Imparável: bitcoin rompe US$ 60 mil e busca máxima histórica
(Com contribuição de Günay Caymaz e Julio Alves)
Investing.com - O bitcoin voltou a ganhar força hoje, rompendo o patamar psicológico de US$ 60.000 e mirando novamente a máxima histórica atingida em 10 de novembro de 2021, quando alcançou US$ 68.990,60.
A maior criptomoeda do mundo era negociada a US$ 61.065,00 às 12:20 de Brasília, uma alta de 7,75% nas últimas 24 horas.
Sustentado pelas compras de fundos negociados em bolsa (ETFs) no mercado à vista, o BTC continua puxando o restante do mercado de criptomoedas, antes do importante evento de “halving” (redução de oferta) que acontecerá em breve na rede.
Simon Peters, analista de criptoativos da corretora eToro, ressalta os maiores níveis de preço em mais de dois anos alcançados esta semana e antecipa: “O recorde histórico do bitcoin, perto de 69 mil dólares, está ao alcance nas próximas semanas”.
“O bitcoin disparou na segunda-feira, atingindo o maior preço desde dezembro de 2021. O principal fator por trás do movimento é a recente aprovação dos ETFs à vista, que continuam comprando a cripto em grandes quantidades”, explica Peters.
“Desde a sua estreia, os ETFs de bitcoin à vista nos EUA acumularam participações que representam mais de 3% de todos os tokens existentes atualmente. Esse marco evidencia uma tendência crescente de investidores institucionais buscando exposição à moeda digital. Espero que essa tendência persista e é possível que possamos ver o bitcoin atingir um novo recorde histórico (com o preço superando os 69 mil dólares) nas próximas semanas”, acrescenta.
Se essa demanda se mantiver nos níveis atuais após o “halving” em abril, a crescente diferença entre a oferta e a demanda de bitcoins pode ser um fator de impulso ainda maior para o preço da criptomoeda. Esse é um dos principais fatores que estimulam a demanda por BTC.
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A demanda por bitcoin é respaldada por grandes investidores
Segundo dados da plataforma de análise de blockchain CryptoQuant, as “baleias” (grandes investidores) de bitcoin que surgiram após 2021 têm agora um lucro não realizado de 7,3 bilhões de dólares.
De fato, de acordo com o analista da eToro, “os investidores continuam guardando seus bitcoins em vez de gastá-los. Atualmente, 70% de todos os bitcoins em circulação não se movimentaram em mais de um ano e a quantidade disponível para compra nas bolsas está no menor nível desde o início de 2018”.
“Também temos a redução pela metade da recompensa por bloco minerado (‘halving’) que ocorrerá em abril deste ano, que diminuirá a taxa de inflação do bitcoin de cerca de 1,75% para cerca de 0,87%. Assim, enquanto vimos cerca de 1.314.000 bitcoins entrarem em circulação nos últimos quatro anos, veremos cerca de 657.000 bitcoins entrarem em circulação nos próximos quatro anos a partir de abril”, aponta.
Segundo o analista da eToro, “a redução pela metade historicamente marcou o início do próximo mercado de alta do bitcoin e, tipicamente, no ano seguinte, o preço foi parabólico. Desde a última redução pela metade da recompensa por bloco em maio de 2020, o preço do bitcoin valorizou 600% até o recorde histórico atual de 69 mil dólares”.
“Embora eu não espere que vejamos um ganho percentual tão expressivo desta vez (já que tipicamente o ganho percentual desde a redução pela metade até o recorde histórico tem diminuído a cada ciclo), é muito provável que possamos ver o ápice do mercado de alta em algum lugar na faixa das seis cifras”, conclui Peters.
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Alta do bitcoin gerou grandes perdas em posições de venda
Além disso, a rápida alta do bitcoin resultou em perdas expressivas para os investidores que abriram posições de venda (short) esperando uma correção. As liquidações de posições futuras nas últimas 24 horas se aproximaram de 250 milhões de dólares.
Dados da Coinglass mostram que a maioria das liquidações de posições futuras do bitcoin foram em posições short, alcançando um total de mais de 100 milhões de dólares em liquidações.