segunda-feira, 27 de março de 2017

Preços de pedras preciosas podem se recuperar em dois anos

Preços de pedras preciosas podem se recuperar em dois anos
Consultoria prevê diminuição da oferta e aumento da demanda por diamantes nos próximos anos
 
 
Com redução da oferta em função do fechamento das minas, há previsão de aumento de demanda em até 4%
 
 
A Bain & Company, uma consultoria de negócios, lançou a quinta edição do Relatório Anual da Indústria de Diamantes, que estima que a demanda por diamantes crescerá de 3% a 4% nos próximos 15 anos. A oferta, por sua vez, deve cair de 1% a 2% entre 2015 e 2030, em função da exaustão das minas existentes e do crescimento baixo das linhas de produção, fazendo com que o gap entre oferta e procura aumente a partir de 2019. China, Índia e Estados Unidos devem continuar sendo os principais consumidores de joias com diamantes.
 
No entanto, o mesmo estudo revelou uma queda de 25% nos preços a partir da segunda metade de 2014, consequência, principalmente, de uma desaceleração da economia chinesa.

Dentre os destaques do relatório, desenvolvido em parceria com o Centro Mundial de Diamantes da Antuérpia, há a possibilidade dos preços se recuperarem em um período de até dois anos. “Trata-se de um tempo de recuperação mais rápido do que o enfrentado pelas empresas em anos passados, entretanto não é um período breve a ponto de as empresas envolvidas não precisarem reviver seus modelos de negócios”, afirma Olya Linde, sócia da Bain e responsável pelo desenvolvimento do estudo.

“A queda na demanda chinesa por joias com diamantes em 2014 ocasionou a redução na compra de pedras brutas e polidas em 2015. Consequentemente, os varejistas do segmento reduziram seus pedidos, gerando aumento de estoque e a redução de 12% e 23% nos preços de diamantes polidos e brutos, respectivamente, desde maio de 2014, e de 8% e 15%, se considerados apenas os nove primeiros meses de 2015” ressalta Olya.

Entre 2001 e 2009, período que compreende a crise do subprime nos Estados Unidos, os preços dos diamantes levaram entre 18 a 24 meses para se recuperarem. Segundo os autores dos estudos, a situação atual, com fatores macroeconômicos positivos, é decididamente diferente. Os preços tendem a se recuperar mais rápido desta vez. “Prevemos uma recuperação rápida nos preços do segmento, entre um ou dois anos, contando que as empresas do segmento monitorem de perto seus estoques para não os deixar crescer demais”, comenta a especialista.

Os principais players do mercado de diamantes continuam sendo a China e a Índia, que juntos detêm cerca de 80% do mercado de corte e polimento de diamantes. Em contrapartida, o market share de players do continente africano, com Namíbia, África do Sul e Botsuana tem caído drasticamente, uma vez que esses países têm apresentado dificuldades para se tornarem competitivos dos pontos de vista de mão de obra e de tecnologia. Já Bélgica, Israel e os Estados Unidos, cujos mercados se caracterizam pelas pedras de alta qualidade, apresentaram declínio na receita obtida com a comercialização de diamantes polidos em decorrência da concorrência com as pedras indianas – atualmente, a Índia corta e pole mais de 40% dos diamantes com mais de um quilate, com padrão de qualidade similar ao dos mercados desenvolvidos.

Produção
No primeiro semestre de 2015, a produção global de diamantes cresceu 7% em relação ao mesmo período de 2014, em grande parte devido ao aumento da produção pela Alrosa e Rio Tinto. No entanto, os preços caíram significativamente no mesmo período, entre 20% e 27%.

O s cinco principais produtores foram responsáveis por mais de 70% da produção mundial, em volume – Desses, De Beers, Alrosa e Dominion foram responsáveis por cerca de 90% das vendas de US$ 1,2 bilhão de diamantes brutos em 2015.


A aliança da celebridade americana Kim Kardashian, com seu raro diamante, avaliada entre US$ 7 a 8 milhões


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