quinta-feira, 18 de maio de 2017

No pior dia desde 2008, dólar sobe 8%; Ibovespa cai 8,8% e perde R$ 219 bi

No pior dia desde 2008, dólar sobe 8%; Ibovespa cai 8,8% e perde R$ 219 bi


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O mercado brasileiro teve hoje o pior dia desde a crise mundial de 2008, diante da expectativa de queda do presidente Michel Temer, o que poderia paralisar as reformas e jogar por terra todo o esforço para ajustar as contas do país. Os mercados futuros de dólar, juros e Índice Bovespa abriram batendo seus limites de alta e o Índice Bovespa entrou em leilão logo na abertura, para depois atingir o “circuit breaker” com queda de 10%. O nervosismo fez a B3 aumentar os limites de oscilação dos mercados futuros, para permitir o ajuste das carteiras dos investidores.
Perda de R$ 219 bi em valor de mercado
Ao longo do dia, porém, as oscilações diminuíram e o Índice Bovespa fechou em queda de 8,8%, aos 61.597 pontos. O saldo do dia foi uma perda de R$ 219 bilhões para o mercado acionário brasileiro, segundo a Economatica, com o valor das empresas em bolsa caindo de R$ 2,73 trilhões para R$ 2,51 bilhões de ontem para hoje. Com isso, o valor do mercado brasileiro voltou para os níveis de 13 de janeiro, calcula a Economatica. A maior perda foi da Petrobras, de R$ 27,4 bilhões.
Queda de 9,71% na semana
Com a queda de hoje, o Ibovespa acumula perda na semana de 9,71% e, no mês, de 3,99%. No ano, o indicador ainda sobe 2,27% e, em 12 meses, 21,83%. O volume negociado atingiu R$ 24,5 bilhões, o maior do ano e quase o triplo da média diária de 2017, com recorde no número de negócios, com 3,108 milhões de operações.
Seis papéis fecharam em alta nos 59 do Ibovespa. A maior alta foi de Fibria ON, com 11,48%, seguida de Suzano Papel PNA, 9,86%, Embraer ON, 2,67%, Klabin Unit, 1,64%, Vale PNA, 0,39% e Vale ON, 0,07%. Pode-se ver que todos são papéis de exportadoras, beneficiadas pela alta do dólar, de 8% no dia.
Já as quedas do Ibovespa foram acentuadas, lideradas por Eletrobras ON, com 20,97% de perda, Cemig PN, 20,43%, Banco do Brasil ON, 19,91%, Gerdau Metalúrgia PN, 17,09% e Eletrobras PNB, 16,96%.
Itaú Unibanco PN, que sozinho representa 11% do Ibovespa, caiu 12,05%, Bradesco PN, 13,11%, Ambev ON, 4,28% e Petrobras PN, 15,76%.
Dólar sobe 8% mesmo com quatro leilões do BC
No mercado de dólar, a moeda americana subiu 8,16% no segmento comercial, para R$ 3,39 para venda, apesar da atuação do Banco Central (BC), que fez quatro leilões de swap cambial, equivalentes à venda de moeda americana. Foram vendidos 46 mil contratos, ou US$ 2,3 bilhões. E o BC já anuncio que começará o dia com leilões de 40 mil contratos todos os dias até terça-feira. A atuação firme do BC evitou que o impacto da crise fosse mais forte nos mercados, explica Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor da instituição e hoje sócio a Mauá Capital Investimentos.
No mercado de dólar turismo, a moeda americana subiu 8,30%, para R$ 3,51 para venda.
No mercado futuro de juros, as taxas na B3 fecharam em alta, voltando a superar os 10% ao ano. O contrato para janeiro de 2018 fechou projetando juros de 10,075% ao ano, ante 8,975% ontem. Para 2019, a projeção atingiu 10,41%, ante 8,81% ontem. Para 2021, a taxa subiu para 11,39%, ante 9,59% ontem.

W do IBOVESPA não será concluído?

W do IBOVESPA não será concluído?
ÍNDICE IBOVESPA – GRÁFICO DIÁRIO

Índice IBOVESPA (BOV:IBOV) recuando antes de completar a última perna de Alta do W em destaque. Mas, quase chegou lá… Apesar de ainda existir uma leve esperança devido ao fato do Índice ter sido parado em sua correção pela Média Móvel de 8 dias 67.489. Por enquanto, até o momento, mantida a Tendência de Alta havendo apenas uma correção natural no processo de Alta. Mas…
O Saldo de Volume (OBV) está sinalizando força dos Vendedores.
Dai,
A perda da mínima de hoje poderá levar o Índice a região da mínima de 64.720. Aliás, hipótese mais provável para amanhã.
Mas, caso venha ocorrer o oposto, a superação de 68.791 poderá levar ao fechamento do W atingindo a região de 69.487.
Não custa nada lembrar: amanhã, cuidado com o efeito Michel Temer!!!

Dólar tem maior alta em mais de 14 anos, a 8,15%, e encosta em R$3,40 após denúncias contra Temer

Dólar tem maior alta em mais de 14 anos, a 8,15%, e encosta em R$3,40 após denúncias contra Temer

quinta-feira, 18 de maio de 2017 17:03 BRT
 
 
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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou esta quinta-feira com a maior alta em mais de 14 anos, acima de 8 por cento e aproximando-se do patamar de 3,40 reais, depois de denúncias envolvendo o presidente Michel Temer que alimentaram percepções de que as reformas serão afetadas e, consequentemente, a recuperação da economia. O dólar avançou 8,15 por cento, a 3,3890 reais na venda, maior alta desde 5 de março de 2003 (+10,4 por cento), logo no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O salto do dia acabou varrendo a baixa do dólar acumulada no ano até a véspera, de 3,45 por cento. Na máxima do dia, o dólar foi a 3,4400 reais, mas num pregão que teve como característica o baixo volume por conta dos temores dos investidores. O dólar futuro subia cerca de 8 por cento, a 3,40 reais no final da tarde, depois de ter atingido mais cedo a máxima para o pregão, a 3,4175 reais.

Ibovespa desaba 8,8% com temor político e tem 1º circuit breaker em quase nove anos

Ibovespa desaba 8,8% com temor político e tem 1º circuit breaker em quase nove anos

quinta-feira, 18 de maio de 2017 17:04 BRT
 


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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em queda forte nesta quinta-feira e devolveu parte dos ganhos acumulados no ano, com os negócios chegando a ser interrompidos mais cedo após revelações de que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Com base em dados preliminares, o Ibovespa caiu 8,83 por cento, a 61.575 pontos. O giro financeiro era de 22,94 bilhões de reais. (Por Flavia Bohone)

Em pronunciamento enfático, Temer diz que não vai renunciar

Em pronunciamento enfático, Temer diz que não vai renunciar

quinta-feira, 18 de maio de 2017 16:35 BRT
 

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Presidente Michel Temer durante pronunciamento no Palácio do Planalto em Brasília
18/05/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer anunciou enfaticamente nesta quinta-feira que não renunciará à Presidência da República, após denúncia de que teria dado aval para compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. "Não renunciarei. Repito, não renunciarei. Sei do que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro", disse o presidente em tom exaltado. Em rápido pronunciamento no Palácio do Planalto, Temer afirmou que nunca autorizou o pagamento pelo silêncio de alguém e negou que tenha permitido o uso de seu nome indevidamente. "Não comprei o silêncio de ninguém, por uma razão singelíssima, exata e precisamente porque não temo nenhuma delação", afirmou o presidente. A declaração de Temer veio após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter autorizado abertura de inquérito contra o presidente em consequência da denúncia de que teria dado aval ao empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS, para manter pagamentos a Cunha em troca de silêncio sobre denúncias contra o governo. "Quero registrar enfaticamente, a investigação pedida pelo Supremo Tribunal Federal será território onde surgirão todas as explicações. E no Supremo, demonstrarei não ter nenhum envolvimento com esses fatos", disse Temer no pronunciamento, em que também afirmou que sempre honrou seu nome. Reportagem do jornal O Globo na quarta-feira, confirmada à Reuters por três fontes, revelou que Joesley gravou conversa com Temer na qual o presidente teria dado aval à compra do silêncio de Cunha, que está preso no âmbito da Lava Jato. Em nota após a divulgação da denúncia na quarta-feira, Temer negou o pedido de pagamento para conseguir o silêncio de Cunha ou que tenha autorizado qualquer movimento nesse sentido. (Reportagem de Lisandra Paraguassu)