Anglo vende mina de ferro do Amapá à Pramod Agarval
Após perceber que havia comprado um ativo não tão interessante quanto
imaginara a Anglo American decide vender o jazimento de ferro Amapaense ao
indiano Pramod Agarval dono da Zamin.
A Anglo com isso vai tentando se ver livre de uma das maiores trapalhadas da
década pois havia comprado de Eike Batista, este jazimento juntamente com os do
Projeto Minas Rio pela bagatela de 5.5 bilhões de dólares. Junto com a Anglo
estava, também a americana Cliffs com 30%. Esta foi a compra mais cara e mais
amaldiçoada feita na década passada.
Em avaliação recente, e possivelmente superestimada, a parte da Anglo na mina
do Amapá foi calculada em torno de 1 bilhão de dólares.
O valor que Pramod irá pagar não foi divulgado mas, com certeza, será muito
menor do que o estimado pelos Sul Africanos. Pramod tornou-se muito rico após
ter comprado os depósitos da Bahia Mineração em Caetité, por um baixo valor,
estimado por analistas como em torno de 40 milhões de dólares e, em um passe de
pura magia, revendeu o mesmo ativo por 600 milhões de dólares à empresa Cazaque
ENRC.
Pramod deverá, com essa compra, consolidar a sua posição no Amapá onde tem investimentos em
jazimentos de pequeno porte de ferro.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Alumínio: um mau momento
Alumínio: um mau momento
A crise na produção de alumínio é global e quase todas as grandes preparam-se para reduzir a produção através de otimizações e de paralisações.
No Brasil a Alcoa deve reduzir a sua produção em 124.000t. Esse corte faz parte de um plano maior que visa, inclusive, o fechamento da refinaria de alumínio Massena em Nova York e de Fusina na Itália.
Na China a situação é preocupante. Graças a uma produção maior do que a demanda um grande número de plantas de alumínio deverão ser fechadas o que deve tornar o setor mais moderno e competitivo, pelo menos é isso que o Governo Chinês pretende com a segunda fase do plano de racionalização. Os chineses sofrem uma forte concorrência dos russos da Rusal e do alumínio mais barato fabricado na Malásia onde a energia elétrica é de baixo custo. Caso os chineses consigam vencer os problemas inerentes à modernização de suas refinarias e da falta de energia a indústria local do alumínio voltará a crescer.
A crise na produção de alumínio é global e quase todas as grandes preparam-se para reduzir a produção através de otimizações e de paralisações.
No Brasil a Alcoa deve reduzir a sua produção em 124.000t. Esse corte faz parte de um plano maior que visa, inclusive, o fechamento da refinaria de alumínio Massena em Nova York e de Fusina na Itália.
Na China a situação é preocupante. Graças a uma produção maior do que a demanda um grande número de plantas de alumínio deverão ser fechadas o que deve tornar o setor mais moderno e competitivo, pelo menos é isso que o Governo Chinês pretende com a segunda fase do plano de racionalização. Os chineses sofrem uma forte concorrência dos russos da Rusal e do alumínio mais barato fabricado na Malásia onde a energia elétrica é de baixo custo. Caso os chineses consigam vencer os problemas inerentes à modernização de suas refinarias e da falta de energia a indústria local do alumínio voltará a crescer.
Alheio a riscos, Brasil quer retomar extração de terras-raras
País abandonou exploração dos metais de terras-raras na década de 90,
mas, com o salto no preço da matéria-prima, quer brigar com a China por
uma fatia do mercado. Extração, porém, implica riscos econômicos e
ambientais.
O Brasil quer entrar num mercado arriscado. Depois de abandonar a
produção dos metais de terras-raras em meados da década de 90, o governo
viu os preços dispararem no mercado mundial e voltou a investir no
setor.
Esses metais estão associados à indústria de alta tecnologia, comumente usados na produção de tecnologias mais verdes, como catalisadores e peças para turbinas eólicas. Paradoxalmente, sua extração pode gerar material radioativo e tem sido alvo de protestos de ambientalistas pelo mundo. Além disso, boa parte dos depósitos do Brasil está em áreas de preservação e reservas indígenas.
O mercado mundial das terras-raras é dominado pela China, responsável por cerca de 95% de toda a produção e que dita as regras do setor. Nos últimos anos, os preços da matéria-prima chegaram a quintuplicar, e a incerteza de continuidade no abastecimento ameaça pequenas e médias empresas no campo de tecnologias verdes.
O Brasil chegou a explorar terras-raras na metade da década de 90, mas deixou de produzir quando a China começou a fornecer com uma melhor relação custo-benefício. Agora, o governo brasileiro quer avançar nesse mercado.
A exploração de terras-raras é tão específica que ficou fora do Marco da Mineração, lançado pelo Palácio do Planalto esta semana, e deve ser regulamentada por lei própria. Há menos de um mês foram anunciados investimentos de 11 milhões de reais em quatro anos para a exploração de terras-raras. O valor inclui o mapeamento das jazidas, os estudos de viabilidade da exploração e a capacitação de técnicos. E esse valor ainda pode aumentar.
Além disso, o Senado montou uma subcomissão temporária da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação para discutir o tema e quer criar regras claras para o novo negócio. O relator do grupo, senador Luiz Henrique da Silveira, disse que o mercado de terras-raras pode movimentar até 20 bilhões de euros em 30 anos.
Esses elementos químicos muito específicos são usados na composição metálica de catalisadores, lâmpadas de alto desempenho, chips de computadores e smartphones ou mesmo nos motores de carros elétricos. São minerais de nomes complicados, que na tabela atômica vão do número 57 ao 71, como latânio, cério, praseodímio, promécio e európio, por exemplo. A denominação terras-raras também pode confundir: os 17 elementos desse grupo são até bem frequentes no mundo, mas estão dispersos em pequenas quantidades entre outros materiais, o que torna a sua exploração complicada.
Sob florestas e em áreas demarcadas
O geólogo José Affonso Brod, da Universidade de Brasília (UnB), afirma que o Brasil tem recursos suficientes para suprir todo o mercado mundial, mantido o atual nível de consumo, por mais de 50 anos. Segundo ele, só no depósito de Catalão, em Goiás, estão mais de 6,5 milhões de toneladas de óxidos de terras-raras.
Um relatório da Agência Alemã de Recursos Minerais (Dera) cita ainda a região de Pitinga, no coração da Floresta Amazônica, como outra área com potencial para a exploração de terras-raras. Por lá, estanho, chumbo, nióbio e tântalo já são extraídos de uma mina de exploração aberta. Levantamentos geoquímicos também serão feitos este ano em Seis Lagos – uma reserva florestal em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas – e em Repartimento, uma região de igarapé no município de Mucajaí, em Roraima.
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) participa da identificação e do mapeamento dos recursos e sabe que as potenciais jazidas estão em áreas demarcadas ou de preservação. Num seminário para discutir o tema na Câmara dos Deputados, o chefe do Departamento de Recursos Minerais do CPRM, Francisco Valdir Silveira, citou a falta de mão-de-obra especializada e o acesso como um obstáculo. "Muitas dessas áreas se encontram em reservas indígenas, reservas e parques florestais onde não há nenhum respaldo legal para a entrada dos técnicos", declarou, ressaltando que o foco do projeto é mesmo a região amazônica.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem o assunto na sua pauta de estratégias. "Para nós, a mais importante delas diz respeito aos ímãs de terras-raras, por sua utilização em vários setores industriais", ratificou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação do MCTI, Álvaro Prata, no anúncio dos estudos de levantamento.
Risco de contaminação
Mas os perigos da exploração são apontados pelo Centro de Tecnologia Mineral (CTM), outro setor do mesmo ministério. O diretor do centro, Fernando Lins, alertou publicamente para o risco de contaminação química e radioativa das minas. O geólogo José Affonso Brod explica que esse é um problema global. "É uma das razões pelas quais várias operações de produção de terras-raras foram abandonadas ao longo do tempo em favor da importação da China", esclarece.
Ele conta ainda que, no mundo todo, tentativas de retomada da produção em antigas jazidas ou a abertura de novas minas para a produção de terras-raras são contestadas por movimentos ambientais.
O aspecto positivo, ao menos na situação da mina brasileira de Catalão, é que o potencial radioativo é menor, como explica Brod. Segundo ele, o principal mineral que contém as terras-raras é a monazita, um fosfato de tório e terras-raras. "A monazita desta jazida tem um conteúdo de tório substancialmente menor do que outras ocorrências mundiais", compara.
O geólogo Claudinei Gouveia de Oliveira, também da UnB, ressalta que o país tem várias ocorrências de grande potencial que não têm nenhuma vinculação com minerais radioativos. Mas existem também no Brasil, como em outras partes do mundo, depósitos de terras-raras associados ao urânio ou tório.
Apesar do atenuante, existem riscos, e por isso a mineração deve ser regulamentada do início ao fim. Oliveira alerta que é inconcebível, mas existem situações, não necessariamente relacionadas a terras-raras, em que a exploração acontece sem que se tenha um conhecimento aprofundado das características dos minérios.
"Muitas vezes uma empresa tem a autorização para explorar uma determinada commodity, e o que vai para a barraca de rejeitos é desconhecido e lá estão aspectos contaminantes ou radioativos", alerta. Segundo ele, até pouco tempo, na exploração dos carbonatitos da área de Catalão, as terras-raras iam parar no lixo. "Essa mudança de consciência começou a ocorrer mais recentemente, com a reserva de mercado da China e o aumento de preços."
Mercado é pequeno
Mas o Brasil não é o único de olho no mercado. Dados do Instituto Federal de Geociências e Recursos Naturais da Alemanha indicam ao menos 400 iniciativas em 36 países. O mercado pode não ter lugar para todos. "O problema é que este mercado é muito pequeno. São pouco mais de 130 mil toneladas por ano", diz Brod. Ele alerta que, se um ou dois países se apresentarem antes como fornecedores, o preço tende a cair.
Além disso, o mercado brasileiro não é um grande consumidor de terras-raras. Oliveira sugere que esse mercado seja ampliado antes dos investimentos na lavra. O senador Luiz Henrique da Silveira fala em parcerias com a Alemanha para desenvolver a indústria especializada e diz que já existem acordos assinados nesse sentido.
O governo também quer agregar valor aos óxidos. Sem isso, a exploração de terras-raras apenas reforçaria a posição brasileira como um país exportador de commodities minerais. "O caminho para o Brasil ocupar uma posição de destaque neste setor é a verticalização, ou seja, aliar a exploração das jazidas de terras-raras com o estabelecimento de uma cadeia produtiva local que agregue valor a esse produto", resume Brod.
Esses metais estão associados à indústria de alta tecnologia, comumente usados na produção de tecnologias mais verdes, como catalisadores e peças para turbinas eólicas. Paradoxalmente, sua extração pode gerar material radioativo e tem sido alvo de protestos de ambientalistas pelo mundo. Além disso, boa parte dos depósitos do Brasil está em áreas de preservação e reservas indígenas.
O mercado mundial das terras-raras é dominado pela China, responsável por cerca de 95% de toda a produção e que dita as regras do setor. Nos últimos anos, os preços da matéria-prima chegaram a quintuplicar, e a incerteza de continuidade no abastecimento ameaça pequenas e médias empresas no campo de tecnologias verdes.
O Brasil chegou a explorar terras-raras na metade da década de 90, mas deixou de produzir quando a China começou a fornecer com uma melhor relação custo-benefício. Agora, o governo brasileiro quer avançar nesse mercado.
A exploração de terras-raras é tão específica que ficou fora do Marco da Mineração, lançado pelo Palácio do Planalto esta semana, e deve ser regulamentada por lei própria. Há menos de um mês foram anunciados investimentos de 11 milhões de reais em quatro anos para a exploração de terras-raras. O valor inclui o mapeamento das jazidas, os estudos de viabilidade da exploração e a capacitação de técnicos. E esse valor ainda pode aumentar.
Além disso, o Senado montou uma subcomissão temporária da Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação para discutir o tema e quer criar regras claras para o novo negócio. O relator do grupo, senador Luiz Henrique da Silveira, disse que o mercado de terras-raras pode movimentar até 20 bilhões de euros em 30 anos.
Esses elementos químicos muito específicos são usados na composição metálica de catalisadores, lâmpadas de alto desempenho, chips de computadores e smartphones ou mesmo nos motores de carros elétricos. São minerais de nomes complicados, que na tabela atômica vão do número 57 ao 71, como latânio, cério, praseodímio, promécio e európio, por exemplo. A denominação terras-raras também pode confundir: os 17 elementos desse grupo são até bem frequentes no mundo, mas estão dispersos em pequenas quantidades entre outros materiais, o que torna a sua exploração complicada.
Sob florestas e em áreas demarcadas
O geólogo José Affonso Brod, da Universidade de Brasília (UnB), afirma que o Brasil tem recursos suficientes para suprir todo o mercado mundial, mantido o atual nível de consumo, por mais de 50 anos. Segundo ele, só no depósito de Catalão, em Goiás, estão mais de 6,5 milhões de toneladas de óxidos de terras-raras.
Um relatório da Agência Alemã de Recursos Minerais (Dera) cita ainda a região de Pitinga, no coração da Floresta Amazônica, como outra área com potencial para a exploração de terras-raras. Por lá, estanho, chumbo, nióbio e tântalo já são extraídos de uma mina de exploração aberta. Levantamentos geoquímicos também serão feitos este ano em Seis Lagos – uma reserva florestal em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas – e em Repartimento, uma região de igarapé no município de Mucajaí, em Roraima.
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) participa da identificação e do mapeamento dos recursos e sabe que as potenciais jazidas estão em áreas demarcadas ou de preservação. Num seminário para discutir o tema na Câmara dos Deputados, o chefe do Departamento de Recursos Minerais do CPRM, Francisco Valdir Silveira, citou a falta de mão-de-obra especializada e o acesso como um obstáculo. "Muitas dessas áreas se encontram em reservas indígenas, reservas e parques florestais onde não há nenhum respaldo legal para a entrada dos técnicos", declarou, ressaltando que o foco do projeto é mesmo a região amazônica.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) tem o assunto na sua pauta de estratégias. "Para nós, a mais importante delas diz respeito aos ímãs de terras-raras, por sua utilização em vários setores industriais", ratificou o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação do MCTI, Álvaro Prata, no anúncio dos estudos de levantamento.
Risco de contaminação
Mas os perigos da exploração são apontados pelo Centro de Tecnologia Mineral (CTM), outro setor do mesmo ministério. O diretor do centro, Fernando Lins, alertou publicamente para o risco de contaminação química e radioativa das minas. O geólogo José Affonso Brod explica que esse é um problema global. "É uma das razões pelas quais várias operações de produção de terras-raras foram abandonadas ao longo do tempo em favor da importação da China", esclarece.
Ele conta ainda que, no mundo todo, tentativas de retomada da produção em antigas jazidas ou a abertura de novas minas para a produção de terras-raras são contestadas por movimentos ambientais.
O aspecto positivo, ao menos na situação da mina brasileira de Catalão, é que o potencial radioativo é menor, como explica Brod. Segundo ele, o principal mineral que contém as terras-raras é a monazita, um fosfato de tório e terras-raras. "A monazita desta jazida tem um conteúdo de tório substancialmente menor do que outras ocorrências mundiais", compara.
O geólogo Claudinei Gouveia de Oliveira, também da UnB, ressalta que o país tem várias ocorrências de grande potencial que não têm nenhuma vinculação com minerais radioativos. Mas existem também no Brasil, como em outras partes do mundo, depósitos de terras-raras associados ao urânio ou tório.
Apesar do atenuante, existem riscos, e por isso a mineração deve ser regulamentada do início ao fim. Oliveira alerta que é inconcebível, mas existem situações, não necessariamente relacionadas a terras-raras, em que a exploração acontece sem que se tenha um conhecimento aprofundado das características dos minérios.
"Muitas vezes uma empresa tem a autorização para explorar uma determinada commodity, e o que vai para a barraca de rejeitos é desconhecido e lá estão aspectos contaminantes ou radioativos", alerta. Segundo ele, até pouco tempo, na exploração dos carbonatitos da área de Catalão, as terras-raras iam parar no lixo. "Essa mudança de consciência começou a ocorrer mais recentemente, com a reserva de mercado da China e o aumento de preços."
Mercado é pequeno
Mas o Brasil não é o único de olho no mercado. Dados do Instituto Federal de Geociências e Recursos Naturais da Alemanha indicam ao menos 400 iniciativas em 36 países. O mercado pode não ter lugar para todos. "O problema é que este mercado é muito pequeno. São pouco mais de 130 mil toneladas por ano", diz Brod. Ele alerta que, se um ou dois países se apresentarem antes como fornecedores, o preço tende a cair.
Além disso, o mercado brasileiro não é um grande consumidor de terras-raras. Oliveira sugere que esse mercado seja ampliado antes dos investimentos na lavra. O senador Luiz Henrique da Silveira fala em parcerias com a Alemanha para desenvolver a indústria especializada e diz que já existem acordos assinados nesse sentido.
O governo também quer agregar valor aos óxidos. Sem isso, a exploração de terras-raras apenas reforçaria a posição brasileira como um país exportador de commodities minerais. "O caminho para o Brasil ocupar uma posição de destaque neste setor é a verticalização, ou seja, aliar a exploração das jazidas de terras-raras com o estabelecimento de uma cadeia produtiva local que agregue valor a esse produto", resume Brod.
O Geólogo e a Geologia
O Geólogo e a Geologia
Entrevista dada pelo Geólogo
Pedro Jacobi à O Globo, publicada no Guia de Profissões pela Ediouro
O Globo: Como é seu dia a dia
no trabalho?
O meu trabalho consiste na direção dos vários projetos
e aquisições da minha
empresa no Brasil, nas áreas de diamantes, ouro, metais básicos e ferro.
Coordeno a empresa e os profissionais no Brasil e mantenho contato constante com os nossos
escritórios, sócios e acionistas em Seattle, nos Estados Unidos, e em Perth, na
Australia.
Com o fuso horário, a carga de trabalho diária e sempre superior a 11
horas,incluindo fins de semana.
O Globo: Como conseguiu seu
primeiro emprego?
Foi por
intermédio do Geólogo americano Gene Tolbert, fundador
da Terraservice, a precursora da DOCEGEO, e
descobridor de Carajás. Em 1971, ele foi, pessoalmente, buscar 11 geologos,
ainda estudantes, nas principais escolas do pais para trabalhar com ele. Eu era
um deles.
Estudava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O Globo: O que há de melhor e
de pior na sua rotina de trabalho?
A busca constante de minérios escondidos, torna a prospecção
mineral uma das mais abrangentes, desafiadoras e compensadoras áreas da geologia.
O sucesso e sempre o fruto do trabalho criativo e inteligente.
No entanto, não
há prospecção mineral sem
insucessos. Na maioria das vezes, são esses insucessos que fazem empresas
inteiras desaparecerem do mercado.
O Globo: Quais são os maiores
desafios que enfrenta um geólogo?
Na exploração mineral, o profissional deve ser capaz de aliar
profundos conhecimentos de geologia com estratégias e pensamentos
criativos, conhecendo os modismos teóricos e passageiros das várias áreas
da ciência. O geólogo deve ter a mente inquisitiva e procurar entender as leis
naturais e relações de causa e efeito que regem o universo,aplicando esse
conhecimento em sua área de atuação.
DESCOBRIR MINÉRIOS,
POCOS
DE PETRÓLEO OU MINAS DE DIAMANTE,PRESERVAR O MEIO AMBIENTE, SER EXECUTIVO
DE EMPRESA DE MINERACAO E ESTUDAR
OUTROS PLANETAS....
Dificil acreditar que atividade tão diferentes
como essas caibam todas na mesma profissão. A explicação esta na
definição da própria geologia
É a ciência que estuda as características do planeta TERRA,
tanto do seu interior quanto de sua superfície. A orígem , a composição e as
estruturas do planeta são os principais objetos
do estudo do geólogo.
Depois que termina a graduação, o Geólogo pode se
especializar em diversas áreas, entre as quais:
-
PROSPECÇÃO MINERAL: descoberta de bens minerais – metais básicos, gemas, petróleo, gás e demais combustíveis, fosseis, minerais industriais. Existem várias áreas de conhecimento abrangidas pela prospecção, como geoquímica, geofísica, interpretação de imagens de satélites e GIS.
-
GIS: sistema de informações Geográficas- ferramentas fundamentais ao Geólogo explorador.
-
GEOLOGIA DE MINAS: mineração e controle do dia- a- dia, das minas, que abrange diferentes atividades.
-
GEOLOGIA AMBIENTAL: prevenção e proteção do meio ambiente. O Geólogo trabalha na preservação e avaliação de riscos e de impactos ambientais causados pelo Homem.
-
GEOLOGIA DE ENGENHARIA E GEOTÉCNICA : planejamento de cidades, obras de engenharia, como estradas, pontes, edifícios, barragens
etc...
-
GEOLOGIA ECONÔMICA: avaliação das chances de sucesso de projetos minerais, minas e demais atividades correlatas
-
GEOLOGIA MARINHA: um dos ramos em expansão da carreira, estuda e atua na preservação dos mares e seus recursos.
-
ASTRONOMIA E CONQUISTAS ESPACIAIS: por meio da geologia são compreendidos os processos de formação e desenvolvimento dos planetas e demais objetos cósmicos.
-
EDUCAÇÃO: ensino, tanto no nível básico quanto no superior.
A geologia
permite que o profissional atue em qualquer lugar do mundo. Por isso, o domínio
de uma língua estrangeira, em especial o inglês, é fundamental. A rotina de
trabalho pode variar bastante em uma função para outra e, em alguns casos,
geólogos podem trabalhar ate dez horas por dia. Também é comum, quando fazem
trabalho de campo, passarem dias em locais de difícil acesso e sem conforto.
VOCE
É
CURIOSO E CRIATIVO? GOSTA DE PESQUISAR E ESTUDAR? TEM
RESISTÊNCIA FÍSICA PARA TRABALHAR POR VÁRIAS HORAS EM LOCAIS SEM CONFORTO? GOSTA
DA NATUREZA?
COMO É O CURSO?
Dura, em média, cinco anos. Inicialmente, a ênfase é em disciplinas básicas,
como quÍmica, matemática e física, mas são estudadas matérias mais
especificas como mineralogia, geologia estrutural, paleontologia e
topografia. Posteriormente o curso concentra-se nas matérias específicas da
geologia.
COMO
É O MERCADO? Em alta entre
2004 a 2008. O ciclo de baixa de 2008 a 2009 está acabando e estima-se que a
procura deva durar vários anos se não décadas. Há muitas
oportunidades na área de prospecção
mineral e em atividades
ligadas ao meio ambiente. Geólogos também podem ocupar altos cargos em
empresas do setor mineral e de Ciências da Terra. E é cada vez maior o
número de Geólogos-Empresários, donos de empresas
de mineração e de meio ambiente.
QUANTO
GANHA? O
salário médio inicial varia bastante. Estima-se que o salário mínimo de
um geólogo júnior deve estar em torno de 06 (seis) vezes o Salário
Mínimo comum, vigente no País. Naturalmente o salário evolui conforme a
experiência do
profissional. Consultores experientes cobram a partir de mil dólares
por dia. Geólogos analistas, que avalizam transações de
empresas de mineração em bolsas de valores, são, também, muito bem remunerados.
O Geólogo tem um salário entre o topo dos profissionais correlatos.
Minério de ferro: preços ultrapassam a barreira dos US$140/t
Minério de ferro: preços ultrapassam a barreira dos US$140/t

Desde a segunda semana de maio os preços do minério de ferro no mercado spot estão em alta contínua.
Neste período a alta supera os 23% e o preço do minério 62%Fe já ultrapassou os US$140/t contrariando a quase todos os analistas que apostaram em um minério abaixo de US$100/t.
Os efeitos desses preços são notados nas bolsas de valores onde as ações das grandes mineradoras de ferro são negociadas. Do outro lado desta equação estão as siderúrgicas chinesas que, graças aos preços elevados, estão tendo prejuízos. No entanto como os estoques destas siderúrgicas está no mínimo espera-se que os preços permaneçam altos.
O Governo Chinês já está se posicionando contra o lucro exacerbado dessas mineradoras e, em breve, teremos mais uma queda de braço como a que ocorreu na época do benchmark.
No entanto não há como frear o crescimento chinês que impacta positivamente a produção interna de aço que deve ficar entre 730-760 milhões de toneladas por ano pelos próximos anos.
Publicado em: 13/8/2013 17:36:00
Desde a segunda semana de maio os preços do minério de ferro no mercado spot estão em alta contínua.
Neste período a alta supera os 23% e o preço do minério 62%Fe já ultrapassou os US$140/t contrariando a quase todos os analistas que apostaram em um minério abaixo de US$100/t.
Os efeitos desses preços são notados nas bolsas de valores onde as ações das grandes mineradoras de ferro são negociadas. Do outro lado desta equação estão as siderúrgicas chinesas que, graças aos preços elevados, estão tendo prejuízos. No entanto como os estoques destas siderúrgicas está no mínimo espera-se que os preços permaneçam altos.
O Governo Chinês já está se posicionando contra o lucro exacerbado dessas mineradoras e, em breve, teremos mais uma queda de braço como a que ocorreu na época do benchmark.
No entanto não há como frear o crescimento chinês que impacta positivamente a produção interna de aço que deve ficar entre 730-760 milhões de toneladas por ano pelos próximos anos.
Publicado em: 13/8/2013 17:36:00
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A pequena cidade de Juína, no Mato Grosso, viu desde a década de 1990 o movimento em torno de seu subsolo ganhar tamanho e relevância, graça...