exemplo: a diferença de dureza entre o diamante e o coríndon é muitas vezes maior do que entre este e o topázio.

Topázio (variedade imperial)
Mineral pertencente à escala de Mohs, de dureza 8

(Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira)
Em vista disso, as gemas mais valorizadas, salvo algumas exceções, são aquelas cujas durezas são superiores a 7, que corresponde à dureza do quartzo. Gemas de durezas inferiores a esta podem até mesmo ter o seu polimento e brilhos alterados com o passar do tempo, pela ação da poeira, que contem grande quantidade de partículas de quartzo. Além disso, elas estão mais sujeitas ao risco das facetas e ao desgaste das arestas, pelo atrito com outros materiais devendo, portanto, ser manipuladas com cuidado.
Fontes:Anderson, B. W.: Gem Testing
Dana, J. D.: Manual de Mineralogia
Webster, R.: Gems. Their Sources, Descriptions and Identification

PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS 2ª Parte:


PROPRIEDADES FÍSICAS DAS GEMAS
2ª Parte: Tenacidade, Clivagem, Fratura e Partição
Luiz Antônio Gomes da Silveira *


TENACIDADE
Define-se tenacidade como a resistência ao rompimento ou esmagamento, também conhecida como coesão. Tendemos a confundir esta propriedade com a dureza que, por sua vez, trata-se da resistência ao risco.
Enquanto a dureza relativa de um mineral é determinada numa série de 1 a 10, conhecida como Escala de Mohs, em termos de tenacidade geralmente apenas o designamos como frágil ou resistente.A durabilidade de uma gema depende destas duas propriedades, entre outros aspectos.Exemplificando, o diamante possui dureza extremamente elevada (nenhuma substância é capaz de riscá-lo), mas pode ser rompido ou esmagado por um golpe, pois sua tenacidade não é tão significativa.Por outro lado, o jade (*) apresenta dureza 6 a 7 (portanto, vários minerais podem riscá-lo), no entanto é muitíssimo resistente ao rompimento, pois sua estrutura granular ou fibrosa é extremamente coesa.

CLIVAGEM

Define-se clivagem como a tendência de certos minerais se partirem segundo planos de debilidade estrutural, denominados planos de clivagem, que são invariavelmente paralelos às faces reais ou possíveis do cristal.
Na descrição da clivagem, deve-se indicar sua qualidade e direção cristalográfica. A qualidade se expressa como perfeita, boa, regular, etc.

Topázio imperial, no qual se observa clivagem basal
Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira
Nem todas as gemas apresentam clivagem e somente poucas, comparativamente, a exibem em grau notável; nestes casos, ela serve como critério diagnóstico decisivo. Nas gemas brutas é fácil observá-la, porém, nas lapidadas, existe muito pouca ou nenhuma evidência desta propriedade.
Apresentam clivagem perfeita, entre outras, as seguintes gemas:
topázio (clivagem basal, em 1 direção)
calcita (clivagem romboédrica, em 3 direções)
diamante e fluorita (clivagem octaédrica, em 4 direções)
espodumênio (**) (clivagem prismática, em 2 direções).

FRATURA

Entende-se por fratura a maneira pela qual um mineral se rompe, quando isso não se produz ao longo de superfícies de debilidade estrutural.
Os seguintes termos usam-se comumente para designar os diferentes tipos de fratura: conchoidal (ou concóide), plana ou irregular. O primeiro tipo é, de longe, o mais frequente entre as gemas. Os vidros, sejam artificiais ou naturais, também apresentam fratura conchoidal, inclusive de forma mais evidente que a maioria das gemas.

Obsidiana (vidro natural), na qual se observa fratura conchoidal
Fotografia: Kevin Walsh
PARTIÇÃO
A partição consiste no desenvolvimento, em determinados minerais com maclas (***) ou sujeitos às tensões, de planos de menor resistência estrutural, ao longo dos quais podem romper-se.
Distingue-se da clivagem pelo fato de que, enquanto esta ocorre em todos os exemplares de um dado mineral, a partição pode ocorrer apenas naqueles maclados (geminados) ou submetidos a tensões.Um exemplo clássico em gemologia é a partição de forma romboédrica do coríndon (rubi e safira), por conta da eventual existência neste mineral das denominadas maclas polissintéticas, importantíssimas para sua identificação.
* Termo genérico utilizado para referir-se aos minerais jadeíta ou nefrita.
** Mineral cujas variedades kunzita (rósea), hiddenita (verde) e trifana (amarela) são designações mais familiares aos que lidam com gemas, sobretudo a primeira, que o da própria espécie.
*** Intercrescimento rotacional de dois ou mais cristais de uma mesma espécie mineral.
Fontes:Anderson, B. W.: Gem Testing
Dana, J. D.: Manual de Mineralogia
Webster, R.: Gems. Their Sources, Descriptions and Identification

O Brasil pode estar deixando de ganhar milhares de dólares por não conhecer melhor os tratamentos aplicados em gemas


ENTREVISTA

Maurício Favacho*

O Brasil pode estar deixando de ganhar milhares de dólares por não conhecer melhor os tratamentos aplicados em gemas e por ainda existir o mito de que pedra irradiada (comumente chamada de "bombardeada") perderia a cor com o tempo ou poderia causar danos à saúde de quem a usa.
O assunto é polêmico e, para esclarecer as várias dúvidas, entrevistamos o gemólogo Maurício Favacho, da Empresa Brasileira de Radiações - (EMBRARAD):
Jóia br – É verdade que as gemas irradiadas perdem a cor?
Maurício Favacho -
Esta generalização é péssima para o mercado brasileiro de gemas, só reflete a falta de conhecimento de quem a menciona. O que acontece é que gemas como a hidenita - uma espécie de espodumênio - que após irradiação torna-se verde, perde esta cor com o passar do tempo sem qualquer exposição ao sol. Isso também acontece com algumas ametistas irradiadas, e também com um tipo específico de berilo que fica azul após a irradiação. No caso da EMBRARAD, estes fatos são divulgados e esclarecidos ao cliente e de modo algum esta gema é comercializada. Por outro lado, gemas como topázio azul, rubelitas, berilos amarelos, fluoritas, kunzitas, morganitas e quartzos, dentre outros tipos de gemas, apresentam excelente estabilidade em sua cor. A única generalização que deve ser feita é: "Existem gemas com excelente estabilidade em sua cor e que são passíveis de comercialização e gemas como baixa estabilidade em sua cor que, de modo algum, podem ser comercializadas". Assim sendo, é tarefa de todo gemólogo conhecer a fundo o assunto, antes de expressar qualquer opinião sobre irradiação em gemas.

Jóia br – Você diz que o processo de tratamento por irradiação gama corresponde a uma aceleração do processo natural. Poderia explicar melhor?Maurício FavachoO tratamento gama aplicado pela EMBRARAD para melhoramento da cor está muito ligado à composição química do mineral, e isto é muito interessante. Por exemplo, é fato que tratamento aplicado em determinados topázios incolores de regiões de Minas Gerais ficam com um azul muito exuberante após o procedimento. Por outro lado, também é fato que em determinados topázios de algumas regiões do norte a cor não fica muito boa, e todo mundo sabe disso. Novamente, não podemos generalizar; pode existir no norte determinada lavra cujo topázio incolor após o tratamento gama apresente muito boa qualidade, fato este relacionado intimamente com a composição química do mineral. Assim sendo, recomendamos testar sempre o material gemológico na Embrarad.
Uma outra questão dentro desta sua pergunta é que a gema irradiada não é considerada artificial e sim uma gema natural tratada com gama. Assim sendo, jamais se usa o termo artificial para gemas naturais tratadas, qualquer que seja o processo.

Jóia br – E quanto à questão da saúde, é verdade que gemas irradiadas podem causar doenças como o câncer?Maurício Favacho Esta é mais uma questão polêmica que tentarei esclarecer. As gemas tratadas com radiação gama pela Embrarad não ativam os elementos radioativos existentes nas mesmas, logo seria impossivel causarem qualquer tipo de dano à saúde. Existe esta possibilidade, ainda que remota, com gemas irradiadas com neutrons, que seria uma atividade energética mais intensa, e feita em reatores nucleares. Mesmo assim, o controle de saída deste material é super rigoroso, e a liberação só acontece depois do decaimento, ou seja, depois que não exista qualquer resquício radioativo. Vale ressaltar que a Embrarad não trabalha com neutrons, porém de modo algum discrimina este tratamento. A única coisa que sei é que, em se tratando de economia de tempo, o melhor é irradiar com gama.
Jóia br – Qual o valor agregado com o tratamento aplicado pela Embrarad?Maurício Favacho - É muito grande, só daria para estimar pelo tipo de cada pedra que é tratada, ou seja, o valor agregado com o quartzo tratado não pode ser comparado com o valor agregado com o tratamento de rubelitas. Este estudo tem que ser feito para cada tipo de pedra. A questão de valores agregados com o tratamento realizado pela empresa é tão importante, que o governo de Minas Gerais (Ciência e Tecnologia) tem no seu programa "Gemas e Jóias" interesse em conhecer pormenores sobre o tratamento, o que é tarefa não muito fácil. Poderia afirmar que cerca de 90% dos comerciantes de gemas do Brasil testam e comercializam pedras tratada pela Embrarad.
Jóia br - Existe aceitação internacional para o tratamento aplicado pela EMBRARAD?Maurício Favacho É claro que sim, apesar da maior parte dos clientes serem do Brasil, em particular de Minas Gerais, gemas oriundas de outros países chegam a todo momento na empresa para serem testadas.
Fonte:  Joia br

ALEXANDRITA        

ALEXANDRITA        



A mais rara e valiosa variedade de crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II; de acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente e vermelha-púrpura, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar, embora, para alguns, os elevados valores que esta gema pode alcançar devam-se mais a sua extrema raridade que propriamente à sua beleza intrínseca.

Esta instigante mudança de cor deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.

Este exuberante fenômeno é denominado efeito-alexandrita e outras gemas podem apresentá-lo, entre elas a safira, algumas granadas e o espinélio. É importante salientar a diferença entre esta propriedade e a observada em gemas de pleocroísmo intenso, como a andaluzita (e a própria alexandrita), que exibem distintas cores ou tons, de acordo com a direção em que são observadas e não segundo o tipo de iluminação a qual estão expostas.

Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, explicado detalhadamente no artigo anterior, no qual abordamos o tema do crisoberilo.

As principais inclusões encontradas na alexandrita são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, sobretudo a biotita, actinolita acicular, quartzo, apatita e fluorita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes características internas observadas nas alexandritas.

Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).

No Brasil, a alexandrita ocorre associada a minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos. Ela é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932 e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatú e Uruaçú).

A alexandrita é sintetizada desde 1973, por diversos fabricantes do Japão, Rússia, Estados Unidos e outros países, que utilizam diferentes métodos, tais como os de Fluxo, Czochralski e Float-Zoning, inclusive na obtenção de espécimes com o raro efeito olho-de-gato.

A distinção entre as alexandritas naturais e sintéticas é feita com base no exame das inclusões e estruturas ao microscópio e, como ensaio complementar, na averiguação da fluorescência à luz ultravioleta, usualmente mais intensa nos exemplares sintéticos, devido à ausência de ferro, que inibe esta propriedade na maior parte das alexandritas naturais.

Na prática, a distinção por microscopia é bastante difícil, seja pela ausência de inclusões ou pela presença de inclusões de diferente natureza, porém muito semelhantes, o que, em alguns casos, requer ensaios analíticos mais avançados, não disponíveis em laboratórios gemológicos standard.
O custo das alexandritas sintéticas é relativamente alto - mas muito inferior ao das naturais de igual qualidade - pois os processos de síntese são complexos e os materiais empregados caros. O substituto da alexandrita encontrado com mais frequência no mercado brasileiro é um coríndon sintético “dopado” com traços de vanádio, que também exibe o câmbio de cor segundo a fonte de iluminação sob a qual se observa o exemplar. Eventualmente, encontram-se, ainda, espinélios sintéticos com mudança de cor algo semelhante à das alexandritas.

Não existe ALEXANDRITA NATURAL

Artigo

Não existe ALEXANDRITA NATURAL


História Resumida da Alexandrita


Estima-se que menos de uma pessoa em 100 mil vai ver uma vez na vida uma Alexandrita Natural

Alexandrita – o próprio nome desta pedra preciosa traz à mente imagens da realeza!

Uma das mais intrigantes de joias, foi descoberta pela primeira vez ao longo cordilheira dos Urais da Rússia, onde esmeraldas estavam sendo extraído no início de 1830, e nomeado como a gema imperial da Rússia em homenagem ao Czar Alexandre II. Alexandrita é altamente desejável nos tons de roxo com variedade de mudança de cor da gema conhecida como crisoberilo.

Imagine, se quiser, o que os mineiros russos devem ter se perguntado? Como a história vai, os mineiros descobriram uma veia do que eles pensavam que era mais de esmeralda, que é o que as minas na área vinham produzindo. No entanto, quando observaram a sua descoberta à luz da fogueira, à noite, eles ficaram surpresos ao ver que o material bruto revelou uma tonalidade avermelhada em vez de um verde esmeralda!

A Alexandrita  desde aquela época, gozava de uma reputação como pedra preciosa de cor mais cobiçada do mundo, mas é provavelmente o mais incompreendido, considerando a quantidade de confusão resultante da desinformação popular sobre a pedra.

Este guia contém os fatos básicos que você deve saber sobre o que procurar ao comprar uma alexandrita. Ele é compilado a partir de nossas próprias observações ao longo dos anos, e escrito com a intenção de educar os consumidores e aqueles que apenas querem aprender sobre alexandrita. Estamos muitas vezes a pergunta, “onde posso encontrar mais informações sobre alexandrita?” Porque a informação verdadeiramente precisa sobre alexandrita não é fácil de encontrar, e, quando se acha, é incompleta, mesmo se você pesquisar através de livros ou online.

Através de nossos anos de experiência, descobrimos que a maioria dos joalheiros de varejo, e mesmo alguns gemólogos, sabem pouco sobre distinguir as propriedades de mudança de cor de uma amostra de qualidade e, portanto, nem sempre pode dar uma avaliação justa da pedra. Isso não é inteiramente surpreendente, quando você leva em conta que a maioria dos joalheiros, gemólogos e fornecedores de gemas desconhecem. Passei muito tempo observando os diamantes e outros tipos mais comuns de gemas coloridas, mas nunca, vi uma alexandrita natural.

Elas não são comumente encontrados em lojas de varejo de joias, e estima-se, segundo estudos científicos, que menos de uma pessoa em 100 mil vai ver uma vez na vida uma Alexandrita Natural. Isso porque o bruto de uma Alexandrita é extremamente sujo e requer algum tipo de tratamento para remover as impurezas e não é, portanto, fácil encontrar as naturais. 

O  mais comum é encontrar Alexandritas tratadas para a remoção das impurezas. Utiliza-se na maioria da vezes o ultrassom associado com laser e aspersão à vácuo.

O  Tratamento acima referido reduz o preço por quilate da gema mas mantém a naturalidade dela com pouca desorganização molecular. Agora, por outro lado, você vai encontrar Alexandritas reconstituídas no mercado a preço de banana. A técnica de reconstituição promove uma desorganização molecular tirando totalmente a naturalidade da gema. Veremos mais sobre esse tema abaixo.

Nós, da Redspot Gemas e Joias utilizamos  a técnica de tratamento por laser e ultrassom e aspersão a vácuo. Isso resulta em uma gema natural com tratamento adequado, mantendo a organização molecular pouco alterada, como se fosse natural.

A alexandrita natural deve sempre mostrar uma mudança na cor de um tom de verde (um pouco azulada ou vermelho-púrpura). Esse é o clássico e adequado, muitas vezes fascinante, mudança de cor de uma qualidade pedra natural.

Você também deve tomar cuidado em pagar muito por uma das muitas pedras crisoberilo naturais que mudam de cor de algum tom de verde ou amarelada, com um tom de laranja ou marrom, ou mesmo para uma cor avermelhada, mas somente sob uma luz amarela forte. Essas não são verdadeiras Alexandritas, mas deve ser devidamente identificado como “mudança de cor chrysoberyl”, e não deve comandar um preço premium.

Uma vez que estas pedras são chrysoberyl, que, aparentemente, podem vir de qualquer origem que uma verdadeira alexandrita pode, e estão  vendendo para os compradores desavisados cada vez mais como “alexandrita”, uma vez que maiores quantidades deste material menos valiosos estão sendo minados. As  alexandrita muitas baratas “doublets” para venda quase nunca contêm qualquer crisoberilo natural, mas normalmente são fabricadas a partir de cor criado em laboratório mudando o corindo.

Origens da Alexandrita: 

Mesmo que os compradores estão extremamente interessados no aprendizado do país de origem da sua Alexandrita, a maioria dos laboratórios de gemologia não têm um teste para verificar a origem de uma alexandrita! Por isso, pode vir como uma surpresa que, quando perguntado, aqueles de nós com a experiência muitas vezes deve fazer uma estimativa com base em certas características, por vezes visto em pedras de regiões específicas.

Alexandritas já foram minadas só na Rússia, e enquanto a Rússia tem sido visto como “o lugar” para Alexandritas, sabemos por experiência que a qualidade da amostra individual é o que importa, e não só a origem. Alguns espécimes russos têm inclusões e não são atraentes, assim como algumas pedras de outras origens. Durante décadas, a palavra era que qualquer material que não era  minado russo foi considerada inferior, e até hoje algumas pessoas preferem apenas pedras que são de suposta origem russa.

No entanto, na década de 1980 uma descoberta a brasileira que agitou o mundo da joia com sua alta qualidade e mudança de cor brilhante de um verde azulado impressionante a magenta! De fato, algumas das Alexandritas melhores e mais bonitas vem do Brasil. A descoberta de material de boa qualidade, seguido de Índia anos mais tarde. O material do Brasil e da Índia é geralmente de melhor qualidade na mudança de cor do que o material da Tanzânia descoberto mais tarde. Embora qualquer local onde as gemas são extraídas irão produzir algum material de melhor qualidade, alguns de menor qualidade. É por isso que um determinado país de origem não determina necessariamente o valor de uma alexandrita. Então, novamente, não há mais a ser dito sobre as cores da amostra individual, em vez de a verdadeira origem  determinar a qualidade.

À luz de uma vela ou chama a maioria dos Alexandritas irão apresentar tons avermelhados consideráveis, mas não em “suaves brancas” lâmpadas domésticas vivas ou do dia! Nós todos vimos os anúncios onde um vendedor afirma uma alexandrita vai mudar radicalmente de cor, assim como está sendo movidos de uma sala para outra, mas que raramente é o caso.

Mesmo Alexandritas finas requerem mais do que nuances nas condições de iluminação, a fim de mudar de cor, e normalmente irá mostrar tons de azul-violeta à luz de lâmpadas incandescentes regulares ou na sombra, mantendo-se na maior parte verde/Azul sob incandescente mista e luz solar ou lâmpadas incandescentes e iluminação fluorescente.

Além disso, se a fonte de luz é muito brilhante, se incandescente ou não, um pouco de verde será quase sempre presente. Além disso, está cientificamente provado que os olhos de algumas pessoas verem a cor mudar de maneira diferente dos outros. É verdade! Tem sido observado que uma alexandrita pode não exibir as mesmas cores exatas e as mudanças de cor de uma região geográfica que é realizado no outro, talvez altitude e/ou as alterações climáticas sejam um fator. Seja qual for o caso, é apenas à luz de velas ou luz do fogo que a mais dramática mudança de cor de verde/azul para roxo avermelhado será visto.

De uma coisa você pode ter certeza – cada alexandrita é um indivíduo e é raro encontrar dois que mostram exatamente as mesmas cores sob uma variedade de condições de iluminação.  Essa característica do individualismo é devido a uma combinação de fatores, incluindo variações na claridade e cor, bem como a forma e corte da pedra, e faz alexandrita ainda mais valioso e agradável para colecionadores.

Fonte: Redspot Gemas e Joias

CLASSIFICAÇÃO DAS GEMAS

Existem diversos critérios internacionais para a classificação das gemas, e que têm impacto no preço final da mesma.

Adotamos os critérios utilizados para gemas  no Brasil (BR) – ABRAGEM – e no Exterior (USA).

São bem parecidos, mudando apenas as siglas.

Atenção para as classificações de diamantes pois eles possuem tabela específica e as vezes são usados erroneamente para gemas.

QUADRO DE CLASSIFICAÇÃO DE PUREZA DAS GEMAS DE COR (BRASIL)

GRAU DE PUREZA
DESCRIÇÃO DO GRAU DE PUREZA
SI
Sem inclusões e sem imperfeições externas, quando examinada sob a luz difusa, com lupa 10X.
lL
Inclusões leves ou muito pequenas, quando examinada com lupa 10X. Pequenas imperfeições externas. A categoria IL, é descrita como muito próxima da categoria anterior SI.
IM
Inclusões moderadas que podem ser vistas facilmente com lupa 10X. e com pouca dificuldade a olho nu. Pequenas imperfeições externas. Nesta categoria, as inclusões ou imperfeições não podem afetar a mesa da gema.
IA
Inclusões acentuadas, facilmente vistas a olho nu.
Imperfeições externas também são facilmente encontradas.
IE
Inclusões excessivas. Esta categoria envolve todas as gemas que apresentam muitas inclusões e imperfeições externas, afetando seriamente a beleza, a transparência e a durabilidade do material. As gemas desta categoria são quase sempre translúcidas a opacas.
QUADRO DE CLASSIFICAÇÃO DE PUREZA DAS GEMAS DE COR (USA)
Classificação
“Grade”
Siglas e Descrição na Gema
SF – Super Fino ou excelente negócio
Esta graduação denota que o produto em questão é limpo, bem facetado, bem polido, tem uma cor agradável e viva com consistência e apropriação.
AAA – (SI1-SI2) ou grande negócio
Esta graduação denota que o produto em questão é limpo, bem facetado, bem polido, cor viva, mas apresenta variação na consistência da cor
AA: – (SI1 – I1) ou bom negócio
Esta graduação denota que o produto em questão está semi limpo, bem facetado & polido, apresenta variações e inconsistência na apropriação da cor. Em termos de joias, denota boa jóia com SI2 e I1 na graduação dos diamantes ou gemas coloridas, mais nas jóias de prata de lei.
A: – (I2)
ou valor extra
Esta graduação denota que o produto em questão está semi limpo, razoavelmente facetado e polido, com variações notáveis e inconsistência na apropriação da cor.
Em termos de jóias, denota jóias em ouro com graduação I2/gemas com claridade ou joias em prata de lei.
Comercial ou Valor Extra
Irregular, nebuloso, inclusões visíveis, semi transparente/opaco, menor graduação.
Em termos de jóias, denota ouro ou prata de lei com graduação menor

sábado, 29 de julho de 2017

9 tesouros que ainda não foram encontrados

Com tanta gente no mundo, tecnologia cada vez mais avançada e o planeta sendo decifrado por cientistas de plantão, diversos mistérios e perguntas não respondidas ainda surgem semanalmente ao redor do globo. Quanto mais se descobre sobre o passado da Terra, mais questões e incógnitas surgem pelo caminho.
Um dos mistérios mais explorados tem relação direta com a fama dos tesouros perdidos ou roubados ao longo dos séculos. Onde é que está boa parte das riquezas da antiguidade? Uma coisa é certa: em tempos de incerteza, quer se trate de uma revolução, guerra, canibalização etc., o lugar mais seguro para guardar algo de valor era em uma colina bem alta ou embaixo da terra.
A equipe do Mega Curioso arregaçou as mangas e “escavou” alguns tesouros lendários que grandes ícones da História perderam em suas aventuras pelo planeta. Confira:

1. O tesouro perdido de Napoleão


Ao abandonar a cidade de Moscou, o ilustre Napoleão levou consigo alguns carrinhos de ouro, objetos de valor e uma coleção de armas antigas. Contudo, devido aos ataques que seu exército sofria constantemente, ele foi deixando um pouco das riquezas pelo caminho, com o intuito de fazer suas tropas andarem mais rápido.
Historiadores sugerem que Napoleão continuou a puxar carroças, pelo menos, até o Rio Berezina, na região russa do planeta. O primeiro tesouro foi encontrado no rio Nara, mas os outros ainda estão perdidos. Quer procurar? Basta você se aventurar pelas aldeias Zhernovka e Velisto, lagos Kasplya, Svaditskoe, Semlevskoe e no distrito Demidov, na região de Smolensk, na Rússia.

2. As riquezas de Sigismundo III


Filho do rei sueco João III, Sigismundo III invadiu a Rússia em 1604, confiscando tudo o que parecia ter algum valor. Depois da “época da colheita”, ele conseguiu encher 923 vagões de mercadorias, que foram enviados por Mozhaisk, estrada para a Polônia.
Contudo, antes de chegar ao destino final, praticamente todo o tesouro sumiu sem deixar nenhum vestígio. Quer procurar? Compre agora uma passagem para as cidades russas Mojaisk ou Aprelevka. Mas atenção: é bom você voltar e dividir um pouco do tesouro com a gente.

3. O tesouro de Montezuma


Montezuma era um cara um lendário e poderoso líder asteca — tinha uma fortuna incrível. Em 30 de junho de 1520, Hernan Cortés e seus soldados assassinaram o imperador, roubando toda a sua riqueza.
Contudo, a população não deixou barato, cercando os assassinos e tentando impedi-los de fugir com o ouro. É óbvio que um grande combate foi travado, fazendo com que os moradores locais recuperassem parte das joias, mas grande parte do tesouro saqueado foi perdida e nunca mais vista.
Quer procurar? Vá para a cidade de Kanab, em Utah (EUA). Em 1914, o garimpeiro Freddy Crystal encontrou uma gravura feita do lado de um penhasco que combinava com uma marcação em um mapa de tesouro antigo, que supostamente conduzia à fortuna de Montezuma.
O mapa foi decifrado por um descendente do grande líder asteca e, depois de algum tempo, eles conseguiram encontrar um sistema de cavernas e túneis que atravessavam a montanha, em Kanab. O lugar estava cheio de armadilhas, mas nenhum ouro jamais foi encontrado.

4. A fortuna de Lima


No século 19, diversas guerras começaram a ser travadas na América do Sul, visando o fim do colonialismo existente. Durante o domínio da Espanha, a Igreja Católica conquistou uma grande fortuna na região, e claro que eles precisavam de um local seguro para guardar a grana dos chamados “rebeldes”.
Com isso, William Thompson foi encarregado para levar diversas estátuas de ouro, joias, diamantes, coroas, prata e mais um monte de riquezas para bem longe das guerras — o valor estimado era de 300 milhões de dólares.
Contudo, William e sua tripulação não resistiram à tentação e mataram os guardas católicos, tomando as joias para eles. Depois do ocorrido, a trupe foi parar nas Ilhas Cocos, na Costa Rica, e enterrou o tesouro, com a intenção de recuperá-lo dias depois. Porém, eles foram capturados e apenas dois integrantes não foram para a forca, sendo obrigados a revelar o lugar secreto em que o tesouro estava.
Sabe o que aconteceu? William e seu capanga fugiram, e nunca mais eles foram vistos no planeta, muito menos o tesouro escondido.

5. Tesouro do navio Flor do Mar


Construído em 1502 e comandado pelo irmão de Vasco da Gama, o navio português Flor do Mar era muito famoso na época, tendo feito parte de uma viagem para a Índia portuguesa em 1505. Além disso, a embarcação participou de algumas batalhas navais, até que, em 1511, foi perdido em uma tempestade.
O fato intrigante é que o Flor do Mar estava lotado de ouro, o que fez do navio o mais procurado depois de um naufrágio. Tudo indica que a fortuna é o tesouro do reino Melaka, localizado na moderna Malásia, que teria mais de 60 toneladas de ouro.

6. A misteriosa Arca da Aliança


Para os antigos israelitas, a Arca da Aliança era a coisa mais sagrada que existia na Terra, sendo o objeto supremo dos hebreus. Aliás, o famoso aparato era repleto de ouro e acompanhou a galera por 40 anos no deserto — alguns místicos dizem que ela produzia o Maná, alimento usado por Moisés e seu povo.
A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém, em 607 antes de Cristo. Desde então, ela nunca mais foi vista. Uns dizem que os próprios hebreus a esconderam, outros afirmam que ela foi destruída. Já os mais fiéis acreditam que Deus levou a Arca para o céu. Será?

7. Maxberg Specimen


Até hoje, apenas 11 fósseis completos de Archaeopteryx foram descobertos pelo ser humano. Caso você não saiba, essa espécie é um dos raros animais que poderia ajudar no desenrolar dos estudos sobre a evolução das espécies, já que faz parte da transição entre os dinossauros e as aves.
O dono da riqueza — sim, isso vale muito dinheiro —, Eduard Opitsch, descobriu o fóssil em 1956, época em que apenas dois fósseis de Archaeopteryx tinham sido descobertos. Ao descobrir que teria que pagar altos impostos pela venda do achado, Opitsch decidiu esconder o fóssil em sua casa. Contudo, depois de sua morte, ninguém descobriu onde ele escondeu essa fortuna fossilizada.

8. A lendária espada Kusanagi


Conhecida no Japão como Kusanagi-no-Tsurugi ou Ama-no-Murakumo-no-Tsurugi ("Espada que Colhe as Nuvens do Céu"), essa espada leva a fama de ser a Excalibur japonesa. Cada vez que um novo imperador era coroado, a Kusanagi era usada em um ritual específico. Segundo a mitologia, a espada foi encontrada no corpo de uma serpente de oito cabeças, decaptada pelo deus japonês Susanoo.
Existem algumas réplicas muito bem feitas dela, mas, infelizmente, a espada verdadeira mora no fundo do oceano desde uma batalha no século 12. Quem se atreve a procurar essa lendária relíquia? Atualmente, o valor dela é praticamente incalculável.

9. O tesouro dos Cavaleiros Templários


Em 1307, o último templário, Jacques de Molay, foi perseguido pelo rei Filipe IV da França, fazendo com que o mistério sobre o paradeiro de todo o tesouro que os Cavaleiros Templários tinham se tornasse motivo de uma busca frenética pelo globo.
O nome completo da ordem era “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão", fundada na época das Cruzadas, por volta do século 11, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista. Contudo, muitos iniciados no assunto sabem que a verdade não é essa: eles tinham objetivos a mais nessa empreitada.
Depois da morte de Jaques, o que levou à dispersão e sumiço de muitos Templários, o tesouro deles, assim como a frota, nunca mais foi visto no planeta. É óbvio que o rei Filipe IV ficou muito furioso com isso. De acordo com algumas lendas, todo esse tesouro teria sido usado para financiar a independência dos Estados Unidos. Você acredita nisso?

Museu "perdeu" anel de diamante que valia quase um milhão de euros


"O desaparecimento do anel do seu local foi constantado pela equipa do Museu Britânico em agosto de 2011. Desde então, o museu reviu as suas normas de segurança e de gestão da coleção. Fez também um investimento significativo para melhorar a segurança", acrescentou o porta-voz.
O anel não estava em exposição quando desapareceu.Museu "perdeu" anel de diamante que valia quase um milhão de euros







Peça da Cartier desapareceu do Museu Britânico em agosto de 2011
Um anel de diamantes, que desapareceu do Museu Britânico, em Londres, no ano de 2011, só foi agora dado como desaparecido pela instituição.
Estima-se que a peça, da Cartier, tenha um valor superior a 840 mil euros. A demora no anúncio do desaparecimento do anel prende-se com o facto de as normas do museu estabelecerem que as perdas só são reportadas cinco anos depois, diz a BBC, citando um porta-voz da instituição.
A perda do anel, legada ao museu por um anónimo, foi revelada com a publicação das contas anuais do Museu Britânico.

Paixão pelo jade leva pedra a valer mais que o ouro

Até onde se pode lembrar, o rio lamacento que corre através desta cidade-oásis no sul de Xinjiang sempre teve muitas pedras macias e brancas, suas bordas brutas polidas pelas águas que rolavam para baixo pelas montanhas do Tibete. E, até onde se pode lembrar, essas pedras – um tipo de jade semitranslúcido – tinham o valor de, bem, um monte de pedras de rio.
Lohman Tohti, 30 anos, se re­­cor­­da de, ainda criança, arremessar pedaços do tamanho de melões dessas pedras dentro de sacos de areia – que eram usados pa­­ra brecar as cheias do apropriadamente intitulado Rio Jade Branco. Quan­do os compradores chineses começaram a chegar por aqui, no início da década de 1990, e os locais ficaram sabendo do potencial valor das pedras, seu tio fez um acordo invejável: ele trocou uma pedra com a circunferência de um porco bem alimentado pela vaca magra de seu vizinho. “Hoje meu tio seria um milionário”, diz Tohti, agora um comerciante de jade.
Atualmente Khotan tem loucura por jade, ou ao menos pelas riquezas que a pedra trouxe a uma cidade cujo último período de prosperidade havia ocorrido há alguns milhares de anos, quando comerciantes de Roma e Cons­tantinopla faziam sua rota a Xi’an, então capital do império chinês e a ponta oriental da Rota da Seda.
Grama por grama, o jade mais fino se tornou mais valioso que ouro, com suas pepitas mais caras, de jade “gordura de carneiro” – chamado assim por sua consistência de mármore branco –, chegando a US$ 3 mil por 28 gramas, um aumento de dez vezes em relação a uma década atrás.
Novos ricos
A explosão do jade, que parece ter alcançado um ritmo frenético nos últimos dois anos, foi estimulada pelos chineses, cuja riqueza recém-obtida e uma afinidade de 5 mil anos pela pedra transformaram os plantadores de algodão de Khotan em magnatas do jade. “O amor pelo jade está em nosso sangue e, agora que as pessoas têm dinheiro, todos querem uma pedra em volta do pescoço ou em sua casa”, disse Zhang Xiankuo, um vendedor chinês, enquanto abria um cofre para exibir os itens esculpidos mais caros de sua empresa – entre eles um par de cisnes se beijando, com valor de varejo de US$ 150 mil, e uma execução contemporânea de uma mulher da dinastia Tang, seus seios insolentemente expostos, que pode ser comprada por US$ 80 mil.
Outro motivo por trás da elevação dos preços do jade, ao menos segundo os comerciantes, é que ele está se tornando cada vez mais escasso. Ao longo da década passada, tratores e escavadoras destruíram as margens do Rio Jade Branco várias vezes seguidas. Até a prática ser proibida, há três anos, empresas de mineração, algumas pertencentes a autoridades do governo local, desviavam o rio em sua busca para encontrar novas jazidas.
Mesmo com o jade de rio estando difícil de encontrar, a promessa de riqueza instantânea traz famílias inteiras ao rio, onde eles podem ser vistos, cabeças baixas, esquadrinhando as margens. Os sortudos vão diretamente ao mercado, onde multidões de homens uigures com chapéus decorados lançam olhares provocativos e negociam seus mais novos achados.
Bolha
Os céticos, porém, dizem que a alta de preços deve mais à excitação do que à escassez. Wang Chunyun, um especialista em jade do Instituto Guangzhou de Geoquímica, diz que um grosso filão inexplorado de jade branco se estende através das montanhas Kunlun, passando por Xinjiang e pelo Tibete. A pedra também pode ser encontrada no resto do mundo, na Austrália, Coreia e Polônia, onde a falta de demanda a mantém intocada. “A escassez de jade é um mito”, disse Wang numa entrevista por telefone. “Eu nunca disse isso aos negociantes chineses porque seria um golpe psicológico forte demais”, acrescentou.
De volta ao mercado, Ai Shan Zhang, um próspero vendedor uigur, balançou a cabeça e sorriu quando foi sugerido que o jade de Khotan pode não ser tão precioso quanto um diamante. O entusiasmo chinês pela pedra é tão grande, disse ele, que ele parou de usar seus ornamentos, especialmente ao se reunir com autoridades do governo cujos favores são algumas vezes necessários no curso dos negócios. “Quando percebem uma peça bonita em volta de meu pescoço, eles a pedem emprestada”, explicou ele. “E, assim que lhes entrego, eles nunca me devolvem.”
A afeição chinesa pela pedra explodiu por volta de 1600 a.C., quando os reais da dinastia Shang começaram a dormir em travesseiros de jade, assinar decretos com carimbos de jade e a sepultar seus entes queridos em roupas feitas com ladrilhos. A lenda sugere que somente os imperadores podiam possuir o jade esculpido, e que a busca por uma pedra especialmente apreciada podia custar as vidas de 10 mil soldados. Não é uma coincidência que os caracteres chineses para “rei” e “jade” têm a mesma base.
O idioma chinês contemporâneo é repleto de referências ao jade – a palavra é usada para descrever mulheres lindas e puras –, e muitas pessoas afirmam que a pedra possui poderes medicinais. Uma lasca de jade usada em volta do pulso pode acalmar uma criança assustada, melhorar a circulação ou absorver energias ruins, dizem os chineses. Segundo uma crença muito antiga, o jade fornece uma ligação entre os mundos físico e espiritual.
Algumas dessas crenças são reforçadas pela tendência do jade em mudar de cor quando usado sobre o corpo. “Quando o jade se esfrega na pele ele se torna mais macio e liso, e quem o usa fica mais feliz, o que provavelmente aumenta sua imunidade”, afirma Wang Shiqi, geólogo da Universidade de Pequim especializado em jade.

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Novas jazidas de diamantes no Brasil


Oito especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2010. Desde então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitos kimberlitos*. Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas, não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras preciosas.
Atualmente, o Brasil conta principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos pesquisadores é divulgar todos os dados em 2014.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques. Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira uma foto:

Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo

A obra Diamante: a pedra, a gema, a lenda, de autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1)    Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates. Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.
2)    Incomparable
O Incomparable, ou Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.
3)    Cullinan II
O Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que o Cullinan I. Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da Inglaterra.
4)    Grão Mogol
Encontrado na Índia em 1550, pesa 793 quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro atual desta preciosidade é desconhecido.
5)    Nizam
O Nizam é o diamante mais antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227 quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.

Reino Mineral

Reino Mineral


O reino mineral, diferente dos reinos animal e vegetal, é formado por tudo aquilo que não possui vida, por exemplo, a água, o solo, os gases, os minérios, as rochas. A origem dos minerais são caracterizadas pelo resfriamento do magma, precipitação de sais ou o rearranjo de íons (metamorfismo).

Características do Reino Mineral

  • Seres Inorgânicos
  • Ausência de vida
  • Ordem geométrica
  • Durabilidade, transparência, cor, brilho (rochas e minérios)
  • Sólidos e Cristalinos (rochas e minérios)
  • Destituídos de inteligência e extintos

Minerais

Os minerais são substâncias sólidas, naturais, inorgânicas, que possuem um arranjo interno (cristalização) caracterizados por propriedades físicas e químicas determinadas que ao longo dos anos foram formadas pela intervenção da natureza dentre temperatura, calor, pressão, etc. Em outras palavras, os minerais são compostos químicos formados por sólidos cristalinos, divididos em: minerais metálicos e não metálicos.
  1. Minerais metálicos: esses minerais apresentam em sua composição elementos com características físico-química dos metais, por exemplo, o ferro, cobre, alumínio, dentre outros.
  2. Minerais não-metálicos: Esse grupo é composto por minérios que não contém em sua composição propriedades dos metais, por exemplo, a areia, o diamante, o calcário, dentre outros.

Materiais Orgânicos Fósseis

Chamados recursos energéticos fósseis, esses minérios são compostos por elementos de origem orgânica, por exemplo, o petróleo, gás natural, óleos minerais, carvões, resinas, asfaltos e betumes.

Exemplos de Minerais

  • Grafite
  • Cristal
  • Diamante
  • Ouro
  • Prata
  • Cobre
  • Quartzo
  • Feldspato
  • Mica
  • Turmalina

Rochas

As rochas agregados naturais e multigranulares constituídos por dois ou mais minerais e, de acordo com sua formação os tipos de rocha são:
  1. Rochas Sedimentares: formadas pela sedimentação de partículas e matéria orgânica, por exemplo, o arenito.
  2. Rochas Magmáticas (Ígneas): formadas por magma, por exemplo, o granito.
  3. Rochas Metamórficas: sofrem alterações em sua estrutura, por exemplo, o mármore.

Exemplos de Rocha

  • Granito
  • Arenito
  • Mármore
  • Basalto
  • Milonito
  • Riolito
  • Coquinas
  • Migmatitos

Curiosidades

  • A ciência que estuda os minerais é chamada de mineralogia.
  • O estudo dos cristais é chamado de cristalografia.
  • A maioria dos minerais são formados por dois ou mais elementos, entretanto há minerais constituídos por um elemento químico como o ouro (Au) e o diamante (C).
  • O termo “minério” é utilizado para indicar que uma rocha ou um mineral apresenta importância econômica, por exemplo, bauxita, hematita, turmalina e quartzo.
  • A água é considerada um mineraloide, com características semelhantes às dos minerais.
  • O mercúrio é o único mineral líquido.

O que é Geologia

O que é Geologia

Geologia é uma ciência natural que estuda a Terra. Do grego, o termo geologia é formado pelos vocábulos “geo” (Terra) e “logia” (estudo ou ciência). O geólogo é o profissional e especialista em geologia.

Importância da Geologia

Por meio da Geologia é possível identificar a origem, a idade do planeta, as transformações que sofreu ao longo do tempo e ainda, sua formação geológica.
Além disso, através das ferramentas e tecnologias utilizadas, ela pode prever os possíveis abalos abalos sísmicos que acontecerão no globo e ainda, prever as mudanças do clima.
Os conhecimentos desenvolvidos pela geologia são empregados na construção civil (represas, túneis e estradas); na exploração e aproveitamento dos minérios; na obtenção de energia geotérmica
(energia produzida pelo calor do interior da Terra).
No tocante às construções, a presença de um geólogo torna-se indispensável, uma vez que ele analisa o solo, as rochas e ainda, prevê o impacto ambiental. Sendo assim, é realizado um levantamento geológico e geotécnico das áreas destinadas à construção.
Importante destacar que os estudos da geologia estão voltados para o conhecimento do nosso planeta, melhorando a qualidade de vida e a nossa relação com a natureza.
Visto a importância dos estudos da Geologia, atualmente existem muitos cursos de graduação e pós-graduação na área. Eles envolvem conhecimentos de geografia, história, astronomia, biologia, ecologia, paleontologia, física, matemática e química.

Áreas de Estudo

A geologia é uma área muito ampla, sendo que as principais áreas de estudo são:
  • Geologia Estrutural: estudo da estrutura da Terra.
  • Geologia Histórica: estudo das eras, períodos e idades geológicas.
  • Geologia Econômica: estudo das riquezas minerais.
  • Geologia Ambiental: estudo dos impactos ambientais e dos riscos ecológicos.
  • Geofísica: estudo da composição e propriedades físicas dos elementos.
  • Geoquímica: estudo da composição e propriedades químicas da Terra.
  • Geomorfologia: estudo das formas da superfície terrestre (relevo).
  • Geologia do Petróleo: estudo da composição e propriedades do petróleo.
  • Hidrogeologia: estudo dos cursos de águas subterrâneas.
  • Cristalografia: estudo dos cristais e das estruturas sólidas formadas pelos átomos.
  • Espeleologia: estudo da formação geológica das cavernas e das cavidades naturais.
  • Estratigrafia: estudo da composição e estrutura das rochas estratificadas.
  • Sedimentologia: estudos dos sedimentos acumulados na Terra derivados da erosão.
  • Topografia: estuda os acidentes geográficos presentes no planeta.
  • Astrogeologia (Geologia Planetária): estudo dos diversos corpos celestes
  • Sismologia: estudo dos sismos e dos movimentos das placas tectônicas no planeta.
  • Vulcanologia: estudo dos vulcões e das erupções vulcânicas.
  • Pedologia: estudo da formação e estrutura dos solos.
  • Petrografia: estudo de análise das rochas.
  • Mineralogia: estudo da composição e propriedades dos minerais.

Conceitos de Geologia

Os principais conceitos desenvolvidos pela geologia estão relacionados com os temas:
  • Formação do planeta Terra
  • Estrutura e camadas da Terra
  • Relevo e as formações geológicas
  • Movimentos das placas tectônicas
  • Os vulcões, os terremotos, os tsunamis
  • Reino mineral e estudo dos fósseis
  • Petróleo, carvão mineral e gás natural
  • A formação do solo e das rochas
  • Depósitos subterrâneos de água (lençóis freáticos e aquíferos)
  • O processo de erosão, desertificação e intemperismo
  • Estudo das eras, períodos e idades geológicas