segunda-feira, 10 de julho de 2017

Comprador do ouro foge um mês após aposta mais otimista de 2017

Bloomberg 10 de julho, 2017
Por Joe Deaux.
Há um mês, os gestores de recursos mostravam o maior otimismo em relação ao ouro neste ano. Agora, não conseguem se livrar dos lingotes com rapidez suficiente.
As posições líquidas dos hedge funds, ou a diferença entre as apostas no aumento e na queda dos preços, caíram na semana passada em mais da metade, na maior redução desde 2015. Os produtos negociados em bolsa lastreados por metais preciosos viram saídas de dinheiro nos últimos 30 dias, enquanto a maioria dos outros fundos de commodities captaram mais dinheiro dos investidores. O total de ativos no SPDR Gold Shares, o maior ETF de lingotes do mundo, atingiu na semana passada o menor nível desde março.
Mesmo com sinais de escalada das tensões geopolíticas — que muitas vezes impulsionam a compra de ouro como refúgio –, os preços, que em junho atingiram o maior valor em quase sete meses, agora caíram por cinco semanas seguidas, maior declínio do ano. Os investidores estão indo embora em parte porque o Federal Reserve e outros bancos centrais estão indicando mais aumentos nas taxas de juros, o que pode limitar o apelo do ouro, porque o metal não paga nenhum juro.
“Eu tenho dificuldade para fazer uma defesa particularmente otimista do ouro”, disse Rob Haworth, estrategista sênior de investimentos da U.S. Bank Wealth Management, que supervisiona US$ 145 bilhões em ativos. “Acreditamos que o Fed está a caminho e continuará elevando o juro, e acho que isso coloca um limite para o ouro.”
A posição líquida em futuros e opções do ouro caiu 51 por cento, para 37.776 contratos, no período de uma semana encerrado em 3 de julho, segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC, na sigla em inglês) divulgados quatro dias depois. Esta foi a posição menos otimista desde janeiro. Em 6 de junho, as posições estavam em 174.658, maior total desde novembro. As posições vendidas, ou seja, as apostas na queda dos preços, subiram 31 por cento, atingindo o patamar mais elevado desde janeiro de 2016.´

Fonte: Bloomberg

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