Pedras que tornam preciosa uma carteira
Dentro de
pequena caixa, D.B. (ele quer anonimato) tem US$ 200 mil. Não em cédulas
ou títulos, mas em 100 gemas, que é a denominação dada pelos
especialistas às pedras preciosas. Rubis, águas-marinhas, topázios e
várias outras gemas formam a coleção. Adquirir gemas é uma forma de
diversificar a carteira de investimentos. Um pequeno rubi chega a valer
US$ 2 milhões.
D.B. alerta para o perigo deste tipo de investimento. "Se fosse um rubi sintético, a mesma pedra valeria US$ 2". Uma água-marinha pode valer US$ 50 mil, mas confundida com um topázio azul, chega só a US$ 140.
O investidor amador precisa contratar uma consultoria, "o que pode custar R$ 5 mil por mês", alerta o colecionador. É preciso acompanhar as mudanças do mercado, o que não é muito simples. "Inundações de jazidas não costumam ser noticiadas pelos jornais", diz D.B.
A palavra-chave para a valorização deste tipo de investimento é escassez. Por ser um produto natural, o colecionador corre riscos de incidentes causados pela própria natureza. Quando uma grande mina de rubis inunda, pode ser que a procura pela gema aumente e o preço suba rapidamente. Minas também esgotam e a oferta, então, diminui.
Hoje em dia, os diamantes coloridos estão em alta. Podem ser encontrados praticamente em todas as cores. Conhecidos há séculos, agora se tornaram moda, um outro fator que dita valores. Os marrons são comprados em joalherias a preços baixos, mas os azuis são raros e caríssimos.
A tanzanita também faz sucesso na atualidade. Pouco conhecida, só é encontrada em uma jazida na África. "Uma inundação temporária da jazida faria o preço oscilar", diz D.B.
Os tradicionais diamantes brancos ainda são as meninas dos olhos de muitos investidores, pois são pedras tradicionais na cultura ocidental, têm mais liquidez do que as outras e um mercado mais organizado. A tradição é comprovada pelo exemplar encrustado na coroa da rainha Elizabeth II. É o maior diamante branco lapidado do mundo, com 560 quilates."O valor dele é maior por ser da coleção da família real inglesa".
Mas o diamante branco não é a gema mais cara do mundo. A alexandrita é mais valiosa, devido a um fenômeno óptico. A pedra rara muda de cor conforme a luz.
Em contrapartida, o jade é a gema de maior prestígio na China, onde um anel com jade chega a valer US$ 500 mil.
"Isso demonstra o quanto o mercado de gemas é globalizado", diz D.B. Ele explica que é comum colecionadores entrarem em contato com outros, em todas as partes do mundo para comprar pedras preciosas. Israel é dos maiores centros de lapidação.
O Brasil é um país com grande variedade de gemas. Difícil é dizer o que não se encontra aqui. Há quartzo em grande quantidade. O Brasil é o único produtor economicamente viável de topázio imperial. Na Paraíba, há um tipo de turmalina só encontrada lá. Rubis e safiras são o que há de mais raro no Brasil.
O mercado clandestino é grande e difícil de ser combatido. "Não é impossível estudar a origem da gema, mas, economicamente, é inviável", diz D.B.
A análise de valor de uma gema é um processo um tanto quanto complicado e subjetivo. A não ser os diamantes, que têm regras de avaliações precisas
São levados em consideração cor, pureza, peso e qualidade da lapidação. O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos faz análises e emite certificados.
Primeiramente, é preciso saber qual o objetivo da análise. Se a intenção for vender às pressas, o analista vai avaliá-la de acordo com o mercado e atribuir-lhe um preço mais baixo. Se for uma análise de seguro, será baseada no valor de venda em joalheria, pois seria o lugar para se comprar uma peça semelhante, em caso de roubo ou perda da original.
O caminho mais seguro para adqurir jóias com pedras preciosas são leilões. A Sotheby ´s realiza leilões em todo o mundo.
em abril. Das 424 peças colocadas para leilão, 288 foram vendidas, muitas, bem acima do valor máximo estimado pelo leiloeiro. O maior lance foi para um anel de diamante de 16,19 quilates: US$ 709,750 mil. O lance mínimo era de US$ 500 mil e aestimativa máxima, de US$ 600 mil.
O próximo leilão organizado pela Sotheby´s será em Genebra, dia 16. Serão leiloadas 377 peças.
A jóia com o menor lance inicial estimado pelos organizadores é um anel de diamante cor de rosa, tamanho 58: US$ 900. E a peça de maior lance mínimo, de US$ 1,3 milhão, é um pingente de diamante com 28,03 quilates, montado em uma base de platina, com certificado da Gem Trade Laboratory (GIA). Os organizadores estimam que o lance máximo será de US$ 1,7 milhão. Quem dá mais?
D.B. alerta para o perigo deste tipo de investimento. "Se fosse um rubi sintético, a mesma pedra valeria US$ 2". Uma água-marinha pode valer US$ 50 mil, mas confundida com um topázio azul, chega só a US$ 140.
O investidor amador precisa contratar uma consultoria, "o que pode custar R$ 5 mil por mês", alerta o colecionador. É preciso acompanhar as mudanças do mercado, o que não é muito simples. "Inundações de jazidas não costumam ser noticiadas pelos jornais", diz D.B.
A palavra-chave para a valorização deste tipo de investimento é escassez. Por ser um produto natural, o colecionador corre riscos de incidentes causados pela própria natureza. Quando uma grande mina de rubis inunda, pode ser que a procura pela gema aumente e o preço suba rapidamente. Minas também esgotam e a oferta, então, diminui.
Hoje em dia, os diamantes coloridos estão em alta. Podem ser encontrados praticamente em todas as cores. Conhecidos há séculos, agora se tornaram moda, um outro fator que dita valores. Os marrons são comprados em joalherias a preços baixos, mas os azuis são raros e caríssimos.
A tanzanita também faz sucesso na atualidade. Pouco conhecida, só é encontrada em uma jazida na África. "Uma inundação temporária da jazida faria o preço oscilar", diz D.B.
Os tradicionais diamantes brancos ainda são as meninas dos olhos de muitos investidores, pois são pedras tradicionais na cultura ocidental, têm mais liquidez do que as outras e um mercado mais organizado. A tradição é comprovada pelo exemplar encrustado na coroa da rainha Elizabeth II. É o maior diamante branco lapidado do mundo, com 560 quilates."O valor dele é maior por ser da coleção da família real inglesa".
Mas o diamante branco não é a gema mais cara do mundo. A alexandrita é mais valiosa, devido a um fenômeno óptico. A pedra rara muda de cor conforme a luz.
Em contrapartida, o jade é a gema de maior prestígio na China, onde um anel com jade chega a valer US$ 500 mil.
"Isso demonstra o quanto o mercado de gemas é globalizado", diz D.B. Ele explica que é comum colecionadores entrarem em contato com outros, em todas as partes do mundo para comprar pedras preciosas. Israel é dos maiores centros de lapidação.
O Brasil é um país com grande variedade de gemas. Difícil é dizer o que não se encontra aqui. Há quartzo em grande quantidade. O Brasil é o único produtor economicamente viável de topázio imperial. Na Paraíba, há um tipo de turmalina só encontrada lá. Rubis e safiras são o que há de mais raro no Brasil.
O mercado clandestino é grande e difícil de ser combatido. "Não é impossível estudar a origem da gema, mas, economicamente, é inviável", diz D.B.
A análise de valor de uma gema é um processo um tanto quanto complicado e subjetivo. A não ser os diamantes, que têm regras de avaliações precisas
São levados em consideração cor, pureza, peso e qualidade da lapidação. O Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos faz análises e emite certificados.
Primeiramente, é preciso saber qual o objetivo da análise. Se a intenção for vender às pressas, o analista vai avaliá-la de acordo com o mercado e atribuir-lhe um preço mais baixo. Se for uma análise de seguro, será baseada no valor de venda em joalheria, pois seria o lugar para se comprar uma peça semelhante, em caso de roubo ou perda da original.
O caminho mais seguro para adqurir jóias com pedras preciosas são leilões. A Sotheby ´s realiza leilões em todo o mundo.
em abril. Das 424 peças colocadas para leilão, 288 foram vendidas, muitas, bem acima do valor máximo estimado pelo leiloeiro. O maior lance foi para um anel de diamante de 16,19 quilates: US$ 709,750 mil. O lance mínimo era de US$ 500 mil e aestimativa máxima, de US$ 600 mil.
O próximo leilão organizado pela Sotheby´s será em Genebra, dia 16. Serão leiloadas 377 peças.
A jóia com o menor lance inicial estimado pelos organizadores é um anel de diamante cor de rosa, tamanho 58: US$ 900. E a peça de maior lance mínimo, de US$ 1,3 milhão, é um pingente de diamante com 28,03 quilates, montado em uma base de platina, com certificado da Gem Trade Laboratory (GIA). Os organizadores estimam que o lance máximo será de US$ 1,7 milhão. Quem dá mais?
