segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Garimpo da Família Silvestre

O Garimpo da Família Silvestre



Uma Geo-Reportagem de Heinrich Frank

A Informação Inicial

Uns anos atrás uma pessoa compareceu ao Museu de Geologia da CPRM com uma amostra de apofilita com hábito prismático piramidado, um hábito bastante raro entre as apofilitas do Rio Grande do Sul, pelas informações que se tem até o momento. Indagado pelo Coordenador do Museu, geól. Pércio Branco, sobre a origem do mineral, a pessoa limitou-se a informar que era de uma pedreira "entre Caxias do Sul e Canela".

Sabedor do meu interesse em zeolitas, o Pércio me passou esta informação, que ficou guardada para investigação. No primeiro semestre deste ano de 2002 tive oportunidade de percorrer a região - entre Caxias do Sul e Canela - e aproveitei para perguntar por pedreiras. Conversando com moradores, foi fácil chegar a um nome intimamente ligado a pedreira e garimpo: Nelson Silvestre, morando em Santa Lúcia do Piraí. Fiz um contato com ele na ocasião e combinamos de deixar passar o inverno frio e chuvoso que estava fazendo para conhecer o garimpo.

Passado o mês de outubro, excepcionalmente frio e chuvoso, no início de novembro combinamos por telefone de fazer a visita e, assim, tenho o prazer de apresentar o relato denominado


" O Garimpo da Família Silvestre "


(ou: "A região garimpeira de ametistas de Caxias do Sul - RS")

OS IMIGRANTES

No início do século XX imigraram da Itália, entre muitos outros colonizadores, uma menina com 9 anos de idade e um menino, de outra família chamada Silvestro, também com menos de 10 anos de idade. Vivendo no Brasil, cresceram, conheceram-se e formaram um casal morando na localidade de São Paulo, do Distrito de Santa Lúcia do Piraí, município de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Um dos filhos, chamado Sebastião, comprou em 1930 uma área de terras com 72 hectares no total entre as localidades de Santa Lúcia do Piraí e Vila Oliva, município de Caxias do Sul. Esta é a localização que nos interessa. Na propriedade, Sebastião encontrou um mar de araucárias. Eram pinheiros de araucária ininterruptamente dali até São Francisco de Paula. Hoje sobrou pouco disso - alguns capões aqui e ali, pois a madeira fez a casa e a fortuna de muitos. Sebastião plantava trigo e milho e criava porcos.


A VIAGEM

Para acessar o local, segue-se pela BR-116 até o quilômetro 147, logo depois da ponte sobre o Rio Caí e 200 metros antes do pedágio. Ali inicia uma boa estrada de chão batido que adentra o Vale do Rio Caí, seguindo praticamente ao lado do rio Caí por mais de uma dezena de quilômetros.


Vale do Rio Caí visto a partir da BR-116

Assim chega-se à ponte sobre o rio Piraí, afluente do rio Caí, uma ponte com mais de 50 metros de comprimento. Pouco depois há uma encruzilhada onde se escolhe o lado esquerdo e sobe-se do vale para o topo do planalto, com uma temperatura nitidamente mais baixa.


Imponente e majestoso, o Morro Koff domina o vale. Quem viaja de Nova Petrópolis a Gramado e deixa o Morro de lado não sabe o que está perdendo.

Mais alguns quilômetros e ....



.... estamos em Santa Lúcia, um povoado tranquilo, limpo e bonito, com arquitetura tipicamente italiana. A região destaca-se pela grande produção de hortigranjeiros durante o verão, que é comercializada na Central de Abastecimento de Porto Alegre - CEASA. O inverno é rigoroso demais para as hortaliças, com muita geada e até neve.








Toma-se a estrada que segue em direção Leste, para Vila Oliva e, 10 quilômetros depois, estamos no Garimpo da Família Silvestre.


OS INDÍCIOS

Ainda a caminho do garimpo, na excelente estrada de chão batido que leva ao local, observa-se uma quantidade elevada de cristais de quartzo e geodos com ágata nos diferentes cortes de estrada, onde o quartzo está na base do horizonte superior do solo, onde se concentrou por processos de intemperismo, e abaixo disso na rocha basáltica completamente alterada. Sem qualquer dificuldade coleta-se agregados de cristais de quartzo com 2 cm de altura, límpidos e às vezes com tonalidade azulada. Ágata, ágata desidratada, calcedônia e quartzo com formas estranhas, esqueletais, completam o quadro que se descortina ao observador.




O INÍCIO DO GARIMPO

O velho Sebastião Silvestre (nome modificado para "e" no final ao invés do "o" dos imigrantes) não dava muita bola para "as pedras" (as ametistas) . Certa feita passou um senhor de idade, de Caxias do Sul, pela propriedade dos Silvestre e juntou do chão, no meio da roça, alguns cristais de ametista, vendendo-os em Soledade. A partir daí iniciou a extração de pedras, que eram buscadas a picão, colocadas dentro de um saco e, viajando de ônibus, levadas até Soledade.

Isso foi há quarenta anos. O trabalho evoluiu, e Sebastião e sua família, onde se inclui seu filho Nelson Silvestre, procuravam as ametistas, sempre a picão, quando tinha menos serviço na agricultura, que continuava a principal atividade na propriedade. Assim trabalhava-se mais no inverno, mas também no verão, sempre que "a roça" dava uma folga.

Ao invés de levar as pedras a Soledade, o fluxo se inverteu: os compradores de Lajeado e de Soledade vinham até a propriedade, usando carros da época como Chevette e Corcel, levando quantidades pequenas como 100 ou 200 quilos, sempre usando as ametistas para queimar e depois tirar as pontas dos cristais para posterior lapidação, esta normalmente feita no exterior.


A PROFISSIONALIZAÇÃO

As empresas Willi Guerner, Jaghetti e dos Ledur de Estrela inauguraram um ciclo novo no garimpo, aproximadamente a partir de 1970. Adquiriam o direito de lavra de pequenos lotes na propriedade, de 50 por 30 metros, por exemplo, ficando com todas as pedras que havia nesta porção, trazendo máquinas para dinamizar a extração.

Conta-se que, em uma ocasião, o "nono" Bastião, que não acreditava muito no "negócio das pedras" , vendeu por 500 cruzeiros o direito de lavra de um lote de 20 por 40 metros por 3 anos a uma destas empresas. Apareceu tanta pedra que o lote se pagou na primeira semana de trabalho ....

Este arrendamento de lotes parou em 1985, mas já bem antes Nelson Silvestre, sua esposa Érida e os filhos Gilberto, Alencar e Rosane começaram a extração de ametistas por conta própria. Inicialmente foi a picão mas depois, em 1980, a empresa Irmãos Lodi, tradicional e importante comerciante de pedras preciosas de Soledade, financiou uma retroescavadeira à família, que foi paga em ametistas. Seguiram-se um caminhão, um trator de esteira e outros equipamentos que são usados hoje. Sr. Nelson e sua esposa, Érida, já se aposentaram, estando os filhos responsáveis pelo garimpo.


A DESCRIÇÃO DO GARIMPO

O local do garimpo não se destaca na região por alguma feição geomorfológica especial. Está situado no relevo mais ou menos acidentado típico desta região de topo de planalto. Aflora aqui o estrato superior de um derrame espesso de rocha vulcânica completamente alterada para argila vermelha. Há 4 niveis bem distintos.


Aspecto geral do garimpo hoje em operação

O primeiro é uma capa com 3 a 5 metros de espessura de solo vermelho com matéria orgânica que contém pouquíssimos geodos. Este material é retirado para ser usado mais tarde na recomposição do terreno.

O segundo é um nível abaixo do primeiro com mais de 8 metros de espessura que contém os geodos de quartzo e de ametista. Os geodos tem no máximo 60 cm de diâmetro, normalmente um pouco menos, e possuem quartzo ou quartzo ametista no seu interior. A "crosta" do geodo normalmente é de quartzo, relativamente espessa, e a "casca" do geodo exibe feições de corrosão devido ao ataque dos agentes intempéricos. Também ocorre ágata, mas é bastante rara e normalmente trincada, o que impede que seja serrada para finalidades comerciais. Muitos geodos estão completamente preenchidos com quartzo, quando então não tem mais uso e são descartados. Os cristais de ametista alcançam até 4 - 5 cm de altura, raramente mais, situando-se a média em até 2 cm.


Detalhe do nivel de geodos que é minerado.

O terceiro, o nível mais inferior, é uma rocha menos alterada com geodos maiores que possuem, além de ametista, feições de sílicas diferenciadas lembrando dedos, estalactites, vermes e outras.

Finalmente o quarto nivel é chamada de "laje" e é uma rocha inalterada desprovida de geodos, caracterizando a porção central do derrame vulcânico em questão.

Na operação do garimpo, a rocha alterada, básicamente argila, é removida com o auxílio de máquinas e nos geodos encontrados a cata da ametista é feita à mão, já separando no próprio garimpo as pedras de acordo com sua qualidade e finalidade.


Ametistas de qualidades diferentes já separadas no garimpo.

É uma garimpo muito diferente dos garimpos no norte do estado, na região de Ametista do Sul, onde se fazem túneis na rocha inalterada, trabalhando com dinamite, até localizar os geodos de ametista, lá normalmente bem maiores que aqui no Garimpo da Família Silvestre.


Garimpo antigo que terá agora o seu terceiro nivel minerado.

O garimpo, ao longo dos anos, originou o pomar de macieiras que cobre as partes antigas do garimpo, devidamente reconstituídas e plantadas segundo a última tecnologia disponível, que é o plantio em alta densidade, usando uma técnica com arames, com duas variedades de maçã plantadas. Estas maçãs produzem hoje a metade do rendimento da propriedade quando o garimpo produz normalmente.


Vista das macieiras com araucárias no fundo.


OS PRODUTOS DO GARIMPO

O garimpo rende exclusivamente ametista. As raras ágatas e os quartzos de formas diferenciadas são muito raras e inexpressivas economicamente. Desta maneira, há dois produtos principais:

a) Chapas para coleção, a produção mais importante. Trata-se de fragamentos de geodos com tamanhos de até um palmo e meio de diâmetro.
b) Pontas, como são chamadas os cristais de quartzo individuais. Estas dividem-se em:

b1) limpas, que são aquelas vendidas na cor natural, para lapidação, e
b2) semi-limpas, que são aquelas que são queimadas para o aproveitamento dos "bicos" , que são as pirâmides dos cristais de quartzo, para finalidades diversas.

Quando as ametistas vem do garimpo, são lavadas com água sob alta pressão em uma instalação feita especialmente para isso:


Lavador de ametistas

O garimpo possui um amplo galpão onde as máquinas são guardadas e em cuja parte inferior encontram-se dois fornos elétricos onde as chapas e as pontas semi-limpas são queimadas, a 400º Celsius durante 9 horas, com duas fornadas diárias de 100 quilos cada uma, produzindo a pedra conhecida como citrino. Esta deve ser diferenciada do citrino natural, um quartzo que ocorre naturalmente amarelo, muito raro no Rio Grande do Sul. O citrino é chamado no comércio, frequentemente, tanto aqui no Brasil como no Exterior, de topázio, embora não tenha nada a ver com o topázio verdadeiro. Apenas as cores do citrino artificial e do topázio amarelo são semelhantes.


Aspecto do forno (ao fundo) com barris de chapas já queimadas prontas para venda aos atacadistas de pedras preciosas

A qualidade das ametistas deste garimpo é especialmente boa para queima, pois não é qualquer ametista que queima. Estas aqui queimam muito bem, dando uma grande variação de cor, com 8 a 9 tons de cores diferentes. Por isto as ametistas daqui são conhecidas no estado inteiro como "pedras de Caxias".


Mesa com chapas de citrino prontas para venda.
À esquerda, Sr. Nelson Silvestre . À direita, seu filho Gilberto José Silvestre, responsável pelo garimpo


Detalhe da variação de cor das chapas de citrino.


QUEM COMPRA

Uma boa parte da produção é vendida diretamente para os grandes comerciantes de pedras preciosas de Soledade, que vem buscar o produto no próprio garimpo. Muito material é vendido para microempresas em Lajeado e em Estrela, que compram de 500 a 1000 kg para martelamento, que é a retirada da pirâmide do cristal de quartzo ametista queimado. Estas "pontas" são exportadas depois para lapidação no exterior.


QUEM MAIS GARIMPA NA REGIÃO

As famílias que mantém garimpo na região de Caxias do Sul são, além dos Silvestre, os Fiorini e os Lize, além de um garimpo em Parada Cristal. Em São Francisco de Paula há um garimpo desativado, cujos proprietários compram material dos Silvestre para beneficiamento .


E A APOFILITA PRISMÁTICA PIRAMIDADA ?

Pois é, o mineral que deu origem a esta Geo-Reportagem não apareceu. Mostramos ao Gilberto, lá no garimpo, exemplares de diversas zeolitas: chabasita, escolecita, epistilbita, apofilita, laumontita e stellerita, mas nenhuma destas foi-lhes familiar. Não que não haja zeolitas na região: em alguns blocos na entrada da propriedade foi possível constatar mordenita e calcita, uma associação que inclui, característicamente, chabasita, heulandita e stellerita, mas como são minerais sem um mercado do porte daquele das ametistas, não há como manter um garimpo rentável se a densidade e qualidade do material não forem muito boas.

De qualquer maneira, a visita ao garimpo proporcionou um aprendizado muito interessante que estamos, através deste texto, compartilhando com todos vocês.


Obrigado pela leitura.

sábado, 10 de agosto de 2013

Corrida por mineração no fundo do mar gera polêmica

Corrida por mineração no fundo do mar gera polêmica

Atualizado em  19 de maio, 2013 - 12:22 (Brasília) 15:22 GMT
Mineração
Ideia de explorar metais do leito oceânico vem sendo considerada há décadas
As perspectivas de uma "corrida do ouro" nas profundezas do mar, abrindo um polêmico caminho para a mineração no leito oceânico, estão mais próximas.
A ONU recém-publicou seu primeiro plano para o gerenciamento da extração dos chamados "nódulos" - pequenas rochas ricas em minerais - do fundo do mar.
Um estudo técnico promovido pela Autoridade Internacional do Leito Oceânico (ISA, na sigla em inglês), o órgão da ONU que controla a mineração nos oceanos, diz que as companhias interessadas podem pedir licenças a partir de 2016.
A ideia de explorar ouro, cobre, manganês, cobalto e outros metais do leito oceânico foi considerada por décadas, mas só recentemente se tornou factível, por conta do alto preço das commodities e de tecnologias mais modernas.
Especialistas em proteção ambiental vêm advertindo há tempos que a mineração no leito oceânico pode ser altamente destrutiva e poderia ter consequências de longo prazo desastrosas para a vida marinha.
O próprio estudo da ONU reconhece que a mineração provocará "danos ambientais inevitáveis".
Mas o relatório foi divulgado em meio ao que um porta-voz do órgão descreve como "um aumento sem precedentes" no interesse das companhias estatais e privadas.

Divisão de receitas

O número de licenças emitidas para a busca de minerais já chega a 17, com outras sete prestes a serem emitidas e muitas mais em análise. Elas cobrem vastas áreas dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico.
De acordo com a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, a ISA foi estabelecida para estimular e administrar a mineração do fundo do mar para o benefício mais amplo da humanidade - com uma parcela dos lucros dirigida para os países em desenvolvimento.
Agora o órgão está dando o passo significativo de não só mais simplesmente manejar pedidos para exploração mineral, mas também considerar como licenciar as primeiras operações reais de mineração e como dividir as receitas.
"Estamos à beira de uma nova era de mineração do leito marinho profundo", disse à BBC o conselheiro legal do ISA, Michael Lodge.
A atração é óbvia. Uma análise do leste do Pacífico - uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados conhecida como zona Clarion-Clipperton - concluiu que mais de 27 bilhões de toneladas de nódulos poderiam estar misturadas à areia.
Essas pedras poderiam conter 7 bilhões de toneladas de manganês, 340 milhões de toneladas de níquel, 290 milhões de toneladas de cobre e 78 milhões de toneladas de cobalto - apesar de ainda não se saber o quanto disso é acessível.

Operações viáveis

ONU tenta avaliar quais empresas têm a capacidade técnica para atividade
De acordo com o estudo de planejamento, a ISA enfrenta o desafio de tentar garantir que os benefícios da mineração de nódulos cheguem além das próprias companhias e ao mesmo tempo fomentar operações comercialmente viáveis.
O plano se baseia em prover operadores com incentivos para assumir riscos no que poderiam ser investimentos caros sem perder a chance de os países em desenvolvimento receberem uma fatia das receitas.
A ISA tenta agora avaliar que companhias têm capacidade suficiente para desenvolver o trabalho, ainda que nenhuma empresa tenha experiência específica nessa nova modalidade de mineração.
Um fator chave na avaliação da ISA é a necessidade de salvaguardas ambientais, então o documento pede o monitoramento do leito marinho durante qualquer operação de mineração - apesar de os críticos questionarem se a atividade na profundeza dos oceanos pode ser policiada.

Debate

As perspectivas da mineração no fundo do mar já geraram um forte debate entre cientistas marinhos.
"Não creio que nós tenhamos a propriedade sobre o oceano profundo, no sentido de que possamos fazer o que quisermos com ele", afirma Jon Copley, biólogo da Universidade de Southampton e chefe de missão do navio de pesquisas britânico James Cook.
"Em vez disso, nós dividimos a responsabilidade por sua condução", diz. "Nós não temos um histórico bom em alcançar um balanço em nenhum outro lugar - pense nas florestas tropicais -, então a questão é: 'Será que conseguiríamos acertar?", questiona.
O também biólogo Paul Tyler, do Centro Nacional Oceanográfico, da Grã-Bretanha, adverte de que espécies únicas podem ser colocadas em risco.
"Se você limpa aquela área pela mineração, aqueles animais terão que fazer uma dessas duas coisas: ou se dispersam e colonizam outra fissura hidrotermal em outro lugar ou eles morrem", comenta.
"E o que acontece quando elas morrem é que a fissura se torna biologicamente extinta", diz.
A química marinha Rachel Mills, da Universidade de Southampton, sugere um debate mais amplo sobre a mineração em geral, com o argumento de que todos nós usamos minerais e que as minas em terra são muito maiores do que seria qualquer uma no leito do mar.
Ela fez pesquisas para a Nautilus Minerals, uma empresa canadense que planeja explorar minas nas fissuras hidrotermais na costa da Papua Nova Guiné.
"Tudo o que nos cerca, e a maneira como vivemos, depende de fontes minerais, mas não nos perguntamos com frequência de onde eles veem", afirma.
"Precisamos nos perguntar se há mineração sustentável em terra e se há mineração sustentável no mar. Acho que são as mesmas questões morais que devemos colocar se é nos Andes ou no Mar de Bismarck", diz.
Esse debate deve crescer mais com a proximidade cada vez maior do início das operações de mineração.

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