
O garimpo é uma atividade de extração mineral que já existe há muito tempo no mundo.
Os
primeiros sinais dessa
atividade datam do século XV, com os Europeus que partiam em busca de
novas terras para conquistar suas riquezas minerais.
No Brasil, os garimpos começaram a despontar no século XVIII, com as campanhas em
busca de ouro e diamantes no estado de Minas Gerais.

A atividade garimpeira é considerada uma forma legal de extração de
riquezas minerais desde que atenda a determinadas regras e obrigações. É
permitido a qualquer brasileiro ou cooperativa de garimpeiros, desde
que esteja regularizado no Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM), órgão no país que controla todas as atividades de mineração.
O garimpo se torna problema justamente porque a maioria deles segue
às margens da lei. Ocasionando uma série de problemas ,muitos deles de
caráter social.

Isso em virtude da baixa
qualidade de vida
dos trabalhadores do garimpo, que vivem em pequenos povoados sem
qualquer tipo de infra-estrutura (água tratada, esgoto, saúde, escolas,
entre outros).
Infelizmente, no Brasil, muitos garimpos quase sempre estão
associados a confrontos, assassinatos, roubos, disputas de terra,
prostituição, e narcotráfico e sem esquecer à degradação ambiental.

Isto porque os garimpos ilegais são extremamente difíceis de serem controlados.

Eles também desestabilizam a paz, pois invadem terras indevidas, como
reservas indígenas, muitas vezes, na base de confrontos violentos.
Mas não são todos.Existem muitas empresas que fazem um garimpo
consciente, Com projetos de reaproveitamento das pedras que saem do
garimpo e não são aproveitadas.
Um grande exemplo é o garimpo de opala no norte do Piauí há
poucos anos
150 garimpeiros fundaram uma associação e legalizaram 90% dos terrenos,
onde catam o que sobrou para ganhar a vida. E estão ganhando. Eles
encontram opala no rejeito desprezado pelas mineradoras 40 anos atrás.

Muitos garimpeiros morreram cavando as minas de opalas da região. Placas sinalizam os
novos tempos: “proibido morrer”. O cuidado com a segurança e com o meio ambiente estão por toda a parte.
O trabalho é feito respeitando o meio ambiente. O que se retira que
não é usado,logo é compactado para fazer reflorestamento. Neste garimpo a
retirada não é desordenada como acontece em muitos pelo Brasil a fora.

Cada
garimpo tem um acampamento: uma espécie de base de apoio improvisada,
onde eles fazem as refeições e também descansam nos momentos de folga.
Eles levam para o acampamento o jeito de viver na roça.
Na cidade, de Pedro II, a mais próxima do garimpo já se vê o reflexo
nas ruas. As casas coloniais estão preservadas existem muitas
joalherias e oficinas Nos últimos anos, a produção de jóias aumentou
seis vezes. A cidade soube usar as opalas para melhorar a vida dos
moradores. Jovens que antes teriam que ir embora para arrumar emprego
hoje vão de moto para o trabalho.

Essa comunidade orgulha o país inteiro fazendo as coisas direito.
Alem de não prejudicar a natureza faz com que todos a volta cresçam
junto estabilizando a vida de todos.