quinta-feira, 4 de julho de 2013

Garimpos de cassiterita

Garimpos de cassiterita


 Tá interessado em mudar seu ramo para a extração mineral de cassiterita? Vou te explicar como funciona, então.

Primeiro a PC, essa prima da retroescavadeira aí na foto, faz um buracão; ela retira a
terra que está por cima da camada de cascalho que contem cassiterita, e dá uma boa
adiantada no trabalho, que levaria semanas se fosse feito no muque.

Depois, enquanto a PC vai ali pro lado cavar um novo buracão, dois ou três homens
lavam a terra, ou o cascalho, com fortes jatos de água.


Nesse processo vai-se formando uma lama, que é absorvida por uma mangueirona grossa, tocada a bomba, claro, que leva essa lama prá um máquinha chamada Dig, se não me falha a memória.



Dig está um buraco mais acima, o último que foi explorado. Através de vibração e pela
diferença de peso, essa máquina separa a cassiterita de um outro metal, que eles
chamam de ferro, e o excesso de água é jorrado no buraco recém explorado e que daqui
a pouco vai virar um lago.





O “ferro” (acima, no monte e na minha mão) sai por uma torneirinha e a cassiterita, mais pesada, vai se acumulando no fundo da DIG. Depois abre-se a segunda torneirinha e a
cassiterita sai. Esse último processo eu não vi. Não sei como drenam o resto de água
que está misturado ao minério. Mas drenam, e depois a ensacam e vendem.
Ganham dinheiro, uns o investem, outros o gastam até ele acabar, e vão pro buracão mais de cima, começar tudo de novo. E os lagos vão se formand0.

Recentemente eu soube que há um outro tipo de processo em Campo Novo, que é subaquático. Os garimpeiros mergulham e extraem, com grossas mangueiras, a areia do fundo do rio. Do lado de cima essa areia é lavada e o metal, separado. Esse garimpeiros mergulhadores ficam 4 horas debaixo d’água, se não me engano. Aí são substituídos por outros. Não tenho fotos dos garimpos que trabalham assim.
Abaixo algumas fotos das acomodações. Muitos dos garimpeiros dormem aí, alguns com barracas de camping modernas dentro dos barracos, e cada local tem a sua cozinha e cozinheira.






Enfim, esse processo de extração mineral me parece bem prejudicial ao meio-ambiente. Eles só podem escavar em áreas de pasto, já desmatadas, e as lagoas têm que ser bem represadas prá não contaminar os rios, mas é claro que nem sempre essas duas coisas acontecem. Mas eles não são bandidos, pelo menos em sua maioria. São pessoas de bem que estão trabalhando naquilo que sabem, que lhes rende dinheiro, justamente porque existe mercado prá isso. O estanho serve prá muitas coisas, entra no processo industrial de quase tudo, além daquelas ricas e lindas taças de vinho que a gente compra em São João Del’Rey.

Na foto acima procurei reunir duas coisas que existem em abundância por aqui, e não
têm valor nenhum. O “ferro”, esse sub-produto da extração da cassiterita, e o babaçu,
que tem demais em Rondônia inteira, produz um coco que faz um bom carvão e uma
polpa que pode ser usada prá fabricar biodiesel. Eu não compreendo porque ainda não
agregaram valor financeiro ao babaçu. Muitas das queimadas são prá eliminar
justamente essas árvores do pasto, que são tidas como praga pelos criadores de gado. É
certo que rondoniense não combina bem com extrativismo vegetal, mas combina com
lucros. Por que ninguém encontra uma viabilidade econômica para o babaçu é o que
sempre me pergunto. Quanto ao “ferro”, disseram-me que já foram feitos estudos
diversos, e que não há mesmo viabilidade econômica prá ele.
Até aqui vocês viram fotos de dois ou três garimpos em Campo Novo. Deve haver mais uma centena desses lá. Abaixo são fotos de outros dois garimpos, que visitei em julho de 2010. Ficam na Floresta Nacional do Jamari (FLONA Jamari), em Itapõa do Oeste. São plantas enormes, de empresas que exploram a região há décadas, com maquinário pesado. As fotos não são todas minhas, mas infelizmente é impossível dar o crédito devido. Éramos muitas pessoas, e as fotos se misturaram num mesmo arquivo.
O primeiro deles só vi de longe.  Se não me falha a memória, foi antigamente da BRASCAN, multinacional Brasil-Canadá, e hoje é operado pela ERSA – Estanho de Rondônia. Eu visitei a área de recuperação ambiental que a BRASCAN desenvolve ao lado, onde antes explorou o minério. Eles fazem um trabalho super difícil e interessante de recuperação ambiental. Trabalho lento, profissional, e com boas consequencias a longo prazo para a natureza.




O próximo é o Garimpo Cachoeirinha, que em julho estava interditado pelo IBAMA, mas hoje já deve estar liberado. Após a Licença do IBAMA, será (ou está sendo) operado pela Metalmig. Quando fomos havia vestígios de pessoas trabalhando manualmente lá, mas se esconderam, pois estávamos com a Polícia Militar.





Pense na consistência do chão em que a gente pisa!




Abaixo, uma cena muito bonita, mas triste, porque mostra um leito de rio quase morto, sem água, numa época em que os grandes rios da região ainda estavam bem cheios (a foto foi tirada em julho de 2010). A garimpagem desordenada vai assoreando os rios e matando-os, aos poucos, mas rio morto na Amazônia é o fim da rosca, não é?



Alguns outros clicks do Garimpo Cachoeirinha

Tapajós gold..

Tapajós The Amazonian Eldorado: The Ouro Roxo GolTapd Deposit
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  Historical background: gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiroA garimpeiro called Francisco Lopes Pereira found a small quartz-Py vein. Latter, in August 1993, Pedro Jacobi, while consulting for RTZ visited and sampled the occurrence. Results averaging more than 40g/t Au were encouraging and the area was selected for further work. gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro

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An agreement with the mineral right owner, Matapi, was written. gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
Preliminary soil gridding outlined a major gold anomaly, which encompassed the Py occurrence. Several gossan outcrops and highly (>100g/t Au) anomalous blocks of massive sulfide, mostly pyrite, were found. gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
The area was covered with geochemistry and geophysics (IP/Mag). gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
Drilling started immediately and the Ouro Roxo orebody was discovered. gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
The Ouro Roxo Project was conducted by several geologists (Carlos Sena, Ivanir Luchesi, Marcelo Pinto and Elton Pereira) and supervised by Pedro Jacobi during the following years.
After this initial stage a preliminary reserve of more than 1Mt @ 12-13g/t Au was calculated. The possibility to mine a richer but smaller orebody exists. Nevertheless the target was considered small for RTZ's standards and the area returned to Matapi.
Geology and Mineralization: gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
Ouro Roxo is situated in the southern portion of a major shear belt called Canta Galo-Ouro Roxo Shear. Milonites and protomilonites of dioritic composition of Archaen to lower Proterozoic age underlie the area. During Proterozoic (1.84Ga) granitic plugs intruded these milonites. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós, gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
A new, brittle deformation, period affected these sequences. Hydrothermal solutions related to these granites percolated trough late stage gash fractures and major dilation zones causing the Ouro Roxo orebody. gold, copper, molly, mineral exploration, brazil, amazon, geology, consultant, properties, minerals, tantalite, porphyries, consultants, quartz, amethyst, diamonds, tapajos, garimpo, garimpeiro
Main mineralization is represented by quartz-chlorite/sericite-sulfide–carbonate-gold veins. Pyrite is the dominant sulfide, followed by chalcopyrite (up to 1.5% Cu in intervals). Sphalerite is rare. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós, gold
The correlation between sulfides and gold is very good (gold is in average>50g/t in any massive sulfide) and between Cu and Au excellent. Alteration is restricted to the main fractures and selvages. A secondary enrichment of gold in laterites is remarkable. A factor of 10 x the average gold content of the saprolite was frequently observed. The possibility of additional reserves should be considered.

Estanho. ouro

Este documento visa resgatar a história da descoberta deste distrito que já produziu centenas de milhões de dólares equivalentes em estanho. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,

A descoberta, por garimpeiros, do estanho da Serra Branca, às margens do Rio Maranhão,mudou o cenário deste metal no Centro-Oeste. Esta região foi imediatamente inundada por empresas e garimpeiros impulsionados pelo sonho da riqueza fácil... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Após ter perdido a oportunidade de descobrir este depósito (os granitos Serra da Mesa e Serra Branca foram considerados pelo consultor como "intrusões diapíricas do embasamento" e o follow-up proposto pelos geólogos de campo não foi efetuado...) o Chefe do Distrito da Docegeo Centro-Oeste, Axel de Ferran, constitui uma equipe de exploração objetivando a descoberta de outros jazimentos no Centro-Oeste. Esta "equipe", na sua fase inicial, é constituida por mim, um geólogo júnior com pouco mais de 1 ano de experiência, um auxiliar (Wilmar Siqueira) e um bateador experiente (Nilton Botelho). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Apesar da gritante falta de experiência da gerência de exploração, este programa acabou sendo um verdadeiro exemplo de prospecção mineral bem-sucedida. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
O fase inicial constituiu-se de foto-interpretação, feita no escritório de Goiânia, em busca de alvos potenciais. Como toda a região da Serra Branca estava coberta de pedidos busquei a descoberta de algo inédito em qualquer lugar da nossa área de atuação, o Centro-Oeste. Em duas semanas estavam delineados os primeiros alvos que situavam-se a nordeste de Cavalcante/GO. Estes alvos tinham dimensões variáveis, de poucas centenas de metros até dezenas de milhares de metros como a estrutura da Pedra Branca.
A princípio eles foram recebidos com certo ceticismo e tiveram a sua prioridade reduzida, por não estarem localizados no alinhamento tectônico da Serra Branca e por ficarem a uma enorme distância deste distrito estanífero..
Apesar destes pontos negativos Axel nos dá a luz verde e em 22 de Novembro de 1973 iniciamos os trabalhos de prospecção regional. Nesta data rumamos para a vila de Terezina onde uma pequena pensão repleta de "barbeiros" nos esperava. Graças a informações passadas por geólogos da CPRM, que atuavam na vizinha Cavalcante, pudemos evitar o contágio. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Nos primeiros dias procurei concentrar o foco nos alvos próximos do trecho Terezina-Monte Alegre, a única estrada da região. De uma forma quase subliminar a descoberta do distrito é pressentida no primeiro dia de trabalho, sábado 24 de novembro de 1973, durante a amostragem de concentrados de bateia. Para minha surpresa encontramos cassiterita na quarta amostra coletada! Quando a esmola é demais... A partir deste momento, a cada afloramento estudado, ficam evidentes as manifestações hidrotermais associadas a rochas graníticas, portadoras de concentrações anômalas de cassiterita. A área prometia e a motivação do geólogo de exploração fazia a adrenalina subir. No terceiro dia de trabalho foi descoberta a cassiterita do Morro Sucuri, pequeno stock granítico com bela estrutura circular associada. Este alvo estava localizado às margens da GO-112, por onde milhares trafegavam, e só foi "descoberto", segundo o DNPM uma década depois... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
No Sucuri foi observado um albita-granito intrusivo, equigranular, cortado por vênulas de quartzo-pirita-fluorita. Nesta fase não foram encontradas mineralizações significativas e toda a cassiterita era submilimétrica. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Dado os resultados positivos obtidos foi priorizada a grande estrutura elíptica da Pedra Branca. Esta serra estava situada a dois dias de cavalo da GO-112, na margem esquerda do Rio Paranã. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Na terça-feira, 4 de Dezembro de 1993 o nosso pequeno grupo de exploradores, agora aumentado para 5 com a adição dos locais Simplício e seu filho Nicanor se aproxima da descoberta do maior depósito de estanho do Centro-Oeste. Durante várias horas de cavalgada, ainda distante do alvo, era observada uma estranha depressão nas cabeceiras de uma drenagem.
Esta anomalia nos atraiu como um farol. No final da tarde montamos acampamento na beira do Córrego Pedra Branca que descia desta bacia de cor anomalamente clara. A curiosidade era enorme e, enquanto Simplício e Nicanor montavam o primeiro acampamento, Nilton, Wilmar e eu fomos amostrar o Pedra Branca.
Estava descoberta uma das principais jazidas aluviais da região.
A noite demorou a passar... No dia seguinte, cedo, começamos a escalada da serra, pelo vale do Pedra Branca. A cada parada era coletada uma amostra de concentrado, que, invariavelmente, dava positiva. Os grãos de cassiterita estavam mais grosseiros indicando a proximidade da fonte.
Durante a subida confirmou-se a nossa hipótese de um corpo granítico intrusivo. O augen gnaisse do embasamento apresentava um belo contato por falha (cataclasitos) com o granito a biotita.
Este granito grosseiro a biotita, passa gradualmente para uma rocha granítica intensamente alterada, sericitizada e caulinizada, cortada por várias gerações de muscovita, clorita e biotita greisens mineralizados. Nesta área os máficos foram totalmente destruidos. A cor branca, da bacia, observada durante a chegada era devido a um colúvio de quartzo leitoso que a cobre quase que totalmente.. Estava explicada a depressão e começava a descoberta dos maiores jazimentos primários de estanho do Centro-Oeste.
Os próximos dias e semanas foram dedicados a prospecção na região. Com o tempo foi possível perceber a importância e as dimensões do distrito.
Em 24 de janeiro de 1974 chegou o PT-HEZ, helicóptero de Belém que iria agilizar e intensificar o ritmo das descobertas. O helicóptero, pilotado pelo Cmdte Sayão e transportando o geólogo Octávio Ferreira da Silva, pousou em emergência com pouco menos de 3 minutos de combustível. Na época não existiam os GPS... Como o tempo estava coberto Sayão não conseguia localizar a nossa clareira, em um vale apertado as margens do Rio Paranã. O desespero era grande e o rádio de Belém gritava fazendo a ponte.
Solicitamos, via rádio que o HEZ começasse a fechar, gradualmente um grande movimento em espiral até que pudéssemos localizá-lo de alguma forma. Com alguns peões nas árvores em menos de 15 minutos pudemos orientá-lo para cima da clareira e ele, seguramente, furou o teto e pousou.
Este foi o meu primeiro contato com o Octavio, grande amigo, que estava tão branco de susto que não foi possível perceber a sua cor original...
Somente no dia 2 de março de 1974, depois da descoberta dos principais depósitos da região (Pedra Branca, Mocambo, Sucuri, Ingazeira, Mangabeiras e Mendes) que descobrimos os greisens com até 80% de cassiterita. Neste momento concentramos os esforços na descoberta destes "buchos", verdadeiras bonanzas que foram, aos poucos, descobertos às dúzias. Eram corpos mineralizados com até 2m de espessura, extremamente ricos.
Por mais que não quiséssemos as notícias espalharam-se com incrível velocidade. Afinal um pequeno bloco deste minério com 1 m3 de volume valia mais de US$30.000,00 no mercado.
Nesta época foi rasgada a primeiras estrada e construida as pontes, que mais tarde, ironicamente iriam facilitar a vida de milhares de invasores. Enquanto isso a nossa equipe se multiplicava com a chegada de Carlos "Carlão" Alberto B. Cunha, Roberto Gomes, Pedro "Caruá" Clementino, Anchieta e Orlando Placha.
A partir deste momento o trabalho entra em fase de avaliação preliminar de reservas e mapeamento de detalhe.
A descoberta me alavancou para a chefia do projeto Rio Grande do Sul e deixei a Serra.
Mas a história continua e a situação rósea, torna-se dramática e difícil.
O inevitável ocorreu. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Hordas de garimpeiros atraidos pelo vazamento de informações acamparam no flanco Sul da Serra. As noites se iluminavam com as verdadeiras "romarias" de garimpeiros com suas lanternas e candieiros a procura dos riquíssimos blocos de cassiterita quase pura. Aos poucos, pela falta de ação da Docegeo, presa em emaranhados político-legais, os garimpeiros perderam o medo e invadiram definitivamente a Serra, forçando os poucos geólogos a se retirarem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Um triste fim para um trabalho que começou tão bem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Em poucos meses mais de 5.000 homens povoaram o sertão da Pedra Branca extraindo milhares de toneladas de estanho. Este minério era imediatamente comprado por representantes de "sérias" empresas de mineração, que ao fazer este ato nitidamente ilegal, incentivavam a invasão e o roubo descarado do minério. O garimpo progrediu até 1976, quando mais de 15.000 pessoas trabalhavam os depósitos primários e aluviais. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
A Docegeo nunca recuperou a enorme perda, mesmo com uma reserva remanescente de mais de 15.000t de estanho ( Padilha em 1981). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Aqui fica o meu reconhecimento aos amigos de uma equipe vencedora cujo trabalho, bem ou mal, alimentou e empregou dezenas de milhares de pessoas por quase uma década. Fica também o meu respeito àqueles empregados que optaram pela pobreza não usufruindo dos seus conhecimentos para benefício próprio.

PEDRAS PRECIOSAS "TURMALINAS"

PEDRAS PRECIOSAS "TURMALINAS"

As pedras preciosas são matérias minerais sólidas e com grande densidade e pigmentação nas cores : azul, verde, rosa (rubelita) e preta. São encontradas nas profundidades das rochas ou na superfície rasa do solo, formadas a bilhões de anos atrás e usadas como jóias à milhares de anos .
A extração das pedras preciosas e outros minerais no Povoado de Taquaral/Itinga se deu ainda no início do SEC. XX, mas muito pouco explorada . Foi com a vinda da Sra. Maria Gonçalves Soares ( Maria de Amaro )e sua família por volta dos anos de 1953 que se intensificou este tipo de exploração.
Segundo depoimentos da família, a vinda pra essa região se deu com a invasão de garimpeiros em suas terras .Sentido-se desepcinada com o ocorrido,vendeu as terras para uma Companhia Mineradora da época. Foi quando juntamente com seus filhos tomou uma difícil decisão de abandoná-las e ir à procura de um novo lugar para morar, resolveu então, comprar as novas terras,que até então eram do fazendeiro o Sr. Belizário Fulgêncio. Acreditando que ali seria improvável a existência de grandes quantidades de minérios nas novas terras, tiveram uma grande surpresa pois as novas terras adquiridas eram mais ricas em minérios, podendo ser facilmente encontradas em alguns lugares .
As explorações de pedras preciosas na região não era a principal atividade, pois naquela época eram ainda de baixo valor comercial, predominando a criação de animais e o cultivo da lavoura de subsistência.
Com o passar do tempo, a criação dos animais e o cultivo da lavoura foi se tornando cada vez mais difícil, principalmente com a escassez da chuva, cada vez mais agravante e com as descobertas de novas e grandes minas , conseqüentemente a exploração de pedras preciosas se tornou a principal fonte de renda da população local, atraindo garimpeiros e investidores dos mais diversos lugares.
Uma destas minas se tornou internacionalmente conhecida pelas boas qualidades de suas pedras produzidas, conhecida pelo nome de Lavra do Pirineu, descoberta por garimpeiros locais.
Tradicionalmente os nomes das lavras desta região são dadas pelos próprios garimpeiros através das diversidades de cada localidade, não é regra, mas na maioria das vezes são nomes criados pelos seus próprios descobridores. Como exemplo temos a lavra do Imbaré, nome dado por ali existir grandes árvores chamadas de Imbaré , da mesma forma a Lavra da Jurema , mas também temos a Lavra da Pinheira, Lavra do Maxixe, Lavra do Urubu, Lavra do Quarto, Lavra da Pitomba, Lavra do Arroz - de - Leite, Lavra da Malva, Lavra do Engano, Lavra de Dona Mariazinha, Lavra do Sr. Hidelbrando, Lavra da Marmita, Lavra do PT, Lavra do Baixão, Lavra da Cruzinha, Lavra da Caixa d'água, Lavra do Boqueirão, Lavra dos Netos, Lavra do Sr. Percílio e etc.