domingo, 9 de julho de 2017

Trump mantém clima de amizade com presidente da China no G20 sobre Coreia do Norte

Trump mantém clima de amizade com presidente da China no G20 sobre Coreia do Norte

domingo, 9 de julho de 2017 10:47 BRT
 



Por Jeff Mason HAMBURGO (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom conciliatório no sábado em reunião com o presidente da China, Xi Jinping, em que os líderes concordaram em manter o trabalho sobre duas questões: a ameaça nuclear apresentada pela Coreia do Norte e assuntos de comércio bilateral. Trump fez campanha no ano passado para a eleição presidencial criticando a China por suas práticas comerciais, mas aliviou sua retórica após assumir o cargo, dizendo que quer trabalhar com a China em questões nucleares. Ultimamente Trump tem demonstrado impaciência com o papel da China na Coreia do Norte, particularmente depois que Pyongyang lançou mísseis balísticos intercontinentais que para alguns especialistas podem alcançar o Alasca e partes da Costa Oeste norte-americana. Mas ele não mostrou nenhuma impaciência no sábado, quando os líderes se encontraram a convite de Xi no final da reunião do G20 na Alemanha. "É uma honra ter você como amigo", disse Trump a Xi, afirmando apreciar as ações que ele já havia tomada em relação à Coreia do Norte. "Em relação à Coreia do Norte, teremos, eventualmente, sucesso. Pode levar mais tempo do que eu gostaria. Pode levar mais tempo do que você gostaria. Mas haverá sucesso no fim de uma maneira ou de outra", disse Trump.
 

EXCLUSIVO-Cambuhy e Itaúsa podem pagar até R$3,5 bi por Alpargatas, dizem fontes

EXCLUSIVO-Cambuhy e Itaúsa podem pagar até R$3,5 bi por Alpargatas, dizem fontes

domingo, 9 de julho de 2017 11:48 BRT


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Por Tatiana Bautzer e Guillermo Parra-Bernal SÃO PAULO (Reuters) - A Cambuhy e o Itaúsa podem pagar entre 3,3 bilhões e 3,5 bilhões de reais por uma participação majoritária na Alpargatas SA, disseram duas fontes com conhecimento do assunto. Os lucros com a venda da Alpargatas, cujas ações têm forte alta neste ano, podem ajudar a reduzir a grande dívida dos proprietários, que também estão envolvidos em escândalo de corrupção. A Cambuhy Investimentos Ltda e a Itaúsa Investimentos SA estão trabalhando para fechar os termos de um acordo já na próxima semana, quando acaba o período de exclusividade com a acionista controladora da Alpargatas, a J&F Investimentos SA, disse a primeira fonte. A Itaúsa gere a fortuna das famílias brasileiras Villela e Setúbal, que controlam o Itaú Unibanco Holding SA, maior banco da América Latina em ativos. A Cambuhy é a empresa da família do bilionário Moreira Salles, também importante acionista do Itaú. A J&F, que detém 86 por cento da Alpargatas e administra a fortuna da família Batista, tem que levantar dinheiro para pagar uma multa de leniência de 10,3 bilhões de reais e empréstimos que estão para vencer, disseram as fontes. Os proprietários da J&F, Joesley e Wesley Batista, assinaram um acordo de leniência em maio após admitirem ter subornado quase 1.900 políticos. As ações da Alpargatas acumulam alta de 63 por cento este ano. A empresa é o primeiro dos ativos da J&F a ser colocado à venda na esteira do envolvimento da família Batista no maior escândalo de corrupção do Brasil. A Reuters noticiou a oferta liderada pela Cambuhy em 16 de junho, o que as empresas confirmaram uma semana depois.[nE6N1HD02P] A J&F, a Cambuhy e a Itaúsa se recusaram a comentar. As fontes pediram para não ser identificadas porque as negociações continuam privadas.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

A enigmática e rica região no Oceano Pacífico que pode redefinir o futuro da mineração

A enigmática e rica região no Oceano Pacífico que pode redefinir o futuro da mineração


A região Clarion-Clipperton, no oceano Pacífico, guarda no fundo do mar um tesouro que representa um dilema para toda a humanidade. Ali, a 4 mil metros abaixo da superfície marinha, distância equivalente a cinco vezes o tamanho do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, encontram-se vastos depósitos de nódulos de manganês, pedras ricas em níquel, cobre, cobalto e outros minerais essenciais para a fabricação de equipamentos – de celulares a baterias para carros elétricos e painéis solares.
É um tesouro para as companhias mineradoras, mas também para o mundo inteiro, que cada vez mais depende de equipamentos eletrônicos. Nada de tubarões ou cobras: 6 animais assassinos que você talvez não conheça. ”Precisamos de mais metais”, disse à BBC Mundo Michael Johnston, diretor da Nautilus Minerals, uma das empresas com licença para explorar a região Clarion-Clipperton com fins mineradores. “De alguma maneira temos que usá-los”.
Mas a região Clarion-Clipperton (CCZ, na sigla em inglês) também é um dos lugares do mundo de maior interesse para ambientalistas e cientistas. Primeiro porque se sabe muito pouco sobre ela e, segundo, porque, com o pouco que se conseguiu explorar ali até agora, se mostrou uma região particularmente diversa, com um número maior de espécies em relação a outros habitats submarinos. ”Corremos o risco de destruir algo que ainda não entendemos completamente”, adverte Astrid Leitner, uma das biólogas marinhas que trabalha no Projeto Abyssline, que busca montar um panorama do ecossistema da CCZ antes do início da extração mineradora.
Como é a região Clarion-Clipperton
A área da CCZ equivale a aproximadamente duas vezes o tamanho do México e se estende entre a costa desse país e o Havaí. O nome se deve à fronteira ao norte com a ilha Clarion, que pertence ao México, e ao sul com a ilha Clipperton, que pertence à França. Seu fundo marinho é uma região escura, com temperaturas abaixo dos dois graus centígrados e uma pressão 400 vezes maior que a da superfície. Antes, pensava-se que era apenas uma planície, mas análises mais recentes mostraram que é um terreno heterogêneo, com morros e vales, montanhas, crateras e caldeiras com paredes esculpidas por erupções vulcânicas. O fundo marinho, que à primeira vista parece ter pouca vida, está cheio de ouriços-do-mar, pepinos-do-mar, estrelas, esponjas, anêmonas, vermes, crustáceos e corais.
Os nódulos da discórdia
A comunidade científica e as companhias mineradoras concordam que se sabe muito pouco desistem”. Ambos trabalham juntas para coletar o maior número de informações sobre a CCZ antes que a extração de minerais seja permitida.
A tarja amarela representa a região da Clarion-Clipperton
E ainda que por motivos diferentes, eles se concentram no mesmo alvo: os nódulos de manganês. Esse é o tesouro que as mineradoras querem extrair e os ambientalistas querem preservar. Esses nódulos, do tamanho de uma bola de beisebol, são acumulações de minerais especialmente ricos em cobre, níquel e cobalto, que são usados na produção de grande parte dos equipamentos tecnológicos que usamos todos os dias. Cada uma dessas “pedras” leva entre milhares e milhões de anos para se formar.
Ainda que não existam cálculos exatos, estima-se que a CCZ poderia abrigar 27 milhões de toneladas de nódulos. Não se sabe, entretanto, se essa quantidade toda será acessível. Mas Michael Johnston, da Nautilus Minerals, calcula que, no ritmo do consumo de hoje, a CCZ terá cobre o suficiente para abastecer o mundo durante os próximos 30 anos.
Biólogos e ambientalistas descobriram que, de alguma maneira, todo o ecossistema da CCZ está conectado aos nódulos. Algumas espécies de esponjas e anêmonas precisam da superfície dura dos nódulos para viver. Vídeos gravados na CCZ também mostram que nos lugares onde há mais nódulos há uma quantidade maior de peixes, com tamanho e diversidade maiores que espécies em áreas com menos nódulos. ”Isso tem grandes implicações”, diz Leitner, “porque basicamente o que a mineração faz é retirar esses módulos para sempre.”
Cientistas e mineradoras trabalham juntos para obter mais informações sobre ecossistema
Os especialistas advertem que é preciso fazer mais investigações para medir com precisão qual será o impacto da mineração sobre esse ecossistema. Na semana passada, um grupo de cientistas – alguns deles financiados pela Nautilus para explorar a CCZ – publicaram uma carta na revista científica Nature na qual afirmam que “é provável que a maior parte da perda da biodiversidade causada pela mineração no fundo do mar dure para sempre”.
Johnston, respondeu às advertências dos cientistas dizendo que estes “foram longe demais”. ”Ninguém está tentando destruir essa região, estamos vendo o que se pode fazer causando o menor impacto possível. A mineração submarina é uma oportunidade para não repetirmos os erros cometidos na mineração terrestre.”
Os cientistas se esforçam agora para fazer um diagnóstico da região que permita regular a exploração da área.
Já as empresas de mineração também se preparam para quando chegar o momento de poder extrair os nódulos. ”Me preocupa que a tecnologia mineradora avança muito mais rápido que a ciência que poderia proteger a região Clarion-Clipperton”, disse à BBC Mundo Craig Smith, o principal pesquisador do projeto Abyssline e professor de oceanografia da Universidade do Havaí.
Quem manda na CCZ?
A CCZ é Patrimônio da Humanidade, ou seja, nenhum país pode declarar soberania sobre ela. A entidade encarregada de mediar os interesses mineradores e a proteção do meio ambiente na CCZ é a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhas (ISA, na sigla em inglês), um órgão ligado à ONU.
Nódulos de manganês são pedras ricas em níquel, cobre, cobalto e outros minerais essenciais para a fabricação de equipamentos eletrônicos A ISA, da qual fazem parte 167 países e a União Europeia, organiza e controla as atividades que são realizadas no fundo do mar nas águas internacionais, ou seja, não responde à jurisdição de nenhum país. A ISA outorgou 16 licenças de exploração com fins de mineração na CCZ.
Entre os contratantes, estão governos de países membros da ISA e companhias privadas patrocinadas por esses países. Hoje, a CCZ tem 32% do seu território sob contratos de exploração, 35% definido como área protegida e 33% reservado para exploração por parte de países em desenvolvimento.
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A ISA está desenvolvendo um regulamento para a exploração que deve ficar pronto até 2020.
Uma das regras que já estão definidas é que, quando a exploração começar, os benefícios provenientes dos recursos minerais encontrados serão divididos de forma igualitária entre os países membros da ISA.
Calcula-se que a exploração mineira na CCZ comece em entre 5 a 10 anos, mas, até agora, nenhuma das 16 companhias ou consórcios com presença na região manifestaram um interesse explícito em dar início à extração. Mineradoras e cientistas continuam sua corrida contra o tempo – e dos seus esforços dependerá o futuro dessa região enigmática que pertence a toda a humanidade.
Fonte: BBC

Queda de preços do minério de ferro afeta exportações da Austrália

Queda de preços do minério de ferro afeta exportações da Austrália


A Austrália revisou para baixo o valor de suas exportações de recursos e energia no ano até o final de junho de 2017 em 4,6 por cento, ou quase 10 bilhões de dólares australianos (7,6 bilhões de dólares), devido principalmente à queda nos preços do minério de ferro, seu produto de exportação mais importante. A redução para 205 bilhões de dólares australianos reflete principalmente uma queda nos preços do minério de ferro ante estimativas prévias divulgadas três meses atrás, disse o Departamento de Indústria, Ciência e Inovação.
O minério de ferro deve ter média de 62,40 dólares no calendário de 2017, uma queda ante a previsão anterior de 65,20 dólares, disse o departamento. O minério de ferro tem estado em média a 74 dólares a tonelada agora este ano, o que significa que os preços continuarão a se deteriorar no segundo semestre. O preço foi cotado nesta quinta-feira na China a 61,96 dólares/tonelada.
“O crescimento da demanda global por recursos de energia e commodities, particularmente pelas matérias-primas do aço, deve desacelerar nos próximos dois anos, principalmente devido à desaceleração nos investimentos em infraestrutura e atividade de construção na China”, disse o economista chefe do departamento, Mark Cully. ”O crescimento mais lento da demanda deve afetar de maneira adversa o minério de ferro e preços do carvão metalúrgico”, ele disse.A Austrália produziu um recorde de 873,5 milhões de toneladas de minério de ferro no ano fiscal de 2017, fazendo do país o maior produtor do mundo, mostram os dados do departamento.
Fonte: Reuters

Samarco amplia suspensão temporária de 800 funcionários

Samarco amplia suspensão temporária de 800 funcionários


A mineradora Samarco anunciou nesta quinta-feira que prorrogou por mais três meses, até o fim de outubro, o período de suspensão temporária dos contratos de trabalho (“layoff”) de cerca de 800 empregados, já que suas operações permanecem paralisadas desde novembro de 2015.
Os 800 funcionários entraram em “layoff” em 1º de junho por um período inicial de dois meses. Durante o período de afastamento temporário, segundo a Samarco, os trabalhadores recebem, entre outros benefícios, bolsa de qualificação profissional, plano de saúde e vale alimentação. A Samarco complementa o valor da bolsa para manter o rendimento líquido dos empregados.
Fonte: Exame