terça-feira, 30 de junho de 2015

Peru e Brasil deverão suprir boa parte da demanda chinesa

Peru e Brasil deverão suprir boa parte da demanda chinesa de minerais



Depois de passar no Brasil e assinar acordos bilionários nas áreas da mineração, energia, alimentação e infraestrutura os chineses rumaram para o Peru.

O Peru é um dos maiores produtores minerais da América Latina. O país produz cobre, chumbo, zinco, prata e ouro compatíveis com os maiores produtores do mundo. Em breve o Peru estará produzindo mais de 1,2 milhões de toneladas de cobre o que o colocará na segunda posição atrás apenas do Chile.

Apesar disso o Peru, segundo o Fraser Institute é o trigésimo da lista de países que mais recebem investimentos na mineração.

Isto está para mudar, após a visita do Premier chinês Li Keqiang ao Peru.

Com um olho no cobre peruano, Li Keqiang ratificou o estudo de viabilidade econômica para a ferrovia Trans Oceânica entre Brasil e Peru. O Primeiro Ministro chinês fortaleceu os laços entre os dois países e semeou novos negócios e possibilidades.

O interesse chinês nos minerais peruanos não é de hoje. Já existem 12 empresas chinesas de mineração que estão investindo quase US$20 bilhões nos mais diversos projetos minerais no país andino.

O maior projeto chinês no Peru é o da mineração de cobre em Las Bambas.

Las Bambas um projeto com mais de 6,9 milhões de toneladas de cobre metálico, foi adquirido da Glencore pela chinesa MMG por US$5,85 bilhões. Quando em produção Las Bambas ficará atrás apenas de duas minas no mundo: Escondida e Cerro Verde.

Por trás das investidas chinesas na América Latina está um plano político muito bem elaborado. Os chineses estão enviando uma mensagem clara aos seus principais fornecedores mundiais de minerais: a Austrália.

Apesar de ser um grande parceiro econômico da China os australianos alinham, sempre, com os Estados Unidos e isso vem incomodando aos chineses que são os maiores responsáveis pelo crescimento econômico do país.

A mensagem foi recebida e os australianos, preocupados com o futuro da sua mineração, mergulham em debates.

Enquanto isso a China amplia a sua influência na América Latina e os Estados Unidos veem o seu antigo feudo, lentamente, desaparecer.

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