segunda-feira, 28 de março de 2022

OLHO DE TIGRE


 

ÁGATA DE LAGEADO- RS- BRASIL


 

QUANDO RENATO RUSSO DESABAFOU SOBRE SUA DEPENDÊNCIA QUÍMICA A JÔ SOARES

 


Durante entrevista, em 1994, o músico confessou como estava ‘seguindo o caminho do Kurt Cobain’

REDAÇÃO PUBLICADO EM 27/03/2022, ÀS 07H0

Renato Russo e Jô Soares durante o programa de 1994
Renato Russo e Jô Soares durante o programa de 1994 - Divulgação/Youtube/Encontro Legionário

Uma das maiores lendas da MPB, Renato Russo também foi um homem à frente de seu tempo quanto à conscientização sobre saúde mental em um período em que falar sobre transtornos mentais e comportamentais era considerado tabu.

Embora esses problemas sempre tenham existido, eles nem sempre foram tratados com a seriedade merecida e discutidos publicamente, especialmente por figuras públicas que, muitas vezes, sofriam com as consequências desses diagnósticos.

Durante uma entrevista ao programa do Jô Soares em 1994, o músico decidiu desabafar sobre sua própria luta contra a dependência química e a depressão, trazendo uma luz importante em prol da discussão na época.


Renato destacou, inclusive, como temia estar seguindo os passos de Kurt Cobain, vocalista da banda grunge americana Nirvana que se matou naquele ano em decorrência dos mesmos problemas que ele estava enfrentando.

O desabafo de Russo

Falando sobre a agenda de shows da banda, Renato explicou que a ideia era passar por Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, mas que se tudo desse certo e eles “estivessem se sentindo à vontade no palco”, estenderiam as apresentações.

, então, o questiona sobre a questão: “você tem um problema em ficar à vontade no palco?”. É então o momento que o vocalista da Legião Urbana aproveita para falar sobre o seu contexto de dependência química

“Eu acredito que não. Eu acho que eu tinha um problema mais, assim, pessoal. Um problema de dependência química, que ainda bem que eu já resolvi. Quer dizer, eu tenho um problema de dependência química”, começa a explicar.

Ele continua: “Só que agora eu encontrei uma programação que se chama programação dos 12 Passos, então isso significa que cada dia, a cada 24 horas, eu sigo uma programação e eu tenho apoio de pessoas amigas que têm o mesmo problema”.

“É um grupo de autoajuda, né. Todos nós nos conhecemos, é um grupo que existe em todas as cidades do Brasil, mas pela 12ª tradição eu não posso dizer o nome. O que eu posso dizer é que é a primeira letra do alfabeto repetida duas vezes”, afirma.

O músico, então, confessa: “Eu estava seguindo o caminho do Kurt Cobain, aquele rapaz do Nirvana.”

 começa a falar mais sobre o próprio Cobain. “É uma coisa que não me entra na cabeça também, um rapaz super talentoso aí por causa do caminho das drogas chega uma hora que se mata, direto?”, questiona.

Bastante paciente, o fundador da Legião Urbana explica como a depressão se trata de uma “doença primária, crônica, progressiva e fatal” que tem um “quadro” e foi classificada como tal “pela Organização Mundial da Saúde em 1965”, e não simplesmente uma escolha.

Renato também relembra os momentos difíceis em que passou em decorrência da depressão e a preocupação que causou em seus companheiros de banda por conta da dependência química, destacando a importância da ajuda que começou a receber para o tratamento da doença.





Fonte: AH/UOL

sábado, 26 de março de 2022

Até onde o dólar pode cair? Especialistas indicam patamares possíveis


Moedas20 horas atrás (25.03.2022 18:17)
Até onde o dólar pode cair? Especialistas indicam patamares possíveis© Reuters.

Por Felipe Machado

Investing.com - O dólar superou o patamar de R$ 5 há dois anos e, desde então, poucas vezes ficou abaixo deste nível. Na segunda-feira, porém, a moeda voltou a ser negociada por menos que esse 'piso'. E a baixa prosseguiu: a cotação fecha a semana com desvalorização de 5,38% ante o real, a R$ 4,7207, depois de oito quedas seguidas.

Especialistas ouvidos pelo Investing.com indicam que há espaço para mais quedas, e o mercado ainda se pergunta qual deve ser o novo patamar.

André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton Investimentos, explica que a valorização do real acontece devido ao alto fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, motivado majoritariamente pela combinação de commodities valorizadas e taxa de juros (Selic) em alta.

"A alta de commodities atrai dinheiro para cá por dois motivos: há empresas listadas que se beneficiam disso, e o cenário de commodities em alta conspira para termos saldo comercial subindo, principalmente porque a atividade está fraca", exemplifica o especialista.

Perfeito indica que um ponto gráfico de suporte importante para a cotação é na casa de R$ 4,65. "Mas, como é muito 'lá embaixo', talvez o mercado demore a querer ir até esse preço. Vamos observar se estabiliza em torno de R$ 4,80 ou R$ 4,90, para depois imaginarmos uma queda mais forte", completa.

Para ter ideia da entrada de capital estrangeiro, Victor Beyruti, economista da Guide Investimentsos, relembra que o fluxo cambial em 2022 está positivo em US$ 9,4 bilhões. Em todo ano passado, o saldo ficou em US$ 6,1 bilhões. Dentre os fatores para esse movimento, ele aponta que o Brasil iniciou o ciclo de alta de juros antes de outros países e estava com ativos subprecificados.

"Nosso modelo aponta, de modo conservador, que o valor justo para o dólar seria algo em torno de R$ 4,50 e R$ 4,60. Mas a cotação não deve cair de forma linear, como temos visto nesses dias", indica Beyruti.

Para Eduardo Grübler, gestor de renda variável da plataforma de investimentos Warren, o patamar mínimo pode ser ainda mais baixo: R$ 4,40. A tendência do curto prazo, no entanto, é que se estabilize em torno de R$ 4,85.

Ele alerta, porém, que a cotação atual já está próxima ao "preço justo". "Vemos grande risco devido às tensões internacionais de termos um 'spike' na cotação. Então, não vemos muito prêmio em seguir vendido em dólar", considera.

A diretora da corretora de câmbio Getmoney e colunista do Investing.com, Vanessa Blum, destaca que o fluxo estrangeiro deve continuar forte enquanto permanecer o cenário de commodites e juros em alta e a guerra na Ucrânia.

Segundo ela, quatro grandes fatores poderiam alterar essa lógica. "Os pontos de atenção são: 1 - eleições aqui e tensões políticas; 2- descomprometimento com o ambiente fiscal interno ou ações para angariar votos; 3- final da guerra; 4- as altas de juros do Fed", diz

ANTIGOS ROMANOS PODEM TER PERDIDO MINA DE ESMERALDAS PARA NÔMADES

 Os antigos romanos tinham uma predileção especial pelas esmeraldas. Como o escritor romano Plínio, o Velho, escreveu em seu livro História Natural no século I d.C.: "Não há pedra, cuja cor seja mais agradável aos olhos, nenhum verde existe de uma cor mais intensa do que esta."

Já faz algum tempo que pesquisadores sabiam que o vale de Wadi Sikait, no deserto oriental do Egito, era um dos mais importantes pontos de operação de mineração de esmeraldas para os romanos.





Agora, novas escavações encontraram a primeira evidência de que o exército romano atuou diretamente na região, tanto para a construção quanto para a defesa das minas.

Edifícios em Sikait. (Fonte: Projeto Sikait/Reprodução)Edifícios em Sikait. (Fonte: Projeto Sikait/Reprodução)

Estudo topográfico

Entre 2020 e 2021, os pesquisadores realizaram duas temporadas de escavações, analisando 11 áreas de extração de esmeraldas no local. 

Já nas escavações feitas no início de 2022, os arqueólogos tiveram a oportunidade de conduzir um detalhado estudo topográfico das duas principais minas.

Uma delas é constituída por centenas de galerias, sendo que a profundidade ultrapassa os 40 metros.

Os arqueólogos também determinaram que somente a partir da descoberta dos veios de esmeraldas mais produtivos é que os romanos, realmente, investiram no lugar.

A partir daí, Sikait passou a contar com rotas, guaritas, zonas de trabalho, pequenos povoados, necrópoles e infraestrutura logística para extração e transporte das pedras preciosas.

Templo em Sikait.Templo em Sikait.

Envolvimento do exército romano

Para os pesquisadores que estudam o vale de Wadi Sikait, as recentes escavações foram as mais significativas, especialmente porque foi encontrado um conjunto de inscrições antigas que, possivelmente, será útil para ajudar os arqueólogos na compreensão sobre como as atividades eram feitas ou quem trabalhava no local.

Entre essas inscrições existe uma que merece destaque. Ela diz respeito a uma legião romana nas minas, ou seja, é a primeira vez que algo encontrado em Wadi Sikait aponta para um envolvimento direto do exército romano nas operações de exploração de esmeraldas no Egito.

Nas mãos dos nômades

As escavações recentes também sugerem que os Blemmyes, um grupo nômade originário da Baixa Núbia, teria tomado o controle das minas de Wadi Sikait dos romanos entre os séculos IV e VI d.C.

Além da presença de elementos ritualísticos e religiosos desse grupo, os arqueólogos concluíram que alguns edifícios na região foram ocupados ou construídos pr eles. 

Oferendas encontradas nas minas de Sikait.Oferendas encontradas nas minas de Sikait.

Isso confirma o que o filósofo grego, Olympiodorus, escreveu sobre a região na antiguidade apontando que “uma permissão do rei dos Blemmyes era necessária para entrar nas minas de esmeralda no século V”.]




Fonte: Mega Curioso