A grande maioria das minas de minério de ferro chinesas estão, rapidamente, se tornando obsoletas e antieconômicas. Segundo analistas locais, como Komesaroff, os custos médios estão acima de US$105/t, atingindo US$125/t (veja o gráfico.
Como competir com gigantes como a Vale e a Rio Tinto que colocam seus produtos em portos chineses com custos abaixo de US$40/t?
É óbvio que essas minas, todas, estão fadadas ao insucesso. Não é o desaquecimento chinês que está causando esse desequilíbrio. Os chineses continuam produzindo mais aço em 2014 do que em 2013, um crescimento acima de 5% e a demanda para minério importado cresceu 15% em 2014.
O que mata essas minas é o excesso de oferta, artificialmente criado pela trinca das gigamineradoras, a Vale, a Rio e a BHP. É essa oferta que está derrubando os preços, que já estão cotados abaixo de US$90/t.
Esta estratégia, como já discutida amplamente pelo Portal do Geólogo visa, exclusivamente, acabar com as minas dos concorrentes. É a guerra do minério de ferro em ação.
Ironicamente as expectativas do mercado é que os preços deverão voltar a subir aos patamares de US$120/t assim que as minas chinesas e outras de alto custo, deixarem de existir.
É isso que o governo chinês quer evitar quando idealizou o megaconglomerado liderado pela Ansteel, que objetiva comprar minas competitivas em qualquer lugar do mundo para suprir, no mínimo, 50% do minério de ferro que é produzido hoje na China.
A Ansteel vai produzir, no mínimo, 440 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Esta será a resposta chinesa às investidas da trinca.
Conseguirão os chineses alcançar as suas metas?
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