quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Diamantes mineiros são exportados legalmente pela primeira vez

Diamantes mineiros são exportados legalmente pela primeira vez

Coromandel – Quarenta e quatro quilates de diamantes extraídos do rico subsolo de Coromandel, município de 27 mil habitantes localizado no Alto Paranaíba, desembarcaram em Antuérpia, na Bélgica, em meados do mês passado, vendidos por US$ 350 mil. O volume e o valor podem parecer insignificantes – e são, num mercado mundial que movimenta US$ 120 bilhões anuais –, mas o negócio, em si, carrega um significado que extrapola a simples negociação comercial.

Motivo: foi a primeira vez que uma cooperativa de garimpeiros de Minas Gerais – no caso, a Cooperativa de Garimpeiros de Coromandel (Coopergac) – exportou diamantes de forma absolutamente legal, cumprindo normas fiscais e ambientais e seguindo o Certificado Kimberley, documento exigido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para evitar que pedras contrabandeadas ou extraídos em áreas de conflito, como África (principalmente em Serra Leoa, onde as atrocidades cometidas pela guerrilha chegou às telas de Hollywood no filme Diamantes de Sangue, com o galã Leonardo di Caprio), sejam negociadas nas principais bolsas de joias do mundo. Ou seja, para serem vendidos nesse mercado, os diamantes têm que ter rastreabilidade e pedigree comprovado. Além da Coopergac, apenas a cooperativa de Juína, no Mato Grosso, detém o certificado, emitido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), autarquia do Ministério de Minas e Energia (MME)

Ok, mas e daí? Daí que a partir de agora os garimpeiros de Coromandel, cidade registrada como a capital nacional dos diamantes, estão também – e talvez este seja o dado mais importante – abrindo uma porta para se livrar dos atravessadores, que, desde as primeiras descobertas de diamantes no município, no início do século 19, compram (ou “tomam”, no jargão local) as pedras dos trabalhadores por um preço ínfimo e as revendem por valores bem mais gordos, geralmente de forma ilegal, para empresas de mineração ou comercialização de joias. A porta de saída para essa cilada é exatamente a cooperativa, que adquire diamantes de seus cooperados por um valor considerado justo e dentro dos parâmetros legais. Os 130 garimpeiros da Coopergac pagam à cooperativa 2% sobre o valor do negócio.

“Não queremos liquidar os atravessadores, mas agora os nossos cooperados têm uma opção de venda de forma legal e com preço maior”, diz Darío Machado Rocha (com acento no i, já que tem irmão gêmeo chamado Dario), filho de garimpeiros, fundador da cooperativa, ex-secretário-geral da entidade e vereador na cidade. Antes da cooperativa, os garimpeiros que tentavam vender as pedras sem passar pelos atravessadores eram jurados de morte. Muitos, de fato, foram assassinados – o próprio Darío chegou a ser ameaçado. Mas os tempos de diamantes de sangue em Coromandel parecem ter ficado para trás.

Existem dois exemplos clássicos da ação dos atravessadores. O mais conhecido é o diamante Getulio Vargas, uma pedra de 726 quilates descoberta em 1938 pelo garimpeiro Manoel Domingos. A joia, que hoje teria um preço equivalente a R$ 100 milhões, foi vendida pelo garimpeiro por 2,3 mil contos de réis ao comerciante Osvaldo Dantes dos Reis, de Belo Horizonte. Reis revendeu-a a outro comerciante do Rio, J. Polak, por 5 mil contos de réis – e, Polak, por sua vez, passou-a a um grupo suíço-alemão por 9 mil contos de réis, mais de três vezes o valor pago a Domingos. Hoje, das três partes em que a pedra foi dividida, duas estão desaparecidas e uma está incrustada na coroa da rainha Elizabeth II, da Inglaterra.

O outro exemplo é mais recente. O garimpeiro Sinval Isoldino, hoje com 57 anos e no batente desde os 16, levou três décadas para encontrar uma pedra de valor – um diamante de 44 quilates, que poderia garantir-lhe uma aposentadoria tranquila. Sem opção para negociar, Isoldino foi obrigado a vender a joia aos atravessadores de Coromandel por R$ 360 mil. A pedra foi revendida por R$ 1,1 milhão – um lucro de mais de 300%. “Eles me tomaram. Mas se o garimpeiro tiver força e puder registrar os diamantes, fica melhor”, diz. É o que a cooperativa pretende fazer.

Mas, afinal, quem compra as pedras? Em Coromandel, os compradores mais conhecidos são os irmãos Gilmar e Geraldo Campos, de Patos de Minas, donos da Gia Campos Mineração, conhecidos como os reis do diamante e já investigados pela Polícia Federal (PF) por extração de pedras de forma ilegal em reservas indígenas na Amazônia. Gilmar, por sinal, acaba de comprar uma ampla área em Coromandel, que será utilizada para garimpo. Os garimpeiros estão ansiosos para conhecer seus próximos passos.

Outro comprador é a GAR Mineração Comércio Importação e Exportação Ltda. – e há ainda o comerciante Hassan Ahmad, nascido em Serra Leoa, registrado no Líbano e dono de um passaporte belga, também investigado pela PF na Operação Carbono, em 2006. Na época, Ahmad foi acusado de formação de quadrilha e falsificação do Certificado Kimberley com a ajuda de funcionários do DNPM (o então chefe da autarquia em Minas na época, Luiz Eduardo Machado de Castro, foi demitido do cargo). O comerciante chegou a ser flagrado no aeroporto de Confins negociando pedras e o MME suspendeu a emissão dos certificados, que só foi retomada um ano depois.

Darío, da Coopergac, garante que Ahmad não foi mais visto em Coromandel, mas garimpeiros locais afirmam que ele continua atuando nas sombras. Seu nome é falado com frequência por eles. “Estamos nos movimentando num jogo de xadrez violento”, resume o vereador. Verdade. Diamantes são eternos, mas garimpeiros não.

JAZIDAS DE MANGANÊS A VENDA EM CAITITÉ/BA

JAZIDAS DE MANGANÊS 
EM CAITITÉ/BA
REF: MI2333 São 4 jazidas ficam em Caitité na Ba. A 15 km do asfalto, a 5 km da linha de ferro. Esta linha de ferro é a que vai de BH a Salvador, fica a 480 km de Salvador, e 380 km de Ilhéus/BA. Estas áreas estão ao lado das jazidas da Vale do Rio Doce, e da Bahia minerações.
São 04 jazidas com 04 requerimentos, com 04 liberações de DNPM. Falta somente a liberação do IBAMA, que fazendo o requerimento, é liberado dentro de 30 a 40 dias, aí pode explorar sem problemas.
Estas jazidas sãos as que estão restando na Bahia, pois, as outras todas já estão em atividades, e com preços milionários. E difícil achar uma a venda. (lá nas jazidas tem energia trifásica).
Jazida de nº. 01 com 80,61 Hectares de requerimento de terras.
 com o nº. de DNPM = 871.440 - 2.011.
Jazida de nº. 02 com 103,79 hectares de requerimento de terras.
 com o nº. de DNPM = 871.407 - 2010.
Jazida de nº. 03 com 677,05 hectares de requerimento de terras.
 com o nº. de DNPM = 870.414 - 2010.
Jazida de nº. 04 com 1.999,85 hectares de requerimento de terras.
 com o nº. de DNPM =871.118 -2.012.
O preço de cada jazida é de R$ 15.000.000,00 
(Quinze milhões de reais)
E se comprar as 04 pode levar por R$ 50.000.000,00
 (cinquenta milhões de reais) o pacote. 

MINA DE COBRE A VENDA EM JAGUARARI-BA

MINA DE COBRE A VENDA EM JAGUARARI-BA 
REF: MI2337
Com 21 áreas de cobre ao lado da CARAIBA METAIS - BA teor do cobre 18,5  na parte superior , aprofundando chega  a 45
Temos todas as documentação na mão.
DNPM e todos os documentos em dia.
Direto com o proprietário.

15 mil há.



VALOR DE VENDA: R$ 165 MILHÕES DE REAIS

Garimpeiro amador encontra pepita de ouro

Garimpeiro amador encontra pepita de ouro gigante na Austrália

Um garimpeiro amador no Estado australiano de Victoria surpreendeu especialistas ao encontrar uma pepita de ouro de 5,5 quilos. O homem não identificado, que usava um detector de metais portátil, encontrou a pepita na quarta-feira, enterrada da cidade de Ballarat. O valor foi estimado em mais de 300 mil dólares australianos (cerca de R$ 645 mil).
Especialistas locais afirmam que a prospecção de ouro na região é comum há décadas, mas que, até então, nenhuma descoberta semelhante havia sido feita.
"Sou um prospector e negociador há duas décadas e não me lembro da última vez que uma pepita de mais de 100 onças (cerca de três quilos) foi encontrada localmente'', afirma Cordell Kent, proprietário da loja especializada Ballarat Mining Exchange Gold Shop.

Corrida do ouro

"É extremamente significativo como um espécime mineral", acrescentou Kent. "A corrida do ouro por aqui já dura 162 anos, e Ballarat continua produzindo pepitas. É sem precedentes."
Um vídeo exibindo a pepita que tem um formato de ''Y'' foi postado no YouTube na quarta-feira pelo usuário TroyAurum.
O dono da loja especializada afirma que a pepita estava enterrada, mas que o garimpeiro usou um detector de metais ultramoderno, o que possibilitou que ele a encontrasse a uma profundidade considerável, em uma área em que prospecções já foram realizadas várias vezes no passado.
O ouro atualmente é comercializado na Austrália a cerca de 1,6 mil dólares australianos (cerca de R$ 3,4 mil) por onça, o que significa que a descoberta valeria cerca 283,2 mil dólares australianos (cerca de R$ 600 mil), mas a sua raridade e o fato de que a pepita pesa bem mais do que um quilo encarece o valor.
Antes de encontrar a pepita gigante, o garimpeiro amador só havia feito pequenas descobertas.

Principais Acervos Minerais Do Brasil

Principais Acervos Minerais Do Brasil

Pércio de Moraes Branco
Citar os principais acervos brasileiros na área de minerais, do mesmo modo que citar os principais mineralogistas brasileiros, é missão espinhosa pelo risco muito grande que se corre de omitir nomes importantes. Além disso, embora possam ser bem conhecidos os acervos públicos, pode haver coleções importantes em mãos de particulares que preferem não expô-las nem ter sua existência divulgada.
Por isso, os acervos a seguir mencionados são uma tentativa de mostrar uma realidade que pode ser bem mais atraente do que imaginamos.


Acervos públicos

Entre os acervos públicos, sem dúvida merece figurar com muito destaque o Museu de Ciência e Técnica da Universidade Federal de Ouro Preto, com um acervo de minerais e rochas que compreende 23.000 peças, procedentes de todo o mundo. O antigo Museu de Mineralogia ocupa hoje todo o prédio construído em 1741, onde funcionava a Escola de Minas e a ele se somaram acervos de outros museus. Assim, o museu atual pode ser visto como diversos museus ou pelo menos um museu multitemático, onde há secções de Mineralogia, Topografia, Mineração, Metalurgia, Física, Astronomia, Desenho e Biblioteca de Obras Raras. Há ainda uma sala que reproduz o interior de uma mina de ouro.

O Museu Nacional foi criado em 1818 e até 1824 chamou-se Museu Real. Nessa data, passou a ser o Museu Imperial, até 1889, quando recebeu a atual denominação. Fica no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, onde está desde 1892. Entre várias coleções importantes que recebeu, está a Coleção Werner, com a qual se iniciou o acervo e a coleção de minerais de José Bonifácio. Mas, em 1946-1947, em revisão do acervo que fez, Viktor Leinz só reconheceu 1.800 das 3.200 peças da primeira coleção. A de José Bonifácio e outra estavam praticamente perdidas. O Museu Nacional tem importante coleção de meteoritos, entre eles o Bendegó, o maior já encontrado no Brasil (5.360 kg), mas o acervo mineralógico permanece na reserva técnica, inacessível, portanto, ao público.

O Museu de Ciências da Terra, também no Rio de Janeiro, pertence ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).  Possui dezenas de milhares de peças, algumas de valor histórico, e foi organizado em 1907, por Orville Derby. Ao contrário do Museu Nacional, tem seu acervo de minerais acessível ao público.

O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo tem o Museu de Geociências, localizado na Cidade Universitária, e aberto ao público. O acervo, um dos mais importantes do Brasil, inclui minerais, rochas, espeleotemas, meteoritos (entre eles o Itapuranga, o terceiro maior do Brasil) e muitos fósseis, distribuídos em 550 m2.  São quase 50.000 peças, das quais 10% em exposição permanente.

Também em São Paulo, há o Museu Geológico Valdemar Lefebvre, com acervo de minerais, rochas e fósseis.

Em Porto Alegre (RS), a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais mantém o Museu de Geologia. Embora não tenha um acervo grande, ele se destaca por conter rica coleção de gemas brutas (100 tipos) e lapidadas (62 tipos), além de outros minerais, inclusive a rara lulzaquita. Há também rochas e fósseis, com um Mesossaurus tenuidens em excelente estado de conservação.
O Museu desenvolve intensa atividade, principalmente junto a escolas, distribuindo gratuitamente grande quantidade de amostras de minerais e rochas a alunos, professores e colecionadores em geral.

O Museu de História Natural da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), em Canoas (RS), tem um acervo que também não se destaca pelo tamanho, mas merece ser citado por conter uma valiosa coleção de minerais muito raros. São cerca de 200 peças, procedentes de aproximadamente quinze países, integrantes da Coleção Pércio de Moraes Branco, adquirida por aquele museu em 1996. Várias dessas espécies provavelmente não figuram em nenhum outro museu do país. Esse acervo foi objeto de artigo publicado em 1997 no Southern Brazilian Journal of Chemistry e na Revista da Universidade de Santa Fé (Argentina). 

Acervos particulares históricos

Entre as coleções particulares de minerais brasileiros, a primeira de que se tem notícia é a do sertanista português João Coelho de Sousa, que reuniu um acervo de ouro, gemas e outros minerais na segunda metade do século XVI.

O mineralogista francês Jean Louis de Bournon (1751-1825) tinha uma coleção de 22.880 peças, entre as quais minerais do grupo da platina procedentes do Brasil e que lhe foram doados pelo seu amigo Domingos Antônio de Sousa Coutinho. Essa coleção está quase intacta, mas dividida, parte no Museu Nacional de História Natural e parte no Colégio da França, em Paris.

O inglês John Mawe (1766-1829) foi importante comerciante de minerais para coleção e a ele se deve um tratado sobre pedras preciosas que muito ajudou a tornar conhecidas e valorizadas na Europa as gemas brasileiras.

D. João VI, rei de Portugal que transferiu a corte portuguesa para o Brasil, tinha uma rica coleção de gemas, na qual se destacam muitos diamantes de grandes dimensões, em geral com peso acima de 17 quilates, pois diamantes deste porte eram os que a família real costumava escolher dentre todos os produzidos pelas minas do reino.

Acervos particulares atuais

Apesar de muito rico em pedras preciosas e da imensa variedade que elas mostram no Brasil, nosso país tem muito poucos colecionadores de minerais, quando comparado com Estados Unidos e Itália, por exemplo. Nos últimos anos, a crescente busca de cristais para fins místicos e terapêuticos (cristaloterapia) aumentou o número dos que se dedicam a esse tipo de colecionismo, mas ainda é difícil encontrar quem faça isso de modo sistemático e permanente.

Entre as coleções particulares atuais que devem ser citadas estão as dos seguintes colecionadores, em ordem alfabética.

Álvaro Lúcio, engenheiro natural de Santa Catarina, diplomado em Ouro Preto (MG), é autor de diversos livros e artigos técnicos. Sua valiosa coleção de minerais tem peças representativas das jazidas mais interessantes entre as descobertas no Brasil nas últimas décadas.

O geólogo Andrea Bartorelli, criador do Museu de Minerais de Parati, Rio de Janeiro, é autor de três livros e responsável por várias exposições de minerais. Sua coleção conta com cerca de 1.000 peças, na sua grande maioria brasileiras.

Assad Marto é médico, nascido na Jordânia. Começou sua coleção aos onze anos e é membro de várias associações mineralógicas. Associou-se a proprietários de lavras de gemas em Minas Gerais, o que ajudou a ampliar sua importante coleção, formada principalmente de peças de grades dimensões e diferentes das habitualmente vistas.

Carlos Jesus Cornejo Chacón nasceu em Santiago (Chile) e atua como jornalista, fotógrafo e editor e realizou diversas exposições de minerais. Junto com Andrea Bartorelli é autor da excelente obra Minerais e Pedras Preciosas do Brasil (2010), principal fonte das informações aqui apresentadas. Além de uma biblioteca especializada em Mineralogia, possui uma coleção com mais de mil peças, muita delas coletadas pessoalmente nas muitas viagens que realizou.

Guido Borgomanero nasceu na Itália e começou a colecionar minerais muito jovem, mas mais intensamente a partir de 1959. Naquela época, com 38 anos, foi nomeado cônsul adjunto em São Paulo. Fez curso de Gemologia e visitava garimpos e pedreiras. Aposentado, optou por permanecer no Brasil, onde faleceu em 2005. Sua esposa, Ragnhild Borgomanero, preserva a coleção que ele montou com tanto carinho.

Júlio Landmann, químico diplomado pela USP, com MBA nos EUA, tem destacada atuação no meio cultural. E coleciona minerais desde criança. Sua coleção é, sem dúvida, das melhores do Brasil. São cerca de oitocentas peças de valor estético, 70% delas procedentes do Brasil.

Luiz Alberto Dias Menezes Filho, engenheiro de minas paulista, é colecionador de minerais há cinquenta anos. Importa e exporta minerais para coleção e participa das principais feiras internacionais do setor.

Paulo Roberto Amorim dos Santos Lima, geólogo diplomado pela UFRJ em 1972, é autor de dois livros de mineralogia, Minerais em Grãos: Técnicas de Coleta, Preparação e Identificação e Guia de Mineralogia. Começou a colecionar minerais em 1969 e possui mais de 3.000 peças em seu acervo, representando cerca de 650 espécies.

Reinhard Wegner é mineralogista e vulcanólogo, com especialização em pegmatitos graníticos. Leciona diversas disciplinas na Universidade Federal da Paraíba e possui uma vasta coleção de minerais.

Rolando e Bruno Gioia possuem uma coleção sobre a qual não temos dados, mas que, a julgar pelas fotos que se vê na obra Minerais e Pedras Preciosas do Brasil, deve ser importante.

Duas outras coleções, menos importantes que as anteriores, podem ser citadas: uma é a de Daniel Berringer,  gemólogo especializado em diamantes, que coleciona minerais e gemas lapidadas desde os oito anos de idade, dedicando-se também às chamadas pedras temáticas, curiosas por suas formas. A outra é de Pércio de Moraes Branco, que coleciona minerais há 43 anos. Das 1.500 peças da sua primeira coleção, 90% foram adquiridas em 1996 pelo Museu de Ciências Naturais da Universidade Luterana do Brasil. Sua coleção atual, objeto de reportagem na revista Retrô – Antiguidades e Coleções, compreende cerca de mil peças, principalmente gemas brutas (60 tipos) e lapidadas (70 tipos).

Por fim, embora não esteja mais no Brasil, não pode deixar de ser mencionada a coleção Ilia Deleff. São 78 cristais gigantescos, de 200 kg a 4.000 kg, reunidos pelo búlgaro Ilia Deleff ao longo de 25 anos. Nela, estão os maiores cristais de citrino, topázio azul, morganita e amazonita azul do mundo, além de um quartzo enfumaçado de 3 toneladas. Durante três anos, Deleff tentou vendê-la a instituições brasileiras, com condições de pagamento extremamente vantajosas, mas não conseguiu. Ofereceu-a então a instituições estrangeiras. Diversos países manifestaram interesse e o acervo acabou vendido, em 1982, ao Museu Nacional de História Natural da França. A coleção saiu do Brasil como simples matéria-prima para a indústria (!) e Deleff foi condecorado pelo presidente francês François Mitterrand com a Ordem Nacional das Palmas Acadêmicas.

Ilia Deleff (acima) e sua coleção (Fotos: Revista Veja)