sexta-feira, 19 de julho de 2013

CIANITA


 
CIANITA
GRUPO SILICATOS (Nesossilicatos)
 
Nome: CIANITA ou DISTÊNIO
Fórmula química: Al2SiO5
Sistema cristalino: Triclínico; pinacoidal.
Cor: Azul
Cor do traço: Branco
Transparência: Translúcida
Brilho: Nacarado na superfície de esfoliação e vítreo no resto
Fratura: Tabular
Clivagem: Perfeita
Dureza: 3, 55 - 3,66
Densidade: 3,5 - 3,7
Procedência: Cristalina - GO
Propriedade / Aquisição: UniCEUB / Profª Odette Rezende Roncador
 
Usos: Processa-se a mineração da Cianita nos Estados da Carolina do Norte e da Geórgia, para emprego em velas de motores e outras porcelanas altamente refratárias, indústria elétrica, bem como para fornalhas e jóias.
 
Ocorrência: A Cianita é um mineral acessório no gnaisse e no mica xisto (micacitas) como resultado de metamorfismo regional fregüentemente associado, muitas vezes, com a granada, estaurolita e coríndon. Encontrada também em veios pegmatitícos. Não ocorre em rochas ígneas. Característico das piçarras cristalinas, apresentando cristais em forma de crepa, e sua dureza ao longo do comprimento é menor que no sentido transversal do cristal. Espécie semelhante: a Mullita, Al6Si2O13, é rara como um mineral, mas comum nas fusões artificiais; forma-se quando a cianita, a andaluzita e a sillimanita são aquecidas em temperaturas elevadas.
 
No Brasil: Minas Gerais (Diamantina, Andrelândia, Santo Antônio do Porto e Bom Jardim).
 
No Mundo: São Gotardo, Montes Urais, Alpes, Montes Campione, em Tessino, na Suíça; Tirol Austríaco; Pontivy e Morbihan, na França. Encontrada nos Estados Unidos em Chesterfield, no Estado de Massachusetts; em Lichfield, no de Connecticut; em Gaston, Lincoln e Yancey Counties, no da Carolina do Norte e na parte norte da Geórgia; Alemanha e Índia.

Joias paraenses serão exibidas no Rio de Janeiro

Joias paraenses serão exibidas no Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude.
Da redação - Joias produzidas no Polo Joalheiro do Pará serão exibidas e comercializadas durante a “10ª Expocatólica: Feira Internacional de Carisma, Turismo, Educação, Livros e Artigos Religiosos”, que acontece no Rio Centro, de 20 a 28 de julho, paralelamente à Jornada Mundial da Juventude.
A iniciativa visa divulgar o destino Pará no mercado nacional e internacional e é promovida pela Secretaria de Turismo (Setur) e Companhia Paraense de Turismo (Paratur), em parceria com a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e o Espaço São José Liberto.
"Riqueza de Mãe", criação da designer Helena Bezerra, faz parte do acervo da Coleção Joias de Nazaré, que o Polo Joalheiro do Pará mostrará na 10ª Expocatólica.
(foto: João Ramid)

O Polo Joalheiro do Pará levará 33 peças do acervo de coleções “Joias de Nazaré”, lançadas anualmente na época do Círio. Criadas e confeccionadas por 17 empresas, sete empreendedores e 16 designers, as joias homenageiam a padroeira do povo paraense e todo o imaginário simbólico que envolve o Círio de Nazaré.

"Divina Acolhida", criação da designer Clara Amorim, é um dos destaques da Expocatólica. O conjunto integra a Coleção Joias de Nazaré 2011: "Madonas do Barroco: a fé nos braços da Mãe" (foto: João Ramid)
Peças do artesanato religioso da Casa do Artesão do Espaço São José Liberto também serão expostas na feira. Os símbolos do Círio serão retratados em diversas tipologias do artesanato paraense, como terços de sementes, cerâmica, berlindas e brinquedos de miriti. Feitos de uma palmeira da região, os objetos leves e coloridos são típicos dessa época.

Brinquedoss de miriti, da Casa do Artesão (foto: João Ramid)
As exposições integram a programação do “Peregrinus: Salão Internacional de Turismo Religioso”, que acontece dentro da Expocatólica. A feira é apoiada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua primeira edição, passando a contar, posteriormente, com a atuação efetiva da Pastoral do Turismo, entidade da Igreja Católica no Brasil focada na promoção e no incentivo ao turismo religioso, que tem se expandido e se profissionalizado a cada ano.
Pingente "Festa de fé", criado pela designer Joseli Limão, da empresa DaNatureza.
(foto: Carlos Sodré / Agência Pará)
Além das exposições, o Espaço São José Liberto ofertará brindes para operadores de Turismo, imprensa especializada e autoridades. Os souvenirs serão entregues durante as apresentações do roteiro do Círio de Nazaré e das especificidades do destino Pará, que acontecerão durante o evento.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Dicas de joias, Pedras brasileiras, Tendências »

O remake da novela “Guerra dos Sexos” está dando o que falar, e as grandes festas da trama são palco para os acontecimentos mais marcantes da história. E festas pedem por looks estonteantes, complementados por joias H.Stern, é claro!
O “quase casamento” de Roberta (Glória Pires) e Nando (Reinaldo Gianechinni), por exemplo, foi um dos assuntos mais comentados pelos personagens da novela. Apesar de ter sido abandonada no altar pelo motorista, Roberta estava radiante vestida de noiva.

Ela combinou o seu vestido tomara-que-caia com brincos Rua das Pedras de quartzos, ametistas, pérolas e diamantes, que deixaram o seu visual


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Dicas de joias, Pedras brasileiras, Tendências »

 2013 | 4 Comentários | | Por AdoroJoias]
De olho na tendência: brincos com pedras oversized O site WGSN – especialista em pesquisas e análise de tendências para as indústrias de moda e estilo – publicou recentemente em sua página uma tendência, que apareceu com força nas passarelas internacionais durante os desfiles de Outono/Inverno 2013-14: são os “giant gemstones earrings”, traduzindo, brincos com pedras grandes! Rubis, diamantes, esmeraldas e ametistas são as apostas do WGSN para a temporada, trazendo um retorno do estilo ladylike também para as joias. E o melhor: essa tendência pode ser adaptada para a “vida real”, com peças de impacto e que transformam qualquer look.
Os modelos de brincos com gemas em tamanho oversized sempre  fizeram (e continuam fazendo) muito sucesso no universo da joalheria! Eles adicionam poder e


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Artes & design, Pedras brasileiras »

[15 mar 2013 | Sem Comentários | | Por AdoroJoias]
“Os Jardins na Cidade”: em exposição no Rio e nas joias Uma dica para quem curte admirar a beleza dos jardins. O Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (que já é deslumbrante por Natureza!), recebe a exposição “Os jardins na cidade”. A mostra do fotógrafo francês Michel Corbou é baseada em seu próprio livro,  “Des Jardins dans la ville”, e mostra um pouco do olhar do artista sobre a importância destas áreas e seu reflexo na paisagem das cidades.
As imagens da exposição retratam jardins e paisagens urbanas captadas na Europa (França, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Grécia e Suíça), e também fotografias inéditas realizadas no Brasil, onde Corbou esteve entre novembro e dezembro de 2012. Dentre as obras brasileiras fotografadas, estão o Parque da


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[8 mar 2013 | 2 Comentários | | Por AdoroJoias]
O brilho das joias em Lado a Lado O último capítulo da novela “Lado a Lado” vai ao ar hoje, mas algumas cenas já estão anunciadas!
Isabel e Zé Maria (os personagens de Camila Pitanga e Lázaro Ramos) finalmente se casam, em uma linda cerimônia! Para celebrar o aguardado grande dia dos protagonistas, a noiva escolheu encantadoras joias H.Stern: brincos e anel Rock Winter, de Ouro Nobre com diamantes e cristais de rocha. Ficou linda, olhem só:

Após morar uma temporada na Europa, a personagem de Camila Pitanga voltou ao Brasil cheia de glamour e  passou a exibir um visual mais elegante, complementado por joias poderosas! Fizemos uma seleção com algumas das peças usadas por ela:


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[6 mar 2013 | 3 Comentários | | Por AdoroJoias]
As joias com as cores do Outono 2013 eleitas pela Pantone! Amantes das tendências de cores, preparem o coração: já saiu o Fashion Color Report da Pantone para o Outono 2013!
Nesta estação, nove cores se juntaram à Emerald, nomeada a “Cor do Ano de 2013”. Leatrice Eiseman, diretora executiva do Instituto Pantone, declarou no site da empresa que “Assim como as folhas mudam no Outono, o consumidor irá desfrutar da habilidade  de mudar seu look e tentar uma nova abordagem em seu guarda-roupa para os dias mais frescos que virão”.  Ela ainda complementou dizendo que  “A paleta do Outono 2013 permite essa versatilidade e experimentação”. Adoramos! Afinal de contas, quem não gosta de tendências


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Pedras brasileiras »

[31 jan 2013 | 2 Comentários | | Por AdoroJoias]
Rubelita: pura sedução Na Natureza, encontramos turmalinas em quase todas as cores do arco-íris: vermelho, azul, amarelo, verde…
Geralmente, elas são nomeadas de acordo com a sua cor como, por exemplo, turmalina verde ou turmalina vermelha. Alguns exemplares no entanto, receberam nomes especiais, como é o caso da rubelita.
Essa gema preciosa é uma turmalina com nuances que vão desde o rosa alaranjado até o vermelho intenso, e o seu nome deriva do Latim rubellus, que significa avermelhado.

Mas não são todas as turmalinas rosas e vermelhas que podem ser chamadas de rubelita! Para definir como a pedra será nomeada, deve-se observar


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Enquete, Pedras brasileiras »

[17 jan 2013 | Sem Comentários | | Por AdoroJoias]
Rock Spring é a eleita! Estamos encerrando mais uma enquete! Desta vez, quisemos saber a opinião de nossos queridos leitores e leitoras sobre a última coleção lançada pela H.Stern – rica em detalhes, tonalidades de ouro, gemas e formas.  Perguntamos “Qual das estações da coleção Rock Season mais te agrada?”, e a disputa mais uma vez foi bem acirrada, porém a vencedora, com 32% dos votos é…
A linha Rock Spring! Nela, a festividade e a delicadeza da Primavera estão materializadas nas formas da borboleta. Os tons utilizados, ouro rosé adornado por diamantes cognac, primam pela delicadeza e sutileza. Já o ar punk rock fica por conta de elementos pontiagudos, que emprestam suas formas a brincos longos e pendentes. A linha inclui também pedras translúcidas de tons rosados, como a ametista e a morganita. O romantismo com um ar de rebeldia destas joias definitivamente ganhou um lugar em nossos corações, não é mesmo?

Em segundo lugar, com 30%, vem a
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Destaque, Pedras brasileiras, Tendências »

[27 dez 2012 | Um Comentário | | Por AdoroJoias]
Candy colors: o romance promete invadir a próxima estação! Uma tendência de cores bem romântica vem tomando conta das passarelas pelo mundo todo desde as últimas temporadas: são as chamadas candy colors! As tonalidades suaves de rosa, verde, amarelo, azul, entre outras, vêm ganhando cada vez mais adeptas e ocupando espaço em nosso guarda-roupa – e também no coração, já que é uma moda super feminina, que valoriza qualquer produção!
Várias celebridades já adotaram as candy colors, que está entre as 10 tendências mais usadas em 2012, de acordo com o site da revista Vogue Brasil:

Mas quem pensa que as candy colors estão só em roupas, bolsas e sapatos está muito enganada! Diversas pedras preciosas


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Lançamentos, Pedras brasileiras »

[21 nov 2012 | 2 Comentários | | Por AdoroJoias]
Toda a delicadeza da morganita Apesar de sua tonalidade rosada única encantar os amantes da joalheria no mundo todo, a morganita ainda não é muito conhecida pelo público em geral. Outros membros de sua família, como a esmeralda e a água-marinha, que também pertencem ao grupo dos berilos, ganharam toda a fama, mas não conseguiram ofuscar totalmente o seu brilho.
Há algumas décadas, a morganita foi redescoberta, e muitas joalherias passaram a usá-la na composição de suas peças. Isso aconteceu porque apesar de essa gema ter surgido há milhares de anos, foi somente em 1911 que ela foi nomeada e reconhecida


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Enquete, Pedras brasileiras »

[5 nov 2012 | Sem Comentários | | Por AdoroJoias]
Amarelo da cor do sol: o citrino é a pedra escolhida da vez! Já saiu o resultado de mais uma de nossas enquetes! Desta vez, quisemos saber de vocês, nossas queridas leitoras (e leitores também!), qual pedra colorida é a preferida. Selecionamos quatro opções de gemas, com tonalidades bem diferentes umas das outras: citrino (amarelo), granada (vermelho), topázio (azul) e ametista (roxa).
Foi uma disputa acirradíssima, e quase deu empate: o citrino ficou em primeiro lugar com 30% dos votos, seguido muito de perto da ametista, que recebeu 29%! Na seqüência aparecem o topázio, com 24% e a granada, preferida por 17% das pessoas que votaram.

O citrino é uma variedade do quartzo, porém devido a seus componentes férricos, ele adquire uma belíssima

A Esmeralda


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Negócios / Esmeralda
A Esmeralda
A esmeralda é uma variedade do mineral berilo (Be3Al2(SiO3)6), de cor verde, devido à presença de quantidades mínimas de cromo e, às vezes, ferro. É altamente apreciada como gema e é uma das pedras mais atraentes no mundo.
Seu nome, esmeralda, provém do grego "smaragdos", mas a origem provavelmente é do hindu antigo que significa verde. Considerada a gema do amor, da primavera e das florestas ou amuleto da vida, a esmeralda é presença constante nas mais lindas jóias desde a antigüidade.
A Mina Belmont
No Brasil, em Itabira, Minas Gerais, está localizada a Mina Belmont, uma das maiores e mais bem equipadas minas de esmeralda do mundo. Desde 1978, quando foi descoberta a jazida, a Belmont vem investindo em tecnologia para extração da esmeralda, utilizando os mais modernos equipamentos que trabalham em perfeita sintonia com a preservação do meio ambiente.
De olho no futuro e na expansão da produção, a empresa mantém maciço investimento em pesquisa geológica de novas áreas, visando a descoberta de novos depósitos esmeraldíferos.
A Belmont é benchmark em tecnologia para tratamento de minério, pelo desenvolvimento de tecnologia em lavagem e separação das esmeraldas. Em 2004, entrou em operação a separação ótica das esmeraldas, totalmente mecanizada e pioneira no mundo. O beneficiamento é rápido, capaz de processar até 4.000 quilos de minério por hora. As pedras são conduzidas a um sistema ótico capaz de identificar e separar eletronicamente as esmeraldas. É um processo de altíssima precisão, agilidade e confiabilidade que possibilita a Belmont manter altos índices de produtividade, reduzindo o custo operacional.
Na etapa de triagem e classificação, a Belmont conta com profissionais treinados e com larga experiência. O método "Belmont" de classificação, único no mercado, permite ao cliente maior rapidez e confiabilidade na hora da compra. A classificação é baseada nos parâmetros de cor, brilho, tamanho, forma e inclusões.
A empresa atende ao mercado interno e externo. Suas esmeraldas são exportadas para diversos países, entre eles, Estados Unidos, Índia, Israel, Tailândia, Japão e China. Logísticas eficientes garantem a segurança e integridade das gemas e a rapidez e pontualidade da entrega.
Contato para Vendas:
info@belmontmine.com
Imagens Relacionadas
 
Esmeralda bruta Esmeralda bruta Esmeralda bruta Corte e Polimento
Polimento Olho de Gato Esmeralda Lapidada Central de Processamento
 
Grupo Belmont 2013 Belmont

segunda-feira, 15 de julho de 2013

GARIMPAGEM DO OURO

GARIMPAGEM DO OURO

Em 1993, estimou-se que cerca de 6 milhões dos milhões de trabalhadores na mineração mundial estavam engajados no que se chama mineração artesanal ou garimpagem como é definido no Brasil. Esses mineiros espalhados em 40 paises extraiam mais de trinta diferentes tipos de minerais. Em 2000, a Organização Internacional do Trabalho, estimou que o número de mineiros artesanais cresceu, totalizando cerca de 13 milhões em 55 países o que leva a crer que de 80 a 100 milhões de pessoas dependem desta atividade para sobreviver. O ouro por sua característica de fácil venda e alto valor tem sido o bem mineral mais extraído pelos mineiros artesanais em todo o mundo. Em 1995, estimou-se que mais de um milhão de mineiros atuavam na América Latina com uma produção de 115 a 190 toneladas de ouro com o maior contingente no Brasil (200.000 a 400.000) produzindo de 30 a 50 toneladas.

Em muitos paises, as leis relativas às atividades de mineração artesanal não se baseam nas características do tipo de tecnologia utilizada, mas na escala de produção ou no tipo de minério extraído (ex: aluvião). No Brasil a lei n° 7.805 de 20-07-89 estabelece que os minérios aluvionares, coluvionares e eluvionares estariam à disposição de serem minerados por atividade garimpeira organizada, isto é, associações ou cooperativas de garimpeiros. A legislação brasileira exclui os garimpeiros da extração de ouro de depósitos primários, que na realidade foram em grande maioria descobertos pelos próprios garimpeiros. A história tem mostrado que sem suporte técnico e investimento, os depósitos primários, normalmente ricos em sulfetos, são pesadelos para os mineiros artesanais. Assim não parece ter sentido regulamentar a atividade garimpeira pelo tipo de depósito geológico a ser trabalhado, uma vez que existe um controle natural da atividade artesanal.

Infelizmente, a maioria dos governos de paises em desenvolvimento não provêm uma assistência de qualquer tipo aos mineiros artesanais. Esta seria uma forma pela qual os mineiros poderiam ter acesso à tecnologia e garantias legais das jazidas que descobriram. Os governos têm um papel fundamental em estabelecer o arcabouço legal que seja visivelmente vantajoso ao mineiro artesanal de outra forma ele irá (e tem sido), inevitavelmente, trabalhar na ilegalidade.

A mineração artesanal representa uma situação embaraçosa para as elites dos países em desenvolvimento, que procuram mostrar ao mundo seus avanços tecnológicos e a evolução de seus conceitos de modernidade. Contudo, a garimpagem representa uma atividade absolutamente coerente com a falta de planejamento de desenvolvimento rural da maioria dos paises ricos. Um grupo de estudiosos reunidos pela Organização das Nações Unidas para desenvolvimento industrial em Viena, em 1997, conclui que em todo o mundo a mineração artesanal é uma atividade importante como fonte de emprego que contribui para o alivio da pobreza, e se bem organizada e assistida, pode vir a contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.


1. HISTÓRICO DA GARIMPAGEM DE OURO NA AMAZÔNIA

É reconhecido que a moderna corrida ao ouro na Amazônia foi intensificada pela descoberta de Serra Pelada, em janeiro de 1980. O mérito dessa descoberta é atribuído ao peão de nome Aristeu, a serviço do senhor Genésio Ferreira da Silva, proprietário da fazenda Três Barras. Constatada a abundância de ouro, houve uma grande corrida de pessoas para esse local de modo que em março de 1980, já existiam cerca de cinco mil pessoas garimpando na 'Grota Rica'. Em abriu de 1980 ocorreu o início da garimpagem no 'Morro da Babilônia'.
A partir de 20 de maio de 1980, já com a presença do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral), e da DOCEGEO (empresa de pesquisa da antiga CVRD, hoje VALE), foi montado um esquema governamental para controlar e orientar as diferentes atividades que ali se desenvolviam, e para tal se fizeram presentes diversos órgãos do governo federal e estadual. Em outubro de 1980, houve necessidade de paralisia dos trabalhos de desmonte manual para serem executados os serviços de terraplenagem. O aprofundamento das catas de Serra Pelada fez com que se surgissem problemas de desmoronamento, visto que os garimpeiros acostumados a trabalhar com o ouro secundário, não davam a devida atenção para a segurança de trabalho. Em julho de 1983 um acidente vitimou 19 garimpeiros. Ao final de 1983 existiam, 3.973 catas de mineração distribuídas em uma cava de forma elipsoidal com 30.000 m² de área e profundidade de cerca de 60 m. Os direitos minerários do depósito pertenciam a CVRD, que havia feito seu requerimento de pesquisa para manganês e ferro e não havia reconhecido a presença de ouro na área.

Atualmente a cava da Serra Pelada está inundada (pelo lençol freático) e menos de 800 garimpeiros tentam sobreviver re-processando rejeitos ou dragando material do fundo da cava. A VALE (CVRD) anunciou em 1997 ter encontrado através de sondagens cerca de 150 toneladas de ouro na área de Serra Pelada. E esse anúncio atraiu novamente garimpeiros e especulou-se o retorno de milhares de pessoas ao garimpo. Todavia problemas geológicos e estruturais não ratificaram a previsão e com isso o garimpo continuou latente, sem maiores fluxos de trabalhadores para a região.

Nas décadas de 70 e 80 muitas das áreas descobertas por garimpeiros foram requeridas por empresas de mineração. Muitas delas alegaram depois de terem suas concessões invadidas por garimpeiros. Outras, realmente foram vítimas de invasões irresponsáveis. Empresários da mineração passam a conviver não só com o risco, mas, também, com a insegurança, ao verem seus investimentos sucumbidos e os depósitos minerais dilapidados.

Cerca de 236 mil km² ou 4,34% da área total da região amazônica brasileira são afetados pela garimpagem de ouro. Somente no estado do Pará, essas áreas atingem 150 mil km², das quais o Tapajós é maior área garimpeira do Estado e do mundo – 100 mil km² – e também a mais importante em termos de produção.

A produção aurífera oficial dos garimpos da região do Tapajós, no período 1991-2000,representou cerca de 70% da produção paraense que por sua vez representou 52,5% da produção garimpeira da Amazônia. No ano de 1991 a produção industrial de ouro sob a responsabilidade da CVRD (na época) , representava cerca de 7% da produção total do Pará, sendo a grande maioria, 93% , proveniente dos garimpos ativos do Tapajós (59,3%). Cumaru-redenção-tucumã (26,2%) e de outras áreas (7,8%). Em 2000 o quadro se inverteu sendo a produção industrial da mina do Igarapé Bahia (Mineradora VALE) a fonte mais importante de ouro do Estado do Pará e do Brasil. A produção garimpeira representou apenas 27,6% do total de ouro produzido no Pará.


2. ASPECTOS AMBIENTAIS COM RELAÇÃO AOS GARIMPOS
Os impactos ambientais da garimpagem podem ser divididos em físicos e biológicos.Os aspectos físicos são caracterizados pela destruição da capa vegetal e dos solos assim como pelo assoreamento de rios. O envolvimento do solo promove intensa erosão das margens de rio, carreando sólidos em suspensão e mercúrio associado à matéria orgânica para sistema de drenagem. Este processo pode ser umas das principais vias de mercúrio natural ou antropogênico nos sistemas aquáticos amazônicos. Os impactos biológicos iniciam-se nos impactos a qualidade das águas por intermédio do assoreamento*, pela descarga de derivados do petróleo, tais como óleo diesel e graxa, pelo uso exacerbado de detergentes utilizados para dispensar o minério e, o mais grave pelo uso inadequado do mercúrio.

* Assoreamento é a obstrução, por sedimentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal. Pode ser causador de redução da correnteza. No Brasil é uma das causas de 'morte' de rios, devido à redução de profundidade. Os processos erosivos, causados pelas águas, ventos e processos químicos, antrópicos e físicos, desagregam solos e rochas formando sedimentos que serão transportados. O depósito destes sedimentos constitui o fenômeno do assoreamento.

3. ASPECTOS SOCIAIS EM RELAÇÃO AOS GARIMPOS

A característica transiente, migratória e muitas vezes ilegal dos mineiros artesanais modernos na América Latina, em particular no Brasil, não tem contribuído com benefícios de assentamentos observados durante o período colonial. O ciclo da atividade de mineração e bem conhecido: descoberta, imigração, relativa prosperidade econômica, seguida de exaustão do recurso mineral (material secundário), emigração e decadência econômica. A mecanização dos garimpos contribuiu mais para a aceleração deste ciclo. Drogas, prostituição, doenças, jogos, abuso de álcool e degradação de princípios morais são conseqüências freqüentes da ocupação caótica dos garimpos. É óbvio que os benefícios econômicos obtidos pelos mineiros não compensam as deploráveis condições socioeconômicas deixadas nas comunidades formadas pelos garimpos. Após a exaustão do minério de ouro facilmente extraído, as minas são abandonadas e quem permanece nos locais tem que conviver com o desenvolvimento econômico alternativo.

A criação de muitos municípios, cidades ou vilas, originados de maneira caótica, através da corrida do ouro tem causado sérios problemas aos gestores municipais. No Pará, os casos mais conhecidos são Curianópolis, Eldorado dos Carajás, Cachoeira do Piriá, etc. muitas dessas comunidades sofrem falta de opções econômicas, escassez de visão de futuro e liderança, além de viverem em extrema pobreza, normalmente buscando e reprocessar rejeito dos garimpos.

A significativa produção histórica do ouro no Brasil retrata o enorme potencial aurífero das regiões geológicas do país. Os investimentos realizados na exploração de ouro, principalmente nos anos 1980, ainda que bem menor em relação a outros paises tradicionais produtores trouxeram excelentes retornos aos investidores através de importantes e novas descobertas que alavancaram a produção nacional industrializada a níveis sem precedentes. Este relato só não foi mais proeminente devido à falta de uma política nacional que incentivasse a pesquisa mineral como um todo. Apesar do pouco conhecimento acerca da geologia do território nacional e das reservas de ouro contidas, sabe-se que o grande potencial aurífero encontra-se associado a rochas de idade arqueana e paleoproterozóica, que em geral fazem partes da seqüência do tipo greenstone belt. No entanto, a nova fronteira exploratória no Brasil situa-se na região Amazônica, de geologia ainda menos conhecida.

Nesta região, além dos greenstone belt já reconhecidos, ocorrem depósitos ainda pouco definidos, alguns associados a outros metais que também apresentam interesse econômico. O real potencial dessas regiões deve ser estudado através da metalogênese, à luz dos conhecimentos gerados de outras partes do globo, e de desenvolvimento de técnicas exploratórias adaptadas às condições tropicais que dominam a paisagem nessas regiões.