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Na interminável guerra do minério de ferro as quatro grandes, Vale, Rio
Tinto, BHP e Fortescue utilizam de todas as armas e artimanhas possíveis
para manter o controle de uma das commodities mais lucrativas da
história.
Todas, sem exceção, travam uma batalha mortal para baixar os custos
operacionais e manter os seus produtos competitivos. Mas, apesar do
sucesso obtido, principalmente pela Rio Tinto, Vale e BHP, essa
estratégia obviamente terá um fim.
Em muito breve estas mineradoras estarão tão otimizadas que quase não mais poderão reduzir os seus custos operacionais.
Quem então irá predominar?
O diferencial estará em parâmetros como o frete e a qualidade do produto oferecido ao mercado.
Quando o assunto é qualidade a Vale brilha, pois para o desânimo das competidoras, a brasileira está em um outro nível.
Nenhuma das outras grandes mineradoras tem um produto de qualidade que possa competir com o da Vale.
A Fortescue, por exemplo, está no fim de suas forças: ela não tem qualidade nem custo competitivo e será a primeira a quebrar.
Já a Rio Tinto e a BHP tem custos baixos, competitivos, mas não tem
minérios que possam competir com os novos produtos da Vale tipo
Brazilian Blend.
São esses produtos que só a Vale tem que irão desequilibrar a balança.
O Diretor Executivo da Vale Peter Poppinga, em conference call efetuado
ontem, afirmou que o Brazilian Blend, uma mistura de minérios com 63,1%
de Fe, já é um sucesso. Segundo Poppinga o Brazilian Blend já recebe um
prêmio de US$3/t demonstrando, claramente, a aceitação do mercado.
Minérios com alto teor de ferro e baixo nível de contaminantes são o
sonho de consumo de todas as siderúrgicas. Estes produtos reduzem custos
operacionais e também os volumes de escória a serem rejeitados.
É por isso que o Brazilian Blend e o Carajás Fines estão sendo tão bem recebidos e são comprados a preços diferenciados.
Em breve a Vale dará o cheque mate nas suas competidoras quando o super
minério do S11D, com 66-67%% de Fe, chegar ao mercado.
A partir deste momento serão 90 milhões de toneladas de minério de
altíssima qualidade que irá destruir a competição e também, através da
blendagem, viabilizar minérios de mais baixo teor do sul do Brasil.
Será a invasão dos produtos de alta qualidade, marca registrada da Vale.
Contra essas armas os australianos não conseguirão competir. A eles só
restará o diferencial do frete, pela proximidade da China.
Diamante azul de US$ 10 milhões é encontrado na África do Sul
Um diamante azul super-raro foi encontrado na mina de Cullinan, na África do Sul, pela mineradora Petra Diamonds.
A pedra de 25,5 quilates pesa 5,1 gramas e vale US$ 10 milhões. O nome
da mina faz referência ao maior diamante já encontrado lá, com seus 621
gramas (ou 3.106 quilates).
Para que você entenda melhor, a unidade quilate, muito usada quando o
assunto é joias ou pedras preciosas, indica peso. Um quilate equivale a
0,2 grama.
Diamantes são pedras formadas naturalmente, nas profundezas da terra,
a partir do carbono. Seu valor se dá pela raridade dessas gemas
preciosas, mas há, no entanto, alguns níveis de diamantes mais caros do
que outros, respeitando padrões de brilho, cor, lapidação e pureza.
Um diamante é para sempre
Fonte da imagem: Reprodução/PetraDiamonds
Esse tipo de pedra ficou popular quando a De Beers Consolidated Mines Ltd.,
líder no mercado, lançou a campanha publicitária que selava a união de
diamantes e noivados. A propaganda, veiculada em 1947, dizia: “Um
diamante é para sempre”. E, a partir daí, várias culturas adotaram o
anel de diamantes como oficial para o pedido de noivado, mesmo sendo
esse um dos presentes mais caros.
Quando Marilyn Monroe, uma das mulheres mais bonitas e poderosas de
todos os tempos, cantou a música “Diamonds are a girl’s best friend” –
Diamantes são os melhores amigos de uma garota –, durante o filme
“Gentleman prefer blondes”, em 1953, a relação entre diamantes e
mulheres ficou ainda mais íntima. Assista ao vídeo a seguir:
Yamana aumenta a produção em 7%, mas declara um prejuízo líquido de US$7 milhões
A canadense Yamana Gold fez quase tudo certo: aumentou a produção de
ouro e baixou os custos. Mas as quedas dos preços do ouro penalizaram a
empresa que teve um prejuízo líquido de US$7 milhões no segundo
trimestre.
A produção no período foi de 298.818 onças de ouro. O ouro foi produzido a um AISC (all-in sustaining costs )de US$896/onça.
A Yamana produziu, também, 2,4 milhões de onças de prata e 33,6 milhões de onças de cobre neste último trimestre.
Bacia do Jequitinhonha é devastada pelo garimpo ilegal em Minas
Garimpeiros revolvem
leitos atrás de ouro e diamantes, sem critérios nem fiscalização e
fazem as águas se degradarem com mais rapidez em Minas
Diamantina, Couto de Magalhães de Minas e Serro – A
estreita faixa de mata ciliar que protege a nascente do Rio
Jequitinhonha é tão densa que as tramas de espinhos e árvores do cerrado
impedem até indentificá-la de fora da vegetação. Para ter acesso ao
ponto onde a água aflora, é preciso subir pela calha do córrego até a
cabeceira. O esforço é recompensado pela paisagem lacrada na vegetação
agreste. Nela, pássaros pousam nas margens e bebem da água límpida que
desce pelo leito de seixos brancos e redondos. Mas toda essa pureza dura
pouco, já que o Jequitinhonha é o rio que mais tem sido degradado nos
últimos anos em Minas. O trecho mais preocupante fica a 140 quilômetros
da cabeceira, entre os municípios de Diamantina e Couto de Magalhães
de Minas, no garimpo ilegal de Areinha. Um lugar tão devastado que as
margens são de areia extraída do fundo do manancial, o curso natural foi
seguidas vezes desviado e as águas se tornaram tão vermelhas que
lembram sangue.
As belezas das nascentes de Minas
Leandro Couri/EM
Leandro Couri/EM
Leandro Couri/EM
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Leandro Couri/EM
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Leandro Couri/EM
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No Vale do Jequitinhonha, moradores do quilombo Baú do Serro mostram
seus costumes e rotina. Na foto, Vera Conceição, 50 anos, mãe de 11
filhos, Maria da Conceição Carmindo Vieira e Clenilde da Conceição Reis
Vitor mostram o artesanato praticado na região.
O garimpo de Areinha se esconde após
extensas plantações de eucalipto, em um labirinto de estradinhas. Com o
auxílio de um GPS e do mapeamento da região, a equipe do EM conseguiu
chegar ao local em um fim de tarde. A estratégia de se deslocar sem
guia da região e de seguir nesse horário se deu justamente para evitar a
rede de alertas dos trabalhadores. Eles usam rádios acionados por
motoqueiros que passam o dia trafegando por aquelas vias. Qualquer
sinal da polícia ou de fiscalização ambiental dispara o alarme para que
equipamentos sejam escondidos e metais preciosos, guardados.
A
primeira cena que se vê do garimpo surge depois de uma curva de mata
fechada. É uma imagem aterradora: o curso de água vermelha se perde no
meio de uma larga mancha de areia que foi revolvida do fundo do Rio
Jequitinhonha por dezenas de dragas. O leito natural é desviado em
vários pontos, formando novos braços e poços onde tratores e caminhões
são usados para separar diamante e ouro de terra e detritos. São 2 mil
garimpeiros se espremendo em uma área de 1,4 hectare, o que compreende
um homem a cada 7 metros quadrados nas barrancas. Se somados os pontos
de garimpo além de Areinha, o Jequitinhonha tem manchas de areia
escavada e braços de rio desviados que somam 16,8 hectares só nessa
região, o equivalente a 5,6 vezes a cava de Serra Pelada, no Pará.
De
perto, a devastação é ainda mais impressionante. Os garimpeiros
transformaram as margens em desfiladeiros para processar pedras e
cascalho em suas máquinas. O diamante ainda é separado no balanço da
bateia. Atividade que Clóvis Fernandes Silva Lopes, de 27 anos,
conhece desde a infância. “Quem é do ramo sabe onde está dando ouro e
diamante. A gente vai atrás, procurando achar um ‘pedrão’ para resolver
a vida. Enquanto não consegue licença, vai trabalhando na surdina,
porque é daqui que sai nosso sustento”, disse. A aglomeração dos
garimpeiros, que vivem amontoados em barracas sem as mínimas condições
sanitárias, também se reflete nas águas do rio que eles próprios
consomem. A reportagem do Estado de Minas coletou uma amostra na
região, na qual a análise de laboratório detectou a presença de
coliformes fecais 374% acima do limite do Conama, resultado dos
despejos de esgoto sem tratamento.
Areinha é uma área que foi
fechada pela mineração Rio Novo e invadida por garimpeiros há cerca de
seis anos. Fica em uma parte do Jequitinhonha, que em tese foi
protegida pela Lei Estadual 15.082, de 2004, que considera que é de
preservação permanente o curso d’água e seus afluentes até a altura do
Rio Tabatinga, entre os municípios de Carbonita e Engenheiro Navarro.
Muitas justificativas, nenhuma solução
O
problema do garimpo de Areinha não se restringe aos danos ambientais.
Desde 2007, todas as vezes que a fiscalização ambiental lacrou as
máquinas e os garimpeiros tiveram de retornar para Diamantina, a cidade
experimentou uma onda de criminalidade. Setores como a prefeitura local
e a Cooperativa Regional Garimpeira de Diamantina querem que a
atividade seja liberada de forma sustentável, com recuperação de áreas
que forem degradadas pela extração mineral. O Ministério Público
considera a proposta inviável, já que a área está protegida por lei, e
tenta conseguir que a Justiça obrigue a mineradora a recuperar o que
deixou para trás.
A empresa alega que isso não é possível,
devido à presença dos garimpeiros. A Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou que o garimpo não tem
licenciamento, mas que pelo fato de a situação estar sub judice e de ter
um lado social delicado, ainda aguarda definições. Enquanto isso,
garimpeiros arrancam o máximo que podem antes que suas máquinas sejam
lacradas pela polícia. O secretário de Meio Ambiente de Diamantina,
Rodrigo Canuto, afirma que a atividade minerária no Jequitinhonha seria
interessante para a cidade, mas reconhece que a lei estadual esvazia
essa possibilidade. “Mas não podemos desconsiderar os fatores social e
inclusive o de segurança pública. Mantemos atividades de
conscientização, orientando o uso de bacias de decantação e cuidados
para com a vigilância sanitária.” DEGRADAÇÃO A
bacia do Jequitinhonha é a que tem apresentado a degradação mais
acentuada nos últimos anos, de acordo com o Instituto Mineiro de Gestão
das Águas (Igam). Em 2012, os índices de qualidade da água médio e
ruim eram 49% em sua extensão, sendo o parâmetro bom quantificado em
51%. Já no ano passado, a soma do conceito ruim e médio saltou para
60%. A primeira estação de medição, na localidade de São Gonçalo do Rio
das Pedras, não registrou o resultado de análises em 2013. A última
amostragem é referente ao fim de 2012 e já indica que a acidez do curso
d’água se encontra alterada a 30 quilômetros da nascente.
O
motivo apontado pelo Igam são os lançamentos de esgoto, descartes de
lixo e de efluentes de matadouros. Mas, mais adiante, o impacto das
mineradoras aparece mais uma vez, próximo a Virgem da Lapa, onde
amostras colhidas no ano passado revelaram contaminação por manganês
136% acima do limite considerado tolerável pelo Conama, o que é
apontado pelo relatório do Igam como efeito de atividades minerárias
predatórias.