Escala de Mols
Desenvolvida pelo mineralogista alemão
Friedrich Mohs, é o método mais usado em Mineralogia, pois permite,
principalmente em trabalhos de campo, uma rápida inspeção do mineral.
Seu inconveniente é que é uma escala não linear e muito imprecisa.
Ele atribuiu valores de 1 a 10, o valor
de dureza 1 foi dado ao material menos duro que é o talco, e o valor 10
dado ao diamante que é a substância mais dura existente na natureza.
Esta escala não corresponde à dureza aboluta de um material, por
exemplo, o diamante tem dureza absoluta 1500 vezes superior ao talco.
1. TALCO
Fórmula - Mg3Si4O10(OH)2
Composição - Silicato de magnésio.
Cor - Verde pálido, amarelo ou cinza-esverdeado.
Ocorrência - Gerada em processos de alteração hidrotermal de
minerais magnesianos, especialmente olivina e ortopiroxênio e
metamorfismo regional ou de contato sobre calcários magnesianos ou
rochas ultrabásicas.
Usos - Indústria de papel, sabões e cerâmica, moldes refratários,
bicos de lâmpadas de acetileno, isoladores de alta tensão, aparelhos de
calefação elétrica, cargas para artigos de borracha, inerte para
veículos de inseticidas, polimento de arroz, branqueador para algodão,
velas para automóveis, produtos medicinais etc.
2. GIPSITA
Fórmula - (CaSO4•2H2O)
Composição - Sulfato de cálcio hidratado. 46,6% SO3, 32,5% CaO, 20,9% H2O.
As principais variedades são espato acetinado, fibroso com brilho
sedosos; alabastro variedade maciça e transparente, usada em esculturas,
e selenita, cristais com clivagens largas, incolores e transparentes.
Cor - Incolor, branco a cinza, amarelo, vermelho, castanho.
Ocorrência - Forma-se nos evaporitos, normalmente como produto de
hidratação da anidrita, fumarolas, decomposição (oxidação) de sulfetos e
veios hidrotermais sulfetados de baixa temperatura e pressão. Por
aquecimento perde água, formando a 128ºC o gesso (pasta de Paris), que
tem e 1,57, w 1,55 e d 0,02. Na natureza, a gipsita pode desidratar para
anidrita com diminuição de volume, ou mesmo reduzir o enxofre.
Usos - Gesso para moldes cerâmicos, odontológicos, estatuetas,
estuque etc.; fabricação de ácido sulfúrico, cimento Portland, para
neutralizar o excesso de cloreto de sódio nas terras cultiváveis, para
diminuir a rapidez de pega do cimento Portland, carga para papel, tintas
etc.; fundente de minérios de níquel; purificação de água para
fabricação de cerveja; quando na forma maciça e compacta (alabastro) é
usado par fins ornamentais, incorporado na fabricação do cimento. Também
em fornos, moldes, ortopedia, construção civil (forros) etc.
3. CALCITA
Fórmula - (CaCO3)
Composição - Carbonato de Cálcio. 53,0% CaO , 44,0% CO2.
Cor - Usualmente branco ou incolor, cinza, vermelho, verde , azul e amarelo. Também, quando impura, castanho a preto.
Ocorrência - É um dos minerais mais comuns e disseminados. Ocorre
como massas rochosas sedimentares enormes e amplamente espalhadas, nas
quais é o único mineral preponderante, sendo o único presente em certos
calcários. É um constituinte importante de margas e pelitos calcários.
As rochas calcárias formam-se por processos orgânicos e inorgânicos.
No primeiro caso resulta da deposição em fundo marinho, de grandes
camadas de material calcário, sob a forma de carapaças e esqueletos de
animais marinhos. Uma proporção menor dessas rochas formam-se
inorgânicamente pela precipitação direta de carbonato de cálcio em
soluções aquosas.
Usos - O emprego mais importante da calcita é na fabricação de
cimentos e cal para argamassa. Também é usado como corretor de pH em
solos ácidos.
4. FLUORITA
Fórmula - CaF2
Composição - 51,33 % Ca ; 48,67 % F.
Cor - Incolor, roxo, verde, rosa, amarelo, azul, vermelho.
Ocorrência - É um mineral comum em greisen, granitos, sienitos e como cimentos em arenitos.
Usos - É o mineral de minério de flúor mais importante, usado
diretamente como fundente em metalurgia; como adorno; nas fundições de
ferro; no tratamento dos minérios de ouro, prata, cobre e chumbo e
antimônio; como gema etc.
5. APATITA
Fórmula Química (genérica) - Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)
Composição - Fosfato de cálcio e flúor/cloro. 41,8% P2O5 , 55,0% CaO , 1,2% F, 2,3% Cl , 0,6% H2O.
Cor - Usualmente incolor, podendo ser branco, azul-esverdeado, violeta-azulado, amarelo, marrom, cinza, vermelho.
Ocorrência - Ocorre em rochas magmáticas, metamórficas e
hidrotermais como mineral acessório. Pode também ocorrer em rochas
sedimentares, como clastos ou como mineral secundário.
Usos - Fabricação de fertilizantes, ração animal, ácido fosfórico, detergentes, inseticidas e até gemas.
6. FELDSPATO ORTOCLÁSSICO
Fórmula - KAlSi3O8
Composição - 16.92 % K2O, 18.32 % Al2O3, 64.76 % SiO2.
Como os elementos Silício e Alumínio são os mais abundantes na crosta
terrestre, não é de se admirar que os feldspatos compõem mais de 60% em
volume, das rochas da crosta terrestre.
Cor - Esverdeada.
7. QUARTZO
Fórmula - (SiO2)
Cor - Incolor, branco, púrpura, preto, cinza, leitoso, etc.
Composição - 46.74 % Si, 53.26 % O.
Ocorrência - É gerado por processos metamórficos, magmáticos, diagenéticos e hidrotermais.
Usos - Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro,
esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, lixas, fibras óticas,
refratários, cerâmica, produtos eletrônicos, relógios, indústria de
ornamentos; fabricação de instrumentos óticos, de vasilhas químicas,
refratários etc. É muito utilizado também na construção civil como areia
e na confecção de jóias baratas, em objetos ornamentais e enfeites, na
confecção de cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas etc.
8. TOPÁZIO
Fórmula - Al2SiO4(OH,F)2
Composição - 55,95 % Al2O3, 32,97 % SiO2, 4,45 % H2O, 11,47 % F.
Cor - Branco, amarelo-vinho, amarelo-palha, cinza, verde, azul, vermelho.
Ocorrência - Ocorre em granitos e riólitos, veios ou cavidades,
sendo nestes últimos resultado de cristalização pneumatolítica residual
de magmas. Ocorre também em alguns xistos e gnaisses, como resultado do
mesmo processo. Frequentemente encontrado em pegmatitos.
Usos - Gema e indústria de refratários.
9. CORÍNDON
Fórmula – Al2O3
Composição - Trióxido de Alumínio (Al2O3), 52,9% de Al, 47,1% de O.
Cor - Cor variada (incolor, branco, cinza, vermelho, azul, amarelo etc.)
Ocorrência - Gerado por processos magmáticos e metamórficos de
temperatura moderada a alta, em condições excesso de Al, ou deficiência
de álcalis e sílica. Portanto, aparece em rochas ígneas pobres em
sílica, nos contatos de corpos peridotíticos, rochas aluminosas
submetidas a metamorfismo de contato ou regional. Pode ser produzido
artificialmente por aquecimento de alumina acima de 450ºC. Pelo processo
Verneuil, são produzidas gemas sintéticas, adicionando-se pequenas
quantidades de Fe, Cr, V ou Ti para dar a cor apropriada.
Usos - São diversas as variedades,
que normalmente são definidas pela coloração, sendo as principais rubi
(vermelho vivo), safira (azul), topázio oriental (amarelo), ametista
oriental (roxo-violeta), esmeralda oriental (verde-claro), esmeril
(mistura de coríndon com outros minerais). O coríndon não utilizável em
joalheria é usado como abrasivo, em ferramentas cortantes e também como
material refratário, em virtude do elevado ponto de fusão. A preparação
sintética do rubi e da safira é feita com tal perfeição e baixo custo e,
praticamente, não há necessidade de falsificações; todavia, é
relativamente fácil reconhecer ao microscópio as gemas naturais pela
estrutura zonal da bem delimitada, definida pela coloração e inclusões
de outros minerais, ao passo que as pedras sintéticas normalmente
possuem inclusões gasosas. O esmeril é o coríndon impuro, empregado como
abrasivo, na fabricação de lixas, rebolos etc., cabendo ressaltar que o
uso do material natural para estas finalidades diminuiu bastante pelo
uso de correspondentes artificiais.
10. DIAMANTE
Fórmula – Contém apenas átomos de Carbono (C).
Composição - C (Carbono puro)
Cor - Transparente, branco, cinza, preto, azul ou amarelo.
Ocorrência - Gerados em grande profundidade, onde a pressão em
relação ao grau geotérmico permite sua geração, sendo que quanto maior o
grau geotérmico mais profundo seu ambiente de formação. Dessa forma,
esse mineral apenas pode aparecer na superfície trazido por magmas de
origem profunda e ascensão rápida (quimberlíticos e lamproíticos) , pois
se a subida for lenta, há possibilidade de formação de grafita, com a
diminuição da pressão e manutenção da temperatura.
Usos - Gema na joalheria, ferramentas de corte, brocas, abrasivos, serras diamantadas, fios diamantados, "canetas" para cortar vidro.
Curiosidade sobre os diamantes: O
diamante é muito resistente e utilizado, por exemplo, nos equipamentos
de perfuração de petróleo e para o corte de vidro. O diamante é tão
resistente que somente um diamante corta outro diamante.