terça-feira, 13 de agosto de 2013

Rara turmalina paraíba só é encontrada em cinco minas em todo o planeta

Rara turmalina paraíba só é encontrada em cinco minas em todo o planeta, três delas no Brasil

Pedra recebeu o brasileiríssimo nome porque foi encontrada no interior do estado


RIO - De um azul profundo, com brilho próprio, a turmalina paraíba é hoje considerada a pedra mais rara do mundo. Descoberta na década de 1980 no estado do Nordeste que lhe dá nome, a gema é encontrada em apenas cinco minas ao redor do planeta; três delas no Brasil, de onde saem os exemplares mais valiosos. A produção, entretanto, é muito escassa, quase extinta, tornando-a cada vez mais cara e cobiçada. As principais joalherias do país têm algumas peças com a pedra preciosa, guardadas a sete chaves, e o valor de uma dessas exclusivas joias pode chegar a R$ 3 milhões. O país produz ainda outras pedras raras, como o topázio imperial, exclusivo de Ouro Preto, e as esmeraldas verdes.
Mesmo que não sejam mais caras que os diamantes, as gemas raras conferem exclusividade às joias e a quem as usa. Para calcular a qualidade de uma pedra preciosa, especialistas usam o critério dos quatro Cs, adaptado da língua inglesa: lapidação (cut), pureza (clarity), quilate (carat) e, o mais importante, cor (color). Para além disso, a raridade de uma gema e o design exclusivo de uma joia podem fazer o seu preço se multiplicar rapidamente.
A produção da turmalina paraíba é cada vez mais escassa, meros 20 mil quilates por ano, contra 480 milhões dos diamantes.
— Se hoje existem sete bilhões de pessoas no mundo, são sete bilhões que querem ter um diamante — diz o relações-públicas da joalheria H.Stern, Christian Hallot. — Não é o caso da turmalina paraíba, que pouca gente conhece, justamente por ser muito rara, difícil de encontrar. Se tivesse a mesma demanda, seu preço iria para a estratosfera, para uma outra galáxia.
A pedra recebeu o brasileiríssimo nome porque foi encontrada pela primeira vez no distrito de São José da Batalha, no interior da Paraíba. O país é rico em turmalinas verdes, mas ninguém nunca tinha visto aquela pedra de azul tão intenso que logo foi chamada de azul neon. Houve quem chegasse a pensar que se tratava de uma falsificação. Para sanar as dúvidas, em 1989 a gema foi enviada para o Instituto de Gemologia da América, nos Estados Unidos, o maior laboratório de pedras do mundo. E a resposta foi surpreendente: tratava-se de uma nova pedra, nunca antes vista.
Nos anos 1990 foram achadas outras duas minas na mesma região, mas, desta vez, do outro lado da divisa, no Rio Grande do Norte. Por fim, duas minas foram descobertas na África, uma em Moçambique, outra na Nigéria.
O fator determinante para se afirmar que se tratava de uma pedra até então desconhecida foi a sua composição química. A turmalina paraíba contém cobre, que lhe confere o tom de azul intenso e o brilho único. A mesma composição incomum foi registrada nas pedras africanas.
— As outras turmalinas não têm cobre — explica Jurgen Schnellrath, do Laboratório de Gemologia do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) da UFRJ. — E é por conta dessa substância que ela parece emitir luz.
De início, os brasileiros não teriam dado muita atenção à nova descoberta.
— Na realidade, eles não deram a menor importância àquela pedra azul que resplandecia como um brilhante — conta Laja Zylberman, presidente da joalheria Sara. — Mas os japoneses ficaram fascinados com as gemas e começaram a comprar e revender na Ásia, fazendo com que alcançassem preços inacreditáveis.
Como são muito raras, os joalheiros não costumam partir as pedras, mas sim trabalhar com elas mais ou menos no formato em que aparecem. Isso faz com que seja difícil, por exemplo, fazer brincos, o que requer pedras bastante parecidas. A lapidação, no entanto, é fundamental para intensificar o brilho da pedra.
— A pedra é facetada em ângulos determinados de forma que a luz possa penetrar nela e voltar aos olhos com a maior beleza possível — explica o geólogo Daniel Sauer, presidente da joalheira Amsterdam Sauer. — A lapidação aprimora cor e brilho, tira da pedra seu melhor potencial.
Outra pedra brasileira rara é a esmeralda. Buscadas desde os tempos dos bandeirantes (que, na realidade, acharam turmalinas verdes), as esmeraldas somente começaram a ser encontradas em solo nacional na década de 1960.
— O fascínio que pedras dessas cores exercem se explica porque o azul é um tom ligado à água, ao céu; e o verde se relaciona às plantas, à vida — acredita Sauer. — São cores muito próximas do ser humano.
E, embora as esmeraldas brasileiras não sejam tão valiosas quanto às da Colômbia, o país tem potencial, analisam os especialistas.
— O Brasil demorou 440 anos para achar esmeraldas, mas hoje é um dos solos mais promissores para essas gemas de alta qualidade. Já foram achadas pedras verde-azuladas, o tom colombiano — conta Hallot.
Embora não tão precioso quanto a turmalina paraíba, o topázio imperial é bastante raro. Sua produção se restringe a Ouro Preto. Das profundezas da terra, a pedra surge nas mais variadas cores, como amarelo, rosa e cereja. Outra gema bastante exclusiva, embora não tão valiosa, é a chamada opala de fogo em tons alaranjados, que vão do laranja ao vermelho. Elas são mais comuns no México, mas começam a ser encontradas aqui também, no Nordeste.
— Diferentes das opalas comuns, mais leitosas, essas são muito translúcidas —

Mineiro, compare os seus salários com os de funcionários de minas Canadenses

Mineiro, compare os seus salários com os de funcionários de minas Canadenses
 
 
Frequentemente me perguntam sobre salários de mineiros de outros países.
Veja abaixo quais são os salários praticados em minas a céu aberto e  subterrâneas do Canadá e como eles comparam com o seu.
 
Minas a céu  aberto
Variação  salarial R$/hora
Média R$ por  hora
Eletricista
36-120
72
Operador de máquinas pesadas
37-120
67
 
Motorista de caminhão de produção
37-88
64
Operário
33-87
54

 
 
Subterrânea
 
 
Mecânico
46-92
72
Mineiro
43-85
64
Operário
32-68
52
Planta
 
 
Operador de moinho
52-113
68
Operário
30-87
54
Fonte: Surface and Underground Mines (Canadian $/hour)
 
Os  salários são muito interessantes. Por exemplo, um ajudante de mina subterrânea que  faz um turno de apenas quatro horas por dia receberá em média, no final do mês  em torno de R$5.000,00. Já um eletricista de mina a céu aberto recebe em média,  quase R$7.000 por mês trabalhando 4 horas por dia.
No Brasil essas funções tem remunerações muito díspares. Temos muito a caminhar no sentido de salários dignos na mineração.
Publicado em: 11/8/2013 14:13:00

O MRM as junior companies e o desemprego

O MRM as junior companies e o desemprego

No  último encontro de Gerentes e Executivos promovido pela Adimb em Brasília muito  se falou do desemprego que grassa entre as empresas junior de mineração e as  empresas prestadoras de serviço. Esse desemprego é assustador e está, pela  primeira vez na história, levando o pessoal da geologia e mineração, em  desespero, às ruas em manifestações contra o Marco Regulatório da Mineração e  suas consequências nefastas.
No  encontro vimos surpresos, as tentativas infrutíferas do Secretário do MME,  Carlos Nogueira em colocar a culpa do desemprego na crise que afeta o setor a  nível mundial. Aliás, Carlos Nogueira, o Carlão, não fugiu do debate e tentou,  sem muito sucesso, explicar e minimizar os problemas causados pelo MME e pelo  MRM.
A  argumentação de Nogueira, foi refutada com propriedade por quase todos os  palestrantes.
Em  algumas ocasiões o Secretário tentou “tapar o sol com a peneira” minimizando o  efeito da paralisação da pesquisa mineral desde 2011 quando o DNPM simplesmente  parou de conceder os alvarás de pesquisa. Ele foi enfático tentando restringir  as junior companies à pesquisa de ouro dizendo que a concorrência entre junior e  majors não irá existir pois “junior é ouro e Vale é ferro”.
É uma  pena que um Geólogo de alto escalão do Governo tenha, aparentemente, tão pouco conhecimento sobre as descobertas de  depósitos minerais feitos pelas juniors. Esta falta de informação acaba por  contaminar o conhecimento sobre o assunto induzindo os parlamentares, que irão  votar o MRM no Congresso, a erros crassos de julgamento. Não  podemos deixar que isso aconteça!
Carlos  está certo ao dizer que as juniors descobrem ouro. A lista abaixo mostra algumas  descobertas de jazimentos auríferos somente nesta década feitas por junior  companies no Brasil e atesta a veracidade de parte da sua argumentação:
        Tocantinzinho  (Tapajós-PA): 80 toneladas de ouro contido.
        São Jorge (Tapajós-PA): 54 toneladas de ouro contido.
        Cuiu-Cuiu  (Tapajós-PA): 40 toneladas de ouro contido.
        Coringa  (Tapajós-PA): 28 toneladas de ouro contido.
        Palito  (Tapajós-PA): 21 toneladas de ouro contido.
        Ouro Roxo  (Tapajós-PA): 20 toneladas de ouro contido.
        Boa Vista  (Tapajós-PA): 10 toneladas de ouro contido.
        Volta Grande  (Xingu-PA): 224 toneladas de ouro contido.
        Borborema  (RN): 75 toneladas de ouro contido.
        Mara Rosa  (GO): 41 toneladas de ouro contido.
        Lavras do Sul  (RS): 16 toneladas de ouro contido.
O que ele esquece é que as junior companies são as maiores  descobridoras, também, de minério de ferro desta década. O problema é  que as descobertas, relevantes como pode ser visto abaixo, só entrarão em  produção nos próximos anos. A lista abaixo está incompleta, mas já soma vários trilhões de Reais de vendas diretas o que é altamente relevante  e não pode ser minimizado, pois todos sabemos que junior não é só ouro:
Projeto
Descoberta
Recursos Bilhões de toneladas
Minas-Rio
MMX-outras
6
Salinas
BML
2,8
Trairão
Talon
2,6
O2
O2iron
1,50
Caetité
BML
1,1
Viga, Serrinha
Ferrous
>1
Urubu
Braziron
0,70
Ponto Verde
Ferrous
0,30
Jucurutu
MHAG
0,4
Zamapá
MMX
0,271
Vila Nova
Eldorado
0,01
Posse
Crusader
0,036
 
O  desconhecimento por parte do Governo sobre as descobertas das junior companies  nos assusta. Poderíamos discorrer aqui sobre outras importantes descobertas  feitas por junior companies na área dos metais básicos, alumínio, ferrosos e dos  minerais industriais o que vem a consolidar o conceito de que quem adiciona  valor à mineração moderna são as junior companies através de seus investimentos  e descobertas.
Essa é  uma verdade inegável e deve ser levada com precisão e fundamentação aos  Deputados e Senadores que irão, amanhar, votar o PL 5.807.
Infelizmente, graças a uma política equivocada do MME as junior companies estão  fechando as portas, mergulhando em grandes prejuízos e levando de roldão as  empresas prestadoras de serviço.
No  evento da ADIMB isso ficou patente.
Segundo  a ABPM as juniors que atuam no Brasil já demitiram mais de 1.500  funcionários. Muitas continuam capitalizadas, mas não podem investir em seus  projetos enquanto o DNPM não libera os alvarás.
Outras  já abandonaram as áreas, projetos, os sonhos e o Brasil. As prestadoras de serviços na área da pesquisa mineral estão, também, em vias da  falência.
Empresas  de sondagem já demitiram 1.200 profissionais e deverão demitir  muito mais se o DNPM não destravar os alvarás e o regime de prioridade. Os  laboratórios demitiram mais de 300 funcionários.
Os  números são estarrecedores, um verdadeiro circo de horrores que foi muito bem  colocado por João Carvalho, o presidente da Geosol em sua apresentação. A Geosol  e suas coligadas passaram de 44 projetos para quase a metade, 23. As demissões  variam de 40% na área da sondagem até 15% nos laboratórios. João Carvalho foi  enfático ao afirmar que o MRM é uma das maiores causas do desemprego no  setor mostrando claramente a ligação umbilical entre as prestadoras de  serviço e as junior companies.
Outras  empresas de sondagem como a Energold também confirmam o pior: suas sondas que  antes de 2011 estavam 100% ocupadas estão hoje paradas.
Os  efeitos deletérios do MRM e da paralisação das concessões na pesquisa, nas  junior companies e nas prestadoras de serviço foi a tônica do encontro.
Fica  claro que não podemos sentar e aguardar que esse MRM seja votado, o que pode  ainda levar meses ou mais um ano. Se isso ocorrer os prejuízos serão  imensos e, no meu entender, totalmente desnecessários. Existem formas  de resolver este impasse. Sem penalizar mais ainda o País e a mineração.
Deputado, a  CFEM pode ser  aprovada, as agências  criadas,  mas o DNPM tem que liberar as outorgas de alvarás, a pesquisa mineral tem que  ser reativada, o código mineral revisto por setores realmente representativos  e o  apagão mineral cancelado.

Publicado em: 12/8/2013 16:20:00

Mecanização de garimpos dificulta repressão da atividade ilegal

Mecanização de garimpos dificulta repressão da atividade ilegal


Brasília – O garimpo, como é praticado hoje na Amazônia, é caracterizado pela presença de grandes máquinas e equipamentos, diferentemente do que ocorria em épocas anteriores. A imagem clássica do garimpeiro romântico deu lugar a estruturas de grande porte, comandadas por investidores, muitas vezes, desconhecidos.
“Hoje você tem os empresários garimpeiros, que é gente que tem dinheiro, que domina as áreas e que tem garimpo e usa a mão de obra dos pequenos [garimpeiros]. São grandes escavadeiras, tratores e caminhões. Hoje é uma mineração clandestina”, define o geólogo Elmer Prata Salomão, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral.
Na primeira grande corrida do ouro, na época dos portugueses, predominantemente em Minas Gerais, e na segunda corrida, em Serra Pelada, o ouro estava “à flor da terra”, em plataformas mais superficiais de fácil retirada. Os dois eventos, que duraram pouco mais de dez anos, cada, exigiam menos mecanização e contavam com mão de obra mais submissa e menos especializada.
A nova faceta do garimpo, movido por estruturas de grande porte, como retroescavadeiras e outras máquinas e equipamentos, além de motores e aviões, e que hoje põe à prova o trabalho de fiscalização e repressão da atividade ilegal, começou a ganhar forma nos anos de 1980.
A mudança aconteceu no fim da segunda corrida do ouro, em Serra Pelada, no município de Curionópolis, no sul do Pará. A área de quase 5 mil hectares ficou conhecida como maior garimpo a céu aberto do mundo. Números oficiais indicam que 30 toneladas de ouro foram retiradas da região na época.
“Os anos 80 [do século passado] transformaram completamente o garimpo, que deixou de ser uma atividade manual e passou a ser mecanizada”, ressalta o presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral, Elmer Prata Salomão. Apesar da transformação, na época, o garimpo ainda acontecia nos aluviões - depósitos superficiais no leito e nas margens dos rios, que podiam ser explorados com facilidade pelos garimpeiros.

Ex-garimpeiro acredita que "companheiros terão mais juízo

Ex-garimpeiro acredita que "companheiros terão mais juízo

Danilo Macedo
Enviado Especial
Serra Pelada (PA) - Ao longo da década de 1980, mais de 80 mil garimpeiros tomaram conta de Serra Pelada, no sudeste do Pará, na maior corrida do ouro da América Latina. Alguns conseguiram extrair alguns quilos do metal do imenso buraco que cavaram, conhecido como “formigueiro humano”. Outros, com suas equipes, retiraram toneladas. Mesmo assim, poucos conseguiram poupar e investir corretamente o que conseguiram acumular na época.
Agora, com a retomada da extração de metais em Serra Pelada, que será feita de forma mecanizada pela mineradora canadense Colossus Minerals Inc., os ex-garimpeiros, organizados em cooperativa, terão participação de 25% nos lucros. O vice-presidente da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), José Sobrinho, acredita que os trabalhadores terão "mais juízo" do que tiveram há 20 anos, quando o garimpo manual foi fechado.
“Às vezes, você apanha para aprender a bater. Quem pegou muito ouro naquela época, se pegasse hoje, talvez não fizesse as besteiras feitas por muitos. Pegaram muito ouro e ficaram pobres. Brincaram demais e se esqueceram da vida. Hoje, eu acho que esse dinheiro [da participação nos lucros da mineração automatizada], que vai sair de 2012 para a frente, os garimpeiros vão pegar a quantia de direito e ter mais juízo, saber empregar melhor”, disse Sobrinho, de 71 anos, que está em Serra Pelada desde o início da febre do ouro da década de 1980 e a quem os colegas atribuem a retirada de centenas de quilos.
Há, no entanto, quem ache o contrário. É o caso de José Rodrigues, 81 anos, conhecido na Vila de Serra Pelada, distrito do município de Curionópolis (PA), como Bola Sete. Ele acredita que a maioria dos garimpeiros “não teve preparação para lidar com o dinheiro” e acredita que “as mesmas maluquices que garimpeiro fez no passado, de lavar carro com água mineral, vão acontecer de novo, porque dinheiro é bicho danado”.
Os dois, entre os mais experientes ex-garimpeiros, têm vários exemplos de que, na mina de Serra Pelada, a inteligência para poupar foi muito mais importante do que a quantidade de ouro retirada. “Teve garimpeiro que ficou sem nada. Conheço gente que pegou 1.000 quilos de ouro, mas achou que não ia acabar e jogou fora [gastou], e pessoas que pegaram 50 quilos, 20 quilos, aplicaram tudo e hoje estão bem de vida”, conta Bola Sete.
Sobrinho disse que um companheiro chegou a tirar 3 toneladas de ouro e ficou pobre. Ele próprio - que vive em uma casa de tábuas e só conseguiu manter a família e garantir os estudos dos filhos com o que obteve na época do garimpo e com os investimentos que fez em poupança e imóveis - disse que gastou muito tentando pegar mais ouro.
“Eu tirei muito ouro. A quantidade eu nem gosto de falar, mas tive muita sorte mesmo. Só que, aqui, a gente tirava muito ouro, mas investia muito de novo, tentando pegar mais. Se você tem uma tonelada, você quer pegar duas, né?”, explicou Sobrinho, dando como exemplo de ambição a própria trajetória de vida. Foi essa ambição que moveu todos os milhares de garimpeiros que tiraram mais de 40 toneladas de ouro de Serra Pelada duas décadas atrás.
Entre as excentricidades de quem enriqueceu no local está a de um garimpeiro que fretou um avião com capacidade para mais de 100 passageiros para ir de Belém ao Rio de Janeiro acompanhado apenas do piloto, do copiloto e de uma aeromoça. Tudo por não gostar do atendimento que recebeu da funcionária de uma companhia aérea comercial. Segundo ele, a atendente o tratou mal por causa das roupas simples que usava.