terça-feira, 31 de julho de 2018

Berilo vermelho

Berilo vermelho

Berilo vermelho
O berilo é um mineral de cor esverdeada encontrado nas regiões dos Monte Urais. Os cristais dessa pedra são realmente raros, o que aumenta consideravelmente seu valor para o mercado. Porém, a sua variação vermelha é a ainda mais difícil de encontrar, elevando ainda mais sua procura e, consequentemente, o preço. O quilate do berilo vermelho pode facilmente chegar a custar R$ 31.000,00
Fonte: DNPM

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CPRM estuda leiloar seis áreas para exploração minerária em 2019


CPRM estuda leiloar seis áreas para exploração minerária em 2019

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) está estudando realizar um leilão de direitos minerários de seis áreas em 2019, incluindo regiões com cobre, ouro e fosfato, disse o presidente do serviço, Esteves Pedro Colnago, à Reuters nesta segunda-feira.
A CPRM, também conhecida como Serviço Geológico do Brasil, acumulou os direitos de mineração para mais de 300 áreas no Brasil desde sua fundação em 1969. Está apenas começando a leiloá-las, a partir de uma iniciativa para encorajar o investimento privado, lançada depois que o presidente Michel Temer assumiu o cargo em 2016.
A CPRM anunciou na semana passada que o governo planeja licitar cinco lotes de direitos minerários entre 13 e 17 de dezembro, localizados no Rio Grande do Sul e em Tocantins.
A previsão é que sejam oferecidos neste ano aos investidores títulos minerários de carvão em Candiota, região próxima à fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, divididos em quatro lotes, e os direitos sobre jazidas de metais como cobre, chumbo e zinco em Palmeirópolis, sul de Tocantins, informou.
A CPRM estuda em seguida um leilão no segundo semestre de 2019, com seis áreas, disse Colnago.
O serviço já encomendou estudos que estão em andamento para colocar um valor em áreas de cobre em Goiás, e fosfato ao longo da fronteira dos Estados da Paraíba e Pernambuco, disse ele. Também planeja encomendar mais quatro estudos ainda neste ano sobre áreas potenciais de diamantes na Bahia, ouro no Tocantins, caulim no Pará e carvão no Rio Grande do Sul.
Com um novo presidente brasileiro pronto para assumir o cargo no próximo ano, um novo chefe da CPRM poderia assumir “outras considerações”, disse Colnago. Mas todas as informações para o leilão em potencial estarão disponíveis para eles, e já existe uma indicação preliminar de que elas têm potencial econômico, disse ele.
“O mercado está demandando a licitação dessas áreas”, disse Colnago.
Fonte: Exame

Cientistas encontram novo mineral no meteorito que caiu na Sibéria

Cientistas encontram novo mineral no meteorito que caiu na Sibéria

Os cientistas russos estudaram o meteorito encontrado na Sibéria e concluíram que há um novo mineral em seu interior.
O grupo de cientistas das cidades russas de Ekaterinburgo, Novossibirsk e Ulan-Ude batizou o novo mineral de “uakitit”, segundo o relatório apresentado durante a reunião da Sociedade Meteórica.
Meteorito no céu noturno (imagem ilustrativa)
CC0 / PIXABAY
Imagens inéditas: chineses capturam em VÍDEO queda de suposto meteorito em chamas
Uakitit foi descoberto no meteorito de ferro Uakit, encontrado na república russa de Buriátia em 2016. 
Segundo o professor Viktor Grokhovsky da Universidade Federal dos Urais, para testar a descoberta de um novo mineral é necessário obter dados sobre sua estrutura cristalina, no entanto, considerando o tamanho diminuto do mineral, isso não pode ser realizado por meio do método habitual de análise com raios-X.
Sabe-se que o mineral é composto de nitreto de vanádio e já foi registrado.
Fonte: Sputniknews

Autoridades moçambicanas apreendem tantalite ilegalmente extraída por empresa chinesa


Autoridades moçambicanas apreendem tantalite ilegalmente extraída por empresa chinesa

A operação foi desencadeada no dia 12 deste mês por uma equipa conjunta dos Recursos Minerais e Energia da província da Zambézia e do distrito do Gilé e da Força de Proteção dos Recursos Naturais e Meio Ambiente. A tantalite apreendida encontrava-se em 16 sacos selados de 30 quilos cada e a operação resultou igualmente na apreensão de cinco sacos não selados de quantidade diversa daquele minério.
No local, foram igualmente apreendidas várias quantidades de berilo industrial, equipamento de extração mineral, computadores e viaturas. A operação resultou igualmente na confiscação de dinheiro no valor de 125 mil meticais (1.832 euros). Um cidadão chinês foi detido no local, sendo libertado sob pagamento de 120 mil meticais de caução (1.759 euros).
A empresa em causa recebeu uma licença de prospeção e pesquisa em 10 de fevereiro de 2005, que expirou em 10 de fevereiro de 2010. O caso foi remetido ao Ministério Público, para a competente responsabilização penal, uma vez que configura pesquisa e extração ilícita de minerais, ao abrigo da legislação moçambicana.
Fonte: DN

domingo, 29 de julho de 2018

OPALA NOBRE

Opala Nobre





A Opala é sílica amorfa hidratada, o percentual de água pode chegar a 20%. Por ser amorfo, ele não tem formato de cristal, ocorrendo em veios irregulares, massas, e nódulos.




A opala pode ser branca, incolor, azul-leitosa, cinza, vermelha, amarela, verde, marrom e preta. Frequentemente muitas dessas cores podem ser vistas simultaneamente, em decorrência de interferência e difração da luz que passa por aberturas regularmente arranjadas dentro do microestructura do opala, fenômeno conhecido como jogo de cores ou difração de Bragg. A estrutura da opala é formada por esferas de cristobalita ou de sílica amorfa, regularmente dispostas, entre as quais há água, ar ou geis de sílica. Quando as esferas têm o mesmo tamanho e um diâmetro semelhante ao comprimento de onda das radiações da luz visível, ocorre difração da luz e surge o jogo de cores da opala nobre. Se as esferas variam de tamanho, não há difração e tem-se a opala comum.
O termo opalescência é usado geral e erroneamente para descrever este fenômeno original e bonito, que é o jogo da cores. Na verdade, opalescência é o que mostra opala leitosa, de aparência turva ou opala do potch, sem jogo de cores.

As veias de opala que mostram jogo de cores são freqüentemente muito finas, e isso leva à necessidade de lapidar a pedra de modos incomuns. Um doublet de opala é uma camada fina de opala colorida sobre um material escuro como basalto ou obsidiana. A base mais escura ressalta o jogo de cores, resultando numa aparência mais atraente do que um potch mais claro. O triplet de opala é obtido com uma base escura e com um revestimento protetor de quartzo incolor (cristal de rocha), útil por ser a opala relativamente delicada. Dada a textura das opalas, pode ser difícil obter um brilho razoável.
A opala é um gel que é depositado em temperatura relativamente baixa em fissuras de quase todo tipo de rocha, geralmente sendo encontrado nas formações ferro-manganesíferas, arenito, e basalto. Pode se formar também em outros tipos de materiais, como nós de bambus.
Existem opalas sintéticas, que estão disponíveis experimental e comercialmente. O material resultante é distinguível da opala natural por sua regularidade.

As variedades de opala que mostram jogo de cores, as opalas preciosas, recebem diverso nome; do mesmo modo, há vários tipos de opala comum, tais como: opala leitosa (um azulado leitoso a esverdeado); opala resina (amarelo-mel com um brilho resinoso); opala madeira (formada pela substituição da madeira com opala); Mielite (marrom ou cinza) e hialita, uma rara opala incolor chamada às vezes Vidro de Müller.
Jazidas
A opala, pedra preciosa conhecida por produzir lampejos das sete cores do arco-íris, tem sua maior jazida brasileira na cidade piauiense de Pedro 2º.

Encontrada também em países como Austrália, México, Honduras, Estados Unidos, Eslováquia, Polônia e Hungria. 




Dureza  de 5,5-6,6. escala de Mohs

Preferida por muitos por desenvolver os poderes extrasensoriais, a Opala é excelente para despertar a intuição e a criatividade.

Fonte: CPRM

CRISTAL RUTILADO BARATO= 7 MIL QUILATES A UM REAL O QUILATE.

CRISTAL RUTILADO BARATO

CRISTAL FUMÊ LAPIDADO BARATO

CRISTAL FUMÊ LAPIDADO BARATO





'Nunca vi o dinheiro', diz garimpeiro que achou opala de R$30 milhões no PI

'Nunca vi o dinheiro', diz garimpeiro que achou opala de R$30 milhões no PI

Segundo ele, pedra hoje está em museu na Grã-Bretanha.
Opalas extra são encontradas apenas no interior do Piauí e na Austrália.



 G1, em Pedro II (PI) -


Raimundo Daltro Galvão, de 85 anos, um dos garimpeiros mais antigos de Pedro II. (Foto: Anay Cury/G1)Raimundo Daltro Galvão, de 85 anos, um dos
garimpeiros mais antigos de Pedro II.
(Foto: Anay Cury/G1)
No interior do Piauí, há cerca de 40 anos, comprar fiado era comum e nenhum negócio fechado ia além de uma anotação em uma caderneta. Foi dessa forma que Raimundo Daltro Galvão, 85 anos, conhecido como Mundote, um dos garimpeiros mais antigos da cidade de Pedro II, viu seu grande achado, uma opala extra de quase cinco quilos avaliada hoje em mais de R$ 30 milhões, ir embora para o Rio de Janeiro, sem nunca ter lhe rendido um tostão.
“Isso era comum. Ainda tenho guardado no meu cofre cheques de pessoas que compraram pedras de mim há mais de 20 anos e que nunca vi o dinheiro. Mas ainda guardo, tá lá.”
A última notícia que teve de sua pedra preciosa dava conta de que um museu britânico a expunha como parte de sua coleção. “Não quero nem mais saber daquilo também. Já passou e não interessa mais”, disse, com ares de quem pouco se importa em ter perdido tanto dinheiro. “Garimpeiro é assim. O dinheiro vem e vai. Eu tenho é fé no hoje”, ri.
O interior do Piauí, onde vive Mundote, é um dos dois únicos lugares do mundo onde se encontra a opala extra - o outro é o interior da Austrália. Isso faz com que o mineral seja considerado precioso e chegue a custar três vezes mais do que o ouro. Por ano, a cidade de Pedro II vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Sorte no garimpo
Ao longo dos anos de exploração, Mundote chegou a encontrar mais duas pedras de opala negra, o tipo mais raro desse mineral - e mais valioso -, que, juntas, chegavam a pesar quase um quilo. Essa sorte para o garimpo, ainda que o destino desses maiores achados tenha sido longe de Pedro II, faz o garimpeiro sonhar em viver até os 120 anos e continuar cavando buracos em busca de mais pedras preciosas. “Só gosto disso, é isso que dá dinheiro. Aqui, tudo é opala. Se não fosse meu filho encrencar e o tempo estar assim, chovendo muito, eu já tava é lá [na mina]”, contou Mundote, que após ter sido dono da concessão de uso de quatro minas, hoje só cuida de uma.
Minha Boi Morto, antiga propriedade de Mundote. (Foto: Anay Cury/G1)Mina Boi Morto, antiga propriedade de Mundote. (Foto: Anay Cury/G1)
O início dessa vida em busca das opalas, em 1958, que garantiu a Mundote o sustento da família e permitiu que comprasse terras em Pedro II, ganhou um empurrão após uma despretensiosa leitura de cartas. Morador de uma região tomada por lendas de assombrações e extraterrestres, Mundote, que diz ser “crente do destino” acreditou no que lhe foi dito. Apesar de, na época, nunca ter ouvido falar da opala, o garimpeiro soube, através da vidente, que sua vida estava, de alguma forma, ligada a essa pedra.
Pedras de opala em sua forma bruta (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Pedras de opala em sua forma bruta (Foto: Carlos
Augusto Ferreira Lima/Sebrae)
“Uns anos se passaram, mas eu nunca esqueci isso. Foi um doido me avisar que tinha pedra sendo tirada da terra que fui querer saber o que era. E agradeço até hoje por esse doido ter aparecido... Se explodisse um vulcão nessa terra, ia sair opala em vez de lava por tudo quanto é canto. Eu sei do que tô falando.”
Confiante de que os caminhos da sua vida estão determinados pela opala e certo de que embaixo de toda a cidade de Pedro II se encontra mais pedra do que qualquer um possa imaginar, o garimpeiro divide seus dias entre a mina da qual tem licença para explorar, o cartório de registro de uma de suas filhas – para quem dá “uma força” -  e o seu Landau, um antigo carro da década de 1970, do qual não se desfaz. Fosse mais uma obra do destino, Mundote andaria em outro modelo de veículo que divide o mesmo nome com a pedra, ainda mais preciosa para o velho garimpeiro.

Fonte: G1

Opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.

Opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.

Descubra onde você pode encontrar as brilhantes opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.


Descubra onde você pode encontrar as brilhantes opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.

Todas as cores do arco-íris aparecem nas opalas, a pedra preciosa nacional da Austrália.   Na verdade, de acordo com a lenda aborígine, o redemoinho de cores foi criado quando um arco-íris caiu na terra.  A Austrália produz 95% das opalas do mundo, o que faz dessas hipnóticas pedras um souvenir tipicamente australiano.  Elas variam desde as opalas brancas ou 'leitosas' mais comuns, encontradas em Coober Pedy, até as raras opalas negras de Lightning Ridge.  Faça um passeio pelos famosos campos de opalas ou compre opalas em lojas especializadas em todo o país.
Todas as principais cidades e centros turísticos australianos têm lojas especializadas, onde você pode comprar opalas incrustadas em joias ou como pedras soltas e não lapidadas.  As opalas negras são as mais valiosas, seguidas das opalas boulder, cristais de opalas e opalas brancas.  Esse sistema de valor se baseia na ideia de que as pedras mais escuras têm cores mais vibrantes, embora exista variações de pedra para pedra.
Para viver uma aventura repleta de opalas, visite os campos de opala pelo outback daAustrália do Sul, Nova Gales do Sul e Queensland.  Eles ficam no local da Grande Bacia Artesiana, que no passado foi um vasto mar interno.  As opalas evocam esse antigo mundo submarino, com listras fluorescentes verde-azuladas e semelhantes ao coral.  Também são conhecidas como o ‘fogo do deserto', sendo garimpadas em algumas das partes mais quentes e inóspitas da Austrália. Você deve visitar os campos de opalas entre abril e setembro, quando as temperaturas são menos intensas.
Na pitoresca cidade mineradora de Coober Pedy, na Austrália do Sul, a maioria dos habitantes locais vivem em moradas subterrâneas, para evitar o calor abrasador do verão.  Hospede-se em um hotel subterrâneo e visite as residências, igrejas e lojas subterrâneas.   Acima do solo, faça um passeio pelas minas e campos de opalas e veja uma demonstração das técnicas de lapidação de opalas.  Alugue um veículo com tração nas quatro rodas para visitar as outras cidades produtoras de opalas: Andamooka, Mintabie e Roxby Downs.  Juntos, esses campos da Austrália do Sul produzem a maior parte das opalas brancas ou leitosas do mundo.
As opalas negras são as mais cobiçadas do mundo, sendo encontradas em Lightning Ridge, a quase 800 km a noroeste de Sydney.   Os caçadores de fortunas têm vindo para cá desde 1800 e hoje são acompanhados pelos turistas, que também querem vivenciar a experiência do outback. Conheça a mina em Bald Hill, compre souvenires ou jogue golfe no antigo campo de opalas.   Relaxe nos spas artesianos minerais, caminhe pela paisagem esburacada e observe os pássaros nativos.   Na cidade são realizados o Black Opal Rodeo e peculiares corridas de bode durante a Páscoa e o Lightning Ridge Opal Festival, em julho.
A trilha das opalas serpenteia mais além pelo interior até White Cliffs, que já foi uma agitada cidade centrada nas opalas, mas que hoje tem apenas algumas centenas de habitantes.  Explore as colunas de mineração abandonadas, onde os habitantes locais vivem durante o verão e veja claros cristais de opala, valorizados por sua translucidez e a claridade de suas cores.
Opalas boulder são exclusivas de Queensland, e você pode procurá-las em remotas cidades do outback, como Quilpie, Yowah e Opalton. Compre opalas rústicas e polidas no animado Yowah Opal Festival, realizado em julho, ou visite Opalton, onde a maior opala do mundo foi encontrada em 1899.
Saia à caça das opalas no outback ou capture sua opala em uma loja da cidade.  De qualquer forma, esta exclusiva pedra preciosa australiana é uma vibrante lembrança de sua aventura australiana.

Fonte: CPRM

Bolsa de Valores, Evolução Histórica das Bolsas de Valores

Bolsa de Valores, Evolução Histórica das Bolsas de Valores

#BOLSA DE VALORES, EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS BOLSAS DE VALORESBolsa é uma organização centralizadora, pública ou privada, estabelecida de acordo com requisitos legais, na qual se realizam operações de compra e venda de mercadorias ou de valores mobiliários, como ações e títulos, com intervenção de corretores que percebem uma comissão por seu trabalho e sem a presença física daquilo que se negocia. Existem dois tipos de bolsas: as de mercadorias e as de valores.

A sensibilidade da bolsa aos acontecimentos é tão grande que frequentemente ela é considerada o termômetro da situação política, social e econômica de uma nação.


Bolsas de Valores, Conceitos e evolução Histórica - As bolsas de valores são locais onde são negociados títulos emitidos por empresas de capital aberto. Desde o século XV, em plena Idade Média, cotas de participações em companhias eram comercializadas no meio das ruas, nas calçadas, semelhantemente a qualquer outro produto vendido na época.

#Bolsas de Valores, Conceitos e evolução HistóricaA primeira bolsa de valores da história, isto é, um local onde se reunia diversos comerciantes para a realização de negócios relacionados a participações e cotas em empresas surgiu em 1487, na cidade de Bugres, Bélgica. Entretanto, a primeira ação comercializada em uma bolsa de valores que se tem registro pertencia à Companhia Holandesa das Índias Orientais e foi negociada em 1602, na bolsa de Amsterdã.

A partir de 1964, com as leis de reforma bancária e do mercado de capitais, as bolsas de valores começaram a assumir as funções que possuem atualmente. Hoje em dia, as mesmas se transformaram em um símbolo marcante do capitalismo e da globalização. A tecnologia da informação permitiu a existência de bolsas de valores totalmente eletrônicas, como a americana Nasdaq, por exemplo.

Fundada em 23 de agosto de 1890, por Emilio Rangel Pestana, a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) possui uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e à economia brasileira, tendo se transformando na principal bolsa de valores do Brasil.
As transações comerciais de vulto demandam, para sua efetivação, a existência de um lugar físico seguro e de um poder constituído que garanta o cumprimento de leis, normas e contratos. Foi por isso que nas antigas cidades localizadas nas rotas comerciais surgiram as entidades precursoras das bolsas, entre as quais se devem citar, pela fama que conquistaram, a praça de Corinto, em Atenas, e o Collegium Mercatorum, em Roma. O desenvolvimento do comércio marítimo na Idade Média favoreceu a criação de centros de contratação nos portos de maior atividade, primeiro no Mediterrâneo - cujos entrepostos eram, na prática, bolsas de mercadorias  - e posteriormente no norte da Europa.

Em Bruges, importante praça comercial de Flandres no final da baixa Idade Média, os comerciantes costumavam reunir-se em frente à casa da família Van der Buerse. Provavelmente por corruptela fonética do sobrenome surgiu a palavra bourse, que em português se transformou em "bolsa". O precursor do atual corretor da bolsa, técnico cuja ação é imprescindível para a consecução das operações bursáteis, foi provavelmente o courratier de change, criado por Filipe V o Formoso, rei da França, no final do século XIII.

À medida que aumentava a necessidade de crédito no comércio, resolvida por meio da letra de câmbio, e que as operações financeiras se tornavam mais complexas, apareceram as bolsas de valores, dedicadas ao comércio de valores mobiliários, que passaram a coexistir com as de mercadorias. Assim, as bolsas se multiplicaram: em 1460 surgiu em Antuérpia a primeira bolsa internacional e em 1570 fundou-se a bolsa de Londres. Por volta dos primeiros anos do século XVII negociavam-se em Amsterdam as ações da Companhia Holandesa das Índias Orientais. Os negociantes londrinos de valores mobiliários instalaram-se em 1773 em edifício próprio.

No século XIX todas as nações industrializadas dispunham de bolsas de valores nas cidades mais importantes. A bolsa de Nova York, conhecida como Wall Street, foi inaugurada em 1792, quando vinte e quatro comerciantes e intermediários decidiram pagar comissão a terceiros para que concretizassem suas operações comerciais, além de dar preferência aos negócios realizados entre integrantes do grupo.
Bolsa de mercadoriasNas bolsas de mercadorias da atualidade, fixa-se o preço no atacado de alguns produtos, especialmente minerais e matérias-primas de grande consumo. Estanho, trigo, lã, algodão e café são exemplos de produtos negociados em bolsa. A concentração das transações nas bolsas, cada uma delas dedicada a um só produto, permite a fixação de um preço básico único e sua estabilidade temporária.

Nessas bolsas efetuam-se dois tipos de operações, definidos quanto ao prazo de pagamento e entrega: operações à vista, que supõem pagamento no ato e disponibilidade imediata da mercadoria, e operações a futuro, em que se calcula por projeção o preço de uma mercadoria, que deve atender a certo padrão e ser entregue dentro de um prazo determinado. As diferenças que porventura se verifiquem entre a mercadoria-tipo e a realmente fornecida -- por exemplo, as diferentes percentagens de acidez no azeite de oliva -- dão lugar a ajuste no preço e, eventualmente, a arbitragem em caso de discrepância.

Nas operações a futuro interpõe-se entre os fornecedores e os destinatários finais a ação do intermediário ou atravessador, que adquire a mercadoria na expectativa de obter lucro no momento da venda. A atividade de risco do atravessador se realiza com base no profundo conhecimento do mercado e na disponibilidade de capitais.

No plano internacional, a atividade das bolsas no passado facilitou e democratizou a comercialização dos produtos. Na atualidade, no entanto, acentuou-se seu papel controlador das atividades produtivas e manipulador dos preços das matérias-primas e dos produtos agropecuários, predominantes nos países não-industrializados. Essa manipulação se faz freqüentemente por motivos políticos. Nesse sentido, uma baixa provocada no preço de determinado produto pode trazer conseqüências desastrosas para a economia de um país que dependa fundamentalmente da exportação daquele produto. A manutenção dos preços internacionais dos produtos dos países do Terceiro Mundo em patamares baixos perpetua o desequilíbrio econômico e as relações de dominação entre países industrializados e subdesenvolvidos.


Bolsa de valoresAs bolsas de valores atuam no mercado financeiro e fazem parte do sistema de captação e concentração dos recursos dispersos em diferentes setores econômicos. O mercado de ações, principal tipo de papel negociado em bolsa, divide-se em primário, no qual são lançados os papéis de novas empresas ou as ações correspondentes a aumento de capital de empresas já existentes, e secundário, no qual são revendidos os títulos anteriormente subscritos. O mercado primário é área de atuação de bancos de investimento e distribuidoras, enquanto que o secundário é de competência exclusiva das bolsas de valores. Estas, portanto, não contribuem com novos recursos às atividades produtivas; sua função é basicamente a de assegurar a liquidez dos títulos. A ela recorrem os donos de ações que desejam converter em dinheiro os papéis anteriormente adquiridos.


Organização jurídicaOs sistemas de organização jurídica das bolsas de valores são dois: no primeiro, como ocorre na maioria dos países da Europa continental, o governo se reserva o direito de instituir e regular a atividade das bolsas. Os agentes de câmbio e os corretores são feudatários do estado; seu número é fixo e sua seleção se faz pela administração pública. Na Bélgica e na Espanha, por exemplo, os candidatos devem ser formados em ciências econômicas ou em administração e se submetem a concurso público. O Reino Unido adota o sistema privado, no qual as bolsas se regulam por meio de acordos firmados pelas corporações que as constituem. O governo se faz presente por meio de um agente oficial. Nos Estados Unidos, o caráter privado das bolsas foi limitado por disposição do Congresso em 1933.


Operações e ordensDe modo análogo ao que ocorre nas bolsas de mercadorias, o mercado de papéis admite dois tipos de negociações: à vista e a termo. Uma operação se diz à vista quando sua liquidação se dá até cinco dias após a negociação em pregão (lugar onde se realizam as transações). Nas operações a termo, as duas corretoras envolvidas combinam liquidar a operação em um prazo maior, a preço antecipadamente estabelecido.  

Conforme o modo de recepção, as ordens -- que são dadas ao agente pela pessoa que deseja realizar uma operação -- podem ser verbais, por telex, por telegrama ou por carta registrada. Quanto a sua execução, as ordens admitem os seguintes tipos: (1) pela melhor ou pela segunda cotação, ficando a cargo do operador a decisão de vender ou comprar; (2) com limite, que será máximo para a compra e mínimo para venda; (3) a cotação aproximada, intermediário entre o primeiro e o segundo tipo, em que se admitem pequenas variações em torno de valores estipulados; (4) a cotação conveniente, como ocorre na absorção de uma sociedade por outra, ou na colocação de um forte pacote de obrigações ou de fundos públicos; (5) ordens ligadas, pelas quais se subordina uma ordem de compra a uma ordem de venda prévia, ou vice-versa; e (6) ordem stop, ou de suspensão, utilizada para induzir a baixa ou a alta das cotações com fins especulativos, pela qual se manda vender a preço inferior e comprar a preço superior ao da cotação.


Tipos de operaçõesAs operações da bolsa realizadas a termo podem ser firmes, com opção, a prêmio ou livres, de reporte e de deporte. Nas operações firmes, não se permite às partes rescindirem o negócio, qualquer que seja a alta ou a baixa do mercado, e o comprador pode exigir, mediante antecipação do pagamento, a entrega das ações antes do prazo contratado. Nas operações com opção, reserva-se a um dos contratantes o direito de cancelar o contrato ou desistir do mesmo, mediante o pagamento de um prêmio previamente estipulado, que constitui uma cláusula penal compensatória, ou seja, uma indenização pelo descumprimento das obrigações contratadas. Reporte é a operação entre duas partes na qual, simultaneamente, a primeira compra títulos à vista e os revende a prazo. O preço do papel a termo é evidentemente superior ao preço à vista. Deporte é a operação inversa: vendem-se à vista e se recompram a prazo, a preço superior e num mesmo ato, os mesmos títulos.

Finalmente, conforme o tempo de vigência da ordem, esta pode ser válida para uma sessão determinada, para várias ou até o fim do mês.
Cotação bursátil Entende-se por cotação o preço que se forma no pregão para os diferentes papéis que são objeto de compra ou venda. O procedimento usual é o leilão, que capta as oscilações da oferta e da procura. Vende-se ao agente que oferece o maior preço e compra-se do que pede o menor. Outro método consiste em cruzar as ordens de compra e venda previamente recebidas, fixando-se os preços de acordo com normas preestabelecidas.

Entre os fatores que influem na cotação, além das atividades especulativas já mencionadas, qualquer que tenha sido a forma de sua fixação, citam-se: a política de ampliação de capital da empresa; o patrimônio da empresa e sua liquidez financeira; a conjuntura econômica geral, já que em períodos de crise a diminuição da atividade econômica faz com que as cotações tendam à baixa; a política tributária, que pode reduzir ou aumentar a taxação de títulos; e as circunstâncias políticas, que são positivas quando existe um governo estável e negativas em caso contrário.


Corretores e operadores Os corretores são elementos intermediários entre compradores e vendedores nas bolsas de valores. Compram e vendem títulos em nome de terceiros, mediante o pagamento de uma taxa de serviço. Atuando em nome de seus clientes, e legalmente responsáveis perante eles, obrigam-se a respeitar as quantidades e condições que lhes forem indicadas quanto a tipo de valores, preços e prazos. Pelo papel que desempenham no mercado secundário de ações, os corretores se tornaram elementos fundamentais do sistema financeiro. Os antigos corretores de fundos públicos organizam-se  atualmente em firmas ou sociedades corretoras de ações.

Os operadores são profissionais que, em nome das corretoras, atuam diretamente nos pregões e realizam de fato as operações de compra e venda.


Especulação em bolsaEspecular na bolsa de valores significa aproveitar as altas e baixas das cotações dos títulos a fim de obter lucros extraordinários ou conseguir o controle acionário de uma empresa. Esse é o domínio dos grandes investidores, que são capazes, mediante sua intervenção, de influir no comportamento das cotações. Para especular é necessário prever o curso que tomarão as ações e para isso se desenvolveram técnicas destinadas a avaliar as oscilações e as margens de variação dos preços das ações num período determinado.


Bolsa no BrasilA atividade dos corretores brasileiros foi regulamentada em meados do século XIX, pelo governo imperial (1849), quando se reconheceram três categorias de corretores: os de fundos públicos, os de navios e os de mercadorias. O número dos primeiros foi fixado em dez, recebendo cada um deles uma patente concedida pelo ministro da Fazenda. Em caso de deixar o ofício podiam indicar sucessor, mas a nomeação deste dependia de uma ratificação pelo ministro.

A cotação dos títulos, porém, só se viu regulamentada em 1876, quando se criou, no Rio de Janeiro, o primeiro pregão, com horário estipulado e normas de funcionamento. Um ano depois foi instituído o regimento interno da Junta de Corretores, pelo qual se definiu a bolsa, pela primeira vez, como "o lugar no salão da praça do comércio ou na associação comercial destinado às operações de compra e venda de títulos públicos, de ações de bancos de companhias de valores comerciais e de metais preciosos". Tanto a organização como os sistemas operacionais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foram modificados em 1895, adaptando-se o mercado às perspectivas da república. O próprio número de corretores de fundos públicos, que já sofrera alterações, fixou-se então em quarenta, nomeados mediante portaria do Ministério da Fazenda, submetida à autorização do presidente da república.

Em 1897 fora fundada a Bolsa de Valores de São Paulo e com o tempo, surgiram outras, a do Extremo Sul e de Minas-Espírito Santo-Brasília. Entretanto, até meados da década de 1980 as de São Paulo e Rio de Janeiro concentravam cerca de 97% do volume de negócios do mercado à vista e percentagem ainda mais alta de operações nos demais mercados.

A partir de 1964 houve diversas reformulações decisivas que contribuíram substancialmente para atualizar e dinamizar a atividade das bolsas. Pela lei de mercado de capitais, de 1965, este passou a ser submetido à disciplina do Conselho Monetário Nacional e à fiscalização do Banco Central. Regulamentou-se o serviço de informação ao público sobre as emissões e as empresas e adotaram-se mecanismos para proteger os investimentos contra fraudes e manipulações.

A criação dos fundos fiscais, em 1967, trouxe novo alento à atuação dos investidores institucionais, ao mesmo tempo que, também como instrumento tributário, foi estimulada a capitalização das empresas e, consequentemente, a demanda de ações. Um intenso processo de alta das cotações, que atingiu seu clímax em julho de 1971, trouxe importantes ensinamentos que se fizeram sentir nas alterações adotadas em 1976. Integradas em um projeto conjunto, foram promulgadas novas leis do mercado de capitais e de sociedades por ações. No interesse do acionista e do investidor, definiram-se com precisão as práticas prejudiciais as suas expectativas. As novas normas passaram a ser garantidas pela Comissão de Valores Mobiliários, entidade especializada e com poderes ainda mais amplos que os anteriormente concedidos ao Banco Central.

Fonte: Galileu