quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Terras raras: onde estão as minas do Brasil?

Terras raras: onde estão as minas do Brasil? As Terras raras estão cada vez mais importantes na indústria de eletrônicos de ponta. A revolução dos celulares, em andamento, é o principal combustível que acelera o interesse na mineração das Terras Raras. São mais de quatro bilhões de celulares em uma população mundial acima de sete bilhões de pessoas.
Com a evolução tecnológica o celular passou a ser um modismo ao invés de um simples equipamento de comunicação. É, também, um símbolo de status e, muito rapidamente, vem substituindo os notebooks, computadores e máquinas fotográficas. O usuário normal tem, não somente um celular, mas vários. E no futuro, ele irá comprar os novos e apetitosos lançamentos aumentando mais ainda a demanda por terras raras.

E, com isso os grandes produtores de terras raras, um importante componente do celular, amealham bilhões e bilhões de dólares nas suas já polpudas contas bancárias.
A China é o maior produtor de TR do mundo. Lá os métodos de lavra variam de obsoletos e precários até os altamente tecnológicos. Apesar desta diversidade a produção chinesa vem crescendo.

E no Brasil, onde estão as nossas minas?

Terras raras no Brasil vem sendo faladas e propagadas por muitas décadas. Nas décadas de 60-70  foram as areias monazíticas que fizeram manchetes.  O Brasil até teve uma produção modesta de TR provinda das monazitas de aluviões marinhos.
Posteriormente os grandes complexos carbonatíticos de Araxá, Catalão, Poços de Caldas, Mato Preto, Salitre e vários outros existentes principalmente em Minas e Goiás foram identificados como possíveis fontes de TR. Todos com grandes quantidades de TR.  Na Amazônia, permanece o Complexo de Seis Lagos totalmente abandonado apesar de enormes reservas de nióbio e terras raras. Aluviões marinhos ou até mesmo fluviais como os de Pitinga que tem cassiterita e xenotima também podem fornecer quantidades expressivas de TR.

 Como se vê bem sabemos onde estão as nossas TR, mas, em nenhum caso, temos uma mina onde as TR são o principal produto. Em alguns casos como em Catalão os teores de TR são elevadíssimos atingindo 10%. Apesar de depósitos grandes e ricos mesmo assim as nossas terras raras continuam no chão a espera de investimentos, tecnologia e de vontade política.

Até quando?

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do mundo?

Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do  mundo?
   


Popigai é uma cratera de impacto de meteorito listada entre as mais famosas do  mundo. Ela se localiza a 880 km de Norilsk, outra estrutura de impacto famosa.  Popigai tem 100 km de diâmetro é a sétima maior cratera em tamanho.
O impacto ocorreu a 35 milhões de anos, no Eoceno, quando um meteorito  condrítico de 8km de diâmetro se chocou contra o solo causando uma enorme  devastação.
O mais interessante é que este astroblema é tido como o maior depósito de  diamantes do mundo.
Propigai cratera
Cratera de Popigai com 100km de diâmetro

Muitos cientistas Russos afirmam que lá existem trilhões de quilates de  diamantes um número quase inimaginável em se tratando de um mineral raro como o  diamante.
O diamante de Popigai já foi explorado no passado por prisioneiros dos Gulags  durante a época de Stalin e é cercado de mistérios e de controvérsias.
O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um  granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na  área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita,  stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão.
geologia Propigai
Geologia da cratera de  Popigai mostrando a área de influência dos tagamitos, brechas e ejectas

A pressão e temperatura geradas no impacto foram extraordinárias possivelmente  excedendo aquelas necessárias à formação do diamante, na zona do impacto.  Calcula-se que a energia liberada foi equivalente a milhões de artefatos  nucleares o que causou a fusão de 1.750 quilômetros cúbicos de rocha. Essa rocha  fundida é encontrada na área, 35 milhões de anos após o impacto, e é chamada de  tagamito.
O impacto, a uns doze quilômetros de distância do centro, transformou a grafita  dos gnaisses em diamantes. Esta transformação não ocorreu em toda a área  afetada, mas apenas na região cujas condições de P e T foram compatíveis com a  transformação da grafita em diamante. Mesmo com essas restrições um grande  volume de diamantes foi formado e, possivelmente, Popigai deve conter o maior  volume de diamantes do mundo como os Russos apregoam.
Infelizmente as condições para a formação do diamante não foram duradouras. Tudo  ocorreu em um tempo bastante pequeno o que não foi o suficiente para que o  diamante pudesse crescer e atingir tamanho e qualidade que caracterizam as gemas  de grande valor econômico. Estudos geoquímicos mostram que o agente controlador  da formação de diamantes nos tagamitos era a água e não necessariamente a  grafita. Quanto menor a quantidade de água na rocha maior a chance de formação  do diamante.
Os russos, ufanistas, imaginavam que Popigai iria mudar completamente o cenário  mundial do diamante e tentaram manter a informação sob segredo, desde as  primeiras expedições científicas em 1970.
A maioria dos diamantes ainda tem o formato dos flocos de grafita e são muito  pequenos, abaixo de dois milímetros de diâmetro, sendo classificados como micro  diamantes.
Bons para abrasivos, mas não para a joalheria.
Os diamantes de Popigai tem características distintas dos demais sendo mais  duros e com uma cristalografia própria como os hexagonais (lonsdaleita)  descritos em meteoritos
Gusa-níquel:  uma solução economicamente viável para os depósitos de níquel laterítico
Por Pedro Jacobi

Em 2011, quando negociando com chineses, fiquei sabendo uma coisa incrível. Esta empresa chinesa que estava interessada nas nossas áreas, estava transportando, por balsas, o minério de níquel laterítico de 1,5%Ni, sem concentração, da Indonésia para a China. Eu, obviamente, fiquei muito surpreso, pois um dos paradigmas fixos nas mentes dos geólogos ocidentais é que o minério laterítico, por ter baixa densidade e baixo custo por tonelada, não aguenta transporte.
Ao inquirir os chineses sobre a receita desta  “mágica”  eles simplesmente disseram: gusa-níquel...
Os chineses estavam transportando um minério de níquel que tinha uns 30% de ferro. Aí estava a solução: o minério era processado na China em uma planta de gusa-níquel que recuperava o ferro e o níquel. Portanto somente o ferro pagava toda a operação e o transporte e o níquel era o lucro da operação. Excelente, criativo e inteligente.
  As coisas evoluíram e hoje, existem várias firmas chinesas replicando essa receita. As plantas de gusa-níquel proliferam na China, que já é a maior produtora de gusa-níquel do mundo. O gusa-níquel é uma das principais matérias primas das plantas de aço inoxidável da China e, possivelmente, o que faz essas plantas serem econômicas. A produção chinesa de gusa-níquel, em 2013 será acima de 400.000t.
 Ocorre que a Indonésia está querendo colocar água na fervura e banir as exportações de minério laterítico, o que pouco agrega ao país. A mensagem foi passada e os chineses começam a implantar as primeiras plantas de gusa-níquel na Indonésia.
E no Brasil? Esta seria uma solução inteligente para os nossos vários depósitos de níquel laterítico que temos no Goiás, Pará, Piauí, Tocantins... 

 Publicado em: 12/9/2013 12:09:00

Minério de ferro ainda em alta mostra caminho para investidores

Minério de ferro ainda em alta mostra caminho para investidores
Por cinco meses o minério de ferro dá sinais de recuperação acenando aos menos otimistas que o cenário mundial não é assim tão negativo como muitos analistas querem que seja. Por trás dessa contínua subida de preços está a grande locomotiva da economia mundial a China. É ela que continua comprando minério em um ritmo acelerado. Acreditar que a economia chinesa esteja desacelerando enquanto que a China compra mais minério de ferro e mais metais básicos do que em 2012 é tapar o sol com a peneira. A China está bem, obrigado.
É hora de rever os gráficos e as previsões.

Braziron um investimento com grande potencial de retorno

Braziron um investimento com grande potencial de retorno
A crise  prolongada, desde 2008, criou incríveis anomalias na área mineral. São empresas de  mineração com grandes jazimentos minerais de qualidade, já certificados segundo os protocolos  Jorc ou 43-101, cujo valor de mercado são muito baixos: verdadeiras  barbadas com grande potencial de lucro.
Uma das  empresas que se destaca é a Australiana Braziron ltd , cujo maior acionista é o Grupo brasileiro Jacobi. A Braziron  cubou, recentemente, um jazimento de 447  milhões de toneladas a 25,3% de ferro na Bahia: a jazida do Urubu.
Urubu  tem uma logística excepcional, ficando apenas 10 km de rio navegável que dá  acesso à ferrovia e ao porto de Aratu e não tem problemas de concentração ou  elementos deletérios na composição do seu minério.

A  Braziron ainda tem outros jazimentos de grande expressão no Brazil, nas regiões  da Bahia e Pará, que deverão ser quantificados em breve, mas que poderão  facilmente dobrar os recursos já sondados. Até o momento o projeto Urubu é o  único que foi sondado em detalhe.
Para se  ter uma ideia do valor que a Braziron deveria ter no mercado é só compará-la com  uma empresa similar: por exemplo, a Centaurus Metals, outra empresa australiana  cujos jazimentos de ferro estão no Brasil.
A  Centaurus tem três jazimentos principais:
·         Jambreiro:  116Mt com 26,8% de ferro (60% do recurso é inferido)
·         Passabem:  39Mt com 31% Fe inferidos
·         Itambé:  10Mt com 36% Fe inferido
Ou seja  todos os três jazimentos da Centaurus Minerals perfazem apenas 37% de somente um  depósito da Braziron.
Um  investidor deveria imaginar que o valor de mercado da Braziron deveria ser, pelo  menos, 3 vezes maior do que o da Centaurus.
Na  realidade a Centaurus está hoje, apesar da crise tê-la afetado também, com um  valor de mercado 5 vezes maior do que o da Braziron ou, em outras palavras, as  reservas da Centaurus, que são três vezes menores, valem 15 vezes mais do que as  da Braziron.
Descontados os exageros e as particularidades de cada empresa torna-se óbvio que  a Braziron está imensamente desvalorizada, valendo menos do que o dinheiro que  ela tem na sua conta bancária.
Em suma  uma verdadeira barbada. Uma oportunidade que só crises como essa que estamos  atravessando propicia.