quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Tudo sobre o rubi 💎💎


  O rubi é uma das pedras preciosas mais valorizadas e procuradas no mundo, conhecido por sua cor vermelha intensa, que varia do vermelho-rosado ao vermelho-púrpura. Essa coloração é resultado da presença de cromo em sua composição. O rubi pertence ao grupo dos coríndons, assim como a safira, e apresenta uma dureza de 9 na escala Mohs, sendo uma das gemas mais duras, superada apenas pelo diamante.


Historicamente, o rubi é associado à paixão, ao amor e à energia, e muitas culturas acreditavam que ele tinha propriedades protetoras e de fortalecimento. Atualmente, além de sua beleza em joias, o rubi é também valorizado por seu simbolismo e raridade. Pedras de alta qualidade, com cor uniforme e poucas inclusões, são especialmente valiosas, e os rubis birmaneses são considerados alguns dos mais finos do mundo.


                                             




TOPÁZIO IMPERIAL


 O topázio imperial é uma das variedades mais raras e valiosas do topázio, conhecida por suas cores vibrantes que variam do amarelo dourado ao laranja intenso, podendo apresentar tons rosados ou avermelhados. Encontrado principalmente na região de Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, ele é amplamente apreciado na joalheria devido à sua beleza e brilho. 

Essa gema é formada em ambientes de alta temperatura e pressão e possui uma dureza de 8 na escala de Mohs, tornando-a resistente e durável. O topázio imperial é frequentemente associado a propriedades espirituais, como proteção, alegria e confiança. É também considerado uma pedra de manifestação, associada ao fortalecimento da autoestima e da prosperidade.

      

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

 


Mas, para encontrar pedra preciosa, é preciso sorte e dedicação.
Mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália.

Anay Cury Do G1, em São Paulo

Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Marcelo Morais/Sebrae)

Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.
saiba mais
“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.
Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
Opala bruta (E) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Opala bruta (esq.) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)


Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.


                     

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

As pedras preciosas têm fascinado a humanidade por milênios


 As pedras preciosas têm fascinado a humanidade por milênios, não apenas por sua beleza, mas também por suas histórias e significados. A origem das pedras preciosas está profundamente ligada à formação da Terra e aos processos geológicos que ocorreram ao longo de milhões de anos.

A Terra, formada há cerca de 4,5 bilhões de anos, passou por uma série de transformações que moldaram sua superfície e criaram as condições para o surgimento das gemas. Muitas pedras preciosas, como diamantes, rubis e esmeraldas, se formaram nas profundezas do planeta, onde altas temperaturas e pressões fizeram com que elementos químicos se cristalizassem. Por exemplo, os diamantes se formam a partir do carbono, que, sob condições extremas, se transforma em uma estrutura cristalina única.

Outras pedras, como ametista e quartzo, se formam em ambientes menos extremos, geralmente em rochas ígneas ou metamórficas, onde soluções aquosas ricas em minerais se resfriam e solidificam. Esse processo pode levar milhares de anos e resulta em cristais com formas e cores variadas.

Além disso, a erosão e a movimentação tectônica ao longo do tempo expuseram essas pedras na superfície da Terra. Rios e glaciares ajudaram a transportá-las para novos locais, onde poderiam ser descobertas por humanos. O homem começou a valorizar essas pedras não apenas pela estética, mas também por suas propriedades simbólicas e místicas.

Com o passar dos séculos, as pedras preciosas adquiriram significados variados em diferentes culturas, sendo usadas em joias, adornos e até mesmo em rituais religiosos. Hoje, elas continuam a ser símbolos de riqueza, amor e poder, carregando consigo a história de sua formação e a beleza do nosso planeta. Assim, cada pedra preciosa é, na verdade, uma cápsula do tempo que nos conecta com a Terra e sua evolução.

A história das pedras preciosas é um fascinante entrelaçamento de geologia, cultura e a busca humana por beleza e significado. Vamos explorar mais detalhadamente a formação e o impacto cultural dessas gemas.


Formação Geológica

As pedras preciosas podem ser classificadas em dois grupos principais: minerais e gemas. Os minerais, como o diamante e a esmeralda, são compostos químicos que se cristalizam sob condições específicas. O processo de formação das gemas envolve várias etapas:

  1. Formação Inicial: A maioria das gemas se forma a partir de magma ou em ambientes sedimentares. O magma, ao resfriar-se, permite que os minerais se cristalizem, enquanto em ambientes sedimentares, os minerais se acumulam e solidificam ao longo do tempo.

  2. Mudanças Metamórficas: Muitas pedras preciosas são formadas a partir de rochas que sofreram metamorfose devido a altas temperaturas e pressões. Por exemplo, o rubi e a safira são variedades do mineral coríndon, que se formam em condições metamórficas.

  3. Erosão e Transporte: Com o tempo, a erosão desgasta as rochas que contêm essas gemas, e os minerais são transportados por água, vento ou gelo, acabando por se depositar em leitos de rios ou praias.



Impacto Cultural

As pedras preciosas sempre tiveram um papel significativo em diversas culturas ao redor do mundo. Cada gema carrega histórias e simbolismos únicos:

  • Diamantes: Historicamente, os diamantes foram associados à força e à invulnerabilidade. Hoje, são frequentemente símbolos de amor eterno, especialmente em anéis de noivado.

  • Esmeraldas: Na Antiguidade, eram valorizadas por sua beleza e também por suas supostas propriedades curativas e místicas. Eram adoradas por civilizações como os incas e os egípcios.

  • Ametista: Esta pedra roxa era considerada um símbolo de proteção e espiritualidade. Na Grécia antiga, acreditava-se que a ametista protegia contra a embriaguez.

  • Turquesa: Reverenciada em várias culturas, a turquesa é vista como um talismã de proteção e boa sorte, especialmente entre os nativos americanos.



  • ESMERALDA EXTRA

Comércio e Economia

O comércio de pedras preciosas também desempenhou um papel crucial na economia ao longo da história. As rotas comerciais da seda e do ouro não eram apenas caminhos para mercadorias, mas também para gemas raras. O desejo por essas pedras levou a guerras e conquistas, como no caso dos diamantes da Índia, que atraíram a cobiça de impérios ao redor do mundo.

Conclusão

Hoje, as pedras preciosas continuam a ser símbolos de status e beleza, mas também são estudadas por suas propriedades físicas e químicas. A lapidação e o comércio de gemas geram uma indústria global, mas cada pedra preciosa também conta uma história que remonta à formação da Terra e à evolução da humanidade.

A beleza das pedras preciosas não reside apenas em sua aparência; elas são fragmentos da história geológica do nosso planeta e refletem a rica tapeçaria cultural da humanidade. Assim, cada gema se torna uma testemunha do tempo, ligando o passado ao presente e ao futuro.


 Vamos aprofundar ainda mais na formação das pedras preciosas, suas aplicações e o impacto ambiental e social do seu comércio.


                                                 OPALA NOBRE


Formação e Classificação das Pedras Preciosas

Estruturas Cristalinas

As pedras preciosas são formadas em várias estruturas cristalinas, que influenciam suas propriedades e aparência. Existem seis sistemas cristalinos principais:

  1. Cúbico: Diamantes e fluoritas.
  2. Hexagonal: Ametista e esmeralda.
  3. Tetragonal: Zircão.
  4. Trigonal: Turmalina.
  5. Monoclínico: Olho de tigre.
  6. Ortorômbico: Topázio.

A estrutura cristalina não só afeta a aparência, como também a dureza e a capacidade de refletir a luz, contribuindo para o brilho característico de cada gema.

Tipos de Gemas

Além das pedras preciosas, temos as pedras semipreciosas, que, embora possam não ter o mesmo valor monetário, são igualmente apreciadas. Exemplos incluem:

  • Quartzo: Ampla variedade de cores e formas, como o quartzo rosa e o citrino.
  • Jade: Valorizada em várias culturas, especialmente na chinesa, onde simboliza pureza e serenidade.
  • Ônix: Usado em joias e objetos decorativos, é conhecido por suas camadas de cores.


Aplicações das Pedras Preciosas

As pedras preciosas não se limitam a adornos. Elas são utilizadas em diversas áreas:

  • Joalheria: A aplicação mais conhecida, onde as gemas são cortadas e polidas para criar joias atraentes.
  • Indústria: Algumas gemas, como diamantes, são utilizados em ferramentas de corte e perfuração devido à sua dureza excepcional.
  • Terapias Holísticas: Muitas culturas acreditam que as pedras possuem propriedades curativas e energéticas. A litoterapia é uma prática que utiliza essas crenças, associando diferentes gemas a benefícios específicos.

Impactos Ambientais e Sociais

O comércio de pedras preciosas levanta importantes questões ambientais e sociais:

Mineração e Impacto Ambiental

A extração de gemas pode causar danos significativos ao meio ambiente. A mineração pode levar à desmatamento, contaminação de águas e degradação de habitats naturais. As minas a céu aberto, por exemplo, têm um impacto devastador sobre a paisagem e a biodiversidade local.

Questões Éticas

O comércio de pedras preciosas também está ligado a questões sociais e éticas. O termo "diamante de conflito" refere-se a pedras extraídas em regiões afetadas por guerras, onde a renda obtida pela venda dessas gemas pode financiar conflitos armados e violações dos direitos humanos. Isso gerou movimentos por transparência e responsabilidade na indústria, como o Sistema de Certificação do Processo de Kimberley, que visa garantir que os diamantes sejam provenientes de fontes éticas.

O Futuro das Pedras Preciosas

Com o avanço da tecnologia, novas formas de produção de gemas estão emergindo. A criação de gemas sintéticas em laboratório está se tornando cada vez mais comum. Essas gemas, que possuem as mesmas propriedades químicas e físicas que as naturais, são frequentemente mais baratas e menos prejudiciais ao meio ambiente. No entanto, o mercado continua a valorizar as gemas naturais por sua singularidade e história.

Além disso, a demanda por práticas sustentáveis e éticas na extração e comercialização de pedras preciosas está crescendo. Os consumidores estão cada vez mais conscientes do impacto de suas compras e buscam opções que respeitem tanto o meio ambiente quanto os direitos humanos.

Conclusão

As pedras preciosas são muito mais do que simples adornos; elas são produtos da história geológica da Terra e refletem a complexidade das relações humanas com o planeta. À medida que avançamos, é essencial equilibrar a apreciação dessas maravilhas naturais com uma consciência ética e ambiental. Assim, podemos garantir que as futuras gerações também possam admirar e valorizar a beleza e a singularidade das pedras preciosas.




DUREZA DAS PEDRAS

A dureza das pedras preciosas é uma característica essencial que determina sua resistência ao desgaste e à abrasão. A dureza é medida pela escala de Mohs, que classifica os minerais de 1 a 10, com base na capacidade de um mineral arranhar outro.

Escala de Mohs

Aqui estão os minerais mais conhecidos e suas classificações na escala de Mohs:

  1. Talco (1): Muito macio; pode ser riscado com a unha.
  2. Gipsita (2): Também macio; pode ser riscado com a unha.
  3. Calcita (3): Pode ser arranhado com uma moeda.
  4. Fluorita (4): Mais dura; arranha a calcita.
  5. Apatita (5): Pode ser riscada com uma faca de aço.
  6. Ortoclásio (6): Pode arranhar o vidro comum.
  7. Quartzo (7): Muito comum; resistente e amplamente utilizado em joias.
  8. Topázio (8): Mais duro que o quartzo; bom para joalheria.
  9. Coríndon (9): Inclui rubis e safiras; extremamente duro e durável.
  10. Diamante (10): O mineral mais duro conhecido; pode arranhar todos os outros materiais.

Importância da Dureza

A dureza é crucial para a utilização de gemas em joias e objetos decorativos. Gemas mais duras, como diamantes e rubis, são preferidas por sua resistência ao desgaste e pela capacidade de manter um brilho duradouro. Por outro lado, pedras mais macias, como a ametista ou a esmeralda, exigem cuidados especiais para evitar arranhões e danos.

Aplicações Práticas

A dureza das pedras preciosas também tem implicações em sua aplicação prática. Por exemplo:

  • Diamantes: Além de serem usados em joias, também são amplamente utilizados em ferramentas de corte e perfuração devido à sua dureza excepcional.
  • Quartzo: Utilizado em relógios e dispositivos eletrônicos, devido à sua estabilidade e resistência.

Considerações Finais

Ao escolher uma pedra preciosa, a dureza é um fator importante a considerar, especialmente para peças que serão usadas com frequência. A combinação de beleza e durabilidade é o que torna algumas gemas tão valiosas e procuradas. Portanto, entender a dureza das pedras pode ajudar na escolha adequada para cada propósito.



💎💎Curso Online de Gemologia: Descubra o Fascinante Mundo das Pedras Preciosas!

Transforme sua paixão por pedras preciosas em conhecimento especializado! Nosso curso online de gemologia oferece uma formação completa, abrangendo desde os conceitos básicos até as técnicas avançadas de identificação e avaliação de gemas.

O que você vai aprender:

  • Fundamentos da Gemologia: Conheça a origem, formação e classificação das pedras preciosas.
  • Propriedades Físicas e Ópticas: Entenda a dureza, cor, brilho e outras características que tornam cada gema única.
  • Identificação de Gemas: Aprenda a utilizar ferramentas e técnicas para identificar e avaliar gemas com precisão.
  • Mercado de Gemas: Descubra como funciona o comércio de pedras preciosas e quais são as tendências atuais.

Benefícios do Curso:

  • Aulas Flexíveis: Estude no seu próprio ritmo, em qualquer lugar, a qualquer hora.
  • Certificado Reconhecido: Receba um certificado ao final do curso, valorizando seu currículo.
  • Conteúdo Atualizado: Material didático moderno e abrangente, preparado por especialistas da área.

Para quem é este curso?

Este curso é ideal para entusiastas de gemas, profissionais da joalheria, investidores e qualquer pessoa que deseje aprofundar seus conhecimentos sobre pedras preciosas.

Inscreva-se agora e comece sua jornada no universo deslumbrante da gemologia! Aproveite uma oferta especial por tempo limitado! 👇👇



                        


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

EU AMO ESSA ANALOGIA


 

                                             


                                        

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Lápis-lazúli


 

Lápis-lazúli

Lápis-lazúli
Rocha metamórfica
Composição
Composição essencialLazurita
Composição secundáriaUma mistura de outros minerais, muitas vezes incluindo pirita.
Características físicas
Corazul

Lápis-lazúli ou lazulita é uma rocha metamórfica de cor azul, de opaca a translúcida, composta especialmente de lazurita e calcita utilizada como gema ou como rocha ornamental desde antes de 7 000 a.C. em Mergar, na Índia (atualmente, Paquistão), nas minas de Sar-i Sang[1] em Chortugai (no norte do Afeganistão) e em outras minas na província de Badaquistão (nordeste do Afeganistão).

O lápis-lazúli foi altamente valorizado por civilização do Vale do Indo (3 300-1 900 a.C.). Alguns fragmentos de Lápis-lazúli foram encontradas nos enterros do Neolítico em Mergar, no Cáucaso e até mesmo longe do Afeganistão como a Mauritânia.[2] A sua cor, azul-escura e opaca, fez com que esta gema fosse altamente apreciada pelos faraós, como pode ser visto por seu uso proeminente em muitos dos tesouros recuperados dos túmulos faraônicos. Por exemplo, foi usado na máscara funerária de Tutankhamon (1341-1323 a.C).[3]

É ainda extremamente popular hoje. Trata-se de uma rocha, e não de um mineral, já que é composto por vários minerais.

Etimologia

A primeira parte do nome, lapis, em latim, significa pedra. A segunda parte, lazúli, é a forma genitiva no latim de lazulum, relacionado ao árabe (al)- lazward e apersa لاژورد, lāzhward,[4] que veio do sânscrito Raja Warta, significando "anel", "vida do rei".

Lazúli era originalmente um nome, mas logo veio a significar azul por causa de sua associação com a pedra[carece de fontes]. A palavra em inglês Azure, em francês Azur, em italiano Azzurro, em polonês Lazur, em romeno Azur ou Azuriu, em português e espanhol é Azul e húngaro Azúr.[5][6] O azul espanhol e português e o azzurro italiano são cognatos.

Descrição

Escultura em lápis-lazúli de qualidade elevada, mostrando inclusões douradas de pirita. Estas inclusões são comuns nessa gema e são uma ajuda importante na sua identificação. A escultura possui 8 cm de comprimento
Escultura em lápis-lazúli demonstrando a Águia Imperial romana. Um exemplo de arte nessa pedra, possivelmente o final (superior) de um cetro imperial

O componente principal do lápis-lazúli é a lazurita (25% 40%),[7] silicato do grupo dos feldspatoides de fórmula química (Na,Ca)8(AlSiO4)6(S,SO4,Cl)1-2.[8] A maioria do lápis-lazúli contém também calcita (branca), sodalita (azul) e pirita (amarelo metálico). Outros constituintes possíveis são augitadiópsidoenstatitamicahauyinitahornblenda e noseana. Alguns contêm quantidades mínimas de loellingita. O lápis-lazúli ocorre geralmente em mármores cristalinos como resultado de metamorfismo de contato. A sua melhor cor é o azul intenso, com pequenos grãos de pirita dourada. Para ser valioso, não deve haver nenhum veio de calcita e as inclusões da pirita devem ser pequenas. As pedras que contêm demasiadamente calcita ou pirita não são artigo de grande valor. Os grãos de pirita são importantes para identificar a pedra como genuína e não diminuem o seu valor. Frequentemente, os lápis de qualidade inferior são tingidos para melhorar sua cor, mas estes são frequentemente muito escuros - ficando azul-acinzentados.

Locais de extração

Os lápis mais valiosos vêm da área de Badacchão do Afeganistão. Chortugai, um povoamento da Civilização do Vale do Indo no Amu Dária no norte do Afeganistão, situava-se perto de minas de lápis-lazúli. Esta fonte dos lápis pode ser a mais antiga das minas no mundo, e as mesmas minas que operam ainda hoje podem ter fornecido os lápis aos faraós e antigos sumérios. Usando esta fonte antiga, os artistas do Vale do Indo lapidavam estas pedras, que comerciantes negociavam nos locais mais distantes.

Mais recentemente, durante o conflito do Afeganistão e URSS em 1980, os lutadores da resistência do Afeganistão utilizaram explosivos obtidos a partir de munições soviéticas nas minas de lápis, que utilizaram como forma de obter fundos para custear a resistência[carece de fontes]. Além dos depósitos afegãos, os lápis são encontrados nos Andes perto de OvalleChile, onde são geralmente mais pálidos que o azul-escuro. Outras fontes menos importantes são a região do Lago Baikal na Rússia, a SibériaAngolaMyanmarPaquistãoEUA (Califórnia e Colorado), Canadá e Índia.

Usos

Mineral de Lápis-lazúli, de perfeita qualidade.

O lápis-lazúli, com um polimento adequado, pode ser usado em joias, caixas, mosaicos, ornamentos, canetas e vasos. Na arquitetura, foi usado nas paredes e colunas dos palácios e das igrejas. Quando moído e processado, dá origem a um pigmento azul, que pode ser utilizado de diversas maneiras, principalmente na fabricação de tintas.

Muita poesia suméria e de acádia faz referência ao lápis-lazúli como uma gema própria de esplendor real. Em épocas antigas, o lápis-lazúli ficou conhecido como safira, que é o nome usado hoje para uma variedade de coríndon, especialmente a azul. Os romanos acreditavam que os lápis eram um poderoso afrodisíaco. Na Idade Média, acreditou-se que mantinha o corpo saudável e a alma livre do erro e do medo. Acreditou-se também que o lápis tinha propriedades medicinais. Era moído e misturado com leite fervido e aplicado em úlceras na pele. Muitos dos azuis pintados nas iluminuras medievais e nos painéis do Renascimento foram produzidos a partir de lápis-lazúli.

O pó de lápis-lazúli, depois de processado para remover as impurezas, e uma vez isolado o componente lazurita, dá origem ao pigmento ultramarine. Este azul livre, brilhante, era um do poucos disponíveis aos pintores antes do século XIX, mas era de alto custo. Quando a pintura de têmpera foi substituída pelo advento da pintura a óleo no Renascimento, os pintores acharam que o brilho do ultramarine ficava diminuído quando moído e misturado em óleo e isto, junto com seu alto custo, conduziu a um declínio constante no seu uso. Desde que a versão sintética do ultramarine foi descoberta no século XIX (junto com outros azuis, tais como o azul do cobalto), a produção e o uso da variedade natural quase cessou, embora diversas companhias ainda a produzam e alguns pintores ainda sejam atraídos pelo seu brilho e pela sua história romântica.

História

No Antigo Egito, o lápis-lazúli era a pedra favorita para amuletos e ornamentos; foi usado também pelos assírios e pelos babilônicos nos selos cilíndricos (locais onde se gravavam pinturas contando a história do povo). As escavações egípcias que datam de 3 000 a.C. continham milhares de artigos como joia, muitos feitos de lápis. Os lápis pulverizados foram usados por senhoras egípcias como uma sombra cosmética para o olho.,

Como inscrito no capítulo 140 do Livro dos Mortos egípcio, o lápis-lazúli, na forma de um olho ajustado no ouro, foi considerado um amuleto de grande poder. No último dia do mês, oferecia-se este olho simbólico, porque se acreditava que, nesse dia, um ser supremo colocou tal imagem em sua cabeça. Os antigos túmulos reais sumérios de Ur, situados perto do rio Eufrates no baixo Iraque, continham mais de 6 000 estatuetas belamente executadas, de lápis-lazúli, de pássaros, cervos e roedores, bem como pratos, grânulos e selos de cilindro. Estes artefatos vieram indubitavelmente do material minerado em Badacchão no norte do Afeganistão.

O lápis-lazúli desfrutou de grande popularidade na antiguidade tardia romana e no mundo bizantino, pois sua rica cor azul púrpura foi associada à realeza. A partir do 3 ° século, a figura do imperador muitas vezes aparece em moedas e medalhões carregando um cetro com uma águia, um símbolo de vitória e autoridade.

Detalhes

Cor: azul, mesclado com branco da calcita e grãos dourados da pirita;
Forma: compacto, maciço;
Densidade: 2.7 a 3.0 gramas por centímetro cúbico;
Dureza: 5 - 5.5;
Brilho: baço;
Fratura: desigual;
Sistema cristalino: não há, lápis é uma rocha. Lazurite, o principal constituinte, frequentemente ocorre como um dodecaedro;
Clivagem: não tem;
Transparência
: opaca;
Índice de refração: 1.4.

O Lápis-lazúli no mundo atual

É a pedra oficial da Museologia, assim declarada pelo Conselho Federal de Museologia em 2015.

É a pedra oficial do anel de formatura dos psicólogos, assim considerada a partir de 31 de março de 2006, pela Resolução nº 002/2006 do Conselho Federal de Psicologia brasileiro.

O lápis-lazúli é a pedra nacional do Chile.

Na cultura pop, o material também pode ser visto no jogo Minecraft, de 2011, desenvolvido pela produtora Mojang.