quinta-feira, 16 de maio de 2013

Topázio

Topázio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Topázio
O topázio é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio de fórmula química Al2(F,OH)2SiO4. É bastante utilizado em joalharia e classificado como pedra semipreciosa.
Topázio incolor, Minas Gerais, Brasil
Topázio imperial, Minas Gerais, Brasil

Índice

Características físicas

É um mineral que cristaliza no sistema ortorrômbico e seus cristais são na maior parte prismáticos terminados ou não por faces piramidais, frequentemente apresentando pinacóide basal. Tem uma perfeita clivagem basal e por isso as gemas ou outros espécimes finos devem ser seguradas com cuidado para evitar que apareçam falhas de clivagem. A fratura é concoidal e desigual.
O topázio tem uma dureza de 8, peso específico entre 3.4-3.6, e um brilho vítreo. Quando puro é transparente mas em geral matizado por impurezas; em termos de cor o topázio típico apresenta-se cor de vinho ou amarelo-claro. Pode também ser branco, cinza, verde, azul, ou amarelo-avermelhado e transparente ou translúcido. Quando aquecido, o topázio amarelo torna-se frequentemente rosa-avermelhado.

Tipos de ocorrência

O topázio ocorre em pegmatitos, veios de quartzo de alta temperatura e em cavidades existentes em rochas ácidas como granito e riólito e pode ser encontrado associado com fluorita e cassiterita. Pode ser encontrado nas montanhas Urais e Ilmen (Rússia), na República Checa, Saxônia, Noruega, Suécia, Japão, Brasil, México, e Estados Unidos.
Em Portugal pode ser encontrado na zona de Gonçalo, Guarda.

Etimologia

O nome "topázio" é derivado do grego topazos ("buscar"), que era o nome de uma ilha no Mar Vermelho difícil de encontrar e da qual uma pedra amarela (atualmente acredita-se que fosse uma olivina amarelada) era minerada em tempos antigos. Na Idade Média, o nome topázio conhecido era usado como referência a qualquer gema amarela, mas atualmente o nome é aplicado corretamente somente ao silicato descrito acima.

Tanzanita

Tanzanite

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Zoïsite (Tanzanite).jpg
Tanzanite (Portugal)ou Tanzanita (Brasil) é uma variedade do mineral zoisite descoberta nos Montes Meralani no norte da Tanzânia em 1967 próximo de Arusha,afirma-se que por um natural de Goa de nome Manuel de Sousa. Desde então, a gema conheceu uma onda de popularidade, nomeadamente nos EUA, onde a Tiffany & Co. teve um papel fundamental tanto no seu baptismo, como na sua apresentação ao mercado e subsequente promoção.
Trata-se de uma gema popular e valiosa, sobretudo por sua cor e raridade. Digno de realce é o forte tricroísmo que apresenta (azul safira, violeta e verde dependendo da orientação do cristal). No entanto, a maior parte da tanzanite recebe tratamento térmico artificial para melhorar a sua cor, o que reduz significativamente esse tricroísmo.
Tem cor azul-safira, devida ao vanádio (tem 0,02%V). É transparente, tem dureza 6,5 a 7,5 na escala de Mohs, índice de refração 1,690 a 1,700 e birrefringência 0,010. A Tanzânia é ainda a única fonte conhecida e lá existem também zoisitas de outras cores que, aquecidas a 380 °C, ficam azul-safira, com reflexos roxos. (Pércio M. Branco, Dicionário de Mineralogia e Gemologia, 2008).

Pedra Brasileira é a Mais Cara do Mundo

Pedra Brasileira é a Mais Cara do Mundo


Turmalina Paraíba, uma pedra brasileira, está chamando a atenção do mundo inteiro por sua beleza, pureza e raridade.
De tão rara e pura, 1 grama (5 quilates) pode valer R$ 1 milhão. As milionárias americanas e japonesas adoram. A produção é quase toda exportada.
Mas, afinal, o que significa a palavra paraíba?”, pergunta o Financial Times.
Uma reportagem do diário financeiro britânico revela que o azul da turmalina retirada da mina da Batalha, no interior da Paraíba, virou moda na Europa. A coloração incandescente e única deve-se a uma combinação de traços de cobre e manganês dentro da pedra. Assim, paraíba tornou-se denominação de um tipo único de azul, que lembra o azul do pavão e algumas asas de borboleta.
A pedra é encontrada apenas nesta região do Brasil e em grande profundidades (60 metros subterrâneos).
A turmalina paraíba é utilizada pela grifes brasileiras Amsterdan Sauer e H. Stern, além das internacionais Dior e Tiffany & Co UK.
Vejam algumas jóias:
Anel da Amsterdam Sauer: 15,25 quilates em turmalina Paraíba e 2,59 quilates em diamantes. Montado em platina custa R$ 1,170 milhão.
Da joalheria Tiffany´s, o anel é feito só sob encomenda. Apesar da pedra ser brasileira, não esta disponível no Brasil. Seu custo é de U$$127 mil
Feita pela Tiffany´s, o pingente é a jóia mais cara da grife. Montada com 254 diamantes e com a turmalina Paraíba, equivalente a 3,5 quilates. O preço é de U$$ 248mil.
Vejam uma reportagem sobre a pedra abaixo:

Pedras Preciosas x Semipreciosas

Classificação
Pedras Preciosas x Semipreciosas

A gema, expressão utilizada para caracterizar as pedras de valor, não faz distinção entre pedras preciosas e semi-preciosas. Antigamente, acreditava-se que as pedras preciosas eram apenas o diamante, a esmeralda, a safira e o rubi, fazendo com que todas as outras gemas fossem consideradas semipreciosas.
Foi então que com o tempo e o aprimoramento de estudos acerca do assunto, que se chegou à conclusão de que não existem pedras 'semipreciosas', uma pedra é simplesmente preciosa, ou não.

Origem

A origem das pedras preciosas pode ser classificada de diversas maneiras.
 pedras-borda1
Um mineral magmático, por exemplo, é o que tem a origem através da associação do magma à gases ígneos do interior da Terra, ou também através de larvas vulcânicas que conseguiram alcançar a superfície terrestre.

Já os minerais sedimentários são os que se cristalizam e crescem com soluções solventes de água e auxílio de outros organismos.

Os minerais metamórficos, outro tipo de origem das gemas, normalmente se formam através da recristalização de outros minerais, que são submetidos às pressões e temperaturas altas.

Formação dos cristais

A estrutura interna e a composição química de um mineral são determinantes para as características físicas da pedra preciosa. Existem sete tipos de sistemas que determinam o formato da gema:

Sistema cúbico – Tem como unidade fundamental o hexaedro ou o cubo, podendo aparecer também formatos de octaedro, tetraexaedro, tetraedro, entre outros;

Sistema hexagonal – O prisma de seis faces retangulares com duas bases hexagonais é a unidade básica desse sistema, que também pode apresentar o formato do romboedro, por exemplo;

Sistema tetragonal – Tem como unidade principal a bipirâmide de base quadrada;

Sistema ortorrômbico – O prisma de base retangular é a sua unidade principal;

Sistema trigonal ou romboédrico – Tem um eixo ternário de rotação com 25 grupos espaciais;

Sistema monoclínico – É caracterizado por três eixos cristalográficos de comprimentos diferentes;

Sistema triclínico – Agrupa as formas que não podem ser classificadas nos outros sistemas.

Os quatro C's

Para caracterizar e classificar o valor de uma gema, é utilizada uma combinação de características conhecidas como “4 C's” - Color, clarity, carat e cut.

Color (Cor) – Diz respeito à coloração da gema. Geralmente, nas gemas com cores mais intensas e incolores (no caso do diamante, por exemplo), maior é o seu valor;

Clarity (Pureza) – Diz respeito à pureza da gema. Quando mais livre de impurezas (sujeiras ou outros componentes), mais valiosa ela é;

Carat (Quilate) – O quilate das pedras preciosas (ct) é totalmente diferente do quilate dos metais preciosos (K). O quilate métrico, no caso das gemas, diz respeito à unidade de peso utilizada para pesar as pedras já lapidadas. Um quilate é igual a 0,2 gramas, que são subdivididas em 100 pontos.

Cut (Lapidação) – Diz respeito ao corte da pedra. Assim, existem expectativas de lapidação que podem dar referência ao aproveitamento da gema.

Lista de gemas

As espécies de gemas mais conhecidas são:

Diamante
Rubi
Safira
Esmeralda
Água-marinha
Opala
Ametista
Citrina
Ágata
Jaspe
Turmalina
Topázio
Peridoto
Zircão
Granada
Crisoberilo
Espinela
Jade
Turquesa
Lápis-lazúli
Pedra-de-lua Labradorite

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Escala de Mohs

Escala de Mols
Desenvolvida pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs, é o método mais usado em Mineralogia, pois permite, principalmente em trabalhos de campo, uma rápida inspeção do mineral. Seu inconveniente é que é uma escala não linear e muito imprecisa.
Ele atribuiu valores de 1 a 10, o valor de dureza 1 foi dado ao material menos duro que é o talco, e o valor 10 dado ao diamante que é a substância mais dura existente na natureza. Esta escala não corresponde à dureza aboluta de um material, por exemplo, o diamante tem dureza absoluta 1500 vezes superior ao talco.
1. TALCO
Fórmula - Mg3Si4O10(OH)2
Composição -  Silicato de magnésio.
Cor - Verde pálido, amarelo ou cinza-esverdeado.
Ocorrência - Gerada em processos de alteração hidrotermal de minerais magnesianos, especialmente olivina e ortopiroxênio e metamorfismo regional ou de contato sobre calcários magnesianos ou rochas ultrabásicas.
Usos - Indústria de papel, sabões e cerâmica, moldes refratários, bicos de lâmpadas de acetileno, isoladores de alta tensão, aparelhos de calefação elétrica, cargas para artigos de borracha, inerte para veículos de inseticidas, polimento de arroz, branqueador para algodão, velas para automóveis, produtos medicinais etc.


2. GIPSITA
 
Fórmula - (CaSO4•2H2O)
Composição - Sulfato de cálcio hidratado. 46,6% SO3, 32,5% CaO, 20,9% H2O. As principais variedades são espato acetinado, fibroso com brilho sedosos; alabastro variedade maciça e transparente, usada em esculturas, e selenita, cristais com clivagens largas, incolores e transparentes.
Cor - Incolor, branco a cinza, amarelo, vermelho, castanho.
Ocorrência - Forma-se nos evaporitos, normalmente como produto de hidratação da anidrita, fumarolas, decomposição (oxidação) de sulfetos e veios hidrotermais sulfetados de baixa temperatura e pressão. Por aquecimento perde água, formando a 128ºC o gesso (pasta de Paris), que tem e 1,57, w 1,55 e d 0,02. Na natureza, a gipsita pode desidratar para anidrita com diminuição de volume, ou mesmo reduzir o enxofre.
Usos - Gesso para moldes cerâmicos, odontológicos, estatuetas, estuque etc.; fabricação de ácido sulfúrico, cimento Portland, para neutralizar o excesso de cloreto de sódio nas terras cultiváveis, para diminuir a rapidez de pega do cimento Portland, carga para papel, tintas etc.; fundente de minérios de níquel; purificação de água para fabricação de cerveja; quando na forma maciça e compacta (alabastro) é usado par fins ornamentais, incorporado na fabricação do cimento. Também em fornos, moldes, ortopedia, construção civil (forros) etc.
 

3. CALCITA
Fórmula - (CaCO3)
Composição - Carbonato de Cálcio. 53,0% CaO , 44,0% CO2.
Cor - Usualmente branco ou incolor, cinza, vermelho, verde , azul e amarelo. Também, quando impura, castanho a preto.
Ocorrência - É um dos minerais mais comuns e disseminados. Ocorre como massas rochosas sedimentares enormes e amplamente espalhadas, nas quais é o único mineral preponderante, sendo o único presente em certos calcários. É um constituinte importante de margas e pelitos calcários.
    As rochas calcárias formam-se por processos orgânicos e inorgânicos. No primeiro caso resulta da deposição em fundo marinho, de grandes camadas de material calcário, sob a forma de carapaças e esqueletos de animais marinhos. Uma proporção menor dessas rochas formam-se inorgânicamente pela precipitação direta de carbonato de cálcio em soluções aquosas.
Usos - O emprego mais importante da calcita é na fabricação de cimentos e cal para argamassa. Também é usado como corretor de pH em solos ácidos.

4. FLUORITA
 
Fórmula - CaF2
 
Composição - 51,33 % Ca ; 48,67 %  F.
Cor - Incolor, roxo, verde, rosa, amarelo, azul, vermelho.
Ocorrência - É um mineral comum em greisen, granitos, sienitos e como cimentos em arenitos.
Usos - É o mineral de minério de flúor mais importante, usado diretamente como fundente em metalurgia; como adorno; nas fundições de ferro; no tratamento dos minérios de ouro, prata, cobre e chumbo e antimônio; como gema etc.

5. APATITA

Fórmula Química (genérica) - Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)

Composição - Fosfato de cálcio e flúor/cloro. 41,8% P2O5 , 55,0% CaO , 1,2% F, 2,3% Cl , 0,6% H2O.
Cor - Usualmente incolor, podendo ser branco, azul-esverdeado, violeta-azulado, amarelo, marrom, cinza, vermelho.
Ocorrência - Ocorre em rochas magmáticas, metamórficas e hidrotermais como mineral acessório. Pode também ocorrer em rochas sedimentares, como clastos ou como mineral secundário.
Usos - Fabricação de fertilizantes, ração animal, ácido fosfórico, detergentes, inseticidas e até gemas.

6. FELDSPATO ORTOCLÁSSICO
Fórmula - KAlSi3O8
Composição -  16.92 % K2O, 18.32 % Al2O3, 64.76 % SiO2. Como os elementos Silício e Alumínio são os mais abundantes na crosta terrestre, não é de se admirar que os feldspatos compõem mais de 60% em volume, das rochas da crosta terrestre.
Cor - Esverdeada.

7. QUARTZO

Fórmula - (SiO2)

Cor - Incolor, branco, púrpura, preto, cinza, leitoso, etc. 
Composição -  46.74 %  Si, 53.26 %  O.
Ocorrência - É gerado por processos metamórficos, magmáticos, diagenéticos e hidrotermais.
Usos - Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro, esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, lixas, fibras óticas, refratários, cerâmica, produtos eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos; fabricação de instrumentos óticos, de vasilhas químicas, refratários etc. É muito utilizado também na construção civil como areia e na confecção de jóias baratas, em objetos ornamentais e enfeites, na confecção de cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas etc.

8. TOPÁZIO

Fórmula - Al2SiO4(OH,F)2
Composição - 55,95 % Al2O3, 32,97 % SiO2, 4,45 % H2O, 11,47 % F.
Cor - Branco, amarelo-vinho, amarelo-palha, cinza, verde, azul, vermelho.
Ocorrência - Ocorre em granitos e riólitos, veios ou cavidades, sendo nestes últimos resultado de cristalização pneumatolítica residual de magmas. Ocorre também em alguns xistos e gnaisses, como resultado do mesmo processo. Frequentemente encontrado em pegmatitos.
Usos - Gema e indústria de refratários.

9. CORÍNDON

Fórmula – Al2O3
 
Composição - Trióxido de Alumínio (Al2O3), 52,9% de Al, 47,1% de O.
Cor - Cor variada (incolor, branco, cinza, vermelho, azul, amarelo etc.)
Ocorrência - Gerado por processos magmáticos e metamórficos de temperatura moderada a alta, em condições excesso de Al, ou deficiência de álcalis e sílica. Portanto, aparece em rochas ígneas pobres em sílica, nos contatos de corpos peridotíticos, rochas aluminosas submetidas a metamorfismo de contato ou regional. Pode ser produzido artificialmente por aquecimento de alumina acima de 450ºC. Pelo processo Verneuil, são produzidas gemas sintéticas,  adicionando-se pequenas quantidades de Fe, Cr, V ou Ti para dar a cor apropriada.
Usos - São diversas as variedades, que normalmente são definidas pela coloração, sendo as principais rubi (vermelho vivo), safira (azul), topázio oriental (amarelo), ametista oriental (roxo-violeta), esmeralda oriental (verde-claro), esmeril (mistura de coríndon com outros minerais). O coríndon não utilizável em joalheria é usado como abrasivo, em ferramentas cortantes e também como material refratário, em virtude do elevado ponto de fusão. A preparação sintética do rubi e da safira é feita com tal perfeição e baixo custo e, praticamente, não há necessidade de falsificações; todavia, é relativamente fácil reconhecer ao microscópio as gemas naturais pela estrutura zonal da bem delimitada, definida pela coloração e inclusões de outros minerais, ao passo que as pedras sintéticas normalmente possuem inclusões gasosas. O esmeril é o coríndon impuro, empregado como abrasivo, na fabricação de lixas, rebolos etc., cabendo ressaltar que o uso do material natural para estas finalidades diminuiu bastante pelo uso de correspondentes artificiais.

10. DIAMANTE
 
Fórmula –  Contém apenas átomos de Carbono (C).
 
Composição - C (Carbono puro)
Cor - Transparente, branco, cinza, preto, azul ou amarelo.
Ocorrência - Gerados em grande profundidade, onde a pressão em relação ao grau geotérmico permite sua geração, sendo que quanto maior o grau geotérmico mais profundo seu ambiente de formação. Dessa forma, esse mineral apenas pode aparecer na superfície trazido por magmas de origem profunda e ascensão rápida (quimberlíticos e lamproíticos) , pois se a subida for lenta, há possibilidade de formação de grafita, com a diminuição da pressão e manutenção da temperatura.
Usos - Gema na joalheria, ferramentas de corte, brocas, abrasivos, serras diamantadas, fios diamantados, "canetas" para cortar vidro.
 
Curiosidade sobre os diamantes: O diamante é muito resistente e utilizado, por exemplo, nos equipamentos de perfuração de petróleo e para o corte de vidro. O diamante é tão resistente que somente um diamante corta outro diamante.