sexta-feira, 12 de julho de 2013

Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante

Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante

Redação do Site Inovação Tecnológica -
Geológos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.[Imagem: Torsvik et al./Nature]
Em busca dos diamantes
Embora alumínio, minério de ferro e petróleo sejam as riquezas exploradas atualmente pela mineração em maior escala, o ouro e o diamante sempre estiveram ligados aos grandes anseios não apenas dos mineradores, mas da própria humanidade.
O ouro não resistiu ao desenvolvimento das novas técnicas geoquímicas e geofísicas, e hoje seus depósitos são mais facilmente detectáveis, ainda que a exploração desses depósito nem sempre seja economicamente viável.
Mas o diamante tem permanecido fugidio. Localizar reservas de diamante é muito mais difícil do que encontrar agulhas em meros palheiros, tornando um "mapa da mina de diamante" provavelmente muito mais valioso do que um "mapa da mina de ouro".
Tipos de minas de diamante
Há dois tipos de "minas de diamante" - que os geólogos chamam de ocorrência. Uma ocorrência de grande porte e já mensurada passa a ser considerada uma reserva. E uma reserva explorada comercialmente torna-se uma mina.
O primeiro tipo são os diamantes de aluvião, cuja rocha matriz - onde diamante nasceu - sofreu um desgaste erosivo ao longo de milhões de anos, fazendo com que as preciosas pedras rolassem e se depositassem em regiões mais baixas dos leitos d'água, atuais ou passados. Todos os diamantes encontrados no Brasil são desse tipo de reserva mineral.
O segundo tipo é o kimberlito, a rocha matriz onde o diamante se forma, a grandes profundidades e pressões enormes. Movimentos tectônicos, ou a própria erosão do terreno circundante, podem deixar essas rochas até bem próximo da superfície, facilitando a exploração. A maioria das grandes minas de diamante, como as da África do Sul, são minas de kimberlito.
Mapa da mina de diamante
Mas, como se formam a profundidades muito grandes, encontrar kimberlitos é muito difícil e não existem muitas técnicas para que isso seja feito em larga escala.
Agora, em um trabalho de grande impacto na área, um grupo internacional de geólogos conseguiu mapear milhares de kimberlitos ao longo de toda a Terra. O estudo poderá ajudar na localização de áreas com maior probabilidade de se encontrar diamantes.
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.
O motivo é que estão ali os diamantes de extração mais economicamente viável.
Como se formam os diamantes
Os diamantes são formados em condições de alta pressão a mais de 150 mil metros de profundidade, no manto, a camada da estrutura terrestre que fica entre o núcleo e a crosta.
A distribuição desses diamantes no subsolo é controlada por plumas mantélicas, um fenômeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma de regiões profundas. Essa distribuição natural tem sido feita dessa forma há pelo menos meio bilhão de anos.
As plumas, originadas da fronteira entre o núcleo e o manto terrestre, são responsáveis pela distribuição dos kimberlitos, as raríssimas rochas vulcânicas das quais são retirados os diamantes.
Os cientistas reconstruíram as posições das placas tectônicas nos últimos 540 milhões de anos de modo a localizar áreas da crosta continental relativas ao manto profundo nos períodos em que os kimberlitos ascenderam.
"Estabelecer a história da estrutura do manto profundo mostrou, inesperadamente, que dois grandes volumes posicionados logo acima da divisa entre o manto e o núcleo têm-se mantido estáveis em suas posições atuais no último meio bilhão de anos," disse Kevin Burke, professor de geologia na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo.
Dúvidas geológicas
De acordo com os pesquisadores, esses kimberlitos, muitos dos quais trouxeram diamantes de mais de 150 quilômetros de profundidade, estiveram associados com extremidades de disparidades em grande escala no manto mais profundo. Essas extremidades seriam zonas nas quais as plumas mantélicas se formaram.
Estranhamente, contudo, suas localizações parecem ter-se mantido estáveis ao longo do tempo geológico.
"O motivo para que esse resultado não tenha sido esperado é que nós, que estudamos o interior da Terra, assumimos que, embora o manto profundo seja sólido, o material que o compõe deveria estar em movimento todo o tempo, por causa de o manto profundo ser tão quente e se encontrar sob elevada pressão, promovida pelas rochas acima dele", disse.
Bibliografia:

Reconstructed large igneous provinces and kimberlites for the past 320 Myr with respect to shear-wave anomalies at the base of the mantle.
Trond H. Torsvik, Kevin Burke, Bernhard Steinberger, Susan J. Webb, Lewis D. Ashwal
Nature Physics
15 July 2010

Minerais metálicos: Ocorrência e exploração no Brasil


Os minerais metálicos são encontrados em estruturas geológicas muito antigas da era pré-cambriana (proterozoica). São recursos naturais não renováveis, isto é, que não podem ser repostos pela natureza. Representam aproximadamente 4% do território brasileiro. O Brasil possui grande extensão territorial e variadas formações vegetais e geológicas; sendo assim, nosso país conta com uma grande diversidade e quantidade de recursos vegetais e minerais. No caso dos recursos minerais, temos os minerais metálicos e não-metálicos.
Os minerais metálicos servem para a produção de metais puros para uso industrial. Os metais são classificados como bens industriais porque viabilizam a expansão de várias produções fabris, de bens de produção, como equipamentos (agrícolas, industriais e de transporte), e de bens de consumo, como os materiais metálicos usados em embalagens de muitos produtos.
A indústria extrativa mineral brasileira é bastante diversificada. Há pelo menos 55 minerais sendo explorados atualmente no Brasil, cada qual com uma dinâmica de mercado singular. O país possui uma das maiores produções mundial de váriosminérios; mas não somos autossuficientes em todos os recursos que utilizamos. A extração de minerais metálicos no Brasil é controlada pela Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce), empresa criada em 1942 por Getúlio Vargas e privatizada em 1997. Para explorar uma província mineral, as empresas dependem de uma autorização especial, fornecida pelo Ministério das Minas e Energia, que pode suspender a autorização a qualquer momento, em nome dos interesses nacionais.
Merecem destaque na produção brasileira:
O minério de Alumínio (Al) mais importante na crosta terrestre é a bauxita, que contém em sua composição química o óxido de alumínio, e funciona como a mais importante matéria-prima para a produção do alumínio metálico. O alumínio metálico é um dos produtos de uso mais diversificado no mundo moderno, pois com ele se fabrica desde uma latinha de cerveja, até partes fundamentais da produção de aviões. O Brasil possui 7,8% das reservas mundiais de alumínio e coloca-se em 3º. lugar na produção mundial. Principais Estados produtores: As reservas mais expressivas (93,5%), estão localizadas na região Norte, mais precisamente, no Estado do Pará, ocorrendo ainda reservas em Minas Gerais.
Chumbo (Pb): éum metal conhecido e usado desde a antiguidade.É tóxico, pesado, macio, maleável e mau condutor de eletricidade.É usado na construção civil, em soldas, em munições, proteção contra raios-X , e forma parte de ligas metálicas para a produção de soldas, fusíveis, revestimentos de cabos elétricos, materiais antifricção, metais de tipografia, etc. A participação do Brasil nas reservas e produção de chumbo no mundo é reduzida. Principais Estados produtores: Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Cobalto (Co): É utilizado para a produção de superligas usadas em turbinas de aviões, ligas resistentes a corrosão, aços rápidos, carbetos e ferramentas de diamante. O Co-60, radioisópoto, é usado como fonte de radiação gama em radioterapia e esterilização de alimentos. O metal não é encontrado em estado nativo, mas em diversos minerais, razão pela qual é extraído normalmente junto com outros produtos, especialmente como subproduto do níquel e do cobre. O Brasil contribui com apenas 1,6% na produção mundial, mas quantidade é suficiente para atender sua produção interna. Principais Estados produtores: como subproduto da mineração do níquel em Minas Gerais (3% da produção nacional) e Goiás (97% da produção nacional).
Cobre (Cu): Conhecido desde a antiguidade, o cobre é utilizado atualmente para a produção de materiais condutores de eletricidade (fios e cabos ), e em ligas metálicas como latão e bronze. O Brasil possui modesta participação no mundo em relação ao cobre, em um mercado dominado pelo Chile e Estados Unidos, tanto no que diz respeito às reservas como à produção. Principais Estados produtores: Rio Grande do Sul, Bahia, Pará, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.
Cromo (Cr): O cromo é um metal bastante raro na crosta terrestre. Encontra-se, sobretudo no minério cromita e tem a propriedade de ser bastante resistente ao processo corrosão e oxidação. Por essa razão é usado no revestimento de objetos metálicos, e juntamente com o níquel, na produção de aços especiais. O Brasil, praticamente o único produtor de cromo no continente americano, continua com uma participação modesta, tanto em reservas como produção. Principais Estados produtores: Bahia (89,7%), Amapá (7,2%) e Minas Gerais (3,1%).
Estanho (Sn): Emprega-se o estanho principalmente em chapas, tubos e fios, por sua ductilidade, maciez e resistência à corrosão. É muito usado como revestimento de aço e cobre. Grande parte do estanho produzido no mundo é consumida no preparo da folha-de-flandres, usada em latas para a indústria de conservas. O Brasil possui cerca de 11% das reservas mundiais e um consumo de 3,2% do total mundial, é o sexto maior produtor mundial. Principais estados produtores: região Amazônica e Rondônia.
Ferro (Fe): É um dos elementos mais abundantes, o núcleo da Terra é formado principalmente por ferro e níquel (NiFe). Do ponto de vista econômico, é o mais importante dos recursos minerais encontrados na crosta terrestre, pois é utilizado como insumo básico na siderurgia, setor industrial responsável pela produção da liga metálica mais usada pela humanidade: o aço. O Brasil possui a sexta maior reserva de minério de ferro do mundo, além de ser osegundo maior produtor de minério de ferro. Principais Estados produtores: Minas Gerais (71%), Pará (26%) e outros (3%).
Manganês (Mn): Com relação à distribuição do manganês na crosta terrestre, verifica-se que, como no ferro, ele é relativamente abundante. O manganês é uma das ligas metálicas mais utilizadas pelo setor siderúrgico, pois tem a propriedade de tornar o metal mais duro, tenaz e resistente ao desgaste. O Brasil possui apenas 1% das reservas mundiais, mas a representa um grande produtor mundial - é o segundomaior produtor de minério de manganês. Principais estados produtores: Pará, Amapá, Minas Gerais e Bahia.
Nióbio (Nb): É um minério utilizadona composição deligas metálicas que requeremresistência e leveza. Estratégico para certos setores comoa indústria aeronáutica, naval e espacial, além da automobilística. O Brasil detém grande parte das reservas e produção mundial. Principais Estados produtores: Minas Gerais (97,0%) e Goiás (3,0%).
Níquel (Ni): O níquel é um metal raro na crosta terrestre. Aproximadamente 65% do níquel consumido são empregados na fabricação de aço inoxidável e 12%, em superligas de níquel. Os restantes 23% são repartidos na produção de outras ligas metálicas, baterias recarregávis, cunhagens de moedas, revestimentos metálicos e fundição. Principais Estados produtores: Goiás (74,0%), Pará (16,7%), Minas Gerais ( 5,1%) e Piauí (4,2%).
Ouro (Au): O ouro é utilizado de forma generalizada em joalheria, na indústria e em eletrônica, bem como reserva de valor. A produção brasileira é registrada em jazidas e na forma de aluvião (encontrado nos rios). Atende o mercado externo e interno. Devido a extração e comércio ilegal deste mineral, é difícil chegar-se a um registro preciso da produção. O Brasil participa com números oficiais de 3,7% das reservas e 2,1% da produção mundial. Principais estados produtores:Minas Gerais (48%), Pará (36,9%), Goiás (6,0%), Mato Grosso (3,6%), Bahia (3,0%) e outros (2,5%).
Titânio (Ti): É mais forte do aço e muito mais forte do que o ouro, a prata e a platina e ainda tem muito baixo peso (45% mais leve do que o aço). Polido, o titânio é muito semelhante à platina em brilho e aparência. É utilizado nas indústrias química, naval, aeronáutica, nuclear, bélica, metalúrgicas, implantes e outras. O Brasil possui 6% das reservas mundiais de titânio. Principais Estados produtores: Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro.
Zinco (Zn): Tem grande variação de utilização, destacando-se o processo de galvanização (anticorrosão) na proteção de peças metálicas, principalmente aço. Esse uso corresponde por 49% do consumo nacional. Mas o zinco também é matéria-prima para ligas metálicas, além de ser utilizado em pigmentos, pilhas secas e outros. O Brasil é o décimo segundomaior produtor de minério de zinco, com produção aproximada de 199 mil toneladas de concentrado. Este volume representa 1,8% da produção mundial. Principais Estados produtores: Minas Gerais (82,9%), Rio Grande do Sul (8,7%), Mato Grosso do Sul (2.5%), Bahia (2,3%), Paraná (2,6%) e Pará (1%).
Zircônio (Zr): É amplamente utilizado na indústria, seu maior uso está concentrado nas usinas nucleares: em virtude de sua baixa capacidade de absorção de nêutrons, o metal é utilizado para revestir internamente os reatores nucleares. É utilizado também na fabricação de joias (depois de polido assemelha-se a um diamante); é usado como material refratário na fabricação de cerâmicas e vidrarias laboratoriais, além de ser utilizado na fabricação flashes fotográficos. No Brasil, as reservas de minério de zircônio referem-se à zirconita e caldasito. As ocorrências apresentam-se associadas, principalmente, aos depósitos de areias de minerais pesados. As reservas brasileiras, oficialmente reconhecidas pelo DNPM, somam 5.335 mil toneladas. Principais Estados produtores: Amazonas, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba e, de forma menos expressiva, Tocantins e Bahia.

Contexto geológico de kimberlitos

Contexto geológico de kimberlitos, lamproítos e ocorrências diamantíferas do Brasil


D.P. SviseroI; L.A. ChieregatiII
IDepartamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências/USP, São Paulo
IICPRM, São Paulo



O diamante foi e continua sendo um mineral de importância histórica no Brasil. Existem ocorrências praticamente em todo o território nacional, exceptuando-se alguns estados nordestinos e ilhas oceânicas. O Brasil foi o primeiro país do ocidente a lavrar diamante a partir da descoberta de depósitos detríticos na região de Diamantina (MG) no início do século dezoito, assumindo logo a seguir a posição de primeiro produtor mundial. Essa situação perdurou até a segunda metade do século dezenove, quando a descoberta da rocha matriz do diamante na África do Sul modificou o panorama geoeconômico do diamante. O Brasil nunca mais recuperou sua posição anterior e nos últimos anos a produção vem representando apenas 1% do montante mundial
A Figura 1 mostras as principais ocorrências diamantíferas brasileiras, aqui representadas por meio de um centro geográfico local. Partindo da região de Tibaji (PR) que representa os depósitos mais meridionais do país, o diamante ocorre nas regiões sul (Itararé) e nordeste (Patrocínio Paulista) de São Paulo, Alto Paranaíba (Abaeté, Coromandel, Patos, Estrela do Sul, Romaria) e região central de Minas (Diamantina, Grão Mogol), Chapada Diamantina na Bahia, Pará (Marabá), Piauí (Gilbués), Maranhão (Imperatriz), Mato Grosso (Barra dos Garças, Chapada dos Guimarães, Aripuanã, Juína), Goiás (Aragarças, Piranhas), Mato Grosso do Sul (Coxim), Amapá, Rondônia e Roraima. Tudo indica que existem pelo menos duas idades distintas para o diamante: uma proterozóica, representada pelas ocorrências do Espinhaço e de Roraima, e outra mesozóica, para o caso dos depósitos do Alto Paranaíba (MG). Eventualmente, os depósitos periféricos das bacias paleozóicas poderiam representar uma terceira idade de mineralização.
Apesar da extensão das ocorrências, que traz embutida a idéia de um grande potencial econômico, os primeiros trabalhos de prospecção de kimberlitos só começaram no final dos anos sessenta. A partir de 1968, a Sopemi, na época uma empresa francesa ligada ao BRGM, deslanchou uma prospecção sistemática de kimberlitos baseada no rastreamento de minerais pesados (granada piropo, ilmenita magnesiana, diopsídio, cromioespinélio) nos municípios da região do Alto Paranaíba, Minas Gerais, que em pouco tempo conduziu à localização de um grande número de intrusões kimberlíticas. Nos anos seguintes a Sopemi estendeu esses trabalhos para os estados de Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pará, Rondônia, Piauí, Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ampliando ainda mais o número de corpos conhecidos. Paralelamente às atividades da Sopemi, tivemos a Prospec no início dos anos setenta e a BP no início dos anos oitenta que também realizaram prospecção de kimberlitos em vários pontos do Brasil Nenhuma informação foi publicada por essas empresas, mas BARBOSA (1985) estima que o número de corpos encontrados ultrapassa cinco centenas.
As primeiras informações dos kimberlitos do Alto Paranaíba foram apresentadas por BARBOSA et al. (1976) e SVISERO et aL (1979). Basicamente, existe na região um grande número de corpos vulcânicos com diâmetros entre 100 e 800 m, em geral cobertos por um solo de alteração (yellow ground) que dificulta o mapeamento e a obtenção de rochas frescas. Contudo, análises químicas de minerais residuais (granada, ilmenita, diopsídio e espinélio) recolhidos sobre os diatremas permitiram identificar os Kimberlitos Vargem, Boqueirão, Coqueiros, Tamborete, Japecanga, Morungá, Capão da Erva, Lagoa Seca, Santa Clara, Forca, Santa Rosa, Bonito, Tabões, Mascate e Mouras (SVISERO et aL, 1984). A aplicação de métodos geofísicos, por outro lado, permitiu mapear os diatremas Limeira, Sucuri, Indaiá, Vargem 1 e 2 e Poço Verde. Recentemente foram divulgados dados químicos do Kimberlito Matinha (SVISERO & MEYER, 1986) e de um lamproíto próximo a Presidente Olegário (LEONARDOS & ULBRICH, 1987). Encontram-se em fase de estudos as intrusões do Pântano, Tapera, Rocinha, Divino, Santana dos Patos, Veridiana, Ponte, Malaquias, Três Fazendas, Mirante, Serrinha, Paraíso, Almas, Wilson e outras. Estão incluídas aqui rochas com características de kimberlitos, em geral alteradas e formando relevo negativo, bem como lamproítos que formam diatremas comparavelmente maiores, com relevo positivo e rochas frescas. Observações de campo indicaram que as intrusões do Alto Paranaíba constituem uma província kimberlítica que se estende de Catalão (GO) até Boa Esperança (MG), acompanhando aproximadamente a área do Soerguimento do Alto Paranaíba. Na região de Bambuí, BARBOSA (1985) localizou os Kimberlitos Cana Verde, Boa Esperança, Ingá, Almeida e Quartéis.
Além da região oeste de Minas Gerais, existem dados sobre alguns corpos isolados em outros estados. Assim sendo, são conhecidos os Kimberlitos do Redondão (SVISERO et aL, 1975) e Açude (SVISERO & MEYER, 1986) respectivamente no sul e leste do Piauí; Pimenta Bueno (SVISERO et aL, 1984) no leste de Rondônia; Batovi (SVISERO & MEYER, 1986) no centro de Mato Grosso, e Janjão (SCHEIBE, 1980) no centro leste de Santa Catarina. Além disso, existem informações de caráter geral sobre a existência de kimberlitos em vários locais do Brasil coincidindo com os dados relatados anteriormente. Além de BARBOSA (1985) que menciona vários kimberlitos em Minas Gerais, Rondônia, Piauí e Mato Grosso, FRAGOMENI (1976) menciona a existência de quatro dezenas de intrusões na região de Paranatinga (MT) e SCHOBENHAUS et aL (1981) inclui no mapa geológico do Brasil vários kimberlitos em Minas Gerais, Mato Grosso e Rondônia.
Retornando à Figura 1, observa-se que os kimberlitos, lamproítos e intrusões conexas do oeste mineiro situam-se sobre a Faixa de Dobramentos Araxaídes, ou seja, a oeste e fora do Cráton do São Francisco. No sul da África, os kimberlitos mineralizados encontram-se dentro do Cráton do Kaapvaal (DAWSON, 1980). Circundando aquele cráton, mas fora dele, ocorrem kimberlitos estéreis, nefelinitos, melilititos e carbonatitos (MTTCHELL, 1986). Tendo em conta esse modelo, os kimberlitos do oeste mineiro teriam poucas chances de serem mineralizados. Contudo, considerando-se o quadro geológico dos lamproítos da região noroeste da Austrália (JACQUES et aL, 1985), é muito provável que no oeste mineiro exista um grande número de intrusões lamproíticas, e entre elas corpos mineralizados. É possível até que o número de lamproítos predomine sobre o de kimberlitos. Quanto ao diamante, sabe-se que uma das intrusões do Grupo Três Ranchos (GO) é mineralizada, embora o teor não seja comercial. Além desse corpo, outras duas intrusões próximas de Coromandel (MG) possuem microdiamantes. Algumas intrusões do Alto Paranaíba já foram datadas: o Kimberlito Poço Verde (DAVIS, 1977) possui 80 Ma. e o Limeira (SVISERO & BASEI, em preparação) 110 Ma. Esses números mostram que o diamante do Alto Paranaíba é cretácico concordando com as observações regionais q[ue mostram a presença de diamante associado a granadas e ilmenitas kimberlíticas nos conglomerados cretácicos em Romaria e Coromandel (SVISERO et al., 1980). Parece claro que as diatremas foram cortadas pela erosão no final do período Cretáceo, e os eventuais diamante» incorporados nos conglomerados Bauru que hoje coroam os chapadões que cobrem o Araxá e o Bambuí na região. Não obstante esses fatos, TOMPIKINS & GONZAGA (1989) defendem ponto de vista contrário e relacionam o diamante do oeste mineiro à geleiras pré-cambrianas que teriam se deslocado de norte para sul. Fora de Minas Gerais os dados são ainda incipientes e não permitem fazer qualquer avaliação sobre a origem do diamante. Sabe-se apenas que existem corpos mineralizados nas regiões de Pimenta Bueno (RO) e Juína (MT).
Concluindo, podemos dizer que embora o diamante venha sendo explorado desde o início do século dezoito no Brasil, existem poucas informações sobre suas fontes primárias, kimberlitos e lamproítos. Embora as pesquisas de kimberlitos tenham começado tardiamente em nosso país, e não obstante dificuldades de vários tipos, dispomos de dados que permitem afirmar que existem no Brasil pelo menos doze Províncias Kimberlíticas a saber: Alto Paranaíba (MG), Bambuí (MG), Amorinópolis (GO), Paranatinga (MT), Fontanilas (MT), Pontes e Lacerda (MT), Pimenta Bueno (RO), Urariquera (RR), Gilbués (PI), Picos (PI), Lages (SC) e Jaguari (RS), conforme esquema da Figura 1.
A Província do Alto Paranaíba é a mais conhecida e nela já foram localizados pelo menos duas centenas de corpos com características de kimberlitos e lamproítos. Faltam estudos de química mineral para definir a petrogênese dessas rochas.

Serra do Sincorá, Bahia=DIAMANTE...

A CHAPADA DOS DIAMANTES

Serra do Sincorá, Bahia



Augusto J. Pedreira
CPRM-Serviço Geológico do Brasil
Av. Ulysses Guimarães, 2862 - CAB
41213-000 Salvador, Bahia, Brasil
Tel: (0xx71)230-9977

 A Chapada dos Diamantes - Serra do Sincorá, Bahia. Publicado na Internet em Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil no endereço: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio085/ChapadaDosDiamantes.htm







A SERRA

    A serra do Sincorá é uma parte da Chapada Diamantina, situada na região central do Estado da Bahia, que constitui um sítio de grande beleza paisagística devido ao modelado de suas serras, que expõem vales profundos de encostas íngremes e amplas chapadas. Essas escarpas permitem o exame da sua geologia, onde tempos atrás foram explorados diamantes e carbonados.
     A serra do Sincorá está localizada na região central do Estado da Bahia, distante da cidade de Salvador, capital do estado, cerca de 400km (figura 1). Para chegar à serra do Sincorá a partir de Salvador, deve-se seguir em direção a Feira de Santana (rodovia BR-324), continuando então para sul em direção ao Rio de Janeiro pela rodovia BR-116. Cerca de 70km a sul de Feira de Santana, à margem do rio Paraguaçu, entra-se à direita pela rodovia BR-242, em direção a Brasília. Cerca de 220km adiante, chega-se à cidade de Lençóis: ai está a serra do Sincorá, que fica dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina. O acesso por via aérea é feito por linhas regulares através do Aeroporto Cel. Horácio de Matos, situado na vila de Tanquinho (figura 1).
Figura 1 - Mapa de localização da serra do Sincorá. Legenda: 1-Região da serra; 2-Rodovia pavimentada; 3-Estrada não pavimentada; 4-Rio; 5-Cidade ou vila; 6-Aeroporto.


DESCRIÇÃO DO SÍTIO

    A serra do Sincorá está localizada na borda centro-oriental da Chapada Diamantina, aproximadamente entre as vilas de Afrânio Peixoto (antiga Estiva)  a norte e de Sincorá Velho a sul (figura 1). Sua vertente ocidental é uma escarpa quase contínua, com cerca de 300m de altura e 80km de extensão; a escarpa oriental, que domina a planície do vale do Paraguaçu (400m), atinge rapidamente a altitude de 1200m, nas primeiras cristas da serra. Assim  descreve a serra, o biólogo Roy Funch, em seu livro Um guia para o visitante da Chapada Diamantina: o Circuito do Diamante: o Parque Nacional da Chapada Diamantina; Lençóis, Palmeiras, Mucugê, Andaraí, editado em Salvador pela Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia em 1997.

Montanhas  e cachoeiras


    A serra do Sincorá compreende um conjunto de diversas serras de menor extensão com as da Cravada, do Sobrado, do Lapão, do Veneno, do Roncador ou Garapa, do Esbarrancado, do Rio Preto, entre muitas outras. Essas serras possuem picos com até 1700m de altitude e são separadas por vales íngremes e profundos como canyons
    Uma feição que se destaca na serra do Sincorá, é o morro do Pai Inácio à margem da rodovia BR-242, a norte do vale do Cercado (figura 2).


Figura 2 - Vale do Cercado, a sul  do morro do Pai Inácio, na rodovia BR-242.



    Mais ainda a norte do morro do Pai Inácio, está o morro do Camelo ou Calumbi (figura 3), e a sul, o Morrão (figura 4), cujo acesso se faz através da estrada entre a cidade de Palmeiras e a vila de Caeté Açu (figura 1).


Figura 3 - Morro do Camelo ou Calumbi


Figura 4 - Morrão

 
 
    Entre o Morrão e a vila de Caeté Açu, é cruzada a ponte sobre o rio Riachinho, onde existe um antigo garimpo de diamantes (figura 5).
 

Figura 5 - Rio Riachinho


    O principal rio desta região, é o rio Paraguaçu. Após atravessar a serra do Sincorá desde a localidade de Comércio de Fora (figura 6), ele a deixa na localidade de Passagem de Andaraí, formando a cachoeira de Donana (figura 7). Daí, o rio prossegue em busca do oceano Atlântico, na baía de Todos os Santos.



Figura 6 – Escarpa da serra do Sincorá em Comércio de Fora, a oeste da cidade de Mucugê.





Figura 7 - Cachoeira de Donana


    As rochas que afloram na serra do Sincorá, consistem essencialmente em arenitos e conglomerados. Orville A . Derby (1851-1915), geólogo norteamericano, que no início do século XX trabalhou na região, disse delas o seguinte: “ Este conglomerado representa um depósito de cascalho formado em uma época geológica remota pelo mesmo modo que se formaram, e ainda hoje se formam, os cascalhos (conglomerados incoerentes e ainda não transformados em pedra) em que os mineiros procuram os diamantes.





Figura 8 – Arenitos, isto é, rochas formadas por areias consolidadas na vila de Igatu.
 
 


Figura 9 – Conglomerados(antigos cascalhos)  intercalados com arenitos no vale do rio Combucas, a norte da cidade de Mucugê.



Diamantes

No ano de 1844, foram descobertos diamantes na serra do Sincorá, na região de Mucugê (figuras 1 e 12). A partir dessa região toda a serra foi explorada, garimpando-se diamantes desde o rio Sincorá a sul (figuras 1 e 7), até a região de Afrânio Peixoto a norte (figura 1).






Figura 10 – Como os diamantes são transportados do interior da Terra (à esquerda); Como as rochas são erodidas, liberando os diamantes, que então são garimpados nos rios (à direita).



    Esses diamantes, que deram fama e riqueza à região formaram-se em algum lugar do interior da Terra onde a crosta terrestre era bastante espessa, e foram transportados por rochas chamadas kimberlitos, que forçaram o seu caminho para a superfície (figura 10). Assim, os diamantes se comportariam como meros passageiros em uma parada de ônibus (lado esquerdo). Quando os kimberlitos que os continham alcançaram a superfície, eles sofreram processos de erosão, liberando os diamantes, que foram encontrados em areias e cascalhos de rios (lado direito). Dando uma idéia da sua raridade, Jiri (George) Strnad, geólogo canadense especialista em diamantes, estimou que em um kimberlito diamantífero exposto em uma escarpa medindo 10 x 2m, estaria contido apenas um diamante minúsculo, com um milímetro de diâmetro !

    

    Na serra do Sincorá, a fonte dos diamantes ainda é amplamente discutida. Sabe-se apenas que eles vieram do leste, mas o local exato ainda não foi definido. Os diamantes eram garimpados no cascalho produzido pela decomposição de conglomerados (figura 11), aflorantes no vale do rio Combucas (figura 12).



Figura 11 - Detalhe do conglomerado do vale do rio Combucas (figura 12), depositado por antigos rios.





Figura 12 - Rio Combucas, a norte da cidade de Mucugê, próximo à sua confluência com o rio Mucugê, local das primeiras descobertas de diamantes na serra do Sincorá.


    A cachoeira do Serrano na cidade de Lençóis (figura 13), também foi intensamente explorada. Aí, os conglomerados são formados por fragmentos de diversas rochas (figura 14). Eles foram depositados no sopé de escarpas.

Figura 13 - Cachoeira do Serrano, na cidade de Lençóis.







Figura 14 - Conglomerado da cachoeira do Serrano. Acredita-se que ele tenha sido depositado no sopé de escarpas, o que se chama de leques aluviais.


    A garimpagem também foi intensa nas regiões de Andaraí e Igatu. A figura 15 mostra os conglomerados na estrada entre essas duas localidades. O rejeito dos antigos garimpos ainda pode ser visto ao longo desta estrada, como amontoados de blocos de tamanhos e formas diversas.

Figura 15 - Conglomerados ao longo da estrada Andaraí - Igatu

    Após uma fase áurea de aproximadamente 25 anos, a garimpagem de diamantes entrou em declínio a partir de 1871. Já no século XX, houve diversas tentativas de mecanizar os garimpos, que na década de 80 foram instalados nos leitos dos rios dentro e fora do Parque Nacional. Estes garimpos, graças a uma ação conjunta de diversas autoridades ligadas à mineração e ao meio ambiente, foram fechados definitivamente em março de 1996.
     Mesmo após 150 anos de exploração dos aluviões diamantíferos, ainda existe garimpagem manual, embora em ritmo mais lento, devido à exaustão e decadência das lavras. Devido ao número ilimitado de situações geológicas e topográficas da serra, existem os seguintes tipos de garimpo manual, mencionados pelo biólogo Roy Funch, cada qual com suas peculiaridades:cascalhão, barranco, brejo, grupiara, emburrado, curriolo, engrunada, gruta, escafandro, serviço a seco, lavagem e faísca (figura 16).



Figura 16 - Representação esquemática dos tipos de garimpo manual (descrições no glossário)
    Esses fatos confirmam a afirmação de Orville A . Derby : "Quanto à riqueza mineral, a única até hoje aproveitada é a de diamantes e carbonados, e a sua constituição geológica [da serra do Sincorá] pouca esperança oferece da existência de outra...".


MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

    O trecho da serra do Sincorá  situado entre Cascavel e Mucugê e a rodovia BR-242, está incluído no Parque Nacional da Chapada Diamantina. A norte da rodovia BR-242, os morros do Pai Inácio e do Camelo estão dentro da APA (Área de Proteção Ambiental) de Iraquara-Marimbus.
    De acordo com informações do biólogo Roy Funch, o rio Mucugê, em cujo leito foram descobertos os primeiros diamantes, está razoavelmente bem protegido: o seu alto curso fica dentro do Parque Nacional e o baixo curso corre dentro da área do Parque Municipal de Mucugê (uma reserva com cerca de 270 hectares). Este parque ainda inclui o baixo curso do rio Combucas e vários dos seus afluentes, limitando-se com o Parque Nacional.
    Além dessas medidas, existe no município de Mucugê, o Projeto Sempre Viva. Este projeto tem os seguintes objetivos: 1) implantação de uma unidade de conservação estruturada para o ecoturismo, no Parque Municipal de Mucugê; 2) desenvolvimento de tecnologia de reprodução de plantas nativas; 3) implantação de um Sistema de InformaçõesGeográficas (SIG); e, 4) execução de um programa de educação ambiental. A sua sede, construída no estilo dos antigos abrigos de garimpeiros, é mostrada na figura 17.




Figura 17 - Parte das instalações do Projeto Sempre Viva.



Beryl

Beryl

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"Beril" and "Heliodor" redirect here. For the character in Tolkien's legendarium, see House of Bëor. For the given name, see Heliodorus. For the Sailor Moon villian see Queen Beryl. For other uses, see Beryl (disambiguation).
Beryl
Beryl09.jpg
Three varieties of beryl: morganite, aquamarine and heliodor
General
Category Cyclosilicate
Formula
(repeating unit)
Be3Al2(SiO3)6
Strunz classification 09.CJ.05
Crystal symmetry Hexagonal dihexagonal dipyramidal
H-M symbol (6/m 2/m 2/m)
Space group: P 6/mmc
Unit cell a = 9.21 Å, c = 9.19 Å; Z = 2
Identification
Formula mass 537.50
Color Green, blue, yellow, colorless, pink and others
Crystal habit Prismatic to tabular cystals; radial, columnar; granular to compact massive
Crystal system Hexagonal
Twinning Rare
Cleavage Imperfect on {0001}
Fracture Conchoidal to irregular
Tenacity Brittle
Mohs scale hardness 7.5–8
Luster Vitreous to resinous
Streak White
Diaphaneity Transparent to translucent
Specific gravity Average 2.76
Optical properties Uniaxial (-)
Refractive index nω = 1.564–1.595
nε = 1.568–1.602
Birefringence δ = 0.0040–0.0070
Pleochroism Weak to distinct
Ultraviolet fluorescence None (some fracture filling materials used to improve emerald's clarity do fluoresce, but the stone itself does not)
References [1][2][3]
In geology, beryl is a mineral composed of beryllium aluminium cyclosilicate with the chemical formula Be3Al2(SiO3)6. The hexagonal crystals of beryl may be very small or range to several meters in size. Terminated crystals are relatively rare. Pure beryl is colorless, but it is frequently tinted by impurities; possible colors are green, blue, yellow, red, and white.

Contents

Etymology

The name beryl is derived (via Latin: beryllus, Old French: beryl, and Middle English: beril) from Greek βήρυλλος beryllos which referred to a "precious blue-green color-of-sea-water stone"[1] and originated from Prakrit veruliya (वॆरुलिय‌) and Pali veḷuriya (वेलुरिय); veḷiru (भेलिरु); from Sanskrit वैडूर्य vaidurya-, which is ultimately of Dravidian origin, maybe from the name of Belur or "Velur" in southern India.[4] The term was later adopted for the mineral beryl more exclusively.[2] The Late Latin word berillus was abbreviated as brill- which produced the Italian word brillare meaning "shine", the French word brille meaning "shine", the Spanish word brillo, also meaning "shine", and the English word brilliance.[5]
Morganite and aquamarine together to show contrast

Deposits

Beryl of various colors is found most commonly in granitic pegmatites, but also occurs in mica schists in the Ural Mountains, and limestone in Colombia. Beryl is often associated with tin and tungsten ore bodies. Beryl is found in Europe in Norway, Austria, Germany, Sweden (especially morganite), Ireland and Russia, as well as Brazil, Colombia, Madagascar, Mozambique, South Africa, the United States, and Zambia. US beryl locations are in California, Colorado, Connecticut, Idaho, Maine, New Hampshire, North Carolina, South Dakota and Utah.
New England's pegmatites have produced some of the largest beryls found, including one massive crystal from the Bumpus Quarry in Albany, Maine with dimensions 5.5 by 1.2 m (18 by 3.9 ft) with a mass of around 18 metric tons; it is New Hampshire's state mineral. As of 1999, the world's largest known naturally occurring crystal of any mineral is a crystal of beryl from Malakialina, Madagascar, 18 meters long and 3.5 meters in diameter, and weighing 380,000 kilograms.[6]

Varieties

Aquamarine and maxixe

Aquamarine
Aquamarine (from Latin: aqua marina, "water of the sea") is a blue or turquoise variety of beryl. It occurs at most localities which yield ordinary beryl. The gem-gravel placer deposits of Sri Lanka contain aquamarine. Clear yellow beryl, such as that occurring in Brazil, is sometimes called aquamarine chrysolite.[citation needed] The deep blue version of aquamarine is called maxixe. Maxixe is commonly found in the country of Madagascar. Its color fades to white when exposed to sunlight or is subjected to heat treatment, though the color returns with irradiation.
The pale blue color of aquamarine is attributed to Fe2+. The Fe3+ ions produce golden-yellow color, and when both Fe2+ and Fe3+ are present, the color is a darker blue as in maxixe. Decoloration of maxixe by light or heat thus may be due to the charge transfer Fe3+ and Fe2+.[7][8][9][10] Dark-blue maxixe color can be produced in green, pink or yellow beryl by irradiating it with high-energy particles (gamma rays, neutrons or even X-rays).[11]
In the United States, aquamarines can be found at the summit of Mt. Antero in the Sawatch Range in central Colorado. In Wyoming, aquamarine has been discovered in the Big Horn Mountains, near Powder River Pass. In Brazil, there are mines in the states of Minas Gerais, Espírito Santo, and Bahia, and minorly in Rio Grande do Norte. The mines of Colombia, Zambia, Madagascar, Malawi, Tanzania and Kenya also produce aquamarine.
The largest aquamarine of gemstone quality ever mined was found in Marambaia, Minas Gerais, Brazil, in 1910. It weighed over 110 kg, and its dimensions were 48.5 cm (19 in) long and 42 cm (17 in) in diameter.[12] The largest cut aquamarine gem is the Dom Pedro aquamarine, now housed in the Smithsonian Institution's National Museum of Natural History.[13]

Emerald

Rough emerald on matrix
Emerald refers to green beryl, colored by trace amounts of chromium and sometimes vanadium.[7][14] The word "emerald" comes (via Middle English: Emeraude, imported from Old French: Ésmeraude and Medieval Latin: Esmaraldus) from Latin smaragdus from Greek smaragdos – σμάραγδος ("green gem"), its original source being a Semitic word izmargad (אזמרגד) or the Sanskrit word, marakata (मरकन), meaning "green".[15] Most emeralds are highly included, so their brittleness (resistance to breakage) is classified as generally poor.
Emeralds in antiquity were mined by the Egyptians and in Austria, as well as Swat in northern Pakistan.[16] A rare type of emerald known as a trapiche emerald is occasionally found in the mines of Colombia. A trapiche emerald exhibits a "star" pattern; it has raylike spokes of dark carbon impurities that give the emerald a six-pointed radial pattern. It is named for the trapiche, a grinding wheel used to process sugarcane in the region. Colombian emeralds are generally the most prized due to their transparency and fire. Some of the most rare emeralds come from three main emerald mining areas in Colombia: Muzo, Coscuez, and Chivor. Fine emeralds are also found in other countries, such as Zambia, Brazil, Zimbabwe, Madagascar, Pakistan, India, Afghanistan and Russia. In the US, emeralds can be found in Hiddenite, North Carolina. In 1998, emeralds were discovered in the Yukon.
Emerald is a rare and valuable gemstone and, as such, it has provided the incentive for developing synthetic emeralds. Both hydrothermal[17] and flux-growth synthetics have been produced. The first commercially successful emerald synthesis process was that of Carroll Chatham.[18] The other large producer of flux emeralds was Pierre Gilson Sr., which has been on the market since 1964. Gilson's emeralds are usually grown on natural colorless beryl seeds which become coated on both sides. Growth occurs at the rate of 1 mm per month, a typical seven-month growth run producing emerald crystals of 7 mm of thickness.[19] The green color of emeralds is attributed to presence of Cr3+ ions.[8][9][10]
Golden beryl
Heliodor

Golden beryl and heliodor

Golden beryl can range in colors from pale yellow to a brilliant gold. Unlike emerald, golden beryl has very few flaws. The term "golden beryl" is sometimes synonymous with heliodor (from Greek hēlios – ἥλιος "sun" + dōron – δῶρον "gift") but golden beryl refers to pure yellow or golden yellow shades, while heliodor refers to the greenish-yellow shades. The golden yellow color is attributed to Fe3+ ions.[7][8] Both golden beryl and heliodor are used as gems. Probably the largest cut golden beryl is the flawless 2054 carat stone on display in the Hall of Gems, Washington, D.C.[20]
Golden beryl, oval cut

Goshenite

Goshenite
Colorless beryl is called goshenite. The name originates from Goshen, Massachusetts where it was originally discovered. Since all these color varieties are caused by impurities and pure beryl is colorless, it might be tempting to assume that goshenite is the purest variety of beryl. However, there are several elements that can act as inhibitors to color in beryl and so this assumption may not always be true. The name goshenite has been said to be on its way to extinction and yet it is still commonly used in the gemstone markets. Goshenite is found to some extent in almost all beryl localities. In the past, goshenite was used for manufacturing eyeglasses and lenses owing to its transparency. Nowadays, it is most commonly used for gemstone purposes and also considered as a source of beryllium.[21][22]
The gem value of goshenite is relatively low. However, goshenite can be colored yellow, green, pink, blue and in intermediate colors by irradiating it with high-energy particles. The resulting color depends on the content of Ca, Sc, Ti, V, Fe, and Co impurities.[8]

Morganite

Morganite
Morganite, also known as "pink beryl", "rose beryl", "pink emerald", and "cesian (or caesian) beryl", is a rare light pink to rose-colored gem-quality variety of beryl. Orange/yellow varieties of morganite can also be found, and color banding is common. It can be routinely heat treated to remove patches of yellow and is occasionally treated by irradiation to improve its color. The pink color of morganite is attributed to Mn2+ ions.[7]
Pink beryl of fine color and good sizes was first discovered on an island on the coast of Madagascar in 1910.[23] It was also known, with other gemstone minerals, such as tourmaline and kunzite, at Pala, California. In December 1910, the New York Academy of Sciences named the pink variety of beryl "morganite" after financier J. P. Morgan.[23]
On October 7, 1989, one of the largest gem morganite specimens ever uncovered, eventually called "The Rose of Maine," was found at the Bennett Quarry in Buckfield, Maine, US.[24] The crystal, originally somewhat orange in hue, was 23 cm (9 in) long and about 30 cm (12 in) across, and weighed (along with its matrix) just over 50 pounds (23 kg).[25]

Red beryl

Red beryl
Red beryl (also known as "red emerald" or "scarlet emerald") is a red variety of beryl. It was first described in 1904 for an occurrence, its type locality, at Maynard's Claim (Pismire Knolls), Thomas Range, Juab County, Utah.[26][27] The old synonym "bixbite" is deprecated from the CIBJO, because of the risk of confusion with the mineral bixbyite (also named after the mineralogist Maynard Bixby). The dark red color is attributed to Mn3+ ions.[7]
Red beryl is very rare and has only been reported from a handful of locations including: Wah Wah Mountains, Beaver County, Utah; Paramount Canyon and Round Mountain, Sierra County, New Mexico;[1] and Juab County, Utah. The greatest concentration of gem-grade red beryl comes from the Violet Claim in the Wah Wah Mountains of mid-western Utah, discovered in 1958 by Lamar Hodges, of Fillmore, Utah, while he was prospecting for uranium.[28] Prices for top quality natural red beryl can be as high as $10,000 per carat for faceted stones. Red beryl has been known to be confused with pezzottaite, also known as raspberry beryl or "raspberyl", a gemstone that has been found in Madagascar and now Afghanistan – although cut gems of the two varieties can be distinguished from their difference in refractive index.[29]
While gem beryls are ordinarily found in pegmatites and certain metamorphic stones, red beryl occurs in topaz-bearing rhyolites. It is formed by crystallizing under low pressure and high temperature from a pneumatolitic phase along fractures or within near-surface miarolitic cavities of the rhyolite. Associated minerals include bixbyite, quartz, orthoclase, topaz, spessartine, pseudobrookite and hematite.[30]