domingo, 31 de agosto de 2014

Pedra brasileira vale mais que diamante

Pedra brasileira vale mais que diamante

Turmalina paraíba foi descoberta há 20 anos, em São José da Batalha (PB). Pedra tem um azul único e um brilho incomparável.

Serra da Borborema, região do cariri paraibano. A imensa cordilheira que corta a caatinga tem muito mais do que beleza. Na região foi descoberta a mais especial e rara das pedras preciosas: a turmalina paraíba. De um azul único, brilho incomparável, alcançou valores nunca imaginados. Um recorde: a turmalina brasileira superou a cotação dos diamantes.

Um caminho de terra e poeira é a ligação da cidade do tesouro com o resto do mundo. Em São José da Batalha, o berço das turmalinas, nada mudou com a descoberta das pedras tão valiosas. O povoado segue a rotina sem pressa e sem novidades. Os moradores
apenas assistiram a riqueza ser levada para bem longe do local. As turmalinas permanecem nas histórias que alimentam muitos sonhos na região.

"Muita gente teve pedras valiosas na mão", conta o ex-garimpeiro Antônio Carlos Costa.

"Uma pedrinha dessas custa de R$ 8 a R$ 10 mil. Não me desfaço dela. Fica como lembrança, para as pessoas verem o que eu faço na vida. Pelo menos fica para os netos, bisnetos, tataranetos. E a história continua", diz o ex-garimpeiro Gerlado Oliveira.

Os moradores guardam mágoa de um passado em que a riqueza esteve bem perto, ao alcance das mãos deles. Mas naquele tempo a turmalina paraíba não tinha o valor que tem hoje.

"Ninguém sabia o valor, entoa, trocava por moto, carro. E assim mandaram tudo para fora", conta Geraldo Oliveira.

E é atrás da história de persistência e obstinação que se vai ao encontro do garimpeiro José de Souza, conhecido por Deda. Dá para imaginar que o homem que ocupa uma casa tão modesta já morou na melhor casa da cidade? Ele já foi dono de caminhões, de um bom carro, de minas de garimpo. Tudo comprado com o dinheiro das turmalinas que achou. Mas hoje a cobiçada pedra azul não passa de um retrato na parede.

"Não tenho ideia de quanto a pedra valeria hoje, mas eu não entregaria a ninguém por menos de R$ 2 milhões. Tenho esperança de que vou conseguir outra", diz Deda, que vai em busca da pedra da fortuna. A caminhada é longa. São seis quilômetros até a mina. Basta seguir por um túnel.

O garimpeiro não teve dinheiro para pagar a energia e tem que trabalhar no escuro, à luz de velas. A mina tem 150 metros de extensão.

"Na realidade, dá para ver o mínimo. Mas não tem outro jeito", conta o garimpeiro, que não tem medo de perder a turmalina no meio da escuridão. "Trabalhamos de olho nela".

Não importa se é dia ou noite, o caçador solitário de turmalinas cava sem parar. A maratona continua empurrando o carrinho.

De carregamento em carregamento, todo o material é retirado de dentro da mina. São toneladas de cascalho. O rejeito da mina cobriu toda a encosta do morro. Deda conta que são oito anos de suor no local. "Meu pensamento fica em Deus", diz.

Caulim é uma argila branca, onde os garimpeiros encontram as turmalinas. Na primeira mina de turmalina da região, uma galeria gigantesca está desativada. Exploração agora, só com máquinas.

"É impossível calcular, mas, pela experiência que temos, ainda não foram explorados 10% dessa mina", conta o minerador Sérgio Barbosa.

As galerias têm passagens para todos os lados e chegam a 60 metros de altura.

E pensar que a mais rara das pedras preciosas foi encontrada em uma região marcada pela aridez, em uma terra considerada pobre, que não serve para plantar. A primeira turmalina paraíba foi descoberta a sete metros de profundidade, 20 anos atrás, graças à obstinação de um homem: Heitor Barbosa, que o Globo Repórter foi conhecer em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Heitor Dimas Barbosa é o dono da mina de São José da Batalha. Todas as pedras que ele guarda vieram de lá. Com orgulho, mostra revistas estrangeiras onde é citado como o homem que descobriu a raríssima turmalina paraíba, em 1982. Era tão bonita e diferente que até comerciantes de joias achavam que não era verdadeira.

"Falavam que era sintética", lembra Heitor Barbosa, que não desistiu. Enviou amostras do mineral ao Gemological Institut of America, nos Estados Unidos, que comprovou: era uma turmalina com cobre e manganês na composição, o que dá o azul especial. Heitor Barbosa diz que não ficou rico porque vendeu as pedras por valor muito baixo e aplicou todo o dinheiro na mina de São José da Batalha, mas garante que ainda vai enriquecer. "Eu tenho uma convicção muito forte de que ainda vou encontrar uma pedra acima de três quilos", diz.

A mina do tesouro, em São José da Batalha, fica em uma região onde não existem empregos. Homens arriscam a vida diariamente nas profundezas da terra.

O local de trabalho do garimpeiro José Tadeu Taveira fica a 60 metros de profundidade. O jeito é colocar o capacete e encarar uma escada. "Não tem perigo", garante Tadeu, que enfrenta esse expediente todo dia.

Os garimpeiros trabalham sempre em dupla: um retira o caulim com a picareta e o outro recolhe com a pá. É também uma medida de segurança. Em caso de desmoronamento, um pode socorrer o outro.

"O perigo está sempre por perto", diz José Tadeu.

Mais perto do que se imagina. Durante a entrevista, uma barreira desabou.

"Na época da chuva é perigoso porque dá infiltração e começa a desabar", explica José Tadeu.

O desmoronamento foi em uma parede. Por precaução, as escavações estão suspensas nas galerias mais profundas.

O professor José Adelino Freire, do Departamento de Minas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alerta: o garimpo de São José da Batalha é uma atividade arriscadíssima. "Quem trabalha lá corre risco de morte. Acho que a universidade deve atuar nessas áreas e orientar os garimpeiros para que eles façam uma exploração mais racional", diz o professor.

O garimpeiro Geone de Sousa escapou de morrer graças ao colega que estava com ele e foi buscar socorro. "Caiu uma barreira quando eu estava embaixo, suspendendo a bomba. Quando escutei o barulho, não deu tempo de correr. Caiu por cima de mim. Eu quebrei o fêmur em dois lugares", conta Geone, que retornou ao trabalho com oito pinos na perna e contando com a proteção divina.

Mineradora descobre reservas de ouro e platina

Mineradora descobre reservas de ouro e platina

A empresa canadense Colossus Minerals Inc., que começou a operar na região há pouco mais de um mês, anunciou ontem a descoberta de novas reservas de ouro, platina e paládio em Serra Pelada, no município paraense de Curionópolis. De acordo com o site Globo Amazônia, que deu a notícia em primeira mão, a mineradora descobriu dois depósitos nos arredores do foco central de garimpo da mina. Na década de 1980, Serra Pelada ganhou notoriedade internacional como o maior garimpo a céu aberto do mundo.

Consultado sobre o assunto, o geólogo Alberto Rogério, que por muitos anos pertenceu aos quadros do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) no Pará e que hoje atua como consultor técnico do Instituto Brasileiro de Mineração, o Ibram, adotou uma postura cautelosa. Ele disse ter tomado conhecimento do assunto pela internet, mas ressaltou que, até onde se sabe, os depósitos minerais existentes em Serra Pelada são aqueles já anunciados anteriormente: 33 toneladas de ouro, 4 de platina e 6 de paládio, um metal muito utilizado em ligas finas e trabalhos de joalheria.

De acordo com Alberto Rogério, o paládio tem hoje a cotação em bolsa de 450 dólares a onça (o equivalente a 31,1 gramas), contra US$ 1.200 para o ouro e US$ 1.500 para a platina. Com a notícia das descobertas, conforme revelou ontem a própria Colossus, as ações da mineradora canadense subiram 8,8% na Bolsa de Valores de Toronto.

O informe da mineradora, transmitido ontem à tarde para a imprensa de Marabá, confirmou a descoberta de dois depósitos com alta concentração de ouro e platina, o que aumenta ainda mais as expectativas de que existam mais reservas minerais ainda não descobertas na região. Os depósitos foram encontrados a 150 metros ao norte e 50 metros a oeste da zona central de Serra Pelada. A empresa pretende escavar mais profundamente a região onde os depósitos foram encontrados para expandir a exploração.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a retomada de Serra Pelada, cujo garimpo havia sido desativado em 1992, vinha sendo negociada desde 2003, mobilizando mais de vinte entidades de garimpeiros – entre associações, sindicatos e cooperativas. A entrada em cena da mineradora canadense Colossus Minerals Inc., porém, só começou a ser costurada há cerca de três anos.

RAMPA

A Colossus deve começar em outubro deste ano a construção de uma rampa subterrânea com extensão de 1,6 mil metros para investigar a área onde os novos depósitos foram encontrados.

CONCENTRAÇÃO

Segundo o vice-presidente de exploração da empresa, Vic Wall, as descobertas indicam que toda a região apresenta índices elevados de concentração de ouro.

>> Parceria da Colossus com Cooperativa já rende frutos

Em julho de 2007, a Colossus fez uma parceria com a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), para a exploração de ouro numa área de cem hectares do antigo garimpo, exatamente onde foram descobertos agora os novos depósitos.

A área de exploração, porém, já havia sido aumentada em março deste ano, quando a mineradora adquiriu mais de 770 hectares de novos terrenos. Essas áreas, no entorno do antigo garimpo, permanecem ainda inexploradas.

Garimpo de ouro no Pará

Garimpo de ouro no Pará

O Pará volta a receber atenção devido à sua tradição extrativista. Desta vez, evidencia-se a divisão entre os índios da etnia Kayapó com respeito à dúvida sobre se o território em que eles vivem deve ser explorado para mineração ou preservado para subsistência.
Estima-se que entre 4 e 5 mil garimpeiros revirem a terra em busca de ouro numa região denominada Terra Indígena Kayapó, no sudeste do Pará. A ação tem efeitos desastrosos sobre a natureza, mas uma parte dos índios desta etnia apoia a exploração aurífera desde que um percentual dos ganhos dos exploradores fique na aldeia. O acordo soa estranho se levarmos em consideração que índios não precisavam vincular-se à economia moderna para preservar seu modo de vida. Eles notaram, porém, que o dinheiro lhes traria alguns benefícios a despeito dos danos ambientais.
Por causa desta divergência de opiniões entre os índios, as instituições que zelam pela integridade das florestas, da fauna e dos povos nativos ficam sem saber se devem endurecer a fiscalização ou aceitar os acordos entre as partes.
É assim que companhias de mineração como a Vale mantêm seus negócios em regiões longínquas do país onde se supõe que deveria haver preservação ambiental e étnica.
Apesar dos riscos humanos e naturais que as atividades extrativas oferecem ao Pará, o garimpo expande-se no sudeste paraense com poucos empecilhos além da necessidade de negociação. O maior destes é a reprodução da prática de intermediação que encarece e inviabiliza o Brasil. Isto significa que, em vez de geração de riqueza por trabalhadores brasileiros, estes não fazem mais que extrair e repassar várias vezes um produto até o consumidor final sem que haja desenvolvimento tecnológico.
Quando me referi à tradição extrativista do país, inspirei-me na lembrança de Serra Pelada. Durante os anos 1980, e com seu ápice em 1983, aproximadamente 100 mil garimpeiros foram tentar a sorte no sudeste paraense atrás de dinheiro fácil. Eles extraíram 42 toneladas de ouro neste período através de mineração a céu aberto, enquanto uma cidade pequena se fundava no meio da selva pelos familiares destes garimpeiros, já que mulheres e crianças estavam proibidas de entrar nas áreas mineradoras.
O Pará teve o ciclo da borracha, mais tarde teve o do ouro, e hoje continua sendo caracterizado como uma terra extrativista onde há riquezas a desbravar pelo homem moderno. Esta aposta gerou controvérsia quando se propôs a divisão do Pará em três estados para que supostamente se aproveitasse melhor seu potencial econômico e se o administrasse com maior eficiência. É possível desconfiar de tais medidas porque haveria gastos públicos maiores com burocracia e individualização dos lucros.
Quando o negócio é grande no Brasil, o rabo que se prende é longo. Por isso as punições de instituições fiscalizadoras a miúdo incidem sobre pessoas comuns – penso nos milhares de garimpeiros – que precisam de renda para sustentar suas famílias. No entanto, o chefe que controla todo o negócio estará bem protegido, possivelmente sob o guarda-chuva da burocracia que emperra o progresso do Brasil.
Na mesma tacada, reitero que nosso país é povoado por intermediários que agregam custo, mas não fazem o mesmo com valor através de pesquisa e desenvolvimento. Deste modo, o ouro que muitos garimpeiros tiram com suas unhas traz poucos benefícios a estes trabalhadores carentes e ao Brasil, mas faz a vida de uma casta de pessoas que mantêm o país na periferia produtiva e na brutalidade educativa.
Portanto, o corolário deste modo de produção extrativista é desastroso para o Brasil. Alivia a vida de poucos, mas condena a de muitos que beiram o sacrifício para sobreviver. Até os índios caem nessa armadilha, ludibriados pelo Estado brasileiro.

Ouro: geólogos buscam minas em 4 regiões no Pará

Ouro: geólogos buscam minas em 4 regiões no Pará

Para as pesquisas geológicas, os anos 90 foram quase uma década perdida, com poucos investimentos. Porém, nos últimos anos, o trabalho foi retomado e hoje há uma espécie de caça ao tesouro em quatro grandes regiões do Pará. São levantamentos geológicos com grande detalhamento que alimentam a esperança de encontrar novas províncias minerais no Estado, mantendo o Pará no mapa da mineração por mais uma centena de anos.

Entre as regiões estudadas está a do Tapajós, que atraiu milhares de pessoas no final dos anos 70 e ao longo da década de 80, quando entrou em decadência com o esgotamento dos garimpos.

Estão sendo feitos levantamentos também no entorno do antigo garimpo de Serra Pelada, numa região que se estende pelos municípios de Novo Repartimento, Marabá, Itupiranga, Pacajá e Anapu, somando mais de 18 mil quilômetros quadrados.

ESTUDOS

O nordeste do Estado também está na mira dos geólogos. Há estudos nos municípios de Viseu, Cachoeira do Piriá, Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia do Pará, Garrafão do Norte, Bragança, Capitão Poço e Ourém.

Todos esses estudos são feitos pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), entidade que ontem comemorou 40 anos com sessão especial na Assembleia Legislativa do Pará. Parte do trabalho está prevista para terminar a partir do final do ano que vem. Até lá será possível indicar quais regiões do Estado poderão fomentar um novo ciclo do ouro nas próximas décadas. Os recursos para esses estudos já somam mais de R$ 20 milhões e vêm de convênios e também do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Autor do requerimento para realização da sessão, o deputado Airton Faleiro disse que o objetivo era apresentar à sociedade o importante trabalho da CPRM, ainda pouco conhecido do grande público. A CPRM é responsável por levantar e também organizar conhecimento geológico sobre o território brasileiro. A entidade acaba de concluir, por exemplo, um banco de dados com informações geológicas do Estado que será apresentado hoje na Universidade Federal do Pará.

A sessão teve a presença do superintendente da CPRM no Pará, Manfredo Ximenes, e do diretor-presidente, Agamenon Dantas.

ÁREAS

Entre as regiões estudadas está a do Tapajós. Estão sendo feitos levantamentos também no entorno do antigo garimpo de Serra Pelada, numa região que se estende pelos municípios de Novo Repartimento, Marabá, Itupiranga, Pacajá e Anapu.

Há estudos nos municípios de Viseu, Cachoeira do Piriá, Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia do Pará, Garrafão do Norte, Bragança, Capitão Poço e Ourém e Altamira.

Começa o segundo ciclo do ouro no Pará

Começa o segundo ciclo do ouro no Pará

OEstado do Pará ganhou notoriedade nacional e internacional, na segunda metade do século passado, graças à sua extraordinária produção de ouro. Primeiro com os milhares de garimpos espalhados no vale do Tapajós,Altamira, etc., tendo como polo de referência a cidade de Itaituba. Acredita-se que tenham sido extraídas da região, a partir de 1950, cerca de 500 toneladas de ouro. Mais tarde, já na década de 1980, a notoriedade ficou por conta de Serra Pelada, que, com seu formigueiro humano, foi na época internacionalmente reconhecido como o maior garimpo de ouro do planeta.
No final da década de 1990, com o declínio da atividade garimpeira, o que fez despencar também os números da produção, parecia ter-se acabado o ciclo do ouro no Pará. Esta era, porém, uma percepção equivocada. Na verdade, o Pará, detentor de alguns dos mais importantes distritos auríferos do país, está iniciando precisamente agora o segundo ciclo do ouro, este com uma importância econômica provavelmente muito superior ao primeiro.
O que muda, neste novo cenário, são as características da atividade extrativa: em vez da garimpagem manual, com o emprego de mão de obra intensiva e em condições brutais de trabalho do garimpo, entra em cena a mineração empresarial, com seu arsenal tecnológico, a lavra mecanizada e as técnicas mais sofisticadas de extração de metais. Sobrevivendo residualmente, os garimpos convencionais passam a ter importância secundária. A tendência é de aumento progressivo dos volumes de produção e de significativa redução dos impactos ambientais. A bateia e o mercúrio, símbolos do garimpo no século passado, ocupam página virada na história da produção de ouro no Pará e na Amazônia.
Em Belém, o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, dispõe de números que confirmam a nova corrida ao ouro no Estado do Pará. Num levantamento ligeiro, limitado somente às áreas com alguma tradição garimpeira, o Departamento confirmou, na sexta-feira, a existência de quase duas centenas de autorizações de pesquisa específicas para exploração de ouro em alguns municípios do Pará. Entre eles está Altamira, com 18 autorizações, Eldorado dos Carajás com 8, Marabá com 17 e Parauapebas com 15.
AUTORIZAÇÕES
Um caso especial é o município de Itaituba, no vale do Tapajós, região oeste do Pará. Berço da mais intensa atividade garimpeira do mundo durante quatro décadas (1950/1990), Itaituba conta hoje com 86 autorizações expedidas pelo DNPM só para pesquisa de ouro. No município de Itaituba já está confirmada a descoberta de pelo menos duas jazidas de classe mundial e se encontra em operação a única mina de exploração mecanizada hoje existente no Pará, a Serabi Mineração. Antes dela, o Pará só teve uma mina mecanizada de ouro – a do Igarapé Bahia, explorada pela Vale em Carajás na década de 1990, com produção realizada de quase 100 toneladas. A próxima será a Nova Serra Pelada, em Curionópolis.
Quando o assunto é ouro, aliás, Itaituba sempre é capaz de surpreender e impressionar. Além da única mina mecanizada e do grande número de autorizações de pesquisa, o município concentra também o maior quantitativo de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG). Esse tipo de autorização é concedido pelo DNPM a empresas e pessoas físicas exclusivamente para a extração de ouro em depósitos secundários, através de processo manual ou mecanizado, em áreas não superiores a 50 hectares.
De acordo com o superintendente em exercício do DNPM no Pará, Raimundo Abraão Teixeira, existem hoje cerca de quatro mil PLG’s expedidas para o município de Itaituba. Ele lembra, porém, que por volta de 1993 a 1995, quando o Ministério de Minas e Energia autorizou essas permissões, houve uma verdadeira avalanche de pedidos para aquele município. “Nós chegamos a ter naquela época mais de 40 mil requerimentos somente para Itaituba”, finalizou.

Chalco tem prejuízo de US$4,1 bilhões no semestre

Chalco tem prejuízo de US$4,1 bilhões no semestre



A chinesa Chalco é a maior produtora de alumínio da China e uma das maiores do mundo. No semestre a Chalco teve um prejuízo assustador , causado, segundo ela, pela queda dos preços de 11%. Outro fator negativo é que em 2013 a Chalco teve grandes lucros em ganhos de capital, o que não ocorreu em 2014.

Esses dois fatores levaram a empresa a declarar um prejuízo líquido de 4,01 bilhões de dólares.

A empresa produziu no semestre 6 milhões de toneladas de alumina e 1,63 milhões de toneladas de alumínio, uma queda de 20%.


Preço do minério de ferro é o menor em dois anos: ações da Vale despencam

Preço do minério de ferro é o menor em dois anos: ações da Vale despencam




O mercado reagiu negativamente com a queda dos preços do minério de ferro 62% na China. O preço da tonelada atingiu US$87. A Vale foi duramente atingida e fechou com queda de 4,1%.

As mineradoras estão enfrentando um prejuízo de mais de US$30 bilhões, só por conta da queda de 36% dos preços do minério de ferro neste ano.

Esta queda ainda não assusta empresas que lavram a baixíssimo custo como a Vale, que aos poucos, vai conquistando o mercado das empresas menos competitivas. No entanto, ela é suficiente para fechar grande número de minas que lavram a alto custo e baixo teor.

Eliezer Batista sai da MMX

Eliezer Batista sai da MMX




Renuncia melancolicamente hoje, do conselho de administração da MMX, o engenheiro Eliezer Batista da Silva o pai de Eike, um ex-presidente da Vale, e um dos principais responsáveis pela meteórica carreira de Eike Batista.

 O geólogo Carlos Gonzales, o presidente da MMX, sai também e será substituído por Ricardo Guimarães, um dos diretores da empresa.

A MMX, em processo de pulverização,  com ações em queda livre, já paralisou a sua única mina em produção, a Serra Azul. Os empregados da Serra Azul estão com férias compulsórias enquanto Eike Batista o ex-bilionário, tenta escapar da falência. 

Você conhece o trombólito?

Você conhece o trombólito?



Trombólitos e estromatólitos são estruturas biossedimentares.

Na África do Sul existem fósseis de estromatólitos derivados de algas com 2,6 bilhões de anos, idade Arqueana. Existem, também, estromatólitos recentes como os encontrados nas lagoas de Araruama no Estado do Rio.

Já os trombólitos, (veja a foto) são geralmente carbonáticos,  similares aos estromatólitos, mas formados por microorganismos. Eles não tem a laminação e a estruturação interna dos estromatólitos: trombólitos são maciços.

Os trombólitos da foto são de origem bacteriana e foram encontrados na Formação Mifflintown na Pennsylvania. Trombólitos recentes, verdadeiros fósseis vivos, são atrações nas praias do Lago Clifton a sul de Perth, na Austrália.

Índia: de exportador para grande importador de minério de ferro

Índia: de exportador para grande importador de minério de ferro



A Índia perdeu a sua posição de terceiro maior exportador de minério de ferro do mundo e, agora, poderá  se tornar em um grande importador.

Pressionada por minas fechadas, uma produção interna desequilibrada, custos altos e minério de baixa qualidade, já em 2015 o país deve importar mais de 10 milhões de toneladas.

As principais importadoras serão a Tata Steel e a Bhushan Steels que já anunciaram seus planos de importação para 2015.

O país está enfrentando sérios problemas após o fechamento das minas de minério de ferro de Goa, Odisha e Karnataka. Nestas regiões as minas, verdadeiros garimpos, lavravam minérios de baixa qualidade sem controle de teor.

O fechamento penalizou as exportações indianas para a China ao ponto do minério indiano ser evitado pelos importadores.

Desde então a produção indiana, que era 218,5 milhões de toneladas em 2010, caiu para 135 milhões de toneladas em 2013.

Este déficit de 82 milhões de toneladas por ano será a principal causa da mudança de status de exportador para importador que a Índia está enfrentando.



Foto: indiana participa da lavra de minério de ferro : Adam Ferguson/Bloomberg  

Vale ganha na justiça: agora não mais pagará impostos sobre lucros na Dinamarca, Bélgica e Luxemburgo

Vale ganha na justiça: agora não mais pagará impostos sobre lucros na Dinamarca, Bélgica e Luxemburgo



O STJ negou um recurso impetrado pela União e decide que a mineradora Vale não deverá pagar impostos sobre o lucro auferido por subsidiárias, no exterior.

Trata-se de uma decisão importante que favorece a Vale evitando desta forma a bitributação.

A União queria taxar no Brasil os lucros das empresas controladas pela Vale na Dinamarca, Bélgica e Luxemburgo.

O mesmo não ocorre em países como Bermudas que ainda não tem acordo tributário com o Brasil.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Garimpo de Margem e de Leito

Garimpo de Margem e de Leito

O garimpo é a atividade de exploração de minérios muitos deles valiosos como, por exemplo, o ouro, diamantes, topázio imperial entre outros... A atividade garimpeira pode ser feita em céu aberto ou em minas escavadas por maquinas, é um modo de extração mineral já há muito tempo no mundo.

Garimpo de margem



O que é...
O garimpo de margem pode ser feito com peneiras manualmente em córregos como está mostrando a imagem, o garimpo de margem destrói a mata ciliar do local (o que pode causar erosão em um dia de chuva). E também há o decapeamento que é a retirada do solo do local que estão sendo extraído, para facilitar o trabalho dos garimpeiros a retirada do minério (que no caso da imagem é o topázio) os garimpeiros fazem uma expansão do território de extração usando as lavras que são cortes no solo para maior espaço de mineração, e ao decorrer da escavação para baixo das lavras, nas rochas é muito comum encontrar quartzo onde a ocorrência de topázio imperial. Essas fontes de escavação podem medir em media de 2 a 7 metros dependendo do terreno trabalhado.


Garimpo de leito


O que é...
O garimpo de leito manual é muito simples como mostra na imagem o garimpeiro escava no leito do rio, pega o material que ele escavou e faz o processo de peneiração, para pegar os minérios como topázio imperial, ouro e outros... Mas também existe outro tipo de garimpo de leito que não é feito manualmente, é feito com uma draga para ter melhor rendimento veja na imagem.





Draga
A draga faz uma escavação e pega os materiais muito mais rápido do que manualmente, e quando a draga pega esse material, o material cai numa peneira e separa o minério da lama e água e depois só é necessário o garimpeiro recolher o minério.

Terra em movimento! Terremotos de grande intensidade atingem, o Chile a Califórnia e o Peru

Terra em movimento! Terremotos de grande intensidade atingem, o Chile a Califórnia e o Peru




No sábado um forte tremor de 6.4 na Escala Richter atingiu Santiago e a região central do Chile. Logo depois, já no domingo, um forte terremoto atingiu Napa na Califórnia, foi um sismo de 6.0.

Na noite do domingo o terremoto mais forte, de 7.0, atingiu o sul do Peru a 61 km da cidade de Puquio.

Não deve ter sido coincidência.

Todos os terremotos ocorreram ao longo do cinturão de fogo do Pacífico Sul e Norte, associados a falhamentos ligados à zona de subducção em um período onde as atrações gravitacionais da Lua e Sol são mais intensas: a lua nova.

Em uma pesquisa feita pelo Portal do Geólogo ficou evidenciado que 65% dos principais grandes sismos da história do Homem ocorreram durante as luas cheia e nova.

Um ponto que me parece nunca ter sido adequadamente discutido, na literatura técnica , é a correlação entre terremotos e o efeito gravitacional da Lua e do Sol sobre a Terra.

Todos sabemos que a conjunção Lua-Sol tem enormes influências gravitacionais no nosso planeta causando marés de grandes proporções e, as menos conhecidas marés terrestres.

Por incrível que pareça a crosta terrestre, assim como os oceanos, também é afetada pela força gravitacional da lua em conjunção com o Sol: a isso se chama maré terrestre.

No equador a crosta pode ser deslocada 55cm pela influência gravitacional da Lua e Sol. Trata-se de uma força significativa que, no nosso entender, deve facilitar a ruptura de falhas ativas que causam os terremotos.

A força gravitacional causada pela massa do Sol e da Lua é enorme, elevando o nível dos mares a mais de 15 metros em certas regiões, como em Burntcoat Head no Canadá, durante a Lua nova, cheia e nos equinócios (Março e Setembro) quando o Sol cruza o plano equatorial terrestre.

batalha de vida ou morte para mineradores de minério de ferro chineses já começou

A batalha de vida ou morte para mineradores de minério de ferro chineses já começou




A grande maioria das minas de minério de ferro chinesas estão, rapidamente, se tornando obsoletas e antieconômicas. Segundo analistas locais, como Komesaroff,  os custos médios estão acima de US$105/t, atingindo US$125/t (veja o gráfico.

Como competir com gigantes como a Vale e a Rio Tinto que colocam seus produtos em portos chineses com custos abaixo de US$40/t?

É óbvio que essas minas, todas, estão fadadas ao insucesso. Não é o desaquecimento chinês que está causando esse desequilíbrio. Os chineses continuam produzindo mais aço em 2014 do que em 2013, um crescimento acima de 5% e a demanda para minério importado cresceu 15% em 2014.

O que mata essas minas é o excesso de oferta, artificialmente criado pela trinca das gigamineradoras,  a Vale, a Rio e a BHP. É essa oferta que está derrubando os preços, que já estão cotados abaixo de US$90/t.

Esta estratégia, como já discutida amplamente pelo Portal do Geólogo visa, exclusivamente, acabar com as minas dos concorrentes. É a guerra do minério de ferro em ação.

Ironicamente as expectativas do mercado é que os preços deverão voltar a subir aos patamares de US$120/t assim que as minas chinesas e outras de alto custo, deixarem de existir.

É isso que o governo chinês quer evitar quando idealizou o megaconglomerado liderado pela Ansteel, que objetiva comprar minas competitivas em qualquer lugar do mundo para suprir, no mínimo, 50% do minério de ferro que é produzido hoje na China.

A Ansteel vai produzir, no mínimo, 440 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Esta será a resposta chinesa às investidas da trinca.

Conseguirão os chineses alcançar as suas metas? 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Desinteresse! Candidatos debatem Brasil, mas não mencionam, em nenhum momento, a mineração

Desinteresse! Candidatos debatem Brasil, mas não mencionam, em nenhum momento, a mineração
Você sabia que existem mais de 8.870 empresas de mineração no Brasil, que geram mais de 175.000 empregos diretos e 2.275.000 empregos indiretos?

Sabia que a mineração é um importante componente do PIB brasileiro e que somente a exportação dos bens primários (sem considerar os produtos industrializados dela derivados)  correspondem a mais de 16% de toda a exportação do país?

Tenho certeza que a maioria que está lendo esta matéria já sabia. 

O que nos surpreende é que a mineração não foi mencionada em nenhum momento do longo debate, feito essa madrugada, entre os candidatos à presidência,.

  Somente o programa de Aécio toca, uma única vez, neste tema.

Parece que os candidatos ainda não entenderam que sem a mineração a economia do país não poderá se desenvolver. A mineração está na raiz da economia, na base de todas as indústrias e na composição de todos os bens industriais.

De onde vem esse desinteresse?

Será pura e simplesmente ignorância?

Minas-Rio: depois de anos de entraves a primeira polpa de minério chega ao Porto de Açu

Minas-Rio: depois de anos de entraves a primeira polpa de minério chega ao Porto de Açu
Aos poucos o conturbado projeto Minas-Rio da Anglo American começa a se materializar.

Nesta semana chegou, ao Porto de Açu, a primeira polpa de minério de ferro bombeada por 529 Km de mineroduto. Trata-se de um importante marco.

O mineroduto do Minas-Rio foi um dos principais entraves ao andamento do projeto.

No processo de implantação do mineroduto ocorreram inúmeros entraves legais, ambientais e negociações com proprietários que pareciam não ter fim.

Na primeira fase o Minas-Rio produzirá 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro sem valor agregado destinadas exclusivamente à exportação.

Bancos chineses recebem permissão para importar ouro

 Bancos chineses recebem permissão para importar ouro
O governo chinês está permitindo, a vários bancos locais, atuar na importação de ouro. Com isso a China, que já é a maior importadora do metal, passará a ter um maior poder de barganha no mercado de ouro mundial.

Os primeiros a receber a licença para importar ouro foram os bancos Shanghai Pudong Development Bank Co Ltd e o China Mer-chants Bank Co Ltd .

Desta forma a China terá 15 grandes bancos capazes de importar ouro e de operar na bolsa de ouro de Xangai,  e na zona de livre comércio que será inaugurada em setembro.

Com essa estratégia a China criará um processo de precificação de ouro próprio, assim como ocorre com os preços do minério de ferro.

O que o Brasil pode aprender com a Indonésia?

 O que o Brasil pode aprender com a Indonésia?
No início do ano a Indonésia proibiu a exportação de matérias-primas sem valor agregado. Em apenas uma assinatura o governo proibiu a venda de bauxita, níquel laterítico, e de outros minérios. Até os concentrados de cobre, mais nobres, mas com pouco valor adicionado,  entraram na lista de produtos a serem supertaxados.

Foi um Deus nos acuda.

As mineradoras pararam, os chineses gritaram e o mundo todo voltou o foco para ver os desdobramentos desta estratégia.

A forma abrupta como o Governo implantou o plano quase levou a Indonésia à falência. Parecia que a economia do país iria implodir e que o plano iria se tornar em um imenso desastre econômico. Mas, apesar dos prejuízos bilionários o Governo da Indonésia se manteve firme e, aos poucos, as mineradoras, os importadores e as siderúrgicas, forçados pelos prejuízos,  e sem ter a quem recorrer, aceitaram negociar.

Ao contrário do que nós imaginamos a Indonésia estava no controle

Como parte das negociações e das liberações das exportações as mineradoras foram obrigadas a investir pesadamente em novas plantas metalúrgicas onde o minério, que antes era exportado em bruto, passa a ter um elevado aumento de valor, resultado da transformação metalúrgica. Foi assim para o cobre, níquel, alumínio, estanho  etc...

Os motivos da rápida negociação são fáceis de entender:

Em julho as siderúrgicas chinesas importaram somente 3,1 milhões de toneladas de bauxita: uma monstruosa queda de 52,3%. A principal causa é a dificuldade que os chineses estão tendo de importar bauxita de outros países produtores, um minério barato que só dá lucro aos importadores que irão ganhar em toda a vasta cadeia do alumínio.

No mesmo período de 2013 somente a Indonésia havia exportado 4 milhões de toneladas de bauxita para a China.

Desde então os chineses tentam suprir as necessidades com minérios da Malásia e Austrália, mas não estão conseguindo equilibrar a equação.

Restou, portanto, capitular e investir na Indonésia como era a estratégia do país.

A decisão do governo obrigou os chineses a montar novas plantas de alumina e alumínio na Indonésia o que vai aumentar exponencialmente os investimentos, impostos e número de empregos, afetando a indústria e a economia local.

Assim como no alumínio várias plantas metalúrgicas estão sendo construídas em solo indonésio em um investimento bilionário que está mudando a economia do país.

Um passo gigantesco no processo de transformação. A Indonésia está deixando de ser um mero exportador de matéria prima como o Brasil ainda é para se tornar exportador de produtos nobres e industrializados.

Os resultados que a Indonésia começa a colher são extraordinários.

É uma pena que o país não negociou, previamente, com as mineradoras, uma transição inteligente evitando os megaprejuízos que essas e o próprio país tiveram.

A Indonésia é um dos primeiros países exportadores de matéria-prima a quebrar os grilhões do subdesenvolvimento mineral, coisa que até a Austrália, um país de elevado IDH ainda não conseguiu fazer.

Os australianos começam, agora, a se ressentir do fato de terem apostado no modelo extrativista-importador sem desenvolver a metalurgia e as indústrias.

O exemplo da Indonésia é, no nosso entender, um exemplo a ser seguido.

O Brasil não pode continuar a exportar quase meio bilhão de toneladas de minério de ferro, sem nenhum valor agregado, deixando aos países importadores, toda àquela gigantesca fatia dos lucros derivados da industrialização e da verticalização.

Não podemos, de forma nenhuma, nos gabar de ser um megaexportador de matéria prima.

Pelo contrário, isso deveria ser considerado um crime lesa-pátria, que as nossas gerações futuras ainda irão se ressentir.

Temos que aplicar, aqui, o exemplo que a Indonésia deu.

Esse exemplo, se bem gerenciado, pode ser adotado no Brasil e dará frutos em pouquíssimo tempo, terminando com o nosso estigma de exportadores de matéria-prima de terceiro mundo.

Petrobras aumenta exportações em 109,3% em julho

Petrobras aumenta exportações em 109,3% em julho
A Petrobras está tendo um desempenho extraordinário. Em julho, graças ao aumento de produção, a estatal exportou 109,3% a mais do que o mesmo período de 2013.

  A receita de julho foi de US$1,934 bilhões.

  A média de produção chegou a 2,49 milhões de barris por dia, acima da produção do mesmo período em 2013.

Apesar da alta a Vale ainda é a maior exportadora do Brasil no acumulado do ano, com US$12,833 bilhões contra os US$7,945 bilhões da Petrobras.

O medo de Marina

O medo de Marina
Nesses últimos dias todos os empresários com quem falei demonstraram uma preocupação crescente com o fenômeno Marina.

Os números e as notícias confirmam o que eu percebi nestes dias: quase todos os empresários da mineração e do agronegócio, duas das principais fontes de divisas do Brasil, estão assustados com a possibilidade de mudança.

O interessante é que a maioria já não quer mais apoiar o governo do PT, que está sendo banido, pela sua incompetência.

O governo de Dilma está terminando tristemente.

Desgastado pela falta de crescimento econômico, números pífios, inflação em alta, pequena geração de empregos, bagunças nas ruas e pela corrupção em seus quadros o PT está favorecendo aos novos candidatos e suas promessas.

Não é para menos.

Na área mineral atravessamos, possivelmente, a pior fase desde que o DNPM foi criado em 1934. Nunca havíamos visto, em toda a história do Brasil Republicano, a pesquisa mineral desmoronar com o aval do próprio governo.

Realmente, essa não é a continuidade que os empresários brasileiros querem. Todos querem mudar, mas mudar para melhor.

É aí que o efeito Marina atemoriza a maioria.

Marina cresceu exponencialmente nas últimas pesquisas, tratorando Aécio e até a Dilma no segundo turno. De repente ela se tornou em um grande tsunami eleitoral que pode virar de cabeça para baixo o Brasil que conhecemos.

Marina significa mudanças, mas mudanças que podem não ser nada boas para a mineração e para o agronegócio.

Ela esbraveja no seu site que “mineração é o setor que mais mata, mutila e enlouquece os trabalhadores. Em uma das atividades mais insalubres e mal remuneradas”.

O que a mineração pode esperar de quem compartilha e propaga essas ideias?

São essas declarações radicais e pouco embasadas, aliadas ao seu histórico que leva a maioria dos empresários a acreditar que quase tudo aquilo que impacta o meio ambiente estará sendo colocado, pela Marina ou no gelo ou no sal.

Assim como no passado, quando ela foi Ministra do Meio Ambiente, projetos de mineração, agronegócio e de energia possivelmente não receberão as licenças ambientais necessárias à sua implantação caso ela seja eleita.

Quando descobrirmos que não é possível alimentar centenas de milhões de brasileiros com orgânicos e com a agricultura familiar será muito tarde.

Quem é do ramo sabe.

Os atrasos com as licenças ambientais, que penalizam todos os grandes projetos do país, quer seja um porto, uma hidroelétrica, uma grande plantação ou uma mina estão entre os maiores entraves ao desenvolvimento. Licenças ambientais que demoram a chegar custam muito à imagem do país além de tempo, dinheiro e empregos. Eles são considerados pelos investidores, como um dos pontos de menor atratividade no Brasil de hoje.

Imagine o que vai acontecer com o Brasil se isso piorar... ?

Esta é a grande dúvida que invade, hoje, o sono dos empresários brasileiros.  Será que Marina traz, consigo o dia do juízo final da mineração e do agronegócio?

Será que o verdadeiro efeito Marina é o caos e um enorme retrocesso econômico?

Você pode estar discordando totalmente deste medo demonstrado por muitos empresários da mineração e do agronegócio, afinal tudo pode não passar de um medo irracional...

A pergunta que se faz é: vale a pena pagar para ver?

Demanda por zinco aumenta: uma nova fase de pesquisa?

Demanda por zinco aumenta: uma nova fase de pesquisa?
Segundo a chinesa MMG dona da terceira maior mina de zinco do mundo o déficit de zinco global está aumentando mais rápido do que previsto. A principal causa deste déficit é a demanda chinesa alavancada pela indústria automobilística.

O maior consumo atual está no aço à prova de ferrugem, utilizado principalmente nos tetos de veículos.  Este aço é revestido por uma fina camada de zinco.

O mercado global de zinco atingiu 234.000 toneladas no primeiro semestre de 2014 e o preço já subiu, em função da demanda, 14%, atingindo US$2.352/t.

Caso esta tendência se prolongue veremos um aquecimento da prospecção e pesquisa para zinco já que a maioria das grandes minas são antigas e estão a caminho da exaustão.

Minério de ferro abaixo de US90/t, o pior preço em dois anos leva minas da China e até do Brasil a beira da falência

Minério de ferro abaixo de US90/t, o pior preço em dois anos leva minas da China e até do Brasil a beira da falência
O preço do minério de ferro 62% caiu para US$89,20 em meio a notícias de em pior desempenho da economia chinesa. A oferta está maior do que a procura e isso deprime os preços do minério de ferro.

Entenda que essa situação é artificialmente criada pelas três grandes produtoras a Vale, Rio Tinto e BHP Billiton que conseguem produzir a custos bem abaixo dos seus competidores. Para elas as quedas de lucratividade são ocasionais e um passaporte para o controle total.

É uma estratégia que visa quebrar e fechar um grande número de minas, menos competitivas, principalmente chinesas.

Com essa tática de terra arrasada estas três empresas pretendem controlar, com mão de ferro, o maior mercado da mineração mundial.

As quedas dos preços afetam as exportações de minério de ferro brasileiras, que tiveram a pior média de preços dos últimos quatro anos.

A média da tonelada brasileira exportada foi de US$66,4, neste último mês. Isto significa que nós também vendendo uma quantidade substancial de minério de ferro de baixa qualidade.

Tudo leva crer que aqui também minas serão fechadas, já que os produtores desse minério de baixo teor, eventualmente não mais conseguirão competir. 

sábado, 23 de agosto de 2014

Mistério na chapada

Mistério na chapada



Que mistérios essa paisagem pode atrair? Estaria esse paraíso sendo cobiçado por seres de outro mundo? Tem gente apostando que sim. O ufólogo Alonso Régis não tem dúvida: diz que os extraterrestres são visitantes assíduos da Chapada Diamantina. No sítio onde mora, ele construiu a réplica de um disco voador. Foi um objeto parecido que ele teria avistado aos 12 anos de idade. “No momento, senti uma emoção muito grande. Na época eu olhava para o espaço e ficava emocionado ao saber que de lá poderia vir máquinas e aparelhos com gente de outro mundo dentro", lembra Alonso.
Morro do Chapéu, norte da chapada. A pequena cidade, de 15 mil habitantes, foi testemunha de um fenômeno estranho. Em 30 de novembro de 1994, às 20h30, uma luz forte e uma onda de calor teriam surgido na escuridão. Os moradores de uma rua na periferia de Morro do Chapéu correram apavorados.
A dona-de-casa Nelsonita de Jesus diz que viu a luz se aproximando. Pensou que era um avião, mas quando chegou perto para ver...
"Era um objeto estranho. A luz era vermelha e quando foi chegando perto ela foi mudando de cor. E foi crescendo ao se aproximar. Ficou enorme", afirma a moradora.
Do outro lado da chapada, moradores da cidade de Mucugê também avistaram objetos não-identificados. A Serra do Capabode foi o local das aparições. Naquela época, o Globo Repórter registrou o que as pessoas viram: pontos luminosos no céu girando em alta velocidade. Na área não tem energia, nem estrada. Mais estranho ainda são as luzes que costumam acompanhar o caminhoneiro Antônio Carlos dos Santos.
"É um negócio que mexe na estrutura da gente. Toda vez que falo eu fico meio emocionado, porque o negócio não é brincadeira não", ele diz.
O caminhoneiro se sente perseguido. Segundo ele, há 22 anos uma bola grande, cor de fogo, que provoca um clarão na boléia, surge de repente lhe seguindo nas estradas.
"Certa vez, eu rezei, depois relaxei e comecei a conversar. Disse que não era doido e queria uma certeza: se fosse disco, que apagasse. Eu falei isso e apagou na hora. Em uma fração de segundo acendeu de novo. Aí eu tomei um choque", conta.
Antônio diz que já perdeu o medo. Não se importa mais nem com o calor quando a tal luz aparece.
"Ela vem na frente, fica do lado direito, do lado esquerdo, no fundo. Clareia a boléia toda. O vidro fica cheio de raios", afirma.

Caçadores de esmeraldas

Caçadores de esmeraldas


Montanhas de beleza rara, vales que parecem não ter fim, rios que se espremem nos corredores de pedras. O conjunto de monumentos impressionantes foi criado pela natureza há 400 milhões de anos, quando a Terra ainda era criança. No coração da Bahia, as águas do inverno saltam dos pontos mais altos do Nordeste. Um espetáculo exuberante. A Queda d'Água da Fumaça, de quase 400 metros, parece que começa nas nuvens. Na Chapada Diamantina, a trilha das águas mostra o caminho das pedras. Pedras preciosas, que contam a história de muitos aventureiros. Carnaíba, norte da chapada. O vilarejo com cara de cidade atrai milhares de garimpeiros. As serras da região concentram a maior reserva de esmeralda do Brasil.
O empresário Alcides Araújo vive perseguindo a sorte há mais de 20 anos. Ele é um dos grandes investidores na extração da valiosa pedra verde. Alcides diz que ainda não encontrou a sorte grande. Do garimpo dele só saíram pedras de segunda. Mesmo assim não dá para reclamar.
"Já ganhei um dinheiro razoável no garimpo, produzi quase quatro mil quilos. Se tivesse essas pedras hoje, valeria R$ 300, R$ 200 o grama. Já ganhei mais de R$ 3 milhões", revela o empresário.
Boa parte desse dinheiro está enterrada na jazida que Alcides explora. O Globo Repórter foi ver como os garimpeiros vão atrás da esmeralda. Uma aventura que requer, além de sorte, muita coragem.

Na maior mina da região, a equipe foi a 280 metros de profundidade. Para chegar lá embaixo, o equipamento é um cinto de borracha conhecido como cavalo. Confira esse desafio em vídeo. Os garimpeiros são mesmo corajosos. No abismo dos garimpos, a vida anda por um fio. O operador da máquina que faz descer e subir o cabo-de-aço não pode vacilar. A água que cai do teto vem do lençol freático que o túnel corta. Parece uma viagem ao centro da Terra. Mas será que vale mesmo a pena correr tanto risco?
Foram quase seis minutos só de descida. Seis minutos de arrepios. A 280 metros a equipe chegou a um corredor estreito. No rastro da esmeralda, os garimpeiros abrem quilômetros de galerias. Calor, pouco ar, oito, dez horas por dia no estranho mundo subterrâneo. Esses homens vivem como tatus-humanos.
Alegria mesmo é quando o verde começa a surgir na rocha. Sinal de que pode estar por perto o que eles tanto procuram. É preciso detonar a rocha para ver se é mesmo esmeralda. O desejo de enriquecer é mais forte que o medo do perigo. Sem nenhuma segurança, eles enchem com dinamite os buracos abertos pela perfuratriz.
“Costumamos fazer até quatro detonações por dia. A cada detonação, são disparados de dez a quinze tiros", conta o fiscal de garimpo Klebson de Araújo.
Muita pedra desceu do teto da galeria. O trabalho agora era levar tudo lá para cima e examinar direito as pedras. E o dono do garimpo? Será que ele confia nos seus garimpeiros?
"Eles encontram e a gente fiscaliza. Se facilitar uma coisinha, eles botam dentro do bolso”, diz o garimpeiro Manoel.
“Tem várias formas de levar. Uns dizem que estão com sede, pedem uma melancia para chupar. Partem um pedacinho, colocam as pedrinhas lá dentro e levam a melancia”, denuncia Alcides.
Escondida ou não, esmeralda na mão é dinheiro no bolso. Nos fins de semana, a praça principal da cidade de Campo Formoso vira um mercado movimentado de pedras preciosas. No local, o que menos importa é a procedência. A esperteza sempre prevalece. Esmeralda de qualidade nunca é vendida na praça. Negócio com pedras valiosas é fechado dentro de casa, por medo de assalto. Os minérios da Chapada Diamantina fizeram fortunas e produziram histórias. Histórias como a de Herodílio Moreira que já viveu dias de glória.
“Já ganhei muito dinheiro com esmeralda. De comprar mercadoria e ganhar cinco carros de uma vez, de lucro. Hoje esses carros acabaram. Estou querendo dinheiro para comprar uma bicicleta velha”, conta o garimpeiro.
No mundo desses aventureiros, pobreza e riqueza dividem o mesmo espaço. O garimpeiro José Gomes, de 70 anos, também já viveu as duas situações, mas nunca perdeu a esperança.
“Quando vejo na joalheria uma esmeralda em forma de jóia, analiso o que perdi. Vejo as pedras nas lojas valendo milhões de dólares e eu sem nada", diz ele.

Descoberta em Juína a maior mina de diamantes do Brasil


Descoberta em Juína a maior mina de diamantes do Brasil


O Estado de Mato Grosso deve manter o título de maior produtor de diamante do País. Isso porque foi descoberta no município de Juína, localizado a 724 quilômetros de Cuiabá, a maior mina do mineral no Brasil. A cidade mato-grossense, líder na produção do mineral, vai aumentar ainda mais sua capacidade no setor.

A reserva está avaliada em US$ 350 milhões, e concentra um total de 14 milhões de toneladas de minério de diamante industrial com teor de 0,5 quilate por tonelada, o que representa um depósito de 7 milhões de quilates. A pesquisa na região de Juína e a descoberta da jazida foram feitas pelo grupo canadense Diagem Internacional Resource Corp. Segundo informações do gerente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Amóss de Melo Oliveira, a produção de diamante em Mato Grosso foi de aproximadamente 500 mil quilates ao ano.. Em todo o País a produção chegou a 700 mil quilates.

Segundo ele, a reserva descoberta em Juína se destaca de várias outras no Estado por ter diamante encravado na rocha-mãe, o qual deve ser explorado por indústrias especializadas e com máquinas apropriadas. Apesar de ser de difícil exploração a jazida é realmente viável, prossegue ele. "Existem centenas de corpos kimberlíticos (rochas que dão origem aos diamantes) descobertos em Mato Grosso, em Minas Gerais, em Rondônia e no Maranhão, mas nenhum até agora havia apresentado viabilidade técnico-econômica", informa o especialista em diamantes do DNPM.

O especialista explica que a produção de diamante no País está em baixa devido à sua vocação original. Ou seja, o mineral é proveniente, na sua maioria, de atividade garimpeira. "Houve a diminuição com o fortalecimento das ações dos ecologistas, que impediu um pouco a forma de exploração garimpeira", complementou. Justamente por esse motivo a exploração da jazida de Juína vale a pena, pois a atividade que deve ser instalada no local é diferente da tradicional.

A reserva descoberta em Mato Grosso pode revitalizar também o valor de comercialização da pedra regional. Segundo Oliveira, apesar do Estado ser o maior produtor do mineral, o preço do diamante mato-grossense ainda é inferior ao de outros mercados, devido à qualidade do produto. Enquanto o diamante de Juína é vendido a US$ 25,00 o quilate, em outras regiões o preço pode atingir até US$ 120 o quilate. Essa realidade pode mudar.

Em entrevista concedida a um jornal de circulação nacional, o gerente-delegado da Diagem no Brasil, José Aldo Duarte Ferraz, disse que o estudo de viabilidade da jazida está pronto e o plano de aproveitamento da lavra deve ser concluído até janeiro do ano que vem. "O DMPN só poderá comentar sobre o período que a jazida vai começar a gerar lucro depois que receber o plano de aproveitamento econômico da empresa, que tem o prazo até o ano que vem para entregar o documento", finalizou Oliveira.

A Diagem anunciou que vai investir US$ 8 milhões para explorar a jazida de Juína. Inicialmente, a usina de beneficiamento vai processar 20 mil toneladas de minério de diamante por hora.

O maior diamante do universo

- O maior diamante do universo
Sobre os diamantes

ORIGEM DO NOME: Diamante, do grego 'adamas', significa invencível e 'diaphanes', que significa transparente. Durante a Idade Média, acreditava-se que um diamante podia reatar um casamento desfeito. Era usado em batalhas como símbolo de coragem.
Os antigos o chamavam de pedra do sol, devido ao seu brilho faiscante e os gregos acreditavam que o fogo de um diamante refletia a chama do amor.
Sugere, portanto, a força e a eternidade do amor.


»» SAIBA COMO NASCE UM DIAMANTE

O DIAMANTE COMO JÓIA: Só a partir do século XV, o diamante foi caracterizado como a jóia da noiva. Sendo Mary de Burgundy a primeira mulher a receber um colar de diamantes como um símbolo de noivado com o Arqueduque Maximilian da Austria em Agosto de 1477. Dos séculos XVII a XIX, usavam-se argolões como anéis de noivado. No século XX, ficou em moda o estilo "chuveiro", mais tarde o anel fieira. Depois o solitário, o estilo mais usado atualmente.

EXPLORAÇÃO: A exploração das minas de diamante começou na Índia, entre os anos 800 e 600 A.C. Durante 2.000 anos, o Oriente produziu todos os diamantes conhecidos, incluindo o "Koh-i-Noor", o russo "Orloff", o "Esperança" e outros diamantes célebres. O seu uso era reservado às cortes reais e aos dignitários da igreja. As espadas, os colares das ordens, os cetros e as coroas usadas nas cerimônias eram ornadas de diamantes.


OS MAIS FAMOSOS DIAMANTES DO MUNDO:
O CULLINAN, o maior dos diamantes já encontrados, pesava 3.106 quilates quando bruto e originalmente um pouco menos de 1 libra e meia. Ele foi cortado em 9 pedras principais e 96 pedras menores.

O Estrela da África é a maior das pedras cortadas do Cullinan. é um dos doze mais famosos diamantes do mundo e pertence à COROA INGLESA. Ele pesava 530,20 quilates, tem 74 facetas e ainda é considerado como o maior diamante lapidado do mundo.

KOH-I-NOOR ("Montanha de Luz") Foi mencionado pela primeira vez em 1304, pesando 186 quilates. Uma pedra de corte oval. Acredita-se ter estado, certa vez, engastado no famoso trono de pavão do Xá Jehan como um dos olhos do pavão. Relapidado no reinado da Rainha Vitória, encontra-se hoje em dia entre AS JÓIAS DA COROA INGLESA e pesa atualmente 108,93 quilates.


O Olho do Ídolo Uma pedra no formato de pêra achatada e do tamanho de um ovo de galinha. O seu tamanho lapidado é de 70,20 quilates. Um outro diamante famoso que uma vez foi colocado no olho de um ídolo antes de ter sido roubado. A lenda também diz que ele foi dado como resgate da Princesa Rasheetah pelo "Sheik" da Kashmir ao Sultão da Turquia qua a tinha raptado.


O Excelsior A segunda maior pedra já encontrada é o Excelsior, que era de 995,2 quilates quando bruto. Alguns dizem que o Braganza é a segunda maior pedra já encontrada, mas não há registros de sua existência e muitos acreditam ser mitológico ou nem mesmo um diamante.

O Regente Um diamante verdadeiramente histórico descoberto em 1701 por um escravo índio perto de Golconda, pesava 410 quilates quando bruto. Quando pertencente a William Pitt, primeiro-ministro inglês, foi cortado em um brilhante no formato de uma almofada de 140,5 quilates e, até ter sido vendido para o Duque de Orleans, Regente da França, quando Luís XV ainda era uma criança em 1717, era chamado de "O Pitt". Foi então rebatizado como "O Regente" e colocado na coroa de Luís XV para a sua coroação. Após a Revolução Francesa, foi possuído por Napoleão Bonaparte que o colocou no cabo de sua espada. Atualmente está exposto no Louvre.

O Blue Hope (Esperança Azul) Mais famoso do que qualquer outro diamante, o Hope foi uma vez possuído por Luís XV, sendo oficialmente designado de "o diamante azul da coroa". Roubado durante a Revolução Francesa, tornou a aparecer em Londres, em 1830 e foi comprado por Henry Philip Hope, razão pela qual atualmente tem esse nome. Foi em poder da família Hope que este diamante adquiriu a reputação horrível de trazer azar. Toda a família morreu na pobreza. Uma infelicidade similar ocorreu com um proprietário posterior, Sr. Edward McLean. Atualmente, encontra-se na Instituição Smithsonian em Washington.


O Grande Mogul foi descoberto no século XVII. A pedra tem esse nome em homenagem ao Xá Jehan, que construiu o Taj Mahal. Quando bruto, diz-se ter pesado 793 quilates. Atualmente encontra-se desaparecido.

O "Sancy" pesava 55 quilates e foi cortado no formato de uma pêra. Primeiramente pertenceu a Charles, o Corajoso, Duque de Burgundy, que o perdeu na batalha em 1477. A pedra de fato tem esse nome devido a um dono posterior, Senhor de Sancy, um embaixador francês na Turquia no final do século XVI. Ele o emprestou ao rei francês Henry III que o usou no gorro com o qual escondia sua calvície. Henrique VI da França, também pegou emprestado a pedra de Sancy, mas ela foi vendida em 1664 a James I da Inglaterra. Em 1688, James II, último dos reis Stuart da Inglaterra, fugiu com ele para Paris. O "Sancy" desapareceu durante a Revolução Francesa.

Taylor - Burton Com 69,42 quilates, este diamante no formato de uma pêra foi vendido em leilão em 1969 com a pressuposição de que ele poderia ser nomeado pelo comprador. Cartier, de Nova York, com sucesso, fez um lance para ele e imediatamente o batizou de "Cartier". Entretanto, no dia seguinte, Richard Burton comprou a pedra para Elizabeth Taylor por uma soma não revelada, rebatizando-o de "Taylor-Burton". Ele fez seu debut em um baile de caridade em Mônaco, em meados de novembro, onde Miss Taylor o usou como um pendente. Em 1978, Elizabeth Taylor anunciou que o estava colocando à venda e que planejava usar parte da renda para construir um hospital em Botswana. Somente para inspecionar, os possíveis compradores tiveram que pagar $ 2.500 para cobrir os custos de mostrá-lo. Em junho de 1979, ele foi vendido por quase $ 3 milhões e a última notícia que temos dele é que se encontra na Arábia Saudita.

O Orloff Acredita-se que tenha pesado cerca de 300 quilates quando foi encontrado. Uma vez foi confundido com o Grande Mogul, e atualmente faz parte do Tesouro Público de Diamantes da União Soviética em Moscou. Uma das lendas diz que "O Orloff" foi colocado como olho de Deus no templo de Sri Rangen e foi roubado por um soldado francês disfarçado de hindu.

Hortensia Esta pedra cor de pêssego, de 20 quilates, tem esse nome em honra de Hortense de Beauharnais, Rainha da Holanda, que era filha de Josephine e a enteada de Napoleão Bonaparte. O Hortensia fez parte das Jóias da Coroa Francesa desde que Luís XIV o comprou. Junto com o Regente, atualmente está em exposição no Louvre, em Paris.

Entre os mais novos diamantes famosos está o "Amsterdã", uma das pedras preciosas mais raras do mundo, um diamante totalmente negro. Proveniente de uma parte do Sul da África, cujo local se mantém em segredo, tem peso bruto de 55.58 quilates. A belíssima pedra negra tem um formato de uma pêra e possui 145 faces e pesa 33.74 quilates.