sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Diamante feito do ar: indústria aposta em capturar e armazenar carbono

 

Pedra artificial é mais barata em termos produtivos e consome muito menos energia

Diamante artificial: produção mais barata e consumo de energia menor. Crédito: Steve Jurvetson/Flickr

diamante está entre os objetos mais valiosos do planeta. Parte importante desse valor está na sua raridade e na dificuldade de sua exploração nas profundezas da superfície da Terra.

Por essa razão, a indústria de pedras preciosas e joias vem se preocupando com a perspectiva cada vez mais próxima de esgotamento das reservas naturais de diamante. Se isso acontecer, o que elas podem fazer?

O “Financial Times” destacou uma das soluções que estão sendo pensadas pelo setor – e que tem tudo a ver com a questão do clima: fazer diamante a partir do carbono acumulado na atmosfera terrestre, emitido pela queima de combustíveis fósseis. “Não precisamos mais minerar a terra para fazer diamantes. Ao invés disso, podemos minerá-lo no céu”, defendeu Dale Vince. Ele é dono de uma startup que está se aventurando com a tecnologia de captura do carbono na atmosfera e armazenamento em diamante. Com composição idêntica à das pedras naturais, o diamante artificial é mais barato em termos produtivos e consome muito menos energia.


Fonte: Planeta


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Mulher de 71 anos encontra diamante raro em parque nos Estados Unidos

 






Diamante encontrado nos Estados Unidos (Foto: Arkansas Crater of Diamonds State Park)
Uma senhora de 71 anos, que decidiu permanecer anônima, descobriu um diamante branco de quase três quilates durante uma viagem até o Arkansas Crater of Diamonds State Park, nos Estados Unidos.

A aposentada, moradora de Aurora, Colorado, disse ter feito a descoberta apenas 10 minutos depois de uma busca que envolveu seu marido, filho, neto e neta. O parque é um dos poucos lugares do mundo em que o público pode buscar por diamantes verdadeiros em sua origem vulcânica real – o que inclui um campo de aproximadamente 149m².

Qualquer coisa encontrada lá pertence ao descobridor. “Eu estava usando uma pedra para cavar a terra, mas não sei se ela me ajudou a encontrar o diamante”, afirmou.

A mulher, em um primeiro momento, acreditou estar lidando com um pedaço de vidro mas, por via das dúvidas, pediu para que seu filho guardasse a pedra em seu bolso. Quando a família levou o artefato para a equipe do Parque, porém, descobriram que aquele era o maior diamante encontrado no local em 2018, com um peso exato de 2,63 quilates.

Encontrar diamantes no local não é tão difícil: a equipe periodicamente trabalha para deixar o solo mais solto, colaborando para a erosão natural. E como diamantes são pesados e não tem eletricidade estática, a terra não gruda neles – o que torna mais fácil encontra-los. Por fim, períodos de chuva que são seguidos de forte Sol aumentam ainda mais o brilho das joias.

Segundo a equipe do parque, um em cada cinco diamantes registrados por visitantes é encontrado no topo do solo, incluindo os maiores já descobertos por ali. O recorde do maior diamante já encontrado nos Estados Unidos, por sinal, pertence ao parque: aconteceu em 1924 quando, durante uma operação.

 Fonte: GALILEU

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

As pedras preciosas mais raras do mundo

 

Ao lado das mais famosas pedras preciosas (diamante, rubi, safira e esmeralda) existem inúmeras outras pedras, algumas das quais são tão raras que seu valor ultrapassa as pedras preciosas mais valiosas do mundo!

Opalas - Quanto mais escuras melhor

Opala negra
As Opalas geralmente são de cor branca leitosa, com rajadas coloridas feitas pelos reflexos da luz, à medida que a pedra é movida, mas as Opalas Negras são muito mais raras.
Quanto mais escura sua cor de fundo e mais brilhante forem as rajadas de cor, mais valiosa é a pedra!
Uma das Opalas Negras mais valiosas de todos os tempos é a "Aurora Australis", que foi descoberta em Lightning Ridge em 1938. A pedra de 180 quilates é admirada devido ao seu grande tamanho e intensa coloração.
Em 2005, ela foi avaliada em cerca de 763.000 dólares.

Tanzanite - Apenas encontrada na Tanzânia

Tanzanite
Tanzanite é uma pedra mineral com uma bela variedade de azul. Ela é chamada dessa forma pois só é encontrada em uma pequena área perto do pé do Monte Kilimanjaro, na Tanzânia.
A pedra só foi descoberta em quantidades comerciais na década de 60 e desde então, sua popularidade cresceu muito, grande parte graças a empresa de joias Tiffany.
Por apenas ser encontrada em uma pequena localização, o valor da Tanzanita parece aumentar ao longo do tempo.
Uma vez que essas minas forem esvaziadas, não haverá novas pedras no mercado, a menos que uma nova fonte seja encontrada.

Turmalinas da Paraíba - A pedra brasileira!

Turmalina
As Turmalinas são comuns em várias cores no Brasil! Mas as Turmalinas da Paraíba são as únicas pedras com uma tonalidade turquesa brilhante, graças ao seu teor de cobre.
Essas pedras raras foram descobertas em 1987 pelo minero Heitor Dimas Barbosa, que tinha sido conduzido pela crença de que algo especial estava escondido nas colinas da Paraíba.
Heitor estava certo! Depois de anos de escavações sem resultados, ele finalmente descobriu uma Turmalina de um azul néon incomparável.
A pedra é extremamente rara (apenas uma pedra é minada por cada 10.000 diamantes encontrados), então tornou-se intensamente procurada.
Em 2003, foram encontradas Turmalinas de cor turquesa em minas na Nigéria e em Moçambique, embora alguns digam que não são tão surpreendentes quanto a Turmalina da Paraíba.

Larimar - Apenas encontrada na República Dominicana

Larimar
A Larimar é uma pedra muito rara e apenas é encontrada em uma pequena área da República Dominicana.
A pedra só ficou conhecida no mundo a partir de 1974, mas os habitantes locais já conheciam a existência dela por gerações, porque pequenos pedaços dessa pedra apareciam com frequência nas praias da região.

Alexandrita - A pedra que muda de cor

Alexandrita
A extraordinária capacidade de mudança de cor dessa pedra a torna especialmente procurada.
Na luz do sol, a Alexandrita parece azul esverdeada, mas sob a luz incandescente torna-se vermelha-púrpura.
O grau de mudança de cor varia de pedra para pedra,  mas as mais valiosas são as pedras mais claras que demonstram uma mudança de cor completa.
Embora alguns grandes exemplares da pedra tenham sido encontrados, a maioria está abaixo de um quilate.
O valor de uma Alexandrita de um quilate pode chegar a 15.000 dólares, mas uma pedra maior do que um quilate pode custar até 70.000 dólares por quilate!.

Benitoite - A pedra da Califórnia

Benitoite
A Benitoite é minada apenas em uma pequena área da Califórnia, perto do rio San Benito (daí o nome). Mas a mina fechou para mineração comercial em 2006, tornando esta pedra preciosa ainda mais escassa.
Devido à raridade de descobrir uma Benitoite de boa qualidade e de tamanho razoável, ela pode obter preços enormes no mercado aberto. Uma pedra Benitoite bem cortada, com mais de 2 quilates,  pode custar mais de 10.000 dólares por quilate.

Painite  - A pedra mais rara do mundo!

Painite
A Painite foi descoberta pela primeira vez pelo gemólogo britânico Arthur Charles Pain, em 1951, e reconhecida como um novo mineral em 1957.
Durante muitos anos, apenas existia um exemplar deste cristal vermelho escuro, exposto no British Museum, em Londres, o que a tornava a pedra mais rara do mundo!
Mais tarde, foram descobertos outros exemplares da pedra, embora em 2004 ainda existissem menos de duas dúzias de Painites descobertas pelo mundo.
No entanto, nos últimos anos, algumas minas em Myanmar começaram a exploração da pedra, e agora são ditas mais de 1000 pedras conhecidas.
A escassez desta joia a tornou extremamente valiosa e apenas um quilate pode custar mais de 60.000 dólares.

Taaffeite -  A pedra descoberta por acaso!

Taaffeite
O gemólogo austríaco Edward Richard Taaffe comprou uma caixa de pedras cortadas de um joalheiro em Dublin na década de 1940, pensando que havia comprado uma coleção de Espinélios.
Mas em uma inspeção mais detalhada, ele observou que uma das pedras não reagia à luz do mesmo modo que o resto dos Espinélios, então ele a enviou para análise.
Os resultados revelaram que ele havia descoberto uma pedra preciosa até então desconhecida. Foi uma situação esplêndida, mas frustrante, já que descobriu uma pedra já cortada e não tinha ideia de onde o mineral vinha!
Felizmente, uma vez que a nova pedra tinha sido anunciada, muitos outros colecionadores reexaminaram suas próprias coleções de Espinélios e várias outras amostras foram descobertas.
A fonte da pedra foi rastreada até o Sri Lanka, embora um pouco também tenha sido encontrado na Tanzânia e na China.
Pensa-se que existem menos de 50 exemplares de Taaffeite, muitos dos quais estão alojados em coleções geológicas e privadas. Isso torna essa pedra preciosa tão rara que o público comum provavelmente nunca a verá.

Fonte: GALILEU

AMMOLITE PEDRA DO CANADÁ COM 70,80 QUILATES

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

A esmeralda embala o sonho de alguns brasileiros

A pedra preciosa embala o sonho de alguns brasileiros. O trabalho exige sacrifício. Tem gente que abandona tudo para tentar vencer.


A esmeralda embala o sonho de alguns brasileiros. O trabalho exige sacrifício. Tem gente que abandona tudo para tentar vencer. Conheça a Rota das Esmeraldas, uma história que os repórteres José Raimundo e Carlitos Chagas descobriram no sertão da Bahia.

Carnaíba, município de Pindobaçu, na Bahia, é um vilarejo que atrai garimpeiros do Brasil inteiro e endereço de uma das maiores reservas do país da mais cobiçada pedra verde. É a terra das esmeraldas.

São cerca de 70 garimpos nas terras de Carnaíba. Os mais rasos têm 50 metros de profundidade. Alguns já chegaram a 300 metros.

“Esse tem 200 metros, mas ninguém despencou daqui. Tem 20 garimpeiros lá embaixo”, comenta Noel Almeida, dono de um garimpo.

A vida por um fio, um cabo de aço e um cinto de borracha. Este é o único transporte para se chegar ao esconderijo das esmeraldas. É tão profundo que não dá para ver onde acaba. São cinco minutos descendo o abismo e uma eternidade para quem não está acostumado.

Nesse estranho mundo subterrâneo, o homem desconhece o medo e se entrega ao exaustivo trabalho braçal. O sonho desses aventureiros é, num piscar de olhos, encontrar a sorte.

Já são 47 anos de exploração, e as pesquisas indicam que os garimpeiros ainda não extraíram 10% de todo o volume de esmeraldas concentrados na região. Lá embaixo, não há estudo geológico. É pela experiência que eles descobrem o caminho das pedras.

“A gente descobre que está rumo às esmeraldas quando pega um material preto, que é o cromo. Ele indica que tem esmeralda, que ela está perto”, comenta um garimpeiro.

Perto e muito arriscado – eles furam a rocha e enchem os buracos com dinamite.

“São cem detonações por dia”, calcula um garimpeiro.

Nem na hora do fogo, eles sentem medo. Ficam a 10 ou 15 metros, no máximo, do local da explosão. É assustador. A impressão é de que as galerias vão desabar.

Cerca de 50 garimpeiros já morreram em Carnaíba, mas nenhuma estatística é capaz de abalar o desejo de ficar rico de repente. Muita pedra vem abaixo. Pelas evidências, os garimpeiros estão diante de um futuro milionário.

“Não falei? Abaixo do material preto, tem esmeralda. É muita alegria. Sinal de que estou ficando rico”, comenta um garimpeiro.

Tem garimpeiro que abusa da sorte. Francisco José Campo não pode se queixar. Já achou esmeralda suficiente para nunca mais voltar ao garimpo.

“Achei que estava rico, mas voltei porque gastei tudo”, diz Francisco.

O que é lixo para uns é dinheiro para muitas famílias. No cascalho jogado fora ou nos arriscados porões das jazidas, o mundo das pedras preciosas é um labirinto de incertezas. Uma aventura que desafia a coragem do homem.

“Isso tudo é esmeralda. Dá para ganhar um dinheiro”, comenta a dona-de-casa Maria de Lourdes de Jesus. 





Fonte: Brasil Mineral

A razão pela qual gostamos tanto de comer chocolate

 


Criança comendo chocolateDireito de imagem1905HKN
Image captionPaixão por chocolate pode estar relacionada ao leite materno
Por que gostamos tanto de chocolate?
A resposta pode parecer simples - porque tem um "gosto bom". Mas vai além disso. Tem a ver com uma determinada relação entre gorduras e carboidratos, a que somos apresentados logo no início de nossas vidas.
Os amantes de chocolate dificilmente abrem um tablete e conseguem se contentar em comer apenas um quadradinho - acabam devorando a barra inteira. E isso também acontece com outros alimentos.
Mas o que faz com que a gente ache algumas comidas irresistíveis? E que características o chocolate compartilha com outros alimentos que simplesmente não conseguimos dizer "não"?

'Limonada e fruta do conde'

O chocolate é feito a partir de grãos de cacau, cultivados e consumidos nas Américas há milhares de anos.
Os Maias e Astecas criaram uma bebida de cacau chamada xocolatl, que significa "água amarga". Isso porque, in natura, os grãos de cacau são bastante amargos.
Para chegar ao grão, primeiro você precisa tirar a casca grossa do cacau, liberando uma polpa de sabor tropical intenso - com gosto entre a limonada e a fruta do conde. Conhecida como baba de cacau, é doce, ácida e muito pegajosa.
Os grãos e a polpa são colocados para fermentar durante vários dias, antes de serem secos e torrados.
Ao serem torrados, liberam uma variedade de compostos químicos, incluindo o ácido 3-metil-butanoico, que por si só tem um odor rançoso, e o dimetil trissulfeto, com cheiro de repolho cozido em excesso.
A combinação dessas e outras moléculas de aroma cria uma assinatura química única que os nossos cérebros adoram.
Mulher comendo chocolateDireito de imagemISTOCK
Image captionAdição de açúcar e gordura levou o cacau a se tornar irresistível
Mas os cheiros e as memórias felizes da juventude que esses odores provocam são apenas parte da atração do chocolate.
O chocolate contém uma série de substâncias químicas psicoativas interessantes, que incluem a anandamida, um neurotransmissor cujo nome vem do sânscrito - "ananda", que significa "alegria, felicidade, prazer". As anandamidas estimulam o cérebro da mesma forma que a cannabis.
Ele também contém tiramina e feniletilamina, ambas com efeitos semelhantes às anfetaminas.
Além disso, você vai encontrar pequenos vestígios de teobromina e cafeína, conhecidos estimulantes.
Por algum tempo, alguns cientistas de alimentos ficaram entusiasmados com a descoberta. Mas, embora o chocolate contenha essas substâncias, sabemos agora que são apenas alguns traços.

Açúcares mais gorduras

Então, o que mais o chocolate tem?
Ele também tem uma viscosidade cremosa. Quando você tira da embalagem e coloca um pedaço na boca sem morder, você vai notar que ele rapidamente derrete na língua, deixando uma sensação prolongada de suavidade.
Receptores em nossas línguas detectam essa mudança de textura, que, então, estimula os sentimentos de prazer.
Mas o que realmente levou o cacau - uma bebida amarga e aquosa - a se transformar no doce que adoramos hoje, foi a adição de açúcar e gordura.
O acréscimo da quantidade certa de cada um desses elementos é crucial para a apreciação do chocolate. Observe uma embalagem de chocolate ao leite e você vai perceber que ele normalmente contém cerca de 20-25% de gordura e 40-50% de açúcar.
Mãe alimentando bebêDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionLeite materno é composto por 4% de gorduras e 8% de açúcares
Na natureza, tais níveis elevados de açúcar e gordura são raramente encontrados - pelo menos juntos.
Você pode obter açúcares naturais de frutas e raízes, e há muita gordura em nozes ou no salmão, por exemplo. Mas um dos poucos lugares onde você vai encontrar ambos é no leite.
O leite materno humano é particularmente rico em açúcares naturais, principalmente lactose. É composto por cerca de 4% de gorduras e 8% de açúcares. O leite em pó, que também é usado na alimentação de bebês, contém uma proporção semelhante de gorduras em relação a açúcares.
Essa proporção, 1g de gordura para 2g de açúcar, é a mesma relação que você encontra no chocolate ao leite. E em biscoitos, donuts, no sorvete...Na verdade, essa proporção em particular está presente em muitos alimentos a que não resistimos.
Então, por que você ama chocolate?
Por uma série de razões. Mas também pode ser porque esteja tentando resgatar o gosto e a sensação de proximidade que temos em relação ao primeiro alimento que já experimentamos: o leite materno humano.

Fonte: BBC

Minerais

 

O termo mineralogia deriva da palavra latina MINERA, de provável origem céltica, (mina, jazida de minério, filão), que forma o adjetivo do latim mineralis, “relativo às minas” e o substantivo do latim minerale (produto das minas), que deu origem ao adjetivo e substantivo português mineral, acrescido do sufixo grego logía (ciência, tratado, estudo). Portanto:

 

“Mineralogia é o estudo dos minerais em todos os seus aspectos (químicos, físicos, de formação/origem, ocorrência e seus usos/aplicações). ”

 

A definição de mineral possui algumas controvérsias:

  1. para alguns é toda substância homogênea, sólida ou líquida, de origem inorgânica e que surge, naturalmente, na crosta terrestre, normalmente com composição química definida e, que se formada em condições favoráveis, terá estrutura atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas propriedades físicas;
  2. para outros, trata-se de substância com estrutura interna ordenada (cristais), de composição química definida, origem inorgânica e que ocorre naturalmente na crosta terrestre ou em outros corpos celestes.

Logo, mineral é considerado:

i) um sólido homogêneo (quanto as suas propriedades físicas e químicas) ou que exibe variações sistemáticas restritas

Segundo o primeiro item, os minerais, na grande maioria são substâncias sólidas; portanto são excluídos desta definição os gases e líquidos, com exceção do mercúrio nativo (Hg). De acordo com alguns autores, a água no estado líquido e/ou vapor não é considerada um mineral, entretanto a água no estado sólido, o gelo, formado em altitudes elevadas e/ou em geleiras constitui um mineral.

ii) de composição química definida (composições variáveis dentro de certos limites);

Em relação ao segundo item, os minerais de mesma espécie sempre têm a mesma composição, podendo ser constituídos por um elemento ou um composto químico. São representados por seus símbolos químicos, como por exemplo, o carbono – C, o ouro nativo – Au, etc., ou por sua fórmula química, como por exemplo, a galena – PbS, o quartzo – SiO2, etc. A composição de muitos minerais varia dentro de certos limites e/ou intervalos, isto é, não possuem composição fixa a exemplo da olivina, a qual apresenta variações desde um silicato puro de Mg2SiO4 (forsterita) até silicato puro de Fe2SiO(faialita).

iii) com estrutura cristalina (estrutura reticular = ordem atômica tridimensional dos seus átomos, denominado de estrutura do cristal);

De acordo com o terceiro item, os minerais têm suas moléculas e átomos dispostos sistematicamente e organizados tridimensionalmente em agrupamentos geométricos, que às vezes, sob condições favoráveis, se manifestam exteriormente constituindo sólidos geométricos, ou seja, formam cristais – este é o critério do estado cristalino.

iv) de origem inorgânica;

Segundo o quarto item são excluídos da definição de mineral todas as substâncias de ocorrência natural e que são produzidas por plantas e animais. Conforme este critério, o carbonato de cálcio, resultante da precipitação química, depositado no fundo dos oceanos, é considerado um mineral (especificamente o mineral calcita – CaCO3), mas o carbonato de cálcio presente nas conchas calcárias de moluscos (calcita biogênica) não é considerado um mineral. De acordo com essa definição, o carvão, o petróleo, o âmbar, a pérola produzida por um animal, “pedras” formadas nos rins e vesículas dos animais, embora sejam de origem natural, também não podem ser considerados um mineral. Entretanto para alguns mineralogistas, a procedência orgânica não é um obstáculo à atribuição de mineral para o âmbar (resina fóssil – 78% C, 10% H e 11% O) e a melita (sal de ácido orgânico – Al2[C6(COO)6].16H2O), mas é exigido que os caracteres externos tenham desaparecido, como a estrutura e forma orgânica, reveladores de origem de tal natureza. Apoiados nisto, não são admitidos como minerais: as petrificações fósseis, apesar de sua matéria ser de natureza mineral; e os combustíveis fósseis (hulha, petróleo) – são misturas pertencentes ao grupo das rochas sedimentares.

v) de ocorrência natural na crosta terrestre.

Conforme o quinto item, os minerais devem ser resultado de processos formativos naturais, excluindose todas as substâncias fabricadas pelo homem. Como exemplos podemos citar o cimento, vidro, minerais sintéticos e/ou cristais (ex: rubi sintético – Al2O3, esmeralda sintética – Be3(Cr,Al)2(Si2O18), etc., que, embora apresentem composição química igual a substâncias e/ou compostos encontrados na natureza, não são considerados minerais.

 

Conheça alguns minerais