quinta-feira, 18 de maio de 2017

Os 20 maiores lucros do primeiro trimestre de 2017: Vale lidera

Os 20 maiores lucros do primeiro trimestre de 2017: Vale lidera


A Vale alcançou o maior lucro entre as companhias abertas no primeiro período deste ano. O levantamento é da consultoria Economática. O resultado da mineradora foi 25% melhor do que no mesmo trimestre do ano anterior, puxado pelo aumento da produção e recuperação dos preços do minério de ferro, sua principal commodity.
A companhia registrou recordes de produção de minério de ferro. O carvão também teve produção recorde em Moçambique. Em segundo lugar entre os maiores lucros está o Itaú. O resultado do banco cresceu 18%, por conta das reduções das despesas não decorrentes de juros em 7,8%. O banco cortou a provisão para devedores duvidosos no trimestre, uma reserva para casos de calotes. Essas despesas caíram 31,1% em relação ao primeiro trimestre de 2016.
O Itaú também comprou uma participação de 49,9% na XP Investimentos na semana passada. Porém, o Itaú não espera efeitos da aquisição nos seus resultados para este ano, pois a aprovação regulatória pode demorar. Os bancos são o maior segmento entre os maiores lucros. Bradesco, Banco do Brasil, Santander e BTG também estão na lista. Confira abaixo o levantamento da Economática:
EmpresaSegmento BovespaLucro líquido em milhares de reais em 2017Lucro ou prejuízo líquido em milhares de reais em 2016Variação em reaisVariação em porcentagem
ValeMinerais metálicos7.891.1136.310.9761.580.13725,04%
ItauUnibancoBancos6.052.4905.183.645868.84516,76%
PetrobrasExploração, refino e distribuição4.449.000-1.246.0005.695.000Não se aplica
BradescoBancos4.070.6874.121.411-50.724-1,23%
BrasilBancos2.443.0212.359.05183.9703,56%
Ambev S/ACervejas e refrigerantes2.199.1352.766.865-567.730-20,52%
Santander BRBancos1.824.4551.212.740611.71550,44%
EletrobrasEnergia elétrica1.393.625-3.897.8055.291.430Não se aplica
CieloServiços financeiros diversos1.001.764995.3896.3750,64%
Telef BrasilTelecomunicações996.1971.218.230-222.033-18,23%
BBSeguridadeSeguradoras992.803957.68435.1193,67%
GerdauSiderurgia815.3418.695806.6469277,12%
Btgp BancoBancos720.0671.008.510-288.443-28,60%
SabespÁgua e saneamento674.362628.78945.5737,25%
Klabin S/APapel e celulose602.0251.073.512-471.487-43,92%
KrotonServiços educacionais493.673599.355-105.682-17,63%
Engie BrasilEnergia elétrica450.413346.892103.52129,84%
Suzano PapelPapel e celulose450.1471.124.658-674.511-59,97%
BradesparMinerais metálicos422.984334.28888.69626,53%
JBSCarnes e derivados422.291-2.741.1623.163.453Não se aplica
 Fonte: Exame

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Par de diamantes azul e rosa é leiloado por US$ 57 milhões

Par de diamantes azul e rosa é leiloado por US$ 57 milhões

São os diamantes mais caros lá leiloados. Leilão da Sotheby's gerou vendas totais de US$ 151 milhões e teve 90% dos lotes arrematados.



Diamantes leiloados pela Sotheby's (Foto: (Martial Trezzini/Keystone via AP)) Diamantes leiloados pela Sotheby's (Foto: (Martial Trezzini/Keystone via AP))
Diamantes leiloados pela Sotheby's (Foto: (Martial Trezzini/Keystone via AP))
Os diamantes conhecidos como "Apollo" e "Artemis", um brinco pendente de uma gema azul e outro de cor rosa, foram vendidos por um total de US$ 57 milhões, se tornando os mais caros já leiloados, informou nesta quarta-feira a Sotheby's.
As pedras preciosas foram adquiridas por um comprador anônimo, que mudou seus nomes e chamou o diamante azul de "Lembrança das Folhas do Outono" e o rosa de "Sonho de Folhas de Outono", indicou a casa de leilões em um comunicado.
O leilão da Sotheby's de peças magníficas e nobres gerou vendas totais de US$ 151 milhões e comercializou 90% dos lotes oferecidos.
Estes resultados "mostram uma demanda cada vez mais maior por diamantes, gemas e joias da mais alta qualidade", comentou ao término do leilão o presidente da Divisão Internacional de Joias de Sotheby's, David Bennett.
O primeiro diamante, o azul, tinha sido inicialmente avaliado entre US$ 38 e US$ 50 milhões. A estimativa de preços do segundo, que tinha sido reconhecido "o tipo químico mais puro" entre os diamantes, estava entre os US$ 12,5 e US$ 18 milhões.

TURMALINAS CUPRÍFERAS DO BRASIL, NIGÉRIA E MOÇAMBIQUE

TURMALINAS CUPRÍFERAS
DO BRASIL, NIGÉRIA E MOÇAMBIQUE
              




As turmalinas conhecidas sob a designação ”Paraíba”, em alusão ao Estado onde foram primeiramente encontradas, causaram furor ao serem introduzidas no mercado internacional de gemas, em 1989, por suas surpreendentes cores até então jamais vistas.
A descoberta dos primeiros indícios desta ocorrência deu-se sete anos antes, no município de São José da Batalha, onde estas turmalinas, da espécie elbaíta, ocorrem na forma de pequenos cristais irregulares em diques de pegmatitos decompostos, encaixados em quartzitos da Formação Equador, de Idade Proterozóica, associadas com quartzo, feldspato alterado, lepidolita, schorlo (turmalina preta) e óxidos de nióbio e tântalo, ou bem em depósitos secundários relacionados.
Estas turmalinas ocorrem em vívidos matizes azuis claros, azuis turquesas, azuis “neon”(ou fluorescentes), azuis esverdeados, azuis-safira, azuis violáceos, verdes azulados e verdes-esmeralda, devidos principalmente aos teores de cobre e manganês presentes, sendo que o primeiro destes elementos jamais havia sido detectado como cromóforo em turmalinas de quaisquer procedências.
A singularidade destas turmalinas cupríferas pode ser atribuída a três fatores: matiz mais atraente, tom mais claro e saturação mais forte que os usualmente observados em turmalinas azuis e verdes de outras procedências.
Estes matizes azuis e verdes estão intimamente relacionados à presença do elemento cobre, presente em teores de até 2,38 % CuO, bem como a vários processos complexos envolvendo íons Fe2+ e Fe3+ e às transferências de carga de Fe2+ para Ti4+ e Mn2+ para Ti4+. Os matizes violetas avermelhados e violetas, por sua vez, devem-se aos teores anômalos de manganês. Uma considerável parte dos exemplares apresenta zoneamento de cor, conseqüência da mudança na composição química à medida que a turmalina se cristalizou.
Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de Tucson, nos EUA, teve início a escalada de preços desta variedade de turmalina, que passaram de umas poucas centenas de dólares por quilate a mais de US$2.000/ct, em questão de apenas 4 dias. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo dos anos 90, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais. A máxima produção da Mina da Batalha ocorreu entre os anos de 1989 e 1991 e, a partir de 1992, passou a ser esporádica e limitada, agravada pela disputa por sua propriedade legal e por seus direitos minerários.
A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte.
Estas minas passaram a produzir turmalinas cupríferas (Mina Mulungu com até 0,78 % CuO e Mina Alto dos Quinhos com até 0,69 % CuO) de qualidade média inferior às da Mina da Batalha, mas igualmente denominadas “Paraíba” no mercado internacional, principalmente por terem sido oferecidas muitas vezes misturadas à produção da Mina da Batalha. A valorização desta variedade de turmalina tem sido tão grande que, nos últimos anos, exemplares azuis a azuis esverdeados de excelente qualidade, com mais de 3 ct, chegam a alcançar cotações que superam os US$20.000/ct, no Japão.
Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico, a temperaturas entre 350 oC e 550 oC. O procedimento consiste, inicialmente, em selecionar os espécimes a serem tratados cuidadosamente, para evitar que a exposição ao calor danifique-os, especialmente aqueles com inclusões líquidas e fraturas pré-existentes. Em seguida, as gemas são colocadas sob pó de alumínio ou areia, no interior de uma estufa, em atmosfera oxidante. A temperatura ideal é alcançada, geralmente, após 2 horas e meia de aquecimento gradativo e, então, mantida por um período de cerca de 4 horas, sendo as gemas depois resfriadas a uma taxa de aproximadamente 50 oC por hora. As cores resultantes são a cobiçada azul-neon, a partir da azul esverdeada ou da azul violeta, e a verde esmeralda, a partir da púrpura avermelhada. Além do tratamento térmico, parte das turmalinas da Paraíba é submetida ao preenchimento de fissuras com óleo para minimizar a visibilidade das que alcancem a superfície.
Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF), um ensaio analítico não disponível em laboratórios gemológicos standard. No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”, sobre o qual trataremos no artigo do próximo mês.

ALEXANDRITA

ALEXANDRITA        


A mais rara e valiosa variedade de crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II; de acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente e vermelha-púrpura, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar, embora, para alguns, os elevados valores que esta gema pode alcançar devam-se mais a sua extrema raridade que propriamente à sua beleza intrínseca.

Esta instigante mudança de cor deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.

Este exuberante fenômeno é denominado efeito-alexandrita e outras gemas podem apresentá-lo, entre elas a safira, algumas granadas e o espinélio. É importante salientar a diferença entre esta propriedade e a observada em gemas de pleocroísmo intenso, como a andaluzita (e a própria alexandrita), que exibem distintas cores ou tons, de acordo com a direção em que são observadas e não segundo o tipo de iluminação a qual estão expostas.

Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, explicado detalhadamente no artigo anterior, no qual abordamos o tema do crisoberilo.

As principais inclusões encontradas na alexandrita são os tubos de crescimento finos, de forma acicular, as inclusões minerais (micas, sobretudo a biotita, actinolita acicular, quartzo, apatita e fluorita) e as fluidas (bifásicas e trifásicas). Os planos de geminação com aspecto de degraus são também importantes características internas observadas nas alexandritas.

Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e Andhra Pradesh).

No Brasil, a alexandrita ocorre associada a minerais de berílio, em depósitos secundários, formados pela erosão, transporte e sedimentação de materiais provenientes de jazimentos primários, principalmente pegmatitos graníticos. Ela é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932 e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatú e Uruaçú).

A alexandrita é sintetizada desde 1973, por diversos fabricantes do Japão, Rússia, Estados Unidos e outros países, que utilizam diferentes métodos, tais como os de Fluxo, Czochralski e Float-Zoning, inclusive na obtenção de espécimes com o raro efeito olho-de-gato.

A distinção entre as alexandritas naturais e sintéticas é feita com base no exame das inclusões e estruturas ao microscópio e, como ensaio complementar, na averiguação da fluorescência à luz ultravioleta, usualmente mais intensa nos exemplares sintéticos, devido à ausência de ferro, que inibe esta propriedade na maior parte das alexandritas naturais.

Na prática, a distinção por microscopia é bastante difícil, seja pela ausência de inclusões ou pela presença de inclusões de diferente natureza, porém muito semelhantes, o que, em alguns casos, requer ensaios analíticos mais avançados, não disponíveis em laboratórios gemológicos standard.
O custo das alexandritas sintéticas é relativamente alto - mas muito inferior ao das naturais de igual qualidade - pois os processos de síntese são complexos e os materiais empregados caros. O substituto da alexandrita encontrado com mais frequência no mercado brasileiro é um coríndon sintético “dopado” com traços de vanádio, que também exibe o câmbio de cor segundo a fonte de iluminação sob a qual se observa o exemplar. Eventualmente, encontram-se, ainda, espinélios sintéticos com mudança de cor algo semelhante à das alexandritas.

AMETISTA

AMETISTACOM NOVO VISUAL



Os tons rosados e os violetas suaves têm tido papel de destaque nas últimas coleções da joalheria. Vale a pena sabermos um pouco mais sobre a ametista, esta gema tão conhecida, mas que inova em cores suaves e delicadas como a “Lavanda” e "Rose de France".
foto: Almir PastoreA Ametista é uma velha amiga, ainda mais porque ”povoa” tão generosamente nossas terras brasileiras. Temos até um município com seu nome - Ametista do Sul, e um distrito - Brejinho das Ametistas, na cidade baiana de Caetité.
Essa gema pertence ao grupo dos Quartzos e dela pode derivar o citrino “comercial”. A maioria dos citrinos encontrados hoje no mercado são ametistas aquecidas. A ametista brasileira adquire a cor amarelo claro a 470°C. A cor amarelo escuro até os tons avermelhados são conseguidos a 550°C. Vale lembrar que nos citrinos verdadeiros a cor predominante é o amarelo pálido, nunca avermelhado, além de serem raros.
Esotericamente está fortemente associada à proteção contra a embriaguez. Amethy-sios, em grego, significa “não embriagado”. Também é mencionada na mitologia grega. Dionísio (ou Baco, para os romanos), deus do vinho, estava indignado por sentir o desprezo dos mortais, decidiu então lançar tigres contra o primeiro mortal a cruzar seu caminho. Essa pessoa foi a bela Ametista, que se dirigia ao templo de Diana. A jovem foi atacada pelas feras e Diana, diante de tanto sofrimento, decidiu transformá-la num cristal. Sob o peso do arrependimento Baco despejou vinho sobre o cristal que adquiriu a coloração violeta.
Na Idade Média eram fabricados talismãs e amuletos com essa gema, na intenção de se preservar a castidade e sobriedade; a ela era creditada a capacidade de dominar paixões violentas.
Ametista é a cor da Era de Aquário e está associada a: modéstia, paz espiritual, devoção, virtude curativa, afastar maus pensamentos, boa razão, proteção contra o veneno e a magia negra, eliminar a sensação do medo, evitar a intoxicação entre outros.
É de grande auxílio na meditação, atuando tanto sobre o consciente quanto o inconsciente. É, acima de tudo, um tranqüilizante natural.
É a pedra do chacra Coronário, situado no alto da cabeça, abrindo-se para o céu. No Oriente, chegam a fixá-la no centro da testa, no ponto do “terceiro olho”, chamado chacra Ajna.
foto: Almir PastoreSoldados prendiam uma ametista no cabo da espada como amuleto para afastar a morte e trazer a calma e equilíbrio, fundamentais para a conquista da vitória.
Diz-se que, quando usada no pulso esquerdo, concede o poder de ver o futuro em sonhos.
Nas dores de cabeça ou nos dentes, pode-se aplicar uma ametista previamente aquecida em água fervente (mergulhe-a por pouco tempo na água, apenas o suficiente para aquecê-la).
Atua favorecendo cérebro, olhos, pele, fígado e sistema imunológico.
Pedra da paz, da sabedoria, da transformação, da elevação espiritual. Que bom poder contar com um elemento que, além de bonito, tem tanta vibração positiva!