segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Gasolina de carvão, um processo antigo, mas uma nova tendência

Gasolina de carvão, um processo antigo, mas uma nova tendência. A extração de gases e combustíveis dos folhelhos é tida por muitos como a última grande revolução da energia mundial. No entanto, outra fonte, pouco explorada como geradora de combustíveis está, aos poucos, emergindo e poderá rivalizar com os folhelhos que estão mudando a economia americana. Estamos falando do carvão. Não como um produto destinado a queima, mas como a fonte de combustíveis líquidos e gasosos.  Aos poucos começam a surgir vários novos megaprojetos de coal-to-liquid (CTL) onde os gases extraídos dos carvões são processados e transformados principalmente em gasolina, diesel e muitos outros subprodutos. Esses projetos requerem investimentos multibilionários e, consequentemente, ainda são restritos a poucos países como a África do Sul e a China.
A tecnologia atual deriva da inventada pelos alemães durante a segunda guerra mundial, que forneceu à Alemanha parte dos combustíveis e lubrificantes necessários ao esforço de guerra. Posteriormente, em 1955, a África do Sul melhorou o processo em suas plantas de Sasol resolvendo, desta forma, a dependência do país. Na África do Sul o combustível derivado do carvão é usado por automóveis e, até mesmo, em jatos. A partir do exemplo sul-africano novos processos estão sendo estudados e alguns, como o desenvolvido no MIT, prometem baixos custos e zero emissão de gases.
O mais recente projeto de CTL está sendo criado pela Ningxia Coal na China. O projeto terá um CAPEX superior a dois bilhões de dólares e irá extrair os combustíveis de 4Mt de carvão ao ano. Esta planta é uma de quatro plantas de CTL que pertencem ao Grupo Shenhua. A primeira, denominada Ordos, já produziu mais de 10 milhões de toneladas de produtos  como diesel, metanol, resinas sintéticas, gás, óleos, coque e outros subprodutos. A tendência é que essas plantas se tornem mais frequentes. Grandes investimentos em plantas do tipo CTL, fora da China, estão sendo feitos na Mongólia pela Posko, nos Estados Unidos pela US Fuel Corporation e em outros países como a Austrália.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Garimpeiro exibe o que faz e insiste: "Queria trabalhar legal"

Sob vista grossa

Garimpeiro exibe o que faz e insiste: "Queria trabalhar legal"


Draga utilizada para o garimpo de ouro clandestino, no Rio Bóia. Foto: Dida Sampaio/AE





JUTAÍ (AM) - O ronco do motor Scania de 8 cilindros e 370 cavalos ecoa na floresta. A água e a areia que ele puxa do fundo do Rio Bóia sobem com tanta força o tubo de 22 metros que precisam ser aparadas num reservatório, no alto da draga, antes de descerem para as esteiras acarpetadas. A água marrom retorna ao rio por uma bica, depois de passar pelo carpete cinza, que retém apenas a areia fina, o esmeril de ferro e o ouro.
Uma amostra do material é examinada numa bateia de ferro. Se tiver ouro suficiente, a sucção se prolonga por 20 horas ininterruptas – que costumam render entre 100 e 120 gramas de ouro. Ao final, os carpetes são lavados. O esmeril misturado com ouro que sai deles é colocado então no balde de amalgamar, e sobre ele o azougue, ou mercúrio. O ouro reage com o mercúrio e fica branco. Vai então para um cadinho, hermeticamente fechado, onde o calor o separa do mercúrio, que sai em estado de vapor por um caninho, direto para um copo de água fria, no qual se liquefaz novamente.
Foi para mostrar isso que o garimpeiro Edson Antonio Bueno, o Goiano, concordou em percorrer as 48 horas no barco alugado pelo Estado, da sede do município de Jutaí até o Rio Bóia, e abrir, pela primeira vez, as portas do garimpo clandestino – no qual há oito dragas como essa. “Aqui, não há fumaça, e o mercúrio não cai no rio”, argumenta Goiano, que se instalou no Bóia em junho, quando trouxe suas duas dragas e dois rebocadores do Rio Madeira, perto de Porto Velho (RO), onde explorava outro garimpo.
Há uma razão mais prática para não desperdiçar o mercúrio: no mercado negro, o quilo custa entre R$ 260 e R$ 350. “Os ambientalistas só vêem o lado ruim do garimpo, só vêem o impacto, quando procuramos maneira de poluir o mínimo”, protesta Goiano, de 56 anos, mostrando o barril de ferro no qual queima o lixo produzido pelos seis habitantes da draga. Ele diz que a areia remexida no fundo do rio volta a seu lugar depois de dois ou três anos da retirada das dragas, e que se poderia exigir dos garimpeiros que replantassem as árvores que derrubam nas margens dos rios quando se instalam. “Eu queria muito trabalhar legalizado”, diz o garimpeiro. “Mas eles não dão nenhuma oportunidade. O DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) não deixa abrir micromineradora. Só as grandes mineradoras podem.”
Há cerca de três anos, 60 pessoas se juntaram e formaram em Porto Velho a Cooperativa dos Garimpeiros da Região Norte, na tentativa de se legalizar. Mas enfrentaram longo processo burocrático, com idas e vindas no DNPM e na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam) de Rondônia, conta Goiano.
Cerca de 20 garimpeiros desistiram e levaram suas dragas para a Guiana, prossegue Goiano, onde podem atuar legalmente. Criam empresa, registram os funcionários, emitem nota fiscal, pagam 10% do ouro extraído para o dono da área e outros 4% para o governo, e repatriam o dinheiro pelo Banco do Brasil. “Estão rendendo divisas para o país. Será que não poderíamos ter a mesma coisa aqui?”
Quando começou a ser explorado, há dez anos, o garimpo do Bóia chegou a render de 4 a 5 quilos por mês para cada draga, diz Pio Freitas, veterano do lugar. Nos idos de 1996 e 1997, chegou a haver 86 dragas e 58 balsas na área. Hoje, cada draga extrai pouco menos de 2 quilos por mês, segundo os garimpeiros. Em Jutaí, o grama é comprado por R$ 35; em Manaus, por R$ 38; em Porto Velho, por R$ 39. Com o alto consumo de diesel das máquinas que movem as dragas, a alimentação e a comissão dos cinco empregados em cada uma delas, essa produção mensal rende ao dono cerca de R$ 10 mil, diz Pio.
Os garimpeiros do Bóia não estão contentes com esse rendimento. Já tentaram levar suas dragas para o Rio Jutaí (do qual o Bóia é afluente), onde dizem que há mais ouro. Assim como a do Bóia, a área fica fora de reservas indígena, extrativista e de desenvolvimento sustentável. Mas o Ibama não permitiu, contaram os garimpeiros, por causa da visibilidade do Rio Jutaí. “Lá passam muitos gringos”, disse Goiano, referindo-se aos barcos de turistas. Mais isolado, o garimpo do Bóia é tolerado, embora de vez em quando haja batidas do Ibama e da Polícia Federal.

Topázio Imperial

Topázio Imperial








A fórmula química é do topázio Al2[(F,OH)2SiO4] , é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio. É uma pedra semipreciosa, ocorre em pegmatitos, veios de quartzo de alta temperatura, também incide em cavidades presentes em rochas ácidas, entre elas o granito e o riolito.

Topázio Imperial
É muito encontrado no Brasil, Portugal, Rússia, República Tcheca, Saxônica, Noruega, Suécia, Japão, México e EUA. O termo “topázio” significa “buscar”, nome de uma ilha situada no Mar Vermelho. O significado é proveniente do grego “topazos”.
A pedra surge de um processo ortorrômbico, cujos cristais são prismáticos com ou sem traço piramidal, com pinacóide basal. Sua fratura é concoidal e desigual.
A sua clivagem basal é perfeita. É uma pedra dura de brilho vítreo. É transparente quando puro, mas apresenta-se nas cores amarelo-claro, vinho, branco, cinza, verde, azul, amarelo avermelhado e rosa avermelhado, esta última cor quando aquecido.
A sua forma de prismas apresenta estrias longitudinais, clivagem basal, e dureza 8 na escala de Mohs. A densidade da pedra oscila entre 3,4 e 3,6. As pedras de topázio coradas estão entre as mais valiosas.
Depois de lapidada é utilizada na fabricação de jóias, cada jóia varia de valor conforme a pureza, a origem, o tamanho, a coloração e o traçado. O topázio simboliza a relação do homem com a natureza, uma ligação de beleza.
A espécie de topázio imperial é originário da Rússia, país onde estavam situadas as primeiras jazidas de extração, esgotadas ainda no período do governo Czarista.
No Brasil, a espécie de topázio imperial é encontrada em Ouro Preto, não muito além da abrangência do município. De Ouro Preto, a pedra abastece o mercado nacional e internacional de jóias.
É uma pedra de gema rara, valorizada na forma bruta e natural. No Paquistão,  país também detentor de jazidas naturais, sua ocorrência ainda não despertou planos de exploração.
Há dois tipos básicos de topázio, os ricos em hidroxila e os ricos em flúor. O topázio cuja composição predomina a presença do flúor é mais susceptível à radiação gema.
Há também o topázio azul, muito usado na indústria de jóias. É uma pedra rara, a sua cor azulada é proveniente da aplicação de radiação gama sobre um topázio incolor. Por meio de aceleração de elétrons e reatores nucleares, surgem os topázios swiss, blue e london blue.

Topázio Azul


Topázio Azul

 
Esta palavra vem do nome da ilha Topazos no Mar Vermelho. É um flúor silicato de alumínio e ferro.

Os topázios no Brasil são fortemente piroelétricos e transparentes. Grande número de cristais não pode ser aproveitado na lapidação, pelas jaças ou fraturas internas em diversas direções.

As jazidas são acompanhadas de grandes cristais de quartzo hialino. Nestes, vêem-se cristais prismáticos de topázio, ou no seu interior ou embutidos nas faces com diversas orientações.

Alguns cristais são envolvidos numa crosta de ferro ligisto especular em finas palhetas. Outros estão no meio de um litomargio (silicato de alumínio hidratado) com mica. As jazidas de exploração compreendem uma argila parda amarela que os mineiros chamam de moledo, e a argila micácea, que os mineiros chamam de piçarra. Estes depósitos se acham em contatos com xistos, itabiritos e nas proximidades de óxidos de manganês. Este mineral é tipicamente neumatolítico, especialmente ligado a granitos, associados com a cassiterita. Magníficos cristais de topázio são encontrados no Brasil, onde existe variedade original denominada “pingos d’água”, notável pela grande quantidade de inclusões líquidas que contém.

Obs.: Algumas vezes é chamado de topázio o quartzo citrino amarelo SiO2, como também de topázio oriental, o coríndon amarelo Al2 O3.

Cristalografia: Ortorrômbico; bipiramidal. Em cristais prismáticos, terminados por bipirâmides, prisma de primeira e Segunda ordens e pinacóide basal. Muitas vezes, muito modificados. As faces do prismas vertical são estriadas, frequentemente. De ordinário, em cristais, mas também em massas cristalinas; granular, com grânulos grossos ou finos.

Propriedades Físicas: Clivagem | 001 | perfeita. Dureza = 8 (extraordinariamente alta); Densidade = 3,4 à 3,6. Brilho vítreo. Incolor, amarelo da palha, róseo, amarelo do vinho, azulado, esverdeado. Transparente à translúcido.

Composição: um fluossilicato de alumínio Al2SiO4(F,OH)2.

Ensaio: Infusível. Insolúvel. O minera pulverizado, como solução de nitrato de cobalto dá, pelo aquecimento, uma bela coloração azul (alumínio).

Aspectos Diagnósticos: Reconhecido, principalmente, por seus cristais, sua clivagem basal, sua dureza e sua densidade relativa elevada.

Ocorrência: O topázio é um mineral formado pela ação dos vapores contendo flúor, emanados durante os últimos estágios da solidificação das rochas ígneas. Encontrado nas cavidades das lavas riolíticas e no granito; é um mineral característico nos diques de pegmatitos, especialmente nos que contém estanho. Associado com a turmalina, cassiterita, apatita e fluorita; também com o berilo, quartzo, mica e feldspato. Encontrado em algumas localidades, como seixos rolados, nas areias dos rios.

As localidades notáveis por ocorrência são: na URSS. No distrito de Nerchinsk; na Sibéria, nos Montes Urais, em cristais de cor azul-pálida; na Alemanha, em várias localidades onde se encontra o estanho; no Brasil, em Minas Gerais; no México e em várias localidades dos EUA..

Uso: Como gema. Um certo número de outras pedras inferiores também são chamadas, frequentemente, de topázio, ou topázio oriental. A cor das pedras varia: incolor, amarelo do vinho, castanho dourado, azul-pálido e róseo. A cor rósea é usualmente artificial, sendo produzida mediante aquecimento brando de pedras amarelas, escuras.

Características como Gema: O topázio é um silicato fluorífero de alumínia da fórmula Al2SiO4. Cristaliza-se no sistema rômbico. Peso Específico = 3,53; Pleocroísmo = 2 à 4 cores no dicroscópio; rosa; rosa-claro, alaranjado/amarelado, azulado/incolor. O topázio verdadeiro é um mineral que tem, de modo geral, a cor amarelo-palha ou alaranjada. Existem, igualmente, topázios sem coloração ou com matizes azulados, semelhantes às águas marinhas. O topázio incolor não é muito apreciado, embora seu tamanho atinja, por vezes, o de uma cabeça humana. Os dois tipos mais característicos do topázio são: o da Rússia, com plano basal largo, e o do Brasil, sem plano Basal. Há entre os topázios espécimes, denominados quente e imperial, cujo matiz alaranjado saturado os torna muito apreciados. Não pode haver confusão entre o topázio-verdadeiro e o topázio-oriental, isto é o coríndon-amarelo, por causa da pronunciada cor alaranjada da pedra oriental. São os topázios orientais muito mais valiosos que os topázios legítimos, não pela beleza, mas pela raridade de sua coloração entre os coríndons.

As principais jazidas de topázios legítimos estão situadas no Brasil, na Rússia e na Índia.

OCORRÊNCIAS E DEPÓSITOS DE TURMALINA NO BRASIL

TURMALINAS
As turmalinas ocorrem em rochas ígneas ácidas, pegmatitos graníticos, gnaisses e ardósias.
Aparecem muitas vezes como inclusões no quartzo.
DESCRIÇÃO DAS OCORRÊNCIAS
: Geralmente ocorrem em granitos pegmatíticos e em rochas
imediatamente ao redor destes depósitos. A variedade mais comum da turmalina é de cor preta,
porém, variedades de cristais com cores clar
as também podem ser achados. A turmalina,
normalmente se associa nos pegmatitos com minerais de ortoclásio, albita, quartzo e moscovita;
também com berilo, lepidolita, apatita, fluorita. Achada também como mineral acessório em rochas
ígneas e metamórficas, como gnaisses, xistos e ca
lcários cristalinos. Também achadas em depósitos
aluvionares.
OCORRÊNCIAS BRASILEIRAS (SVISERO & FRANCO, 1991)
Em MINAS GERAIS: Araçuaí, Barra de Salinas, Governador Valadares, Malacacheta, Turmalina,
Rubelita, Novo Cruzeiro, Itaporé, Rubim, Conselheiro Pena, Araguari, Coronel Murta, Taquaral, Santa
Maria do Suaçuí, Coimbra, Itamarandiba e São José da Safira;
No CEARÁ: Quixeramobim, Quixadá, Senador Pompeu e Solonópole, ocorrência de turmalina em
pegmatitos de Itatiaia
Em GOIÁS: Mata Azul
Na BAHIA: Tremendal e Encruzilhada
OCORRÊNCIAS E DEPÓSITOS DE TURMALINA NO BRASIL
Turmalinas são encontradas nos pegmatitos da Região Nordeste do Brasil, Itambé (BA), Cruzeiro,
Limoeiro (turmalinas de
vários decímetros são freqüentes, e
Pedra Azul Marambaia, serro, Matias
Barbosa(MG), Ceará, Goiás (Xambioá) e Rio de Janeiro (Menezes e Sigolo, 1981)Espírito Santo
(Mimoso do Sul, Fundão, Itaguaçu),.
1) MINAS GERAIS
PEGMATITO DO CRUZEIRO
Localiza-se nas vizinhanças de Governador Valadares, é conhecido internacionalmente desde a
segunda guerra mundial. Posteriormente, a descoberta
de magníficos cristais de turmalina, tanto rosa
quanto verde, de qualidade gema, concorreu para reforçar a fama dessa jazida um tanto excepcional
(CASSEDANNE
et al
., 1980) e (CASSEDANNE, 1991).
Três veios de pegmatitos de direção N20° W, cujo mergulho varia de subvertical a muito forte para
SW, foram explotados e são conhecidos como veios 1, 2 e 3; o primeiro sendo o principal. A espessura
varia de poucos metros a mais de 50 m, com al
argamentos nas zonas mais diferenciadas com um
núcleo de quartzo. Outros veios paralelos, de menor importância, são conhecidos nas
proximidades:Campinho, Safirinha, Rio Preto, Fora
tini, Jazida do Oliveira (CASSEDANNE, 1991).
O contato com as rochas encaixantes (quartzitos branco e xistos) é sempre nítido, com bastante
reentrâncias e protuberâncias no caso dos quartzitos. Esses quartzitos, são esbranquiçados, beges ou
róseos, com delgadas intercalações de moscovita
e lentes de granulação grosseira. (CASSEDANNE,
1991).
Os mica-xistos são compostos essencialmente de biotita, quartzo e oligoclásio ou andesina. Existem
variedades com grafita, clorita e anfibólios. Os af
loramentos, sempre bastante alterados, assim como
o solo residual, são avermelhados (CASSEDANNE, 1991).
Anfibolitos que não afloram, ocorrem numa lente atravessada por diversas galerias, entre as quais a
1D. São compostos de peridoto e serpentina, com piroxênio, hornblenda, anfibólio fibroso, biotita,
clorita, quartzo, calcita .