OS DIAMANTES DE MARIA ANTONIETA
1ª Parte |
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A
paixão da rainha da França Maria Antonieta, nascida arqui-duquesa
austríaca, por jóias - principalmente com diamantes e pérolas - é bem
conhecida. Com um gosto bastante diferente das suas duas últimas
predecessoras no trono francês - a polonesa Maria Leckzinska e a
espanhola Maria Teresa da Áustria - várias jóias pertencentes à Coroa
Real da França tiveram que ser modificadas para ela durante seu
reinado.
Por
volta de 1780, foram intensificados os boatos maldosos contra Maria
Antonieta, acusando-a de dissipação, vícios sexuais e extravagância.
Por ser estrangeira, e austríaca – os Habsburgos austríacos detinham
enorme poder na Europa de então - os franceses e, claro,
principalmente os que eram já a favor de um regime diferente de
governo que não o do Absolutismo, sempre tentaram difamar a rainha
através de panfletos obscenos e folhetins vendidos e distribuídos
pelas ruas da cidade de Paris. A inclinação de Maria Antonieta pelo
luxo (era amante das artes e favoreceu, com seu patrocínio, as
porcelanas de Sévres, pintores, músicos e atores), pelos penteados
extravagantes e vestidos caros, além do favoritismo por um grupo
seleto de amigos e por uma total inadequação à política, não contribuiu
em nada para que os boatos diminuíssem.
O
que ficou conhecido como “O Caso do Colar de Diamantes” e desgastou
enormemente a imagem de Maria Antonieta perante seus súditos, criou-se
a partir de pessoas com situações totalmente díspares: a ambiciosa
Madame de Lamotte - empobrecida Valois descendente de antigos reis
franceses querendo uma posição na corte de Versalhes, o pervertido,
rico e perigoso Príncipe De Rohan – Cardeal da França por quem a
rainha nutria uma enorme antipatia e desconfiança, e o desesperado
joalheiro Boehmer - que tinha em mãos um fabuloso e caríssimo colar de
diamante originalmente confeccionado para que Luís XV, avô e
antecessor de Luís XVI, marido de Maria Antonieta, desse como um
presente a sua última amante, Madame Du Barry.
Usando uma prostituta que lembrava Maria Antonieta, Madame de Lamotte
marcou vários encontros entre o cardeal e a falsa rainha à noite, nos
jardins perto do Templo do Amor, em Versalhes, onde corriam boatos de
que a verdadeira rainha se encontrava ali com amantes. Nesses
encontros, o cardeal foi iludido de que seria recebido por Maria
Antonieta novamente em seu círculo íntimo e assim, deu para a
intrigante Madame o colar, para que esta o fizesse chegar
discretamente às mãos da rainha. Quando o joalheiro Boehmer visitou a
rainha e solicitou que o colar lhe fosse pago, a confusão instalou-se.
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domingo, 7 de junho de 2015
OS DIAMANTES DE MARIA ANTONIETA 1ª Parte
GEMAS ESPETACULARES Parte II
GEMAS
ESPETACULARES
Parte II |
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O "VERDE DE DRESDEN" ou o "Diamante Verde" – este diamante de cor verde singular, já descrita como cor ‘verde-maçã', cor ‘verde-primavera’, impressiona a todos que observam e admiram suas 58 facetas lapidadas em 40,70 quilates. De origem desconhecida, alguns autores citam o Brasil e a Índia como possíveis lugares da descoberta do diamante, foi comprado de um mercador holandês, em 1742, em uma feira em Leipizig, pelo rei da Polônia Frédéric-Auguste Saxe em pessoa, cujo pai tinha feito de Dresden, na Alemanha, uma cidade reconhecida como sendo uma das ‘jóias barrocas’ da Europa. Montado em meio a milhares de diamantes brancos, é uma das jóias da coroa de Saxe e uma das peças magnas do tesouro da cidade . A jóia só deixou a cidade, severamente bombardeada pelos aliados durante a II guerra mundial, em 1945, para um ‘exílio forçado’ em Moscou. De volta em 1958, está guardada nas salas do tesouro do imenso palácio principesco, totalmente reconstruído.O GRANDE "BRIOLETTE" – a lenda fez de Alienor de Aquitânia, rainha da França e depois da Inglaterra, a primeira proprietária desta gema de 90,38 quilates. O diamante foi adquirido na Ásia menor em torno do ano de 1145, durante a segunda cruzada e dado mais tarde a seu filho predileto, Ricardo Coração de Leão, rei inglês. Capturado por seu inimigo Henrique IV da Áustria, serviu como parte do pagamento do resgate exigido para libertá-lo. De paradeiro desconhecido durante algumas centenas de anos, apareceu novamente no século XVI: foi presenteado à bela Diana de Poitiers, pelo seu amante, o rei francês Henrique II. Desaparecido novamente durante 400 anos, o "briolette" é objeto de venda primeiro da Maison Cartier e, depois, do joalheiro Harry Wiston, que o vende a um marajá. Com a morte deste, 10 anos depois, Wiston o compra de volta e o coloca no centro de um magnífico colar com 157 diamantes, vendendo este para a Sra. Dorothy Killam, esposa de um banqueiro canadense, que já possuía em seu cofre um diamante azul de 39 quilates que consta como tendo feito parte da coroa do imperador Carlos Magno. Novamente Harry Wiston, após a morte de sua fiel cliente, o compra. Em 1971, o "grande briolette" é mais uma vez vendido, desta vez a um particular do qual se sabe somente que é europeu... | |
GEMAS ESPETACULARES Parte I
GEMAS
ESPETACULARES
Parte I |
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Histórias de certas gemas célebres como os diamantes Cullinan, Koh-i-noor e Hope são conhecidas pela grande maioria das pessoas que apreciam jóias e gemas, sejam elas apenas admiradoras, compradoras ou comerciantes do setor joalheiro. Mas também existem histórias sobre outras gemas espetaculares não tão conhecidas mas igualmente fascinantes...aqui estão algumas destas histórias... Feliz ano novo aos queridos leitores! O "Black Orlov" – a história inicial desta gema negra continua um enigma. Para alguns, é parte do diamante de 195 quilates chamado "Olho de Brahma", que fazia parte de uma estátua do deus existente em um templo na região de Pondichery, Índia, onde a cor negra é sinônimo de má sorte. Outros acreditam que o nome da gema origina-se do nome de uma princesa russa chamada Nadia Viegyn-Orlov que, para muitos, nunca existiu. O que se sabe com certeza é que, comprado em meados do século passado por Harry Winston, o diamante (que possui agora 67,50 quilates) foi mostrado como curiosidade ao mundo em exposições, antes de ser montado em um colar de platina cravejado com outros diamantes. O colar passou por vários donos e sua última venda deu-se através de um leilão da casa Sotheby’s. | |
PÉROLAS 2ª parte - Breve histórico
PÉROLAS 2ª parte - Breve histórico
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As
pérolas estão presentes com destaque em muitas culturas desde os mais
remotos tempos da Humanidade, por seu fascínio e características
únicas. Muito contribuiu para esta longínqua admiração o fato de que
estas gemas são utilizadas em seu estado natural, não necessitando que o
Homem as aprimore para revelar sua beleza. Por esta razão, são
simbolicamente consideradas um presente da Natureza.
Nunca
se saberá quem teve o privilégio de vê-las pela primeira vez nem onde,
mas provavelmente tratava-se de alguém em busca de alimento ao longo
de algum rio ou orla marítma. Curiosamente, algumas cuturas tinham
tanto ou mais apreço pelas conchas que pelas próprias pérolas.
Até onde sabemos, as mais antigas evidências arqueológicas de pérolas têm aproximadamente 6.000 anos e foram encontradas na região do Golfo Pérsico, onde os mortos eram, em algumas ocasiões, enterrados com uma pérola disposta em uma de suas mãos.
Os
mais antigos manuscritos hoje conhecidos com menção às pérolas são
chineses e datam de aproximadamente 2.350 A.C.. Há uma ode às pérolas
de autoria de Confúcio e testemunhos de aproximadamente 1.000 anos
dando conta da popularidade de figuras do Buda recobertas por nácar.
As
antigas culturas do Oriente Médio, Índia e Pacífico Sul parecem ter
sido as que primeiro admiraram e utilizaram as pérolas como adorno,
provavelmente devido à proximidade com as principais fontes históricas
desta gema, respectivamente o Golfo Pérsico, o Estreito de Manaar -
localizado entre Índia e Sri Lanka - e as Ilhas da Polinésia Francesa.
Segundo o historiador romano Plínio, o Estreito de Manaar era, em seu
tempo, a mais importante fonte de pérolas.
O
interesse pelas pérolas disseminou-se pelo Mediterrâneo durante os
Impérios Romano e Bizantino a ponto de, ainda por volta de 100 A.C.,
ter-se já convertido em moda.
Par de brincos com pérolas cultivadas Mabe (à esquerda) Fotografia: Luiz Antônio Gomes da Silveira
À
medida que as antigas rotas comerciais entre a Ásia e a Europa
gradualmente se expandiam e que os cruzados passaram a trazer estas
gemas do Oriente, seu uso difundiu-se também pelo restante da Europa a
partir do século XI.
Com
o passar dos anos, Lisboa e Sevilha tornaram-se os maiores centros
europeus de comercialização de pérolas provenientes do Golfo Pérsico,
Índia e Caribe.
Nas
Américas pré-colombianas, sabe-se que Incas e Astecas tinham grande
apreço pelas pérolas por sua beleza e supostos poderes mágicos.
Colonizadores relataram ter encontrado nativos do Novo Mundo de posse
de formidáveis peças confeccionadas com pérolas. Entre eles,
acredita-se que os norte-americanos das regiões próximas à costa do
Atlântico e dos leitos dos rios Mississipi, Tennessee e Ohio tenham
sido os primeiros a coletá-las e utilizá-las.
O
Golfo Pérsico e sobretudo a costa de Bahrain, foi a principal fonte de
pérolas durante mais de 2.200 anos, de aproximadamente 300 A.C. até
meados do século XX.
Além
das já citadas, outras importantes fontes históricas de pérolas
naturais são o Mar Vermelho, Golfo de Oman, costas noroeste, norte e
nordeste da Austrália, costa sul de Mianmar, Venezuela (Ilha
Margarita), México, Golfo do Panamá, Colombia, China, Filipinas,
Papua-Nova Guiné, Bornéu e Japão.
As
principais fontes históricas de pérolas de água doce são os rios da
Europa, sobretudo da Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda e
França; e a América do Norte, particularemente os EUA, onde se destacam
o rio Mississipi e seus afluentes.
Século XX e primeira década do século XXI
A
situação se agravou com a Grande Depressão de 1929, a descoberta dos
campos de petróleo na região e os consequentes danos ambientais de sua
exploração, alterarando drasticamente o panorama mundial desta gema.
Grande parte da mão-de-obra antes empregada no mergulho para coleta de
pérolas deslocou-se para a indústria do óleo, mais estável e segura.
O
advento das técnicas de cultivo de pérolas ocorreu em um momento
crítico de indisponibilidade de pérolas naturais e, com o passar dos
anos e seu aprimoramento, a oferta de cultivadas se sobrepôs largamente
à de naturais, alterando para sempre o mercado de pérolas.
Modelo usa peças com pérolas cultivadas Fotografia: Cibele Andrade Joias
Quase
nada restou da atividade de mergulho para coleta de pérolas, hoje
restrita a colecionadores amadores ou caçadores de tesouros. A atua
produção de pérolas naturais é desprezível, de modo que os exemplares
disponíveis geralmente fazem parte de patrimônios ou coleções
particulares.
As
pérolas naturais são hoje em dia, possivelmente, mais raras que em
qualquer outro período da História, causando a valorização dos ítens de
muito boa qualidade, adquiridos praticamente apenas por colecionadores
ou connoisseurs, bem como por cidadãos de culturas que
conferem especial valor às pérolas naturais, como é o caso daqueles de
diversas nações árabes.
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PÉROLAS 1ª parte - Etimologia
PÉROLAS
1ª parte - Etimologia |
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Iniciaremos
uma série de artigos sobre as pérolas, começando por sua etimologia.
Antes de mais nada, é importante frisar que, de acordo com as normas
nacionais e internacionais vigentes no setor de gemas e joias, o termo
pérola sem descrição adicional refere-se tão somente à pérola natural,
formada sem a intervenção humana.
A imensa maioria das gemas possui origem mineral, portanto inorgânica. Uma parcela menor deste vasto universo das gemas é formada com a participação de seres vivos. São as denominadas gemas orgânicas, das quais a pérola é a principal representante.
Não se sabe ao certo a origem da palavra pérola, mas há várias hipóteses. Segundo uma delas, o étimo seria o vocábulo latim perna – que é um tipo de concha com esta forma – do qual teria sido empregado seu diminutivo, perula. Curiosamente, a palavra perna ainda hoje é utilizada para referir-se à pérola nos dialetos da Sicília e Nápoles.
Segundo uma terceira hipótese, o termo derivaria de pirula, uma corruptela de pílula, significando uma pequena esfera, em alusão ao aspecto das pérolas.
Se nos detivermos à nomenclatura da pérola, observaremos que nos idiomas ocidentais modernos os nomes são muito parecidos: perla em Italiano e Espanhol, perle em Francês e Alemão, pearl em Inglês e paarl em Holandês e Sueco.
Menina com Brinco de Pérola (1665 - 1667)
Johannes Vermeer (1632 – 1675) Fonte: www.essentialvermeer.com
Isto
pressupõe que esta gema era totalmente exótica na Europa e os termos
usados para descrevê-la não muito antigos, provavelmente de origem
renascentista, já que seu nome clássico era margarita,
vocábulo grego que ainda aparece nos idiomas europeus como arcaísmo.
Este palavra derivaria de um termo babilônico, poeticamente
significando “criança do mar”, proveniente, por sua vez, de uma palavra
persa através do sânscrito.
Por outro lado, a variedade de nomes nos países mais próximos às zonas produtoras é grande. Assim, temos os termos aljofar em Árabe, zhemchug em Russo, provavelmente derivado do Persa, lulu na África Oriental e shinju em Japonês; todos indícios de que o uso deste material é autóctono nestas regiões.
Alguns
nomes de origem romana, tais como “Unio” e “Pina” são aplicados para
descrever alguns gêneros de moluscos produtores de pérolas.
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