quarta-feira, 29 de março de 2023

DIAMANTE AZUL EXTRA💎💎


                 

                                         

Aprenda o passo a passo de como encontrar diamante.

 

Como o diamante é formado?

O diamante é um mineral composto de carbono, formado sobre alta pressão e temperatura. Já o kimberlito é uma rocha vulcânica formado em grande profundidade e ele é a rocha onde o diamante está presente como fonte primária.

Com a erosão, a rocha (kimberlito) vai se desagregando e diminui de tamanho, com isso, o diamante é jogado no sistema de intemperismo e pode ser transportado, principalmente pela água. Neste texto, vamos focar nos diamantes como depósitos primários e não para os secundários. Portanto, não falaremos sobre aluviões.

O passo a passo que vai ser abordado é:

1. Seleção de alvos

2. Exploração

3. Desobertas

4. Pré Avaliação

5. Avaliação de recursos minerais

A medida que a prospecção mineral vai obtendo sucesso e são necessários os trabalhos de detalhe, os custos aumentam bastante. No começo, eles são muito pequenos, no final, muito grandes e o risco é muito grande no começo e vai diminuindo ao longo das etapas.

diamante

Seleção de Alvos para encontrar diamantes

A primeira parte é a análise da geologia regional, dessa forma, você deve entender quais são as formações geológicas que se fazem presentes naquela determinada área. Essa seleção de alvos se dá basicamente nos cratons que são áreas tectonicamente estáveis que se mantiveram preservadas ao longo do tempo (de acordo com determinado evento geológico).

Nessa fase, você precisa entender sobre os dispersores e as fontes secundárias, para tentar mapear as fontes primárias. Dessa forma, você vai conseguir ter uma análise das possíveis fontes. Existem ocorrências de diamantes secundários nos estados do Amapá, Roraima, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, São Paulo, entre outros.

Além disso, você pode procurar livros históricos e anotações sobre diamantes. A partir disso, você faz o planejamento estratégico, alinhando a análise de geologia regional com dados geofísicos em uma base de dados. Com todas as informações juntas, você monta seu modelo geológico primário e define o que está procurando para encontrar diamantes.

Você pode definir as etapas de campo a partir das áreas e da análise, em alguns pontos fazendo levantamentos aerogeofisicos, em outros amostragens em campanhas de campo, tudo depende do seu modelo. Além do diamante, você pode buscar minerais indicadores e pode tentar entender em quais possíveis formações pode ocorrer diamante como fonte secundária.

Ainda nesta fase é muito importante definir os protocolos e padrões de amostragem, procedimentos de coleta em relação a todos os parâmetros e todos os processos necessários para a pesquisa mineral.

Pesquisa Mineral para diamante

Quando o resultado de amostragem é ruim, dificilmente você avança, então a fase de exploração inicial é a que traz sucesso para o empreendimento. Nesta fase você vai definir o alvo, vai começar de um bem maior e vai diminuindo. Comumente, primeiro você faz o levantamento geofísico aereo.

Em alguns casos, os kimberlitos pequenos não vão aparecer no aerolevantamento, pois, outras rochas vão mascarar aquela anomalia. Quando se possuem muitas rochas magnéticas, você as vezes não consegue ver o kimberlito.

Outra etapa importante é a descrição de garimpos, você deve entender qual o tipo de diamante, quais os minerais que estão associados a eles. A partir disso, você consegue pegar as informações e os indicadores. Nessa parte, você começa a amostragem. Para o diamante o recomendado é fazer amostragem aluvionar de sedimento de corrente.

Você deve procurar as melhores armadilhas de cursos de água, coletar o material e realizar o tratamento, no campo ou numa central de tratamento para pegar os concentrados. Esse tratamento geralmente é com peneira e bateia, as frações geralmente de 1mm, 2mm e abaixo de 0,5mm. Nesta parte, você vai tentar identificar os indicadores kimberliticos.

As etapas de amostragem de química mineral iniciam com a coleta de amostra, normalmente amostragem aluvionar. Se tiver um pequeno sucesso, você pode aumentar a densidade de amostragem e tentar descobrir se os grãos estão frescos, qual o fracionamento deles e outras características.

Você deve tentar amostrar em afluentes se as rochas possuem muitos minerais pesados, pois eles tendem a retirar os minerais indicadores de diamantes. Ao final disso, você envolve amostra de rocha, solo, tenta analisar no cascalho qual a proveniência e identificar para onde está a fonte daqueles determinados sedimentos.



Minerais indicadores de diamante

Os minerais indicadores são granada, espinélio, ilmenitas, diopsidios e também o diamante. É mais raro encontrar diamantes, mas por vezes isso pode acontecer. Esses concentrados minerais são acidificados em laboratório, é realizada uma análise microscópica, são feitas também análises com a lupa binocular ou até análise de grãos em campo, a depender da logística. Essa última atividade citada é comum somente em fases mais avançadas.

Quando os grãos são separados, eles são contados, classificados e é feito a química mineral dos grãos kimberliticos. A partir da química mineral, você pode identificar melhores indicadores para encontrar diamantes. Ainda nesta fase, é muito importante seguir todos os procedimentos da maneira mais correta possível, seguir os procedimentos QA/QC e amostragem.

A geofísica terrestre usando a magnetometria, gravimetria, EM, VLF, entre outras pode ser muito importante ainda nessa etapa e se torna bem mais fácil identificar os corpos. Você pode também usar sondagens de trado manual, mecânico e outras maiores, dependendo da profundidade que você quer alcançar.

Etapa 3: Descoberta

Após descobrir seu corpo kimberlítico, você deve analisar qual o potencial mineral dele. Cabe ressaltar que a única mina ativa no Brasil é a Braúna 3. Nesta fase você define o potencial diamantífero, pois, a grande maioria dos kimberlitos encontrados é não diamantifero. Apenas 1% dos kimberlitos descobertos viram mina e 10% são diamantiferos. Com a Geofísica de detalhe com malha menor espaçada a anomalia geofísica define muito melhor os contornos kimberlíticos. Para fazer esse detalhamento, a gravimetria é muito importante.

Se o kimberlito está raso, você pode usar poços e trincheiras para analisar o material e também a sondagem para delimitar contatos entre kimberlitos e rocha encaixante. Com os testemunhos de sondagem você pode fazer a petrografia, para analisar se o kimberlito é diamantifero, qual rocha amostrou melhor o diamante e outras possíveis análises.

Nesta fase, você pode fazer a análise isotópica, datação, entre outros paramêtros. Além disso, você pode tentar recuperar o microdiamante e fazer curvas de progressão para tentar encontrar os diamantes maiores. É muito importante volume para a amostragem para a diamante, existem exemplos de teores de 44 partes por bilhão. Ou seja, amostras de 10-20 kg dão uma chance muito pequena de ter qualquer teor de diamante.

Quando começa a amostrar o kimberlito, seus custos aumentam por conta desses estudos mais detalhados. Na fase final é até mil toneladas ou mais.

Etapa 4: Pré Avaliação

Você faz diversas sondagens para definir geometria e volume do corpo kimberlitico. Você deve entender muito bem o modelo geológico, pois ele vai ajudar a fazer o planejamento de lavra. Você tem que ter uma planta para fazer a amostragem na etapa final de maneira bem feita.

Etapa 5: Definição das Reservas

Por fim, você vai pegar bastante diamante para ter a definição de qual a estimativa do quantitativo de diamantes naquela determinada área e realiza os estudos finais da pesquisa mineral, para analisar se há viabilidade.

Você vai analisar preço médio, teor, entre outros parâmetros para definir a viabilidade. Por fim, você tem que ter uma sondagem de largo diâmetro para não “destruir” seu diamante. O metro da sondagem é caro, mas você consegue muitas amostras para utilizar na sua planta.

Além disso, você pode fazer em um modelo mais raso shafts e poços para começar a testar na planta. A partir dos testes nas plantas, você vai ter uma noção do preço médio do diamante (custo) e a partir disso você vai aplicar todos os custos que vai ter e analisar se há viabilidade para a instalação ou não de uma mina.

Com tudo isso, você tem a vida útil da mina, produção, profundidade do open pit, qual sua receita por tonelada, qual o custo operacional, entre outros e depois você vai para a próxima fase que é implementar a mina.

Cabe ressaltar que todo o procedimento citado aqui é para fontes primárias de diamante, existem também os chamados garimpos onde os diamantes são retirados como fontes secundárias a partir do regime de permissão de lavra garimpeira. Para estes casos, são utilizados outros métodos de prospecção mineral.



                        


Fonte: Geoscan

RUBI ESTRELA💎💎


 

sábado, 25 de março de 2023

RUBI EXTRA



Conheça quais são os dez maiores diamantes lapidados do mundo.

 


Esses pequenos pedaços da natureza, os diamantes, estão rodeados de mistério e luxo. Muitos deles ganharam fama não só por sua beleza, mas também pelo tamanho. Conheça quais são os dez maiores diamantes lapidados¹ do mundo.

10. Millennium Star (Estrela do Milênio)- 203,04 quilates


O Millennium Star é um famoso diamante, conhecido por ser o segundo maior diamante de cor D – a melhor classificação de cor de um diamante incolor. Ele é perfeito internamente e possui lapidação pear ou gota de 54 facetas. Com 203,04 quilates ele ocupa a 10ª posição dos maiores diamantes lapidados do mundo. Em seu estado bruto, o diamante pesava 777 quilates.
O diamante original foi dividido em três partes, sendo que a maior delas foi batizada de Millenium Star. O verdadeiro valor dessa bela pedra preciosa é um mistério. No entanto, sabe-se que ela está assegurada em US$100 milhões. Alguns acreditam que esse seja apenas uma fração do valor real do diamante.
Atualmente a De Beers é a dona do Milennium Star.

9. Red Cross (Cruz Vermelha)- 205,07 quilates


O Red Cross é um diamante amarelo canário lapidação cushion. Ele foi encontrado nas minas Kimberly na África do Sul, em 1901. O Red Cross pesava 375 quilates antes da lapidação.
O diamante foi batizado de Red Cross – Cruz Vermelha -, pois, em 1918, foi doado a um leilão da Cruz Vermelha, em nome da British Red Cross Society and the Order of St. John.

8. De Beers – 234,65 quilates


O diamante De Beers foi encontrado em 1888, nas minas Kimberly, África do Sul. A pedra, que pesava 428,50 quilates em seu estado bruto, media 47,6mm em seu maior eixo.
Em 1928, a Cartier usou o diamante De Beers como peça central em um colar, que ficou conhecido como Colar Patiala. Essa magnífica joia continha nada mais nada menos que 2.930 diamantes, que pesavam cerca de 962,25 quilates. Atualmente, o paradeiro do De Beers de do Colar Patiala é um grande mistério.

7. Jubilee (Jubileu) – 245.35 quilates


O Diamante Jubilee, originalmente conhecido como o Diamante Reitz, é um diamante incolor, lapidação cushion e 245,35 quilates de peso. O diamante, inicialmente batizado em homenagem a Francis William Reitz, foi renomeado em 1897, na ocasião do jubileu de diamante – sessenta anos de reinado – da Rainha Vitória, em 1897.
A pedra preciosa foi encontrada em 1895, na mina Jagersfontein, com o peso de 650,80 quilates. Durante o processo de corte, ficou evidente que um diamante um diamante de qualidade extraordinária estava em produção.

6. Centenary (Centenário) – 273,85 quilates


O diamante De Beers Centenary, com seus 273,85 quilates, está em sexto lugar, na lista dos maiores diamantes lapidados. Ele possui cor D – a melhor classificação possível para um diamante incolor – e é perfeito interna e externamente. O diamante ganhou esse nome por ter sido apresentado em seu estado bruto, na celebração do centenário da De Beers, em 1988
O De Beers Centerary foi encontrado em 1986 com 599 quilates. Ele foi lapidado com 247 facetas. Este era o recorde de facetas para um diamante na época. O verdadeiro valor deste diamante é desconhecido.

5. Spirit of De Grisogono (O Espírito de De Grisogono) – 312,24 quilates


O Espírito de De Grisogno, com seus 312,24 quilates, é o maior diamante negro lapidado do mundo e o quinto em nossa lista. Ele foi encontrado com 587 quilates, na África Central. Posteriormente, foi lapidado pela joalheria suíça De Grisogono.
Hoje, o diamante está cravado em um anel confeccionado com ouro branco, ao lado de outros 702 diamantes.

4. Cullinan II – 317,40 quilates


O Cullinan II é um dos diamantes resultantes da clivagem do diamante Cullinan, o maior diamante bruto já encontrado – pesava 3.106,75 quilates . O Cullinan II possui impressionantes 317,40 quilates e lapidação cushion. Hoje, ele é a peça central central da Coroa Imperial State Crown, da Grã-Bretanha.

3. The Incomparable (O Incomparável) – 407,48 quilates


O Incomparável é um dos maiores diamantes do mundo. Ele foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho, que estava próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Aquele cascalho, considerado inútil pela administração da mina, foi descartado.
O diamante em seu estado bruto pesava impressionantes 890 quilates. Assim, antes do corte, ele ocupava o posto de maior diamante marrom já encontrado e o quarto maior entre todas as cores. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.

2. Cullinan I – 530,20 quilates


O maior diamante já encontrado, o Cullinan, foi clivado em nove partes principais e noventa e seis brilhantes menores. Das nove gemas principais, as duas maiores pedras foram nomeadas de Great Star of Africa (Cullinan I) e Lesser Star of Africa (Cullinan II). As duas pedras fazem parte de joias da Coroa Real Britânica.
O diamante Cullinan I, com 530,20 quilates, está cravado no cetro The Sorvereing’s Sceptre.

1. Golden Jubilee (Jubileu Dourado) – 545,67 quilates


O Jubileu Dourado é, atualmente, o maior diamante lapidado do mundo. Ele foi descoberto em 1985, com 755 quilates e tomou o posto do Cullinan I, que deteve o título de maior diamante por quase um século. O Jubileu Dourado foi encontrado na Premier Mine na África do Sul, mesmo local onde o Cullinan foi encontrado.
Inicialmente, o diamante era conhecido como “The Unnamed Brown” (O Marrom sem Nome) e era considerado, por muitos, uma pedra sem qualidade e feia. Assim, serviu de cobaia em experimentos de novas técnicas de corte. Para a surpresa de todos, após dois anos de trabalho, o resultado foi um diamante lapidado maior do que o Cullinan I.
O Jubileu dourado já recebeu as bênçãos do Papa João Paulo II e de um supremo representante do budismo da Tailândia. Hoje, o paradeiro do diamante é desconhecido.

1- Os diamantes brutos passam por processo de clivagem, corte e acabamento. A pedra lapidada é o estado final, que, geralmente, é bem menor do que era quando foi encontrado na natureza.



               





Fonte: CPRM/DNPM

quinta-feira, 23 de março de 2023

AS OITO MAIS RARAS GEMAS DA NATUREZA

 



Safiras Yogo
Safiras são pedras preciosas provenientes do mineral corundum. Elas podem ser encontradas numa imensa variedade de cores e, com excessão do vermelho que ganha o nome de rubi e a laranja rosado da rara padparadscha, todas as outras cores são chamadas safiras. O que faz das safiras Yogo, encontradas no estado de Montana (E.U.A.), especiais são a sua cor e pureza excepcionais. Seu espectro de cores varia do violeta ao azul turquesa e elas são uma das únicas safiras do mundo que não passam por tratamento algum para realçar a cor, sendo totalmente naturais. No mercado mundial, a grande maioria das safiras passa por algum processo de tratamento. As safiras Yogo são consideradas mais raras do que diamantes e são muito apreciadas por joalheiros por sua beleza e brilho naturais. Gemas com mais de 02 quilates são consideradas extremamente raras. O estado de Montana possui safiras numa infinidade de tamanhos e cores diferentes, mas, certamente, as Yogo são as mais cobiçadas.

Esmeralda Vermelha (Bixbite)
Membro mais ilustre da família dos berilos, a esmeralda é sempre lembrada por sua cor. A cor e a pedra preciosa estão tão associadas, que até mesmo a definição verde esmeralda é fácil de ser compreendida. Eis que, em 1893, foi descoberta numa mina nos confins do estado de Utah (E.U.A.), um berilo vermelho com a mesma composição da esmeralda. A pedra ganhou o nome de bixbite em homenagem ao seu descobridor, Maynard Bixby. Existe uma controvérsia envolvendo o nome a ser usado. Enquanto alguns defendem que deve ser mantido o nome original em respeito à memória de Bixby, outros alegam que para alcançar sucesso comercial, a pedra deve ser chamada de esmeralda vermelha. No laboratório, todos os berilos respondem ao tratamento por calor para realçar cor e brilho, com excessão da esmeralda. A rara variante vermelha também reage da mesma forma. Essa e outras propriedades semelhantes levam a crer que realmente trata-se de uma esmeralda. Mesmo com sua beleza e raridade a gema permanece desconhecida do grande público, pois ainda é relativamente pouco difundida na confecção de jóias. Estima-se que, para cada esmeralda vermelha, existam 150.000 diamantes, 12.000 esmeraldas verdes e 9.000 rubis.

Diamante Vermelho
O maior diamante vermelho do mundo foi encontrado no Brasil. Apesar das grandes joalherias internacionais não gostarem desse tipo de notícia, anualmente, a produção mundial de diamantes de qualidade excede a marca dos 100 milhões de quilates, o que torna evidente que, não é tão raro quanto querem nos fazer pensar. Os diamantes realmente raros (e caríssimos) são os coloridos, chamados fancies, que podem ser encontrados nas cores: amarelo, verde, azul, laranja, marrom, púrpura, preto, rosa e vermelho. Dentre eles, o mais raro é, com toda a certeza, o vermelho, com cerca de pouco mais de 30 pedras conhecidas, em sua maioria, abaixo de meio quilate. O maior deles, o Moussaief Red, tem 5.11 quilates e foi encontrado no Brasil em meados dos anos 90. Geralmente, esses diamantes não se encontram disponíveis a qualquer preço, devido a sua inexistência no mercado. Os diamantes vermelhos naturais podem alcançar preços que superam 1.5 milhão de dólares. Por quilate.

A mais rara pedra preciosa
A pedra preciosa mais rara do mundo é o amolite, uma gema orgânica, produto da fossilização das conchas dos amonites (semelhante aos nautilus), criaturas pré-históricas extintas há milhões de anos. Composto principalmente pelo mesmo mineral da madrepérola encontrada nas conchas dos moluscos atuais, o amolite brilha em todas as cores do espectro, como algumas opalas. Encontrado nos Estados Unidos e Canadá, em 1981, ganhou oficialmente o status de pedra preciosa e, no mesmo ano, a exploração comercial iniciou pela mineradora canadense Korite International, a maior produtora mundial de gemas de qualidade. Macio e delicado exige técnicas de processamento especiais conhecidas apenas por alguns peritos especializados. Em seu estado bruto, ele é vendido entre 30 a 65 dólares por quilate (150 a 325 dólares por grama). Comparado a outras pedras preciosas o amolite é praticamente desconhecido, pois só conseguiu atrair o interesse do ocidente durante os anos 70. Entre os praticantes do Feng Shui a pedra ganhou popularidade no final dos anos 90, quando recebeu o nome de “Pedra das Sete Cores da Prosperidade”. Atualmente, o maior mercado comsumidor de amolite é o Japão.

Diamantes, esmeraldas e rubis, certamente, são pedras famosas por sua beleza e raridade, mas existem outras gemas igualmente belas e raras, menos conhecidas, encontradas ao redor do mundo. Com cores e formas variadas, as cinco pedras que veremos a seguir rivalizam em beleza com os maiores diamantes do mundo.

Demantoid Garnet (Granada Demantóide)
As granadas são pedras conhecidas desde a antigüidade, mas essa variedade permaneceu desconhecida até 1853 quando foi descoberta nas águas geladas do rio Bobrovka, nos monte Urais, Rússia. De um verde vivo e incomum, a pedra brilhava como diamante e logo ganhou fama e seus preços dispararam. Durante o comunismo, o Demantóide desapareceu do mercado internacional voltando no final dos anos 80, com o fim da União Soviética. Os demantóides geralmente são pequenos e, depois de lapidados, dificilmente atingem mais de um quilate (200mg).Pedras de alto nível acima dos cinco quilates além de raras, podem atingir exorbitantes 10.000 dólares por quilate.

Paraiba Tourmaline (Turmalina da Paraíba)
Mais uma dentre as pedras preciosas e semipreciosas encontradas no Brasil, a turmalina da Paraíba destaca-se pelo seu tom azul-turquesa radiante. As turmalinas são encontradas em praticamente todas as cores do arco-íris, mas essa tonalidade de azul era desconhecida até a descoberta dessa variedade da Paraíba. Normalmente, o que dá origem a coloração das turmalinas são os elementos ferro, manganês, cromo e vanádio. Mas, a gema paraibana, deve a sua cor magnífca a um elemento nunca encontrado antes numa turmalina, o cobre. Mais tarde descobriu-se que ela também contém manganês. Em 2001, subitamente apareceram no mercado turmalinas azuis vindas da Nigéria e o estado brasileiro perdeu a exclusividade na produção dessas pedras. Foi uma surpresa intrigante. Como uma variedade rara poderia ser encontrada em continentes diferentes, com a mesma proporção de cobre e manganês, tão parecidas, que até cientistas têm dificuldade para mostrar diferenças entre elas? Uma explicação bem plausível, é o da separação do supercontinente que existiu há 250 milhões de anos, a Pangéia. Pelo mapa podemos ver que a costa leste do Brasil encaixa-se na costa oeste da África com o nordeste brasilero ficando exatamente na região onde é a Nigéria. Então, é natural que essas duas regiões, hoje tão distantes, compatilhem dos mesmos elementos em sua formação, tornando o mundo das pedras preciosas ainda mais interessante.

Alexandrite (Alexandrita)
A alexandrita recebeu esse nome pois seus primeiros cristais foram descobertos em abril e 1834, na época do Czar Alexander II, numa mina de esmeraldas no rio Tokavaya, Rússia. Uma característica que torna esta pedra especial é que, devido a sua composição química, ela muda de cor dependendo da iluminação. Ela varia de verde ou verde azulado à luz do dia a vermelha ou púrpura avermelhado sob iluminação incandescente. A alexandrita é um crisoberilo que, além de titânio e ferro, contém também cromo como sua maior impureza, e é ele o responsável pela “mágica” das cores. Quando se pensava que as reservas russas haviam se esgotado, o interesse pelas pedras diminuiu, pois as alexandritas encontradas em outras minas raramente apresentavam a cobiçada mudança de cor. Essa situação mudou em 1987, quando foram descobertas alexandritas em Hematita, Minas Gerais. Apesar das cores das pedras brasileiras serem reconhecidamente mais fracas elas apresentavam claramente a mudança de cor, tão desejada pelo mercado. Isso tornou a região num dos mais importantes depósitos do mineral. Hoje, as pedras ao encontradas em países como Tanzânia, Burma, Madagascar, Índia e Zimbábue, mesmo assim elas ainda são consideradas uma raridade e, sem dúvida, é uma pedra que você dificilmente vai encontrar numa joalheria.

Padparadscha Sapphire (Safira Padparadscha)
Da mesma família das safiras e dos rubis, a Padparadscha é uma variedade de corundum de coloração única, laranja rosada, romanticamente descrita como uma mistura da cor da flor-de-lótus e o por-do-sol. O local original da padparadscha é o Sri Lanka e os mais puristas consideram o país como o único lugar onde é possível encontrar as verdadeiras pedras. Mesmo assim, exemplares de ótima qualidade foram encontradas no Vietnã, no distrito de Tunduru, na Tanzânia e em Madagascar. No vale Umba, também na Tanzânia foram encontradas safiras laranja que criaram certa polêmica, pois os comerciantes recusam-se a classificá-las como padparadschas, pois são mais escuras que o ideal, com tons marrons. Estas belas gemas estão entre as mais caras do mundo, com preços similares aos dos melhores rubis e esmeraldas. Os preços variam bastante, de acordo com o tamanho e a qualidade, com as melhores pedras alcançando até 30.000 dólares por quilate. A maior padparadscha já encontrada tem 100.18 quilates e encontra-se no Museu de História Natural de Nova York.

Benitoite (Benitoíte)
Considerada a pedra símbolo da Califórnia, a benitoíte foi descoberta no começo do século passado na localidade de San Benito County, da qual deriva o seu nome. A benitoíte é uma pedra rara composta por titânio e bário e fluorescente na presença de luz ultravioleta. Apreciada por colecionadores, seu grau de dureza torna-a adequada para o uso em jóias, mas isso raramente acontece por falta de material utilizável para este fim. Benitoítes lapidadas têm preços equivalentes aos das safiras de boa qualidade, apesar de mais raras. Pedras de alta qualidade entre 1 e 2 quilates podem alcançar preços de 6000 dólares por quilate. Ela é muito valorizada por colecionadores que dizem que as melhores pedras têm o azul profundo das melhores safiras e o brilho dos diamantes de alta qualidade. Além da Califórnia, o raro mineral, é encontrado em outras poucas localidades como o estado do Arkansas e o Japão.

Uma seleção de seixos de gemas polidas por abrasão em tambor cilíndrico.
O maior tem 40 mm de comprimento .
01 - Turquesa,
02 - Hematita,
03 - Crisocola,
04 - Olho de tigre
05 - Quartzo,
06 - Turmalina,
07 - Cornalina,
08 - Pirita,
09 - sugilite,
10 - Malaquita,
11 - Quartzo rosa,
12 - Obsidiana,
13 - Rubi,
14 - Ágata muscínea,
15 - Jaspe,
16 - Ametista,
17 - Ágata azul,
18 - Lápis-lazúli
TIPOS DE CORTES DE PEDRAS PRECIOSAS








Fonte: CPRM




Aprenda o passo a passo de como encontrar diamante.

 

Como o diamante é formado?

O diamante é um mineral composto de carbono, formado sobre alta pressão e temperatura. Já o kimberlito é uma rocha vulcânica formado em grande profundidade e ele é a rocha onde o diamante está presente como fonte primária.

Com a erosão, a rocha (kimberlito) vai se desagregando e diminui de tamanho, com isso, o diamante é jogado no sistema de intemperismo e pode ser transportado, principalmente pela água. Neste texto, vamos focar nos diamantes como depósitos primários e não para os secundários. Portanto, não falaremos sobre aluviões.

O passo a passo que vai ser abordado é:

1. Seleção de alvos

2. Exploração

3. Desobertas

4. Pré Avaliação

5. Avaliação de recursos minerais

A medida que a prospecção mineral vai obtendo sucesso e são necessários os trabalhos de detalhe, os custos aumentam bastante. No começo, eles são muito pequenos, no final, muito grandes e o risco é muito grande no começo e vai diminuindo ao longo das etapas.

diamante

Seleção de Alvos para encontrar diamantes

A primeira parte é a análise da geologia regional, dessa forma, você deve entender quais são as formações geológicas que se fazem presentes naquela determinada área. Essa seleção de alvos se dá basicamente nos cratons que são áreas tectonicamente estáveis que se mantiveram preservadas ao longo do tempo (de acordo com determinado evento geológico).

Nessa fase, você precisa entender sobre os dispersores e as fontes secundárias, para tentar mapear as fontes primárias. Dessa forma, você vai conseguir ter uma análise das possíveis fontes. Existem ocorrências de diamantes secundários nos estados do Amapá, Roraima, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, São Paulo, entre outros.

Além disso, você pode procurar livros históricos e anotações sobre diamantes. A partir disso, você faz o planejamento estratégico, alinhando a análise de geologia regional com dados geofísicos em uma base de dados. Com todas as informações juntas, você monta seu modelo geológico primário e define o que está procurando para encontrar diamantes.

Você pode definir as etapas de campo a partir das áreas e da análise, em alguns pontos fazendo levantamentos aerogeofisicos, em outros amostragens em campanhas de campo, tudo depende do seu modelo. Além do diamante, você pode buscar minerais indicadores e pode tentar entender em quais possíveis formações pode ocorrer diamante como fonte secundária.

Ainda nesta fase é muito importante definir os protocolos e padrões de amostragem, procedimentos de coleta em relação a todos os parâmetros e todos os processos necessários para a pesquisa mineral.

Pesquisa Mineral para diamante

Quando o resultado de amostragem é ruim, dificilmente você avança, então a fase de exploração inicial é a que traz sucesso para o empreendimento. Nesta fase você vai definir o alvo, vai começar de um bem maior e vai diminuindo. Comumente, primeiro você faz o levantamento geofísico aereo.

Em alguns casos, os kimberlitos pequenos não vão aparecer no aerolevantamento, pois, outras rochas vão mascarar aquela anomalia. Quando se possuem muitas rochas magnéticas, você as vezes não consegue ver o kimberlito.

Outra etapa importante é a descrição de garimpos, você deve entender qual o tipo de diamante, quais os minerais que estão associados a eles. A partir disso, você consegue pegar as informações e os indicadores. Nessa parte, você começa a amostragem. Para o diamante o recomendado é fazer amostragem aluvionar de sedimento de corrente.

Você deve procurar as melhores armadilhas de cursos de água, coletar o material e realizar o tratamento, no campo ou numa central de tratamento para pegar os concentrados. Esse tratamento geralmente é com peneira e bateia, as frações geralmente de 1mm, 2mm e abaixo de 0,5mm. Nesta parte, você vai tentar identificar os indicadores kimberliticos.

As etapas de amostragem de química mineral iniciam com a coleta de amostra, normalmente amostragem aluvionar. Se tiver um pequeno sucesso, você pode aumentar a densidade de amostragem e tentar descobrir se os grãos estão frescos, qual o fracionamento deles e outras características.

Você deve tentar amostrar em afluentes se as rochas possuem muitos minerais pesados, pois eles tendem a retirar os minerais indicadores de diamantes. Ao final disso, você envolve amostra de rocha, solo, tenta analisar no cascalho qual a proveniência e identificar para onde está a fonte daqueles determinados sedimentos.

Minerais indicadores de diamante

Os minerais indicadores são granada, espinélio, ilmenitas, diopsidios e também o diamante. É mais raro encontrar diamantes, mas por vezes isso pode acontecer. Esses concentrados minerais são acidificados em laboratório, é realizada uma análise microscópica, são feitas também análises com a lupa binocular ou até análise de grãos em campo, a depender da logística. Essa última atividade citada é comum somente em fases mais avançadas.

Quando os grãos são separados, eles são contados, classificados e é feito a química mineral dos grãos kimberliticos. A partir da química mineral, você pode identificar melhores indicadores para encontrar diamantes. Ainda nesta fase, é muito importante seguir todos os procedimentos da maneira mais correta possível, seguir os procedimentos QA/QC e amostragem.

A geofísica terrestre usando a magnetometria, gravimetria, EM, VLF, entre outras pode ser muito importante ainda nessa etapa e se torna bem mais fácil identificar os corpos. Você pode também usar sondagens de trado manual, mecânico e outras maiores, dependendo da profundidade que você quer alcançar.

Etapa 3: Descoberta

Após descobrir seu corpo kimberlítico, você deve analisar qual o potencial mineral dele. Cabe ressaltar que a única mina ativa no Brasil é a Braúna 3. Nesta fase você define o potencial diamantífero, pois, a grande maioria dos kimberlitos encontrados é não diamantifero. Apenas 1% dos kimberlitos descobertos viram mina e 10% são diamantiferos. Com a Geofísica de detalhe com malha menor espaçada a anomalia geofísica define muito melhor os contornos kimberlíticos. Para fazer esse detalhamento, a gravimetria é muito importante.

Se o kimberlito está raso, você pode usar poços e trincheiras para analisar o material e também a sondagem para delimitar contatos entre kimberlitos e rocha encaixante. Com os testemunhos de sondagem você pode fazer a petrografia, para analisar se o kimberlito é diamantifero, qual rocha amostrou melhor o diamante e outras possíveis análises.

Nesta fase, você pode fazer a análise isotópica, datação, entre outros paramêtros. Além disso, você pode tentar recuperar o microdiamante e fazer curvas de progressão para tentar encontrar os diamantes maiores. É muito importante volume para a amostragem para a diamante, existem exemplos de teores de 44 partes por bilhão. Ou seja, amostras de 10-20 kg dão uma chance muito pequena de ter qualquer teor de diamante.

Quando começa a amostrar o kimberlito, seus custos aumentam por conta desses estudos mais detalhados. Na fase final é até mil toneladas ou mais.

Etapa 4: Pré Avaliação

Você faz diversas sondagens para definir geometria e volume do corpo kimberlitico. Você deve entender muito bem o modelo geológico, pois ele vai ajudar a fazer o planejamento de lavra. Você tem que ter uma planta para fazer a amostragem na etapa final de maneira bem feita.

Etapa 5: Definição das Reservas

Por fim, você vai pegar bastante diamante para ter a definição de qual a estimativa do quantitativo de diamantes naquela determinada área e realiza os estudos finais da pesquisa mineral, para analisar se há viabilidade.

Você vai analisar preço médio, teor, entre outros parâmetros para definir a viabilidade. Por fim, você tem que ter uma sondagem de largo diâmetro para não “destruir” seu diamante. O metro da sondagem é caro, mas você consegue muitas amostras para utilizar na sua planta.

Além disso, você pode fazer em um modelo mais raso shafts e poços para começar a testar na planta. A partir dos testes nas plantas, você vai ter uma noção do preço médio do diamante (custo) e a partir disso você vai aplicar todos os custos que vai ter e analisar se há viabilidade para a instalação ou não de uma mina.

Com tudo isso, você tem a vida útil da mina, produção, profundidade do open pit, qual sua receita por tonelada, qual o custo operacional, entre outros e depois você vai para a próxima fase que é implementar a mina.

Cabe ressaltar que todo o procedimento citado aqui é para fontes primárias de diamante, existem também os chamados garimpos onde os diamantes são retirados como fontes secundárias a partir do regime de permissão de lavra garimpeira. Para estes casos, são utilizados outros métodos de prospecção mineral.

Agora que você já sabe quais as etapas necessárias para a prospecção de diamante e como encontrar diamante.

      
            


           


Fonte: Geoscan

quarta-feira, 22 de março de 2023

Via Láctea pode estar cheia de planetas com chuvas de diamantes

 



Por meio de experimentos, pesquisadores descobriram que planetas gigantes gasosos têm a condição atmosférica perfeita para formar diamantes


iStock

Por meio de experimentos realizados em laboratório, cientistas comprovaram que chuvas de diamantes podem ser mais comuns do que se imaginava em planetas gigantes gasosos como Netuno e Urano. A descoberta, publicada na última sexta (2/9) na revista científica Science Advances, também pode levar à produção comercial de nanodiamantes de forma bem mais prática.

Estudos anteriores sugeriram que diamantes podem estar presentes na atmosfera de planetas gigantes gasosos, incluindo Júpiter e Saturno, mas a pesquisa atual descobriu que a chuva dessas pedras preciosas pode ser relativamente comum em toda a nossa galáxia.

Pesquisadores da Alemanha, França e EUA adaptaram os experimentos anteriores usando um novo material semelhante à composição química da atmosfera desses corpos celestes.



Fonte:  Metrópoles.