domingo, 7 de junho de 2015

Estrela pode ser o maior diamante do universo

Estrela pode ser o maior diamante do universo
 A partir de estudos realizados nos últimos 19 dias e concluídos ontem, cientistas de todo o mundo poderão saber dentro de duas semanas se uma estrela, a BPM 37093, do tamanho da Terra, é feita mesmo de um único diamante (cristal de carbono contaminado com oxigênio), conforme acredita seu descobridor, o astrônomo baiano Kepler de Oliveira Filho. "Seria o maior diamante do universo".
Chefe do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Kepler informou que a estrela está situada na Constelação do Centauro, a 17 mil anos-luz da Terra. Ele fez a descoberta junto com dois alunos (atuais professores nas universidades de Santa Maria e Caxias do Sul) Antônio Kanaan e Odilon Giovannini, em 1991, e sob observação, desde então, de astrônomos de 13 países, reunidos numa entidade, presidida pelo próprio Kepler.
Essa BPM 37093 é uma estrela anã branca, núcleo de grandes massas que implodem e cuja "densidade média, altíssima, é 20 mil vezes maior do que a platina, o objeto mais denso da Terra", contou Kepler. As estrelas anãs são "as mais velhas da nossa galáxia" e seu estudo, como no caso da BPM 37093, visa ajudar os cientistas a obterem "informações sobre a teoria de evolução das estrelas, que vai levar a determinar a idade de nossa galáxia e, em conseqüência, do universo".
A estrela BPM 37093, conforme estudos dos cientistas, se transformou num único e enorme cristal de carbono com oxigênio, ou seja, virou um diamante do tamanho aproximado da Terra.
Foi aquele mesmo grupo de cientistas que decidiu fazer uma pesquisa intensiva da estrela desde o dia 16 de abril, com uso de telescópios do Chile, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, para comprovar tratar-se mesmo de um diamante único, ou não.
A estrela sob observação tem densidade aproximada de 4 milhões de gramas por centímetro cúbico e temperatura mais quente que o Sol, variando de 12 mil a 12,5 mil graus centígrados.
"Há um estudo das variações das ondas de luz emitidas pelas estrelas pelas quais se analisa o interior dos astros. Não é possível ver diretamente o interior das estrelas, ocultado por sua atmosfera. Pode haver outras estrelas compostas de diamante, mas essa é a única que se conhece", afirmou Kepler.

Curiosidades sobre Diamantes

Curiosidades sobre Diamantes

Sobre os diamantes

ORIGEM DO NOME: Diamante, do grego 'adamas', significa invencível e 'diaphanes', que significa transparente. Durante a Idade Média, acreditava-se que um diamante podia reatar um casamento desfeito. Era usado em batalhas como símbolo de coragem.
Os antigos o chamavam de pedra do sol, devido ao seu brilho faiscante e os gregos acreditavam que o fogo de um diamante refletia a chama do amor.
Sugere, portanto, a força e a eternidade do amor.


O DIAMANTE COMO JÓIA: Só a partir do século XV, o diamante foi caracterizado como a jóia da noiva. Sendo Mary de Burgundy a primeira mulher a receber um colar de diamantes como um símbolo de noivado com o Arqueduque Maximilian da Austria em Agosto de 1477. Dos séculos XVII a XIX, usavam-se argolões como anéis de noivado. No século XX, ficou em moda o estilo "chuveiro", mais tarde o anel fieira. Depois o solitário, o estilo mais usado atualmente.

EXPLORAÇÃO: A exploração das minas de diamante começou na Índia, entre os anos 800 e 600 A.C. Durante 2.000 anos, o Oriente produziu todos os diamantes conhecidos, incluindo o "Koh-i-Noor", o russo "Orloff", o "Esperança" e outros diamantes célebres. O seu uso era reservado às cortes reais e aos dignitários da igreja. As espadas, os colares das ordens, os cetros e as coroas usadas nas cerimônias eram ornadas de diamantes.


OS MAIS FAMOSOS DIAMANTES DO MUNDO:
O CULLINAN, o maior dos diamantes já encontrados, pesava 3.106 quilates quando bruto e originalmente um pouco menos de 1 libra e meia. Ele foi cortado em 9 pedras principais e 96 pedras menores.

O Estrela da África é a maior das pedras cortadas do Cullinan. é um dos doze mais famosos diamantes do mundo e pertence à COROA INGLESA. Ele pesava 530,20 quilates, tem 74 facetas e ainda é considerado como o maior diamante lapidado do mundo.

KOH-I-NOOR ("Montanha de Luz") Foi mencionado pela primeira vez em 1304, pesando 186 quilates. Uma pedra de corte oval. Acredita-se ter estado, certa vez, engastado no famoso trono de pavão do Xá Jehan como um dos olhos do pavão. Relapidado no reinado da Rainha Vitória, encontra-se hoje em dia entre AS JÓIAS DA COROA INGLESA e pesa atualmente 108,93 quilates.


O Olho do Ídolo Uma pedra no formato de pêra achatada e do tamanho de um ovo de galinha. O seu tamanho lapidado é de 70,20 quilates. Um outro diamante famoso que uma vez foi colocado no olho de um ídolo antes de ter sido roubado. A lenda também diz que ele foi dado como resgate da Princesa Rasheetah pelo "Sheik" da Kashmir ao Sultão da Turquia qua a tinha raptado.


O Excelsior A segunda maior pedra já encontrada é o Excelsior, que era de 995,2 quilates quando bruto. Alguns dizem que o Braganza é a segunda maior pedra já encontrada, mas não há registros de sua existência e muitos acreditam ser mitológico ou nem mesmo um diamante.

O Regente Um diamante verdadeiramente histórico descoberto em 1701 por um escravo índio perto de Golconda, pesava 410 quilates quando bruto. Quando pertencente a William Pitt, primeiro-ministro inglês, foi cortado em um brilhante no formato de uma almofada de 140,5 quilates e, até ter sido vendido para o Duque de Orleans, Regente da França, quando Luís XV ainda era uma criança em 1717, era chamado de "O Pitt". Foi então rebatizado como "O Regente" e colocado na coroa de Luís XV para a sua coroação. Após a Revolução Francesa, foi possuído por Napoleão Bonaparte que o colocou no cabo de sua espada. Atualmente está exposto no Louvre.

O Blue Hope (Esperança Azul) Mais famoso do que qualquer outro diamante, o Hope foi uma vez possuído por Luís XV, sendo oficialmente designado de "o diamante azul da coroa". Roubado durante a Revolução Francesa, tornou a aparecer em Londres, em 1830 e foi comprado por Henry Philip Hope, razão pela qual atualmente tem esse nome. Foi em poder da família Hope que este diamante adquiriu a reputação horrível de trazer azar. Toda a família morreu na pobreza. Uma infelicidade similar ocorreu com um proprietário posterior, Sr. Edward McLean. Atualmente, encontra-se na Instituição Smithsonian em Washington.


O Grande Mogul foi descoberto no século XVII. A pedra tem esse nome em homenagem ao Xá Jehan, que construiu o Taj Mahal. Quando bruto, diz-se ter pesado 793 quilates. Atualmente encontra-se desaparecido.

O "Sancy" pesava 55 quilates e foi cortado no formato de uma pêra. Primeiramente pertenceu a Charles, o Corajoso, Duque de Burgundy, que o perdeu na batalha em 1477. A pedra de fato tem esse nome devido a um dono posterior, Senhor de Sancy, um embaixador francês na Turquia no final do século XVI. Ele o emprestou ao rei francês Henry III que o usou no gorro com o qual escondia sua calvície. Henrique VI da França, também pegou emprestado a pedra de Sancy, mas ela foi vendida em 1664 a James I da Inglaterra. Em 1688, James II, último dos reis Stuart da Inglaterra, fugiu com ele para Paris. O "Sancy" desapareceu durante a Revolução Francesa.

Taylor - Burton Com 69,42 quilates, este diamante no formato de uma pêra foi vendido em leilão em 1969 com a pressuposição de que ele poderia ser nomeado pelo comprador. Cartier, de Nova York, com sucesso, fez um lance para ele e imediatamente o batizou de "Cartier". Entretanto, no dia seguinte, Richard Burton comprou a pedra para Elizabeth Taylor por uma soma não revelada, rebatizando-o de "Taylor-Burton". Ele fez seu debut em um baile de caridade em Mônaco, em meados de novembro, onde Miss Taylor o usou como um pendente. Em 1978, Elizabeth Taylor anunciou que o estava colocando à venda e que planejava usar parte da renda para construir um hospital em Botswana. Somente para inspecionar, os possíveis compradores tiveram que pagar $ 2.500 para cobrir os custos de mostrá-lo. Em junho de 1979, ele foi vendido por quase $ 3 milhões e a última notícia que temos dele é que se encontra na Arábia Saudita.

O Orloff Acredita-se que tenha pesado cerca de 300 quilates quando foi encontrado. Uma vez foi confundido com o Grande Mogul, e atualmente faz parte do Tesouro Público de Diamantes da União Soviética em Moscou. Uma das lendas diz que "O Orloff" foi colocado como olho de Deus no templo de Sri Rangen e foi roubado por um soldado francês disfarçado de hindu.

Hortensia Esta pedra cor de pêssego, de 20 quilates, tem esse nome em honra de Hortense de Beauharnais, Rainha da Holanda, que era filha de Josephine e a enteada de Napoleão Bonaparte. O Hortensia fez parte das Jóias da Coroa Francesa desde que Luís XIV o comprou. Junto com o Regente, atualmente está em exposição no Louvre, em Paris.

Entre os mais novos diamantes famosos está o "Amsterdã", uma das pedras preciosas mais raras do mundo, um diamante totalmente negro. Proveniente de uma parte do Sul da África, cujo local se mantém em segredo, tem peso bruto de 55.58 quilates. A belíssima pedra negra tem um formato de uma pêra e possui 145 faces e pesa 33.74 quilates.

Como nasce um diamante

Como nasce um diamante
Os diamantes têm muitos milhões de anos de idade. A formação dos diamantes começou há milhões de anos atrás nas profundidades da terra quando o carbono foi cristalizado por intenso calor e pressão. Os diamantes ascenderam à superfície através de erupções vulcânicas. Mais tarde, quando as atividades vulcânicas diminuíram e a era glacial tomou lugar, os diamantes permaneceram encaixados em um magma solidificado conhecido como "blue ground" ou "kimberlite". Há tipos diferentes de minas - incluindo tubos do kimberlite e depósitos aluviais.
Os diamantes encontrados em depósitos aluviais foram às vezes formados em um lugar muito distante de onde estão alojados. Através dos séculos eles têm erudido dos tubos de 'kimberlite' e então carregados, primeiramente pelas águas das chuvas e depois pelos rios.

O PALÁCIO DAS GEMAS DE JAIPUR

O PALÁCIO DAS GEMAS DE JAIPUR



É em Jaipur que se encontra a famosa meenakari, especialíssima técnica de esmaltação artesanal, feita na tradição do design indiano kundam.
Marajás de toda a Índia encomendavam suas jóias mais requintadas e objetos de arte mais preciosos aos artífices joalheiros da família Kasliwal, que trabalhava para os marajás de Jaipur desde o século XVIII. Hoje em dia, milionários, integrantes da nobreza européia, celebridades e presidentes de vários países encomendam ou recebem de presente jóias confeccionadas pelos descendentes dos primeiros Kasliwal que chegaram a Jaipur, vindos de Agra, para trabalhar para o marajá Jai Singh II, em meados do século XVIII. Quase um século mais tarde, em 1852, a família fundou o Gem Palace, misto de escola, oficina de ourivesaria, loja e museu, que permanece até hoje como referência da joalheria indiana.
Em 1947, a Índia se tornou uma república e os marajás foram obrigados a passar a pagar impostos. Uma grande maioria viu-se então obrigada a vender vários objetos e jóias de suas preciosas coleções. Desde então, além da confecção de jóias artesanais, o Gem Palace, propriedade da família Kaliswal, vem adquirindo magníficas peças feitas por antepassados da família, transformando-se nos últimos 50 anos em um importante museu.

O setor de ourivesaria do Gem Palace reúne alguns dos melhores ourives e artífices joalheiros indianos. Vindas principalmente de Burma, Madagascar e Kênia, espinélios, águas-marinhas, citrinos, ametistas, rubis, esmeraldas, safiras, topázios, peridotos, turmalinas, diamantes ou qualquer outra gema desejada é cravejada em uma peça única. As gemas são lapidadas, polidas e trabalhadas usando-se métodos tradicionais de séculos.
Os artesãos trabalham sentados – e com seus pés descalços - em almofadas perfeitamente brancas e podem passar dias trabalhando em somente uma gema. Assim que a gema deixa o setor de lapidação e refinamento, ela está perfeita para a criação de jóias deslumbrantes, a grande maioria delas decoradas com a técnica meenakari.
Essa técnica foi trazida pelos imperadores Mughal (palavra persa para Mongol) para a Índia, por volta do século XVI e consiste em delicados e intrincados desenhos de flores, pássaros ou peixes gravados no metal de tal forma a permitir o recebimento dos esmaltes. Cada cor de esmalte, em pó, é colocada dentro do espaço desejado e aquecida até se tornar líquida e preencher totalmente o espaço. Depois, faz-se o polimento com ágata. A profundidade dos espaços determina o jogo de luz com as cores. Tal é a perfeição do trabalho que algumas peças demoram dias ou até meses, para serem terminadas.

OS DIAMANTES DE MARIA ANTONIETA 2ª Parte


OS DIAMANTES DE MARIA ANTONIETA
2ª Parte


Luís XVI e Maria Antonieta ficaram a par de todos os detalhes, e o desagrado de Maria Antonieta quanto ao cardeal tornou-se ódio. O rei apoiou a esposa, mandando prender o cardeal - ocupante do mais alto posto católico na França - em público, em frente de toda a corte de Versalhes.  Além do vexame da prisão, a rainha queria vingança e o cardeal foi então submetido a um julgamento pelo Parlamento de Paris.
O julgamento foi uma sensação durante meses e muita roupa suja da corte em Versalhes foi lavada em público. O resultado foi um desastre para a rainha e contaria muitos anos depois como mais uma prova contra ela, quando do seu “julgamento” pelos membros revolucionários da Convenção Nacional.
No final, os nobres que compunham o Parlamento francês inocentaram o poderoso cardeal De Rohan de qualquer insulto premeditado à rainha e, ainda pior, fizeram constar em ata que, dada à má reputação de Maria Antonieta (desde muitos anos que a rainha era vítima dos famosos libelos, o equivalente em nossos dias aos tablóides; estes circulavam livremente por Paris e cidades francesas importantes e eram lidos por representantes de várias classes sociais), ela era merecedora de que o cardeal tivesse sido levado a crer que receberia favores amorosos em troca de um colar de diamantes. Mas condenaram Madame de Lamotte à prisão e a marcaram a ferro com o V (voleur) de ladra. Porém, um tempo depois, ela consegue escapar da prisão e se refugia na Inglaterra e de lá, faz circular milhares de folhetins onde conta falsamente que era amante da rainha e que tudo não passou de um grande divertimento para Maria Antonieta, e que esta teria ficado com o colar de diamantes, o que é absolutamente falso.
Em outubro de 1793, pouco tempo antes da sua execução, Maria Antonieta deu o anel à princesa Lubomirska, uma de suas amigas mais íntimas. Com a morte da princesa anos depois, sua imensa fortuna e jóias foram divididas entre quatro filhas, três das quais casadas com membros da família aristocrata polonesa Potocki. Em 1955, o anel pode ser apreciado pelo público em Versalhes, por ocasião da exibição “Maria Antonieta, Arquiduquesa, Delfina e Rainha”. Em 1983, a casa de leilões Christie’s colocou o anel à venda.
Na década de 1950-60, muitos joalheiros e negociantes de gemas norte-americanos foram para a Europa comprar jóias antigas pertencentes a famílias que tinham perdido tudo durante a Segunda Guerra Mundial. Van Cleef, Cartier e Harry Winston estavam entre eles. Mas somente as gemas os interessavam, já que o design das jóias tinha se modernizado e ninguém mais se interessava pelos estilos antigos. As gemas, principalmente diamantes, rubis e safiras, eram retiradas das antigas peças e enviadas para serem lapidadas em novas formas.
Porém, algumas peças de joalheria compradas por Harry Wiston foram vendidas como estavam para clientes colecionadores de jóias antigas, como Marjorie Merriweather Post que, mais tarde, doou um substancial número delas para o Museu Smithsonian, situado em Washington, EUA. Dentre as jóias doadas, estava um par de brincos em diamantes pertencentes à Maria Antonieta.
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Considerações da autora:
Maria Antonieta, criada em uma corte católica e tendo uma mãe imperial - em todos os sentidos - Maria Tereza da Áustria, teve o seu casamento com o Delfim francês Luís Augusto (mais tarde Luís XVI) acordado entre França e Áustria como um movimento importante no sentido de promover um relaxamento das tensões entre os dois países, que se enfrentaram na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e por dois séculos seguintes continuaram a ser antagonistas políticos no cenário europeu.

De imediato odiada quando chegou à Corte francesa, não soube se posicionar politicamente (sua imperial mãe a queria como defensora dos interesses austríacos na França e os franceses a queriam longe da esfera do poder de então), preferindo - talvez por ser parte de sua personalidade, mas também e certamente tendo suas ações motivadas pela não consumação do seu casamento por longos sete anos (onde sofreu pressões dos dois países para que gerasse um herdeiro ao trono da França, quando na verdade só lhe cabia “metade da culpa” pelo fracasso matrimonial que sofria) e pela ausência total das amigas de infância austríacas, mandadas de volta assim que a arquiduquesa pisou pela primeira vez em solo francês - uma vida onde os vestidos, sapatos, penteados e as frivolidades da Corte francesa tinham preponderância.
Quando se tornou mãe (quatro filhos, dois mortos em tenra idade), passou a se mostrar mais amadurecida e preocupada com o que ocorria a sua volta. Infelizmente, não conseguiu reverter a imagem negativa que detinha perante a Corte e principalmente ao povo, martirizado por invernos rigorosos e conseqüentes colheitas muito fracas, mas principalmente vítima do enorme déficit criado pelo apoio financeiro francês à guerra por independência das colônias inglesas contra a Inglaterra que culminaram com o surgimento dos Estados Unidos da América do Norte.
Com um marido fraco e completamente "não-talhado" para ser rei de um país como a França, foi presa junto com sua família, primeiro nas Tulherias e depois no antigo palácio do Templo e finalmente na Conciergerie, de onde saiu aos 38 anos de idade para ter sua cabeça cortada na guilhotina.
Usada como bode expiatório pelos agentes da Revolução Francesa, contudo, teve uma conduta digna em todos os momentos em que passou presa e inclusive no seu “julgamento” (já estava condenada antes mesmo do início deste). Morreu completamente entristecida pela morte do marido (a quem não amava, mas respeitava) e, mais ainda, pelo fato de seu único filho homem sobrevivente, Delfim Luís, lhe ter sido tirado das mãos quando ainda da prisão no Templo e ter servido de peça acusatória contra a própria mãe, com acusações de incesto, coisa que jamais ocorreu e que teve um efeito devastador na rainha.

Maria Antonieta passou seus últimos dias em situação de profunda humilhação como ser humano, mas na hora de sua morte enfrentou o final da vida com coragem e serenidade, porque o que mais lhe dizia ao coração ela já havia perdido totalmente: o convívio com a sua pequena família e, principalmente, sua proximidade com os dois filhos, Maria Tereza e Delfim Luís.